2009.04.03 - A Storm Of Light + Process Of Guilt + Katabatic - Novo Espaço, Oeiras

[Karamazov [RIP 2012/07/27]]

Só digo que o Aiwass tinha razão, ainda estou a recuperar do enxerto sonoro que levei das novas músicas de Process of Guilt.

Mais logo ficam apreciações resumidas, que não me apetecer falar muito. Por agora ficam as fotos de Katabatic, depois virão as de PoG e ASOL:

[Aiwass]

Só digo que o Aiwass tinha razão, ainda estou a recuperar do enxerto sonoro que levei das novas músicas de Process of Guilt.

Eu avisei. E quando os vires noutro tipo de espaço, com um PA à homem, até precisarás de fraldas.

Quanto a ASOL, serei o único a achar que ninguém ligaria puto aquilo se não tivesse o Josh?

[Déjà loin]

Pedro, grandes fotografias que tens aí .


Eu achei que o som estava fixe, mas também estava na primeira fila. Process of Guilt foi muitooo bom.

[Moon|Tears]

Perdi o cd de POG melhor concerto da noite

[Grimner]

Ora bem:


Começando pelas bandas:

Katabatic... hmmm... não quero soar demasiado crítico. Mas o melhor que posso dizer é que não me convenceram e têm MUITO caminho a percorrer. Aparentemente, há a percepção, bastante errada, de que este estilo de post rock simplista que cada vez mais se ameaça tornar na "next big thing", é simples de fazer. Não é, e tanto não é que achei a actuação da banda ensossa, um bocado a arrastar e a marcar passo, se não na execução, pelo menos na composição. Aquilo que torna este género agradável de ouvir é precisamente a capacidade de criar crescendos, de haver um sentido claro e lógico na evolução da música, e nestes meninos, ouvi tudo menos isso, soava a uma amálgama de ideias amontoadas sem grande sentido de fluidez. Tinham momentos bons, sem duvida, o riff de baixo na terceira faixa fez-me verdadeiramente virar a cabeça, mas não havia verdadeiramente um sentido de coesão na música. Projecto a precisar de amadurar.

Bem maduros estão já os Process of Guilt. A critica que fiz aos katabatic sem duvida que não se aplica, estão a tornar-se muito bons na arte de construir as composições. Se a Becoming Light do Renounce (que foi devastadora, por sinal) já tinha dado boas provas do talento destes senhores de do pouco fazer muito, as novas composições fizeram com que a ideia de assistir sentado se tornasse numa autentica tortura. Sei que não fui o único (não é verdade, menina Moontears?) Mas tive que me retirar para as alas e assistir de pé, e por conseguinte, dar azo ao tremendissimo headbanging que aqueles riffs pediam. Grande destaque para o Gonçalo na bateria, sem nenhum desprimor para o resto da banda, a atitude dele a tocar é tremenda, dá muita força à banda, e como "baixista na reforma" posso dizer que bateristas assim são o "sonho" de qualquer baixista. Mas toda a banda esteve irrepreensível, e o rugido do Hugo continua a fazer tremer paredes. E PA à menina ou não, achei o som cristalino.

Quanto aos A Storm of Light... história engraçada. Convidaram-me para o concerto assim meio de repente, e "venderam-mo" por lá irem tocar P.O.G. Relativamente a estes senhores, cabeças de cartaz, não sabia absolutamente nada, e assim, assisti ao concerto com a mentalidade de quem estava a assistir a algo completamente novo. E entre comentários mentais sobre Titanic Metal, por causa das imagens de naufrágio sucessivas que passavam na parede do fundo, a outra ideia que me ia ficando era, "entre as projecções cinematográficas e os riffs muito Enemy of the Sun, eu se fosse os Neurosis, processava estes meninos por plágio". Isto não sabendo eu que um dos elementos *é* de Neurosis, e que outro já passou por Swans. Deram um bom espectáculo, Mais por virtude da qualidade monolítica da música aliada às projecções, mas entre o rabinho na cadeira, e a natureza repetitiva da musica tocaram, creio eu, tempo a mais.


Nota final para o espaço. Nem menciono a afronta que é pedir-se uma imperial e darem uma sagres Zero, mas há realmente algo que se perde num formato destes para um concerto de Metal. Normalmente, um concerto de Metal tem o seu quê de evento social, um factor de convívio que foi ali completamente cortado pela raíz. Vi imensas caras conhecida, mas não cheguei a trocar mais que um "olá, tudo bem", com meia dúzia.

E não, senhor Demoniac, não me esqueci da tal cerveja. Mas num sitio a servir sagres zero, dificilmente era a altura para a cobrar...

[Karamazov [RIP 2012/07/27]]

Pedro, grandes fotografias que tens aí .


Eu achei que o som estava fixe, mas também estava na primeira fila. Process of Guilt foi muitooo bom.

Danke mein frau!

Process of Guilt:

[Aiwass]

Atenção que o baterista não era o Vinny Signorelli dos Unsane, ex-Swans.

[Grimner]

Atenção que o baterista não era o Vinny Signorelli dos Unsane, ex-Swans.

Por acaso, estive quase para fazer uma ressalva na minha crítica, porque mesmo antes de saber quem eram (ou seja, ainda durante o concerto), dei por mim tambem a pensar que o trabalho de bateria pecava por omissão, e maior foi o meu espanto ao ver depois o lineup da banda e ter ficado com a ideia que o baterista seria alguém assim tão ilustre. *Essa* falha, pelo menos, está já mais ou menos explicada.

[Graveyard]

Boas fotos, sem dúvida que o POG deram o concerto da noite, para mim os ASOL foram prejudicados pelo som, e realmente foi engraçado, ver a malta a querer fazer headbanging sentado.. lol

[Aiwass]

ASOL tem alguns momentos, mas nada mais que isso. Tem muita coisa emprestada de Neurosis mas sem nunca chegar sequer perto. No geral, é uma banda completamente mediana cuja grande mais-valia é o CV dos seus elementos. Repito, se não fosse a banda do Josh Graham, editada pela Neurot, tudo se estaria a cagar.

[Déjà loin]

Repito, se não fosse a banda do Josh Graham, editada pela Neurot, tudo se estaria a cagar.

Nem por isso. O And We Wept the Black Ocean Within disse-me muito pouco, com Josh Graham ou sem ele, mas gostei bastante das duas músicas do split com Nadja (Brother / Sister). E gostei das músicas porque sim, não por estar lá ele.





[Adoro o J. Broadrick e a Jarboe e não é por isso que deixo de achar o projecto J^2 uma valente cagada, ora essa.]

[Baalrech]

Queria só dizer que vos odeio a todos

Boas fotos Herak

[Moon|Tears]

Bem, agora que já estou relativamente acordada...

Katabatic: Grande concerto, o som estava muito bom o que fez com que todos os instrumentos estivessem bastante perceptiveis. A ultima vez que os tinha visto tinha sido com Orthodox no Lotus Bar e já ai tinha gostado imenso do trabalho deles, mas o som não estava tão bom nesse dia e aquilo que se conseguiu ver ontem foi que esta banda realmente vai longe, muito bom mesmo.

Process Of Guilt: Já tudo foi dito, mas quero na mesma referir a "estupidez" de concerto que aquilo foi, não há um único concerto destes senhores a que eu vá e que eles não tenham evoluido dez vezes mais no espaço entre concertos, ontem não foi excepção e aquelas duas últimas músicas... enfim, não tenho palavras, muito bom mesmo.
Gostava de estar neste momento a ouvir o cd em repeat, mas hoje de manha fui á mala para o buscar e ele não estava lá... lá se foram 8€ e um autografo do "tio Hugo", para o mês que vem já sabes que tens outro cd para assinar

A Storm Of Light: Tive muita pena que os samples estivessem tão altos, havia alturas que era impossivel estar dentro da sala, passei 80% do concerto a tapar os ouvidos porque só assim conseguia perceber bem o som dos instrumentos sem eles me rebentarem os timpanos de tão agudos e estridentes que estavam. Se não fosse isso teria curtido imenso o concerto, mas assim, o desconforto acabou por me fazer render e não consegui curtir o concerto como queria. Ainda assim, gostei de ver.

[Demoniac]

E não, senhor Demoniac, não me esqueci da tal cerveja. Mas num sitio a servir sagres zero, dificilmente era a altura para a cobrar...

Existia uma bomba de gasolina mesmo em frente e uma tasca lá em cima

Indo ao que interessa:

Katabatic:Esta banda fez-me lembrar uma banda de um amigo meu (Amarionette), só que sem bons riffs e boa composição (e voz também). O feeling está lá todo falta é coesão. Achei o concerto um bocado chato.

Process of Guilt: Tenho que admitir que esta banda está num óptimo caminho. Foi o melhor concerto da noite! Bons riffs, composição, voz. Está tudo a caminhar para algo digno de ser reconhecido.

A Storm Of Light: Depois de ter lido algumas criticas fico contente em saber que não fui o único a pensar assim. A prestação deles foi tão monótona que faz o Hvis Lyset Tar Oss parecer dinâmico. Contudo o Hvis Lyset Tar Oss é bom! E passado uma década ainda não chateia e duvido que alguma vez irá chatear. Esta banda tem qualidade mas a meu ver ainda lhe falta algo para se tornar digna de tanto nome. Teve lá os seus momentos e existiam riffs de baixo realmente engraçados enquanto as guitarras criavam a dita "wall of noise". Existiam momentos muito emprestados a Neurosis é verdade o que também não ajuda e tira a identidade a uma banda.
Infelizmente hoje em dia é uma realidade as pessoas ligam mais a determinadas banda só por causa dos membros. O que também não é totalmente mau dado que eles são músicos competentes e estou certo que irão conseguir dar a volta a isto se realmente assim o tiver que ser.

Gostei do espaço. Apenas não gostei mto de estar sentado. Embora neste tipo de som até teve as suas vantagens. Acho que a organização esteve bem.

[Déjà loin]

Short review aqui.

Paulo, ainda não foi desta que me levaste as tapes .