Que bandas dar a conhecer a um "não metaleiro"?

[Soulforged]

[Anne [RIP 2014/03/13]]

Ouvir um bom álbum de metal será sempre uma experiência muito pessoal. A forma como a música «fala connosco» não pode ser, na minha opinião, metida pela garganta abaixo de ninguém. Acho que desfruto muito mais de álbum se pensar que sou das únicas pessoas que o conhece, é muito como se sentisse que acabei de achar um tesouro e que o quero todo só para mim. Há certos álbuns supostamente bons, assim como bandas, que me aborrecem, e não há problema nenhum nisso, não me vale a pena ouvir bandas só porque são mais modernas, mais de culto ou clássicas, mas porque me dizem alguma coisa. Portanto penso que ouvir uma banda e não ouvir outra é sempre uma experiência que me remete para uma individualidade deliciosa.

[Soulforged]

Por acaso já reparei que o pessoal que ouve música genérica/comercial/whatever centra muito a atenção na voz. Talvez porque estão habituados a ouvir música em que o instrumental tem uma importância mínima, é só mesmo para acompanhar.

E porque a malta gosta é de poder acompanhar à voz, para depois irem ao Ídolos dizer que sabem cantar.

Mas por acaso é engraçado que mostras uma banda de black metal a alguém que nunca ouviu nada parecido, e a reacção da pessoa é dizer "oh, assim até eu canto!" Aí tu viras-te para a pessoa e respondes "então canta lá". Segue-se um silencio constrangedor...

[Soulforged]

Ouvir um bom álbum de metal será sempre uma experiência muito pessoal. A forma como a música «fala connosco» não pode ser, na minha opinião, metida pela garganta abaixo de ninguém. Acho que desfruto muito mais de álbum se pensar que sou das únicas pessoas que o conhece, é muito como se sentisse que acabei de achar um tesouro e que o quero todo só para mim. Há certos álbuns supostamente bons, assim como bandas, que me aborrecem, e não há problema nenhum nisso, não me vale a pena ouvir bandas só porque são mais modernas, mais de culto ou clássicas, mas porque me dizem alguma coisa. Portanto penso que ouvir uma banda e não ouvir outra é sempre uma experiência que me remete para uma individualidade deliciosa.

Gostei de te ver a falar a sério sem ser no tópico da literatura.

Concordo inteiramente.

[Anne [RIP 2014/03/13]]

Hahaha.

[JekBanger]

este tópico tem a sua piada...quando eu estudava e morava com mais 3 amigos no Porto, só eu e outro amigo, estavamos habituados a ouvir metal desde adolescentes, dos outros dois, só um mostrava interesse por música e ouvia Coldplay, Sigur Ros, Muse, Pearl Jam e Radiohead, numa noite de copos e de fumícios, pergunta-me ele como é que a gente curte o "metal", só fiz uma coisa, pûs o DVD Live Shit Binge and Purge dos Metallica e .... nada aconteceu ....a não ser o 4º amigo que não ligava à música e pediu para baixar o volume do barulho eheh... Acho que não há fórmulas para dar a conhecer metal a ninguém, eu tive amigos na adolescência que me gravaram tapes de Offspring (smash e ixnay), Metallica e Maiden e para mim foi o suficiente...Hoje em dia com o Youtube, é bastante fácil pesquisar o género e subgéneros, quem se interessa realmente por música não precisa de personal trainers...

[abyssum]

Um não metaleiro nunca vai ouvir metal, assim como os pseudo metaleiros que conheci na década de 90 que hoje ouvem outras cenas menos metal nunca foram metaleiros na vida nem nunca o irão ser.

É uma cena que nasce conosco e não se aprende, é intrínseco, mais nada.

Acho que és capaz de ter razão. Eu sou um bocado exemplo disso. Na infância, o contacto que tive com metal, ou mesmo rock, ou até música decente foi quase zero. Atá ao meio da adolescência tive um percurso musical que não fazia adivinhar que viesse a tornar-me metaleiro. No entanto, assim que tive o primeiro contacto a sério com metal, nunca mais quiz outra coisa.

O meu primeiro contacto com o metau foi no inicio da adolescência, uns amigos meus deram-me a ouvir uma banda (não me lembro qual) num leitor de k7, a minha reação ao ouvir aquilo foi logo de tirar os fones, apesar de gostar de rock o metau era demasiado barulhento para mim. Só alguns anos mais tarde e por minha iniciativa é que me aventurei por estas lides. É algo que tem de vir por interesse e vontade própria.

[Sanguessuga]

Ouvir um bom álbum de metal será sempre uma experiência muito pessoal. A forma como a música «fala connosco» não pode ser, na minha opinião, metida pela garganta abaixo de ninguém. Acho que desfruto muito mais de álbum se pensar que sou das únicas pessoas que o conhece, é muito como se sentisse que acabei de achar um tesouro e que o quero todo só para mim. Há certos álbuns supostamente bons, assim como bandas, que me aborrecem, e não há problema nenhum nisso, não me vale a pena ouvir bandas só porque são mais modernas, mais de culto ou clássicas, mas porque me dizem alguma coisa. Portanto penso que ouvir uma banda e não ouvir outra é sempre uma experiência que me remete para uma individualidade deliciosa.

Interessante

[Matusalem]

Um não metaleiro nunca vai ouvir metal, assim como os pseudo metaleiros que conheci na década de 90 que hoje ouvem outras cenas menos metal nunca foram metaleiros na vida nem nunca o irão ser.

É uma cena que nasce connosco e não se aprende, é intrínseco, mais nada.

Deve ser mais ou menos isso, deve.
Eu comecei a ouvir metal por causa de uns desenhos de umas abóboras que um amigo meu fazia. Decorria o ano de 87 (sim, já sou velhote) e na Alliance Française onde eu andava tinha um colega cujo caderno dele estava cheio de desenhos de aboboras. Perguntei-lhe porque ele só desenhava aboboras (ele tinha jeito para desenho, convem referir, se fosse eu com certeza a malta pensaria que eram tomates ou maçãs) e ele disse que era de um grupo de musica que ele gostava muito, que tinha lançado nesse ano um album muito bom e tal. Mostrei alguma curiosidade acerca desse grupo e no dia seguinte ele entregou-me uma cassete gravada de um vinil de uma banda chamada Helloween, com um album com um titulo que para mim na altura era grande: Keeper of the Seven Keys. Quando cheguei a casa puz aquilo a tocar e gostei igualmente da sonoridade, sem fazer a minima que aquilo era metal, ou heavy metal ou que tinha um determinado nome para um genero especifico de musica. Para mim era apenas uma banda com uma sonoridade mais rapida do que aquilo que eu ouvia na radio e as guitarras comparava-as a violinos tocados furiosamente (convem igualmente esclarecer que fui criado enquanto miudo com uma pessoa mais velha que só ouvia musica classica). Só sei que gostei daquilo. Uns anos mais tarde, depois de ambos termos saido dessas aulinhas de francês, encontrei-o e palavra puxa palavra ele confessou-me que já não ouvia metal. Ainda tinha alguns vinis e que nao se separava deles, memorias blablabla, mas ja nao os punha a tocar.
E eu ainda por aqui ando para mal dos vossos pecados. Portanto deve ser isso. Forçar os outros a gostar de algo sinceramente a mim não me diz nada, ainda para mais eu ouço muita coisa fora da esfera do metal.
Pode-se é fazer uma listinha, num papel, de algumas bandas e dizer a alguem:
-"Olha, vai ao youtube e ouve isto, se gostares depois mostro-te mais algumas coisas parecidas, se não gostares carregas no botão stop, dizes-me que não gostastes de nada e nós nunca mais falamos no assunto."

[Indigente]

Cenas orelhudas e sem grandes falsettos/grunhidos. Suponho que a regra d'ouro será usar o senso comum

Já passei a fase de impingir metal aos amigos, mas se fosse hoje, mostrava-lhes isto:

[metal lover [RIP 2014/03/14]]

Um não metaleiro nunca vai ouvir metal, assim como os pseudo metaleiros que conheci na década de 90 que hoje ouvem outras cenas menos metal nunca foram metaleiros na vida nem nunca o irão ser.

É uma cena que nasce connosco e não se aprende, é intrínseco, mais nada.