raxx7 Escreveu:Quanto ao fluvial, devo dizer que sou uma beca ignorante quanto à navegabilidade dos nossos rios.
A navegabilidade dos nosso rios é uma merd@ senão inexistente mesmo.
Falemos dos 3 grandes rios, Douro e Tejo e o maior rio nacional o Mondego q passa ñ muito longe de minha casa:
Douro - O douro tem sido alvo de limpezas, de escavações, os batelões aos anos q os vejo a subir Douro a cima...Já do tempo em q passava quase todos os dias por Castelo de Paiva, Pejão, Couto Mineiro e mesmo por cima da célebre ponte q caiu ( aliás passei por cima dela no dia antes a ela ter caído, aquilo tremia para caraças e ñ era culpa dos barcos mas sim da falta de manutenção, o mesmo se passou com mts pontes nos EUA ).
Qnd o plano Hidroeléctrico e da navegabilidade dos rios se mexeu em direcção do Douro, foi tudo mt lindo na altura. Aliás o Douro tem bastantes barragens para quem ñ sabe... a questão é q foram cometidos alguns erros, erros esses q se vieram a tornar o "pesadelo" por assim dizer. Um breve exemplo: Desde a Barragem de Crestuma é sempre a subir os barcos através de eclusas ( comportas, q são fechadas em cada extremo e depois ou se bombeia água para se subir para o plano seguinte ou para descer ) , e consegue-se navegar ainda por algumas barragens acima, aliás onde os barcos de recreio no Douro vão...geralmente é até onde podem ir. O erro de cálculo custou a navegabilidade lo douro todo acima, bem como a construção de algumas barragens com falta de meios para tal. E claro renovar ñ é muito com o governo...nunca foi....
Ah...O Douro...tem muito mais água q o Tejo, pode parecer estranho mas é verdade...o q o Tejo tem em largura, o Douro compensa em profundidade e caudal...oq ñ é de estranhar tendo em conta a proveniência de tanta água.
Tejo - Largo, mas baixo e com pouco caudal, para um barco de grande porte chegar a Vila Franca de Xira é preciso marinheiros com uma experiência do caraças e tbm um milagre. O desaçoreamento q é feito no Douro, ñ é feito no Tejo pelo menos à mesma escala e isso paga-se caro. Lisboa só pensa em si, e o exemplo disso está à vista de todos. As barragens são tbm problemas...
Remodelações? Para quê....os barcos chegam aqui e passam os cacilheiros para o outro lado e é o q interessa...os q estão a montante do rio q se lixem...o rio até nasce já aqui mesmo ao lado, só se lembram ou vêem a realidade em férias a Almorol...ou qnd os espanhois fecham ou abrem as comportas.
Mondego - O Caos....de alcunha Basófias - pq no passado ñ haviam barragens ,de verão era um fio de água, no inverno levava tudo à frente literalmente. Já teve as suas barcas serranas, já se subiu da figueira da foz até coimbra, mas isso é tão mas tão antigo q acho q nem do tempo do meu pai é...e ele tem 73 anos.
O mondego tbm tem várias barragens e açudes. Desde a figueira da foz até coimbra ñ há nem uma barragem, e o fluxo do rio é controlado assim. Tem imensos fundões, escarpas submarinas, zonas bastante assoreadas. Se calhar era dos q daria mais trabalho deste três rios.
Em coimbra há o açude q juntamente com as outras barragens salvou pereira do campo e montemor-o-velho de desaparecer do mapa no ano de 2001 de cheias quase catastróficas. Bem catastróficas porque as coisas em Portugal só se mexem depois do mal acontecer.
Este açude ñ tem sequer passagem para os peixes e passar lá de barco, a ñ ser q se tivessem umas pernas hidraulicas,
mais acima uns quilómetros tem-sa barragem da Raiva, até lá chegar é só areia, calhaus, rápidos, tudo e mais alguma coisa, e a barragem ñ deixa passar tbm nada, aliás a única coisa q passa é água ...água essa q serve para produzir electricidade e tbm é bombeada via canais gigantes submarinos para a barragem da Agueira q está a montante. Entre a Raiva e Aguieira é possível navegar, mas é um risco...ñ por causa da profundidade q é absurda mas por todo o outro tipo de situações e mais algumas. Chega-se à Aguieira e apanhamos com um bezerro de cimento de frente e passar por lá só se houver gruas q levantem um barco a mais de 100 mt de altura... e pronto nem vou continuar mais porque a história para montante é baseada na albufeira q é gigante....e mini-hidricas e depois o rio afunila....a história de todos os rios.
Falo só de estes três...pq são os principais....agora com a Barragem do Alqueva vamos vêr tbm q se poderá fazer...mas fizeram um mono só a pensar na quantidade de água e MW...É isto a situação hídrica em Portugal....
Há barragens q ñ tarda andam a desfazer-se...mas é mais importante vêr a selecção...
Qnd arrebentar uma barragem como aconteceu em vários países, ...em q levou tudo à frente é q se vai pôr a mão na consciência .
Só para dar um exemplo apesar de o tópico ñ ser sobre isto mas há lá coisas importantes...qualquer barragem acumula sedimentos:
As barragens de Banqiao e Shimantan, foram construídas na bacia do rio Huai, no começo dos anos 50. Banqiao era considerada uma “barragem de ferro” que nunca entraria em colapso. As barragens foram construídas para suportar até mesmo enchentes que estatisticamente somente poderiam acontecer a cada 1000 anos. O furacão que atingiu Henan entre os dias 5 e 7 de agosto de 1975 foi, no entanto, maior ainda - do tipo que, pelas estatísticas, acontece a cada 2000 anos.
Em 5 de agosto, o reservatório de Banqiao alcançou sua capacidade máxima. Suas comportas foram abertas, mas estavam parcialmente bloqueadas com acúmulo de sedimentos. No dia seguinte o reservatório estava dois metros acima de sua capacidade máxima. Na noite de 7 de agosto, a barragem de Banqiao rompeu-se e 500 milhões de metros cúbicos de água do reservatório surgiram nos vales e planícies à jusante, atingindo a velocidade de 50 km por hora. Vilas e pequenas cidades inteiras sumiram em alguns instantes.
A Human Rights Watch acredita que, na perspectiva mais otimista, 85 mil pessoas morreram diretamente na inundação, enquanto outras 145 mil morreram de epidemias e fome que assolaram a região durante muitas semanas.
Outros motivos podem ser enumerados para o fracasso de barragens tais como erros de projeto, falhas de comunicação entre as diferentes organizações envolvidas na construção e a corrida contra o tempo por razões financeiras, que impede estudos suficientemente detalhados que possam prever tais falhas.
E, finalmente, se a performance das grandes barragens é muitas vezes considerada um fracasso, isto se dá pelas promessas excessivamente otimistas feitas durante o planejamento do projeto e cujo objetivo é conseguir a adesão das populações atingidas. A viabilidade argumentada por políticos e engenheiros quase nunca vem acompanhada de estudos suficientes sobre a geologia do terreno ou a quantidade de sedimentos carregada pelo rio. Outras vezes, os resultados desfavoráveis são ignorados ou interpretados da forma “mais otimista possível”.