FODA-SE isto sim é Doom/Death de qualidade,agora acrescentado um toque Post-qualquer-coisa que encaixa na perfeiçao.O album do ano dentro do estilo,uma filha da putice de banda,estes moços sao grandes.Nao precisam de ser grandes executantes,basta terem feeling e saberem o que estao a fazer.Um must dentro do estilo,escusam de procurar mais este ano.
Os PoG já tinham um toque de post-rock em trabalhos anteriores, não é nenhuma adição nova. Quanto ao trabalho em si está muito bom. Só me apetecer meter as colunas no máximo de cada vez que o ouço. A produção continua excelente como sempre mas as acordes estão muito pesadões. Para mim a melhor do álbum é sem dúvida a Corrosion, aquele gritou inicial faz-me sempre arrepios, mas a faixa toda é um monstro. Quando a ouvi ao vivo da última vez fiquei maravilhado.
É sem dúvida uma banda duma qualidade notável. Têm tudo pa chegar a um enorme reconhecimento a nível mundial. Ainda não ouvi este trabalho, mas quando comecei a ver as fotos da edição que o pessoal foi mostrando (no post do último álbum comprado, por exemplo) fiquei cheio de inveja
Toda a gente fala da t-shirt como só houvesse uma e existem duas cores diferentes.Comprei a cinza,ja que toda a gente que estava comigo comprou a preta e é mais bonita
Certo... impressão a preto e prateado em t-shirts Fruit Of The Loom pretas. Depois há também um modelo alusivo à reedição da «Demising Grace» e outro que não está associado a nenhum lançamento -- estes dois é que estão disponíveis em t-shirts pretas e cinzentas.
No entanto, o melhor mesmo é enviarem um e-mail para processofguilt@gmail.com e perguntarem o que ainda está disponível. Vendeu-se algum merch nos concertos de apresentação e acho que há modelos/cores/tamanhos que já estão esgotados.
Acho que há uma diferença monumental entre ser virtuoso ou tecnicista e ser bom executante/musico. A musica é que não pede momentos meeedly meedly meeedy, mas há muito know how aqui envolvido. Tocar lento é fácil, fazer BOA musica lenta, é algo competamente diferente. E a um nível individual, há aqui pormenores de bateria que quase que levam a casa às costas. Atentem no riff de abertura da Corrosion, por exemplo, tem ali uma pequena mariquice de tempos que pontua perfeitamente a brutalidade do riff.
De resto, é um álbum menos imediato que o Renounce. Ligeiramente menos melódico, mais denso e pesado, tremendamente intenso, despido um pouco dos riffs mais death metal que de vez em quando surgiam no primeiro. Falta-lhe uma "Becoming light", assim pelas primeiras impressões, mas acho que a falta de uma "standout track" é um bom preço a pagar por um album com esta coesão. Quanto ao post rock andar na cama com o Metal... bem, eu sou de opinião que já havia o crossover desde o Hvis Lyset Tar Oss, portanto, não é grande surpresa. Mas é bom ouvi-lo ser assim tão bem feito.
Pormenores sobre a parte instrumental é só ler o comentario do nosso moderador inquisidor. Agora noutra vertente:
"....And Still The Pain is Always The Same,Like A Circle Of Life And Death....." Esta é uma das frases mais fortes deste album,o segundo para os portugueses Process of Guilt e aquela que consegue englobar praticamente todas as influencias quer liricas quer musicais neste trabalho. Se no anterior Renounce a banda arriscou e muito bem entrar em sonhos e pesadelos virando o album para uma parte mais interior agora resolvem fazer o oposto e criar um conjunto de temas mais organicos,peganhentos e bastante fortes como que a querer dizer que apesar dos circulos ainda existe alguma esperança por mais minina que seja. Se comparar-mos este registo com anterior nota-se isso mesmo,alias experimentem ouvir os dois trabalhos seguidos para compreenderem melhor o que quero dizer. Aqui a banda deixa um pouco de lado aqueles ambientes mais pesarosos e troca-os por um abuso de descargas eletricas que parece que não fazem mais do que tentar acordarem-nos de algo.. A dada altura o proprio album entra numa especie de velocidade de cruzeiro,certinho onde tudo joga entre si criando uma especie de circulo sonoro onde se materializam as tais palavras que deram inicio a este texto com resultados tão fascinantes que parece que se está em queda livre ou a sermos arrastados por um qualquer rio de lava encandescente que provoca uma certa dor. E este é como disse um dos aspectos que difere do anterior registo se dantes a banda nos violava mentalmente atirando-nos para uma solitaria agora acabam um pouco por nos libertar só que em vez de irmos viajar um pouco somos empurrados para algo que nos esmaga a carne/corpo em vez da mente. Os riffs pesadões são um pendulo que nos vai batendo,destroçando e deixando num ambiente sufocante como se fossem pazadas de terra a cobrirem o nosso final e onde a voz cavernosa acaba por retratar de uma maneira lirica o nosso dia-a-dia...a tal corrosão,rejeição,negação acabando por desaguar na unica coisa certa que temos..a morte. Aqui não se procura esconder de algo, talvez antes uma fuga,porque lá no fundo tudo o acontece na nossa vida tem uma forma circular com o mesmo final da qual ninguem consegue escapar e esta é na minha prespectiva a verdadeira alma do album. Até o instrumental final "The Circle (Erosion Part I)" ajuda a isso, já que o ambiente parece que liberta e se fica com a ideia que depois do fim talvez venha algo melhor, a velha teoria do depois da tempestade vem a bonança,neste caso talvez seja esperança não sei...já agora adoro o ambiente Jesuiano desta musica é uma das musicas que mais gosto bem como a "Waves" talvez a melhor musica do album. Mas este album acaba por ser monstruoso se ouvido do incio ao fim é tal e qual um 747 em queda livre....brutalmente pesado, com um fim de onde será dificil escapar...embora como em tudo existe sempre alguma esperança, por mais pequena que seja que tudo possa acabar bem. Album doloroso,mas muitissimo bom de uma banda que é na minha opinião uma das mais interessantes dentro da cena Doom/Death actualmente.