Política - Discussão ou algo do género.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » quarta mar 14, 2012 9:36 pm

Audiokollaps Escreveu:Jurista que deu parecer sobre Lusoponte esteve ligada à empresa

Assessora do secretário de Estado dos Transportes que emitiu o parecer para pagar à Lusoponte a compensação de 4,4 milhões de euros apesar de terem sido cobradas as portagens em agosto já trabalhou para a empresa

A jurista da assessoria do secretário de Estado dos Transportes que foi responsável pelo parecer que

recomendou o pagamento de 4,4 milhões de euros à Lusoponte, quando esta concessionária já tinha cobrado portagens em agosto, já trabalhou para a própria Lusoponte, noticia o Correio da Manhã.

A jurista sénior trabalhou no escritório de advogados Allen & Overy LLP, em Londres até 2008, e durante esse tempo prestou vários serviços jurídicos para os australianos da Macquaire, acionistas de referência da Lusoponte até 2008, ano em que que venderam a sua posição à Mota-Engil.

Nesse mesmo ano, a jurista passou para o escritório português Vasco Vieira d’Almeida & Associados, que também prestou serviços jurídicos à Lusoponte. Esse mesmo escritório foi escolhido pelo então ministro Mário Lino para representar o Estado na renegociação do acordo de equilíbrio financeiro com a concessionária.

O gabinete do secretário de Estado Sérgio Monteiro, questionado pelo jornal, disse que foi precisamente pela experiência nesse setor que a jurista foi contratada. O parecer considerou ilegal a retenção do dinheiro correspondente às portagens de agosto na ponte 25 de Abril, que normalmente não era cobrado dos automobilistas, pela Estradas de Portugal – já que, por decisão do governo, as portagens foram cobradas. A Lusoponte obteve assim um duplo pagamento – as portagens pagas pelos automobilistas, e a compensação paga pelo Estado.


Hoje em dia, quando se vai ver as noticias, é inevitável pensar antecipadamente... Qual vai ser a filha-da-putice de hoje?

É politica que temos! Um lodo...


Fdx... :|
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » quinta mar 15, 2012 9:11 am

«Cavaco Silva não vai ser obrigado a declarar as prendas que recebe»

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=544613


Transparência! É assim mesmo! :evil: PQP! Estou farto deste tipo! Farto!
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor HFVM » quinta mar 15, 2012 9:26 am

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Last Light » quinta mar 15, 2012 11:45 am

Tem ar de quem bebe o vinhinho do Salazar!

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Sanguessuga » quinta mar 15, 2012 11:51 am

É um borrachão nato :lol:

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Venøm » quinta mar 15, 2012 1:28 pm

Hereges!

Longa vida ao Imperador!

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sexta mar 16, 2012 12:20 pm

Portanto, o homem escolhido para tutelar as privatizações do país acumula funções no conselho administrativo de uma empresa privada...


O que está mal nesta imagem?


http://economia.publico.pt/Noticia/anto ... ce-1538073

A Sociedade Francisco Manuel dos Santos, o maior accionista da Jerónimo Martins propôs o nome do economista António Borges para o conselho de administração da dona do Pingo Doce, com funções não executivas.

Borges, escolhido pelo Governo para supervisionar o processo de privatizações, volta assim à governação (não executiva) da Jerónimo Martins, de onde saiu em Novembro de 2010 quando assumiu a liderança do departamento europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI), cargo do qual se demitiu há quatro meses.

A sociedade da família Soares dos Santos propôs hoje à assembleia-geral o regresso de Borges, como vogal, ao conselho de administração, assim como a entrada para o mesmo órgão do gestor britânico Alan Johnson, que é, desde Janeiro, o responsável financeiro da Jerónimo Martins.
Eu já vi o raxx num papo seco
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » sexta mar 16, 2012 1:09 pm

O que está mal nessa fotografia é que as pessoas ainda não perceberam que elegeram um governo de salvação dos interesses corporativos e não do interessa nacional.

Ex-governante ia denunciar "desvio de 3500 milhões" em rendas ao sector elétrico

Antes de se demitir do Governo, Henrique Gomes preparava-se para alertar os consumidores do aumento superior a 11% na conta da luz em 2013. O discurso estava escrito, mas não chegou a ser lido. Entretanto, a EDP anunciou o aumento do prémio plurianual a António Mexia, que continuará a receber 600 mil euros, relativos apena à parte fixa do salário.


Para além dos 600 mil euros que representam a componente anual fixa do seu salário, Mexia poderá acumular mais 80% desse valor noutras remunerações variáveis propostas pela comissão de vencimentos da empresa. Por outro lado, o prémio plurianual será aumentado e Mexia poderá ganhar este ano, tal como aconteceu em 2009, uma verba a rondar os 3,1 milhões de euros.

O presidente executivo da EDP é apontado como um dos responsáveis pela saída de Henrique Gomes do Governo, tendo o ex-líder laranja Marques Mendes revelado à TVI24 que o ex-ministro de Santana Lopes tinha uma disputa pessoal antiga com o ex-secretário de Estado. O certo é que Henrique Gomes parecia determinado a acabar as "rendas excessivas" que o Estado oferece ao sector elétrico. Num discurso escrito para intervir numa sessão pública no ISEG, Gomes fala numa "perda incomportável de competitividade da nossa economia e uma sobrecarga socialmente insuportável pelos consumidores" por causa do "sector protegido" da eletricidade.

"As rendas excessivas e a atual garantia de potência impactam fortemente na sustentabilidade futura do sector elétrico, estando a desviar da economia e das famílias recursos num valor global de 3500 milhões de euros até 2020", escreveu o secretário de Estado no seu discurso, acrescentando que para pagar estes custos seria preciso aumentar o preço ao consumidor em 4,7% ao ano.

O discurso não chegou a ser feito, Henrique Gomes demitiu-se e foi substituído após António Mexia ter qualificado de "inutilizável" o estudo encomendado pelo Governo à Universidade de Cambridge, que apotava o dedo às tais "rendas excessivas" pagas ao sector, metade das quais entra diretamente nos bolsos da EDP.



Portugal no seu melhor...

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor JVELHAGUARDA » sexta mar 16, 2012 5:42 pm

"Vai buscar!
O futebol é um mundo, é um desporto, é uma paixão, é uma loucura - e é também um negócio. Um negócio de gente rica em clubes falidos. Um negócio em que sempre se pagaram salários milionários mas não os impostos. Quando Catroga penhorou as Antas, levou com uma retrete de Pinto da Costa. Veio Sousa Franco e a bestialidade de um Totonegócio nauseabundo - mas as dívidas perduraram. Até ontem. Com um truque.
Ontem pode ter sido um dia histórico. A Federação diz que vai pagar as dívidas que os clubes reconhecem. E assim o mesmo Governo que foi chicoteado pelo recuo face ao lóbi da EDP vence o lóbi do futebol. Se for assim, Passos, Gaspar e Relvas hoje não são postos a andar - sobem para o andor. Com aplausos.
Eia uma história que cheira mal. Foi em 1999 que se fez o Totonegócio, acordo mediante o qual as dívidas ao fisco dos clubes de futebol seriam pagas pelas receitas futuras do Totobola. As receitas não bastaram, fez-se novo acordo em 2004, as receitas voltaram a não bastar, os clubes foram agora ameaçados de execução pelo fisco. Federação, Liga, clubes lá foram bater no ceguinho e pedir para pagar a coisa a prestações. No total, são 33 milhões de euros, dos quais os clubes contestam 20 milhões, em parte por considerarem que foi o Estado quem atraiçoou as receitas do Totobola ao criar novos jogos sociais. Essa fatia está em tribunal.
Preparava-se um desfecho inaceitável de favor aos clubes. Não o houve. Os 13 milhões de euros que a Federação reconhece são pagos já, mantendo-se as mesmas receitas de jogos sociais. Os outros 20 milhões ficam a marinar nos tribunais. Mas assim todos saem bem: o Estado que recebe 13 milhões, o Governo que não cedeu, os clubes que passam a cumpridores e a Federação agora liderada por Fernando Gomes que quer acesso às receitas "de outros jogos que o Governo venha a criar". É aqui que está o truque: o Estado anda doido para tributar os jogos online, o que ainda não conseguiu, por essas empresas estarem em offshores. Ora, os clubes querem garantir já parte dessa promissora tributação.
Se o Governo aceitar o acordo, os clubes garantem assim simultaneamente a regularização da situação fiscal e mais uma fonte de receitas futuras. E bem precisam delas. Porque o seu modelo de negócio está todo torto.
Há uma indústria que vive do futebol e sangra os clubes. Enquanto os clubes vão falindo, submersos em dívidas, há hordas de agentes enriquecidos que transaccionaram jogadores com salários obscenos com dirigentes que não se sabe bem do que vivem. Quando a crise chegou e tapou o crédito, a situação tornou-se evidente. Clubes vencedores, como o Porto e agora o Benfica, montaram um modelo de negócio que vive de vendas caras de jogadores comprados baratos; clubes bem geridos como o Braga ascendem na Europa; clubes mal geridos como o Sporting estão em falência: o sportinguista mais eufórico com o resultado de ontem em Manchester, que lhe permitiu a passagem à próxima ronda da Liga Europa, há-de ter sido o director financeiro do clube.
O futebol profissionalizou-se mas ainda é estruturalmente inviável. Vive de receitas futuras, razão pela qual a Olivedesportos tem o poder que uma ANF tinha nas farmácias ou que o FMI tem em Portugal: empresta a aflitos.
A solução para o Totonegócio não é o princípio de nada mas é pelo menos o fim de um acordo vergonhoso feito entre gente sem vergonha na cara. Se o acordo vingar, se a Federação pagar, se o Governo não entregar as receitas futuras, tira-se o chapéu a esta gente toda. Se, se, se é apesar de tudo melhor que mas, mas, mas. Até porque podemos dizer: olha, ainda há vergonha. Haverá?"
Pedro Santos Guerreiro http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 44895&pn=1


Estes lóbis não têm fim... :?
(ia colocar no lounge mas, isto vai mais além acho eu mas, deixo à consideração da administração)

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » sexta mar 16, 2012 8:44 pm

Esse texto deixa a ideia de que o FCP e SLB não estão quase tão falidos como o SCP.
A Benfica SAD, por exemplo, esteve em falência técnica em 2009.
Enfim. O futebol profissional em Portugal é um negócio insustentável.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » sexta mar 16, 2012 8:46 pm

Grimner Escreveu:O que está mal nesta imagem?


O que está mal nessa imagem é não haver um lei que defina claramente o que é e o que não é incompatível.
Num país "decente", isto seria um non-issue: ou sim, ou sopas.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Quetzalcoatl » sábado mar 17, 2012 10:23 am

http://www.futebolfinance.com/os-propri ... eague-2011

Afinal Portugal não é o único País "indecente"... hehe
Mas também gostava de saber se algum sócio do Benfica ou Porto se importava que o clube fosse dum Chinês e esse Chinês injectasse Triliões todos os anos e mesmo sabendo que parte dos lucros iam para paraisos fiscais... Aí sim queria saber quem era "decente"! :mrgreen:

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » sábado mar 17, 2012 12:36 pm

O negócio de ouro da Lusoponte

A Lusoponte, presidida pelo ex-ministro das Obras Públicas do PSD, Ferreira do Amaral, já obteve, até à data, o dobro do valor investido na construção da ponte Vasco da Gama. Até ao final da concessão, em 2030, esta parceria público privada tornar-se-á ainda mais lucrativa para a Lusoponte.

Desde 1995, data da assinatura do contrato referente à construção da ponte Vasco da Gama e à exploração de portagens nesta ponte e na ponte 25 de Abril, e que foi negociado pelo então ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral, agora presidente da Lusoponte, e Eduardo Catroga, à época ministro das Finanças, a Lusoponte já recebeu o dobrou do valor investido na obra da segunda travessia do Tejo.

Em dezassete anos, o Estado português pagou a esta empresa 364 milhões de euros em indemnizações, ao que a Lusoponte somou os 746 milhões de euros arrecadados mediante a cobrança de portagens nas duas pontes. O valor despendido pela empresa na construção da ponte Vasco da Gama não ultrapassou, contudo, os 578 milhões de euros.

Até ao final da concessão, em 2030, o investimento da Lusoponte tornar-se-á ainda mais lucrativo.

Segundo noticia o jornal Sol, o nono acordo de reequilíbrio financeiro, a ser fechado ainda este mês, já pressupõe uma compensação de 50 milhões de euros à empresa por alterações na derrama estadual.

São ainda previstos mais cerca de 100 milhões de euros de compensações até 2019 e a Lusoponte já entregou um pedido de indemnização por parte do Estado no valor de 100 milhões de euros, segundo revelou o próprio Secretário de Estado dos Obras Publicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro.

Este pedido de indemnização estará associado ao facto de o anterior governo ter assinado em 2008 um acordo em que se compromete a compensar a Lusoponte pelo “risco de variação dos impostos” e referir-se-á apenas ao período entre 2008 e 2012.

Renegociações ruinosas para os contribuintes

Desde a data da sua assinatura, o contrato firmado entre o Estado português e a Lusoponte já sofreu oito alterações, sendo que está em curso um novo processo de negociação referente ao novo acordo de reequilíbrio financeiro.

Segundo o Tribunal de Contas, as sucessivas renegociações têm sido manifestamente penalizadoras para o erário público. O Estado abriu mão, entre outros, do volume de tráfego como limite à concessão, permitindo a prorrogação do prazo da concessão, em relação à duração estimada pela própria Lusoponte, segundo a qual, em resultado dos níveis de tráfego registados nas duas travessias, tal prazo deveria expirar entre 2019 e 2023, período em que se atingiria o target de 2.250 milhões de veículos.

Durante todo o processo, o Estado acabou por se tornar no mais importante e decisivo financiador da concessão, sem a explorar, com um contrato que permitiu transferir, para o Estado, riscos que caberiam, em condições normais, à esfera de responsabilidade da concessionária.



Há merdas que eu não percebo.

Uma empresa privada investe dinheiro na construção de uma ponte e arrecada dinheiro com a exploração da mesma (portagens).

Onde é que entra o dinheiro do Estado neste negócios?

Indemnizações de quê?

Compensações de?

O que é o estado tem a ver com volume de tráfego?

E porque é que o estado tem que assegurar a empresa que não perde receitas com as variações dos impostos?

Porque é que estas empresas não se regem pelas mesmas regras de todas as outras?

Agradeçam ao senhor Cavaco e aos seus amigos.... outra vez!

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » sábado mar 17, 2012 2:33 pm

Audiokollaps Escreveu:Há merdas que eu não percebo.

Uma empresa privada investe dinheiro na construção de uma ponte e arrecada dinheiro com a exploração da mesma (portagens).

Onde é que entra o dinheiro do Estado neste negócios?

Indemnizações de quê?

Compensações de?

O que é o estado tem a ver com volume de tráfego?

E porque é que o estado tem que assegurar a empresa que não perde receitas com as variações dos impostos?

Porque é que estas empresas não se regem pelas mesmas regras de todas as outras?


Há duas coisas importantes.
Primeiro, a LusoPonte construiu a ponte e tem a concessão da sua exploração por 40 anos mas.. a ponte é do Estado.
Artigo 84º da nossa Constituição
«1. Pertencem ao domínio público:

a) As águas territoriais com os seus leitos e os fundos marinhos contíguos, bem como os lagos, lagoas e cursos de água navegáveis ou flutuáveis, com os respectivos leitos;
b) As camadas aéreas superiores ao território acima do limite reconhecido ao proprietário ou superficiário;
c) Os jazigos minerais, as nascentes de águas mineromedicinais, as cavidades naturais subterrâneas existentes no subsolo, com excepção das rochas, terras comuns e outros materiais habitualmente usados na construção;
d) As estradas;
e) As linhas férreas nacionais;
f) Outros bens como tal classificados por lei.»

Segundo, estás a falar de um investimento a 40 anos, durante os quais vais ter pelo menos 10 governos e sabe-se lá que alterações politicas e económicas.
Nenhum investidor privado se vai meter nisso sem um contrato que lhe dê garantias.

Dito isto, estes esquemas de PPP em Portugal muitas vezes não passam de formas de desorçamentação.
No fundo, o Estado constraiu uma divida a 40 anos para pagar a costrução de uma ponte. E uma divida a 40 anos paga muitos juros...

Agradeçam ao senhor Cavaco e aos seus amigos.... outra vez!

Ao Cavaco, mas não só.

Em todas as PPPs, todos os anos há negociações e discussões entre o Estado e o privado sobre quais são os valores que cada um deve ao outro.
E durante muito tempo, o Estado foi sistematicamente enrabado nessas negociações porque o Estado não mantinha as pessoas que conheciam os contratos e os contratos são demasiado complicados para alguém chegar e ficar a conhecê-los em 2 ou 3 meses.

Acho que só no último Governo do Sócrates é que finalmente se criou uma unidade permanente no Estado para acompanhar as PPPs.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » segunda mar 19, 2012 1:00 pm

"Todas as pessoas, independentemente da posição que ocupam, fazem sacrifícios importantes. Sejam aqueles que têm reformas maiores sejam os que têm mais pequenas. Os sacrifícios têm que ser repartidos por todos. Não há ninguém que fique de fora".


Pedro Passos Coelho, em reacção às declarações do Presidente da República quando este mencionou a escassez da sua reforma.



http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economi ... id=1601882

O número de milionários aumentou em Portugal, que seguiu a tendência mundial, mesmo em ano de crise e recessão, revela um estudo mundial feito todos os anos realizado pela Cap Gemini e pela Merrill Lynch e relativo a 2009.
De acordo com este estudo, há 11 mil pessoas com uma fortuna acima de um milhão de dólares, ou seja mais de 800 mil euros, mais 5,5 por cento que em 2008, ano em que foram contabilizadas menos de 10500 fortunas desta dimensão
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