Política - Discussão ou algo do género.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Já "dançámos" de volta deste tema várias vezes, e acho que em essência até acabamos por discordar bem pouco. Até porque eu também digo que o modelo como está agora é insustentável para a população geral. E é um sistema de insustentabilidade que privilegia uma certa classe. Não és pago num envelope de dinheiro, logo, o dinheiro do teu salário, que começa por ser real, torna-se imaginário quando o metes no banco. O Banco que, valendo-se das letras miudinhas, usa, não infrequentemente, os fundos desses depósitos como forma de geração de capital, modelo aliás que já li há semanas que o nosso governo quer aplicar aos fundos da Segurança Social. Na prática, és condicionado a tornar o teu dinheiro real em imaginário, com o qual o banco especula e que, se ganha obtém lucro, se perde, é o teu dinheiro que fica em risco a não ser que o estado suporte.
Há algo aqui neste paradigma que não está bem.
Um pouco como o exemplo da TEDTalk que postei acima e que foi censurada pela dita. É das provas mais cabais que o problema não reside (só) na irrealidade do dinheiro mas sim na forma de circulação e distribuição do mesmo. Porque ele está ali, algures, mal distribuido e a ser servido por intravenosa à custa de países inteiros. Nem é o sistema da ditadura do proletariado, avante camarada, que é posto em causa por este sistema, é o próprio sistema capitalista que não funciona sem a circulação de dinheiro e maior equidade. Por muito que se afirme aqui patetices ( que seriam imperdoáveis mesmo de quem não estuda economia) como as promoções serem um aumento do poder de compra, a verdadeira sustentabilidade só se consegue com novas abordagens políticas (não há mal que se inspirem nalgumas mais velhinhas) e com um aumento de poder de compra e um menor fosso social. Que a solução permaneça em dar dos que não têm para se sustentar para os que não só têm com que se sustentar como espicaçam o desiquilibrio e aumentam a insustentabilidade, em nome da sustentabilidade é um contra-senso, deitar gasolina no lume, tapar o sol com a peneira, todo e qualquer chavão que se queira colocar. Não se torna um sistema mais sustentável incentivando as práticas que o tornaram insustentável. Não se equilibra uma balança colocando mais pesos no prato que já os tem todos.
A fórmula só não é simples porque se teima em não aplicá-la.
Há algo aqui neste paradigma que não está bem.
Um pouco como o exemplo da TEDTalk que postei acima e que foi censurada pela dita. É das provas mais cabais que o problema não reside (só) na irrealidade do dinheiro mas sim na forma de circulação e distribuição do mesmo. Porque ele está ali, algures, mal distribuido e a ser servido por intravenosa à custa de países inteiros. Nem é o sistema da ditadura do proletariado, avante camarada, que é posto em causa por este sistema, é o próprio sistema capitalista que não funciona sem a circulação de dinheiro e maior equidade. Por muito que se afirme aqui patetices ( que seriam imperdoáveis mesmo de quem não estuda economia) como as promoções serem um aumento do poder de compra, a verdadeira sustentabilidade só se consegue com novas abordagens políticas (não há mal que se inspirem nalgumas mais velhinhas) e com um aumento de poder de compra e um menor fosso social. Que a solução permaneça em dar dos que não têm para se sustentar para os que não só têm com que se sustentar como espicaçam o desiquilibrio e aumentam a insustentabilidade, em nome da sustentabilidade é um contra-senso, deitar gasolina no lume, tapar o sol com a peneira, todo e qualquer chavão que se queira colocar. Não se torna um sistema mais sustentável incentivando as práticas que o tornaram insustentável. Não se equilibra uma balança colocando mais pesos no prato que já os tem todos.
A fórmula só não é simples porque se teima em não aplicá-la.
Eu já vi o raxx num papo seco
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Sim. Mas discutir sobre os aspectos em que concordamos é lá muito estimulante.
De facto, algo no paradigma não está bem e precisa de ser mudado.
Mas é uma bomba, que tem de ser desarmadilhada com cuidado. Para o bem e para o mal, o sistema bancário que temos é uma peça fundamental na economia. A situação actual é má. Mas rasgar algumas dívidas pode torná-la muito pior.
E um dos aspectos que tem de ser eliminado no processo, além de acabar com especuladores e pendurar alguns pelo pescoço, é acabar com os envididamentos ad infinitum dos estados e países inteiros.
É indossociável: se não queremos ter de voltar a salvar os bancos no futuro, não os podemos deixar emprestar sistematicamente biliões de euros a clientes que não lhos vão conseguir pagar.
De facto, algo no paradigma não está bem e precisa de ser mudado.
Mas é uma bomba, que tem de ser desarmadilhada com cuidado. Para o bem e para o mal, o sistema bancário que temos é uma peça fundamental na economia. A situação actual é má. Mas rasgar algumas dívidas pode torná-la muito pior.
E um dos aspectos que tem de ser eliminado no processo, além de acabar com especuladores e pendurar alguns pelo pescoço, é acabar com os envididamentos ad infinitum dos estados e países inteiros.
É indossociável: se não queremos ter de voltar a salvar os bancos no futuro, não os podemos deixar emprestar sistematicamente biliões de euros a clientes que não lhos vão conseguir pagar.
Shrödinger's cat has left the building.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Porra, assim não tens piada. 

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
E eu iria um bocadinho mais longe, só for arguments sake, e diria que todo o sistema e conceito de juro deveria ser, se não abolido (já andei a fazer alguns estudos de banca ética e ainda que existam exemplos muitissimo interessantes como o Jak bank que emprestam no pressuposto de todo o dinheiro que emprestam ser "real", expõem um certo calcanhar de Aquiles face a inevitáveis inflacções), pelo menos fortemente revisto. A França, por exemplo, tem sensivelmente tanto de juro de dívida como de dívida actual.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Epá! Muito bom!!!
Miguel Relvas: as anteninhas do regime
Paulo Gaião
Segunda feira, 21 de maio de 2012-Expresso
"O país está há muito entregue a verdadeiras antenas telefónicas que têm o verdadeiro poder nas mãos. Dias Loureiro era a antena de Cavaco. Jorge Coelho de Guterres. José Luís Arnaut de Durão Barroso. Miguel Relvas é há muito a antena de Passos Coelho.
O grande mérito destas antenas é terem uma vasta rede de contactos, falarem várias horas ao telefone, funcionarem como placa giratória entre o governo, o partido e muitos interesses que giram nesta órbitra. São elas que abrem e fecham portas, que espalham os ventos favoráveis, que controlam a matilha dos jornais, que têm os melhores canais para apagar fogos ou estabelecer entendimentos por baixo da mesa.
O seu papel é tão importante, e está de tal forma assumido, que as antenas entram sempre nos governos como ministros com pastas estratégicas, de acesso directo ao primeiro-ministro, como aconteceu a Loureiro, Coelho, Arnaut e Relvas, para que a placa giratória se mova com mais força. Em alguns casos, as antenas, umas do PS, outras do PSD, chegam a criar laços profundos. O que facilita o tratamento das matérias sensíveis do regime. Olhe-se o caso de Jorge Coelho e Dias Loureiro, duas super-antenas assumidamente gémeas. "Somos como irmãos", sempre disse Coelho. Durante o cavaquismo, foi Dias Loureiro a alavanca do carrinho. No guterrismo, passou a ser Jorge Coelho. Assim se passaram quase 20 anos.
A vastidão de comunicações que têm dá às antenas a sensação de que o mundo se esgota nelas. Algumas começam a viver em circuito fechado e perdem a noção da realidade. De que é exemplo o vangloriarem-se da própria sua rede. São antenas que controlam pior o narcisismo e que têm tempo de vida muito mais curto (ao contrário de Dias Loureiro e Jorge Coelho)
Foi o próprio Relvas quem contou que em plena Comissão de Inquérito na Assembleia da República que recebe 2700 sms por mês, uma média de 90 por dia (fora as chamadas telefónicas), brifado por centenas de formiguinhas que sabem o poder da antena e esperam um dia muito em breve virem a ser recompensadas.
O poder que as antenas efectivamente detêm, avaliado pelos resultados que conseguem, cria-lhes um sentimento de omnipotência. Sentem que controlam tudo. Os grandes riscos começam aqui. Quando num momento mais melindroso, como hoje no caso das secretas, aparece alguém que não faz parte da rede e não larga o osso, as antenas podem tornar-se ameaçadoras.
Foi o que aconteceu com Relvas e a jornalista do Público. Relvas, para não se por em causa, prefere explicar que estava cansado com a insistência do jornal. Mas quando a antena está fatigada ao fim de pouco tempo (Relvas nem um ano de governo tem) é porque alguma coisa está mal no seu material de fabrico. Olhe-se o caso de Dias Loureiro, talvez a antena mais excelente do regime, que só ao fim de mais de 20 anos de actividade, teve problemas a sério com o caso BPN.
Quando as antenas caem, o líder estremece porque habituou-se a viver na sua dependência. Também aqui algumas antenas gostam de se vangloriar do seu papel, o que na hora do apagamento fragiliza ainda mais o seu líder. Miguel Relvas contou aqui há meses numa entrevista que quando Passos Coelho decidiu candidatar-se pela primeira vez a líder do PSD em 2008 foi a ele quem telefonou primeiro. "Vem, preciso de ti", disse Passos. Miguel Relvas. estava de férias em África com a mulher, com viagem de avião marcada para visitar o Lago Vitória. Como antena que é, gastou 1200 euros de telemóvel nas conversas com Passos. Mas não bastou. Já não foi ao Lago Vitória e veio de escantilhão para Portugal, para preparar a candidatura do amigo. Passos não ganhou dessa vez mas ganhou a seguir.
Quando Jorge Coelho caiu em Março de 2001, por causa da queda da ponte de Entre-os Rios, António Guterres teve só mais nove meses de vida. Hoje, se Miguel Relvas cair, Passos Coelho vai estremecer.
Marcelo Rebelo de Sousa, a grande antena que emite em canal aberto, já deu uma ajuda ao abate de Relvas: "é muito difícil continuar em funções". Visa, claro está, o próprio Passos. Quem se mete com Marcelo leva sempre, mais tarde ou mais cedo. Passos Coelho deve lembrar-se do dia de 1996 em que disse a Marcelo uma frase assassina , em vésperas deste se candidatar a líder do PSD. Conta o próprio Passos: "Perdi a paciência. Ele ainda não sabia quem seria o presidente do Congresso, os vices, o secretário-geral. Disse-lhe para não brincar com aquilo, que não era o mesmo que fazer comentários políticos na televisão."
Miguel Relvas: as anteninhas do regime
Paulo Gaião
Segunda feira, 21 de maio de 2012-Expresso
"O país está há muito entregue a verdadeiras antenas telefónicas que têm o verdadeiro poder nas mãos. Dias Loureiro era a antena de Cavaco. Jorge Coelho de Guterres. José Luís Arnaut de Durão Barroso. Miguel Relvas é há muito a antena de Passos Coelho.
O grande mérito destas antenas é terem uma vasta rede de contactos, falarem várias horas ao telefone, funcionarem como placa giratória entre o governo, o partido e muitos interesses que giram nesta órbitra. São elas que abrem e fecham portas, que espalham os ventos favoráveis, que controlam a matilha dos jornais, que têm os melhores canais para apagar fogos ou estabelecer entendimentos por baixo da mesa.
O seu papel é tão importante, e está de tal forma assumido, que as antenas entram sempre nos governos como ministros com pastas estratégicas, de acesso directo ao primeiro-ministro, como aconteceu a Loureiro, Coelho, Arnaut e Relvas, para que a placa giratória se mova com mais força. Em alguns casos, as antenas, umas do PS, outras do PSD, chegam a criar laços profundos. O que facilita o tratamento das matérias sensíveis do regime. Olhe-se o caso de Jorge Coelho e Dias Loureiro, duas super-antenas assumidamente gémeas. "Somos como irmãos", sempre disse Coelho. Durante o cavaquismo, foi Dias Loureiro a alavanca do carrinho. No guterrismo, passou a ser Jorge Coelho. Assim se passaram quase 20 anos.
A vastidão de comunicações que têm dá às antenas a sensação de que o mundo se esgota nelas. Algumas começam a viver em circuito fechado e perdem a noção da realidade. De que é exemplo o vangloriarem-se da própria sua rede. São antenas que controlam pior o narcisismo e que têm tempo de vida muito mais curto (ao contrário de Dias Loureiro e Jorge Coelho)
Foi o próprio Relvas quem contou que em plena Comissão de Inquérito na Assembleia da República que recebe 2700 sms por mês, uma média de 90 por dia (fora as chamadas telefónicas), brifado por centenas de formiguinhas que sabem o poder da antena e esperam um dia muito em breve virem a ser recompensadas.
O poder que as antenas efectivamente detêm, avaliado pelos resultados que conseguem, cria-lhes um sentimento de omnipotência. Sentem que controlam tudo. Os grandes riscos começam aqui. Quando num momento mais melindroso, como hoje no caso das secretas, aparece alguém que não faz parte da rede e não larga o osso, as antenas podem tornar-se ameaçadoras.
Foi o que aconteceu com Relvas e a jornalista do Público. Relvas, para não se por em causa, prefere explicar que estava cansado com a insistência do jornal. Mas quando a antena está fatigada ao fim de pouco tempo (Relvas nem um ano de governo tem) é porque alguma coisa está mal no seu material de fabrico. Olhe-se o caso de Dias Loureiro, talvez a antena mais excelente do regime, que só ao fim de mais de 20 anos de actividade, teve problemas a sério com o caso BPN.
Quando as antenas caem, o líder estremece porque habituou-se a viver na sua dependência. Também aqui algumas antenas gostam de se vangloriar do seu papel, o que na hora do apagamento fragiliza ainda mais o seu líder. Miguel Relvas contou aqui há meses numa entrevista que quando Passos Coelho decidiu candidatar-se pela primeira vez a líder do PSD em 2008 foi a ele quem telefonou primeiro. "Vem, preciso de ti", disse Passos. Miguel Relvas. estava de férias em África com a mulher, com viagem de avião marcada para visitar o Lago Vitória. Como antena que é, gastou 1200 euros de telemóvel nas conversas com Passos. Mas não bastou. Já não foi ao Lago Vitória e veio de escantilhão para Portugal, para preparar a candidatura do amigo. Passos não ganhou dessa vez mas ganhou a seguir.
Quando Jorge Coelho caiu em Março de 2001, por causa da queda da ponte de Entre-os Rios, António Guterres teve só mais nove meses de vida. Hoje, se Miguel Relvas cair, Passos Coelho vai estremecer.
Marcelo Rebelo de Sousa, a grande antena que emite em canal aberto, já deu uma ajuda ao abate de Relvas: "é muito difícil continuar em funções". Visa, claro está, o próprio Passos. Quem se mete com Marcelo leva sempre, mais tarde ou mais cedo. Passos Coelho deve lembrar-se do dia de 1996 em que disse a Marcelo uma frase assassina , em vésperas deste se candidatar a líder do PSD. Conta o próprio Passos: "Perdi a paciência. Ele ainda não sabia quem seria o presidente do Congresso, os vices, o secretário-geral. Disse-lhe para não brincar com aquilo, que não era o mesmo que fazer comentários políticos na televisão."
"Now before my demons roll the night across my eyes
I tremble as I wait perhaps to sin
Yield unto temptation and be ruler of the world
And all I do is let the beast come in"
RONNIE JAMES DIO
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Votar é como o prepúcio( dispensável).
Eu pelomenos nunca mais vou deixar a minha pornografia para ir votar.
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- spiegelman
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Para poderes ser enrabad@ pelos políticos sem sentimento de culpa?
"Sim, esta veio do silêncio E livres habitamos a substância do MU!" (HumbertoBot)
Re: Política - Discussão ou algo do género.
spiegelman Escreveu:Para poderes ser enrabad@ pelos políticos sem sentimento de culpa?
Não. Não voto porque vivemos num país de políticos medíocres, porque as pessoas não exigem mais deles.
Porque o povo vota, não no que apresentar um plano consistente mas no que falar pior do governo actual.
Como é possível um povo acreditar que a culpa da situação do países pode ser atribuída a um só indivíduo.
As pessoas queixam-se dos políticos, mas depois dizem que política não serve para nada e nem tentam aprender como o mundo funciona.
Mas isto é culpa do povo, um político apenas precisa de apresentar um discurso demagógico para conseguir apoiantes.
"fdx temos a luz mais cara da europa" then "fdx como é que só baixam agora caralho!?!?!"
Hás de reparar que em período de eleições tem de aparecer sempre algum escândalo nos jornais para tentar estabilizar os candidatos.
(agora é porque o obama experimentou cocaína em moço)
Também em manifestações porque estas apenas servem para descarregar a raiva e o descontentamento que o posso sente, mas sem direcção.
Para o voto ter alguma importância, as pessoas têm de ser mais inteligentes e tentar questionar as decisões do governo. De forma pacífica, promover um dialogo.
Re: Política - Discussão ou algo do género.
Convenceste-me, nunca mais voto.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Vota em branco.
Re: Política - Discussão ou algo do género.
Vooder Escreveu:Convenceste-me, nunca mais voto.
x2
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
pitasslayer Escreveu:Não voto porque vivemos num país de políticos medíocres, porque as pessoas não exigem mais deles.
Brilhante. Com lógica assim estás no tópico certo, como rapidamente perceberás.
- spiegelman
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
pitasslayer Escreveu:spiegelman Escreveu:Para poderes ser enrabad@ pelos políticos sem sentimento de culpa?
Não. Não voto porque vivemos num país de políticos medíocres, porque as pessoas não exigem mais deles.
Porque o povo vota, não no que apresentar um plano consistente mas no que falar pior do governo actual.
Como é possível um povo acreditar que a culpa da situação do países pode ser atribuída a um só indivíduo.
As pessoas queixam-se dos políticos, mas depois dizem que política não serve para nada e nem tentam aprender como o mundo funciona.
Mas isto é culpa do povo, um político apenas precisa de apresentar um discurso demagógico para conseguir apoiantes.
"fdx temos a luz mais cara da europa" then "fdx como é que só baixam agora caralho!?!?!"
Hás de reparar que em período de eleições tem de aparecer sempre algum escândalo nos jornais para tentar estabilizar os candidatos.
(agora é porque o obama experimentou cocaína em moço)
Também em manifestações porque estas apenas servem para descarregar a raiva e o descontentamento que o posso sente, mas sem direcção.
Para o voto ter alguma importância, as pessoas têm de ser mais inteligentes e tentar questionar as decisões do governo. De forma pacífica, promover um dialogo.
Não. Essa é a lógica do não votar para poder ser enrabado pelos políticos que estão lá e lá irão ficar, quer votes quer não, mas como não votas não tens sentimento de culpa.
Essa argumentação só é válida se amanhã um carro cheio de ministros for pelos ares e o gajo ensaguentado que premiu o botão da bomba e lidera uma turba de guerrilheiros que abate a tiro vagas de comandos do exército, aparecer na televisão e diga entre premir de gatilho
"E para o pessoal do MU eu sou aquele que ontem escrevia contra a inação da população que vota"
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
pitasslayer Escreveu:spiegelman Escreveu:Para poderes ser enrabad@ pelos políticos sem sentimento de culpa?
Não. Não voto porque vivemos num país de políticos medíocres, porque as pessoas não exigem mais deles.
É que te atiro com Platão para cima e quase nem me preocupo mais.
O preço a pagar pela não participação da política é seres governado pelos teus inferiores.
Se tens problemas com os actuais, demitir-te da política é parvo. Aliás, se não te sentes representado, mais razão para te envolveres.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
spiegelman Escreveu:pitasslayer Escreveu:spiegelman Escreveu:Para poderes ser enrabad@ pelos políticos sem sentimento de culpa?
Não. Não voto porque vivemos num país de políticos medíocres, porque as pessoas não exigem mais deles.
Porque o povo vota, não no que apresentar um plano consistente mas no que falar pior do governo actual.
Como é possível um povo acreditar que a culpa da situação do países pode ser atribuída a um só indivíduo.
As pessoas queixam-se dos políticos, mas depois dizem que política não serve para nada e nem tentam aprender como o mundo funciona.
Mas isto é culpa do povo, um político apenas precisa de apresentar um discurso demagógico para conseguir apoiantes.
"fdx temos a luz mais cara da europa" then "fdx como é que só baixam agora caralho!?!?!"
Hás de reparar que em período de eleições tem de aparecer sempre algum escândalo nos jornais para tentar estabilizar os candidatos.
(agora é porque o obama experimentou cocaína em moço)
Também em manifestações porque estas apenas servem para descarregar a raiva e o descontentamento que o posso sente, mas sem direcção.
Para o voto ter alguma importância, as pessoas têm de ser mais inteligentes e tentar questionar as decisões do governo. De forma pacífica, promover um dialogo.
Não. Essa é a lógica do não votar para poder ser enrabado pelos políticos que estão lá e lá irão ficar, quer votes quer não, mas como não votas não tens sentimento de culpa.
Essa argumentação só é válida se amanhã um carro cheio de ministros for pelos ares e o gajo ensaguentado que premiu o botão da bomba e lidera uma turba de guerrilheiros que abate a tiro vagas de comandos do exército, aparecer na televisão e diga entre premir de gatilho
"E para o pessoal do MU eu sou aquele que ontem escrevia contra a inação da população que vota"
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