O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
- Zyklon
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O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Ora bem, estando feito o balanço final de toda a gente por ai em relação aos tops de preferências relativos ao ano de 10, gostaria de abrir este tópico para tentarem refletir acerca da música que ouvem.
Como sabem hoje em dia assiste-se a uma nova Era onde a palavra download veio dar um novo sentido á musica que todos ouvimos e gostamos.
È conhecida por todos a lenga-lenga do por causa da pirataria muitas editoras e bandas, passam por momentos dificies, mas não é isso que peço aqui..
Aqui á dias um musico bem conhecido de todos diretamente ou indiretamente (não vou dizer quem é) mencionou num post no Facebook que ficou, digamos intrigado, porque um album onde participa aparece em varios tops e as vendas não foram por ai além, acrescentando "..parece que o pessoal até pode gostar muito de um album, mas mesmo assim não compram.Aquela treta de sempre dizerem "saco, se gosto compro" é isto mesmo, uma treta.".
Dito isto gostaria de saber que albuns fizeram parte das vossas listas e quais realmente acabaram por comprar, sejam eles nacionais ou não.
Pode parecer meio parvo isto, mas aquilo que o musico em questão diz afinal até tem uma ponta de verdade, porque afinal a musica que ouvimos (não vou usar somente o termo Metal), supostamente deveria ter sempre aquele sentido especial que nos acaba por tocar cá dentro (e por favor não me venham com tiradas idiotas acerca destas ultimas palavras).
Mas pergunto será mesmo isso?
Será que nos dias de hoje os supostos fans de musica extrema deixaram de ter aquele fascinio pelas obras que os impressionaram mais?
Foram 12 meses e milhares de musicas ao longo do ano, será mesmo que no meio de isto não existe um esforço para gastar uns euros ou dolares num album que realmente vos marcou?
Alguns vão dando o exemplo, o BR11 só fala no site dele de material que compra, eu faço o mesmo no Asilo e muitos mais o fazem.
Não quero com isto entrar numa de "somos os maiores" mas é nestes pequenos pormenores que por vezes acabam por fazer a diferença, vindo ao de cima um certo misto de orgulho e fascinio, derivado claro, de algo com que nos identificamos, porque afinal a musica acaba por ser mesmo isso uma especie de elo de ligação entre nós e o som (ou pelo menos devia ser).
Parece que aquele fascinio de se receber um cd ou lp novo se está a perder por completo, e isso na minha opinião é mau, não para a industria mas para nós mesmos.
Um dos topicos que mais me gosto dá ver aqui é o das compras dos albuns, porque dá a ideia que ainda vão existindo uns resistentes por ai ao simples ato de download|ouve|disco externo.
Posto isto digam o que pensam acerca do assunto e claro numerem quantos albuns do vosso top do ano passado compraram realmente.
Bem é só isto, vou continuar a ouvir a edição remasterizada do homonimo de Deicide..
Como sabem hoje em dia assiste-se a uma nova Era onde a palavra download veio dar um novo sentido á musica que todos ouvimos e gostamos.
È conhecida por todos a lenga-lenga do por causa da pirataria muitas editoras e bandas, passam por momentos dificies, mas não é isso que peço aqui..
Aqui á dias um musico bem conhecido de todos diretamente ou indiretamente (não vou dizer quem é) mencionou num post no Facebook que ficou, digamos intrigado, porque um album onde participa aparece em varios tops e as vendas não foram por ai além, acrescentando "..parece que o pessoal até pode gostar muito de um album, mas mesmo assim não compram.Aquela treta de sempre dizerem "saco, se gosto compro" é isto mesmo, uma treta.".
Dito isto gostaria de saber que albuns fizeram parte das vossas listas e quais realmente acabaram por comprar, sejam eles nacionais ou não.
Pode parecer meio parvo isto, mas aquilo que o musico em questão diz afinal até tem uma ponta de verdade, porque afinal a musica que ouvimos (não vou usar somente o termo Metal), supostamente deveria ter sempre aquele sentido especial que nos acaba por tocar cá dentro (e por favor não me venham com tiradas idiotas acerca destas ultimas palavras).
Mas pergunto será mesmo isso?
Será que nos dias de hoje os supostos fans de musica extrema deixaram de ter aquele fascinio pelas obras que os impressionaram mais?
Foram 12 meses e milhares de musicas ao longo do ano, será mesmo que no meio de isto não existe um esforço para gastar uns euros ou dolares num album que realmente vos marcou?
Alguns vão dando o exemplo, o BR11 só fala no site dele de material que compra, eu faço o mesmo no Asilo e muitos mais o fazem.
Não quero com isto entrar numa de "somos os maiores" mas é nestes pequenos pormenores que por vezes acabam por fazer a diferença, vindo ao de cima um certo misto de orgulho e fascinio, derivado claro, de algo com que nos identificamos, porque afinal a musica acaba por ser mesmo isso uma especie de elo de ligação entre nós e o som (ou pelo menos devia ser).
Parece que aquele fascinio de se receber um cd ou lp novo se está a perder por completo, e isso na minha opinião é mau, não para a industria mas para nós mesmos.
Um dos topicos que mais me gosto dá ver aqui é o das compras dos albuns, porque dá a ideia que ainda vão existindo uns resistentes por ai ao simples ato de download|ouve|disco externo.
Posto isto digam o que pensam acerca do assunto e claro numerem quantos albuns do vosso top do ano passado compraram realmente.
Bem é só isto, vou continuar a ouvir a edição remasterizada do homonimo de Deicide..
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- Metálico(a) Supremo(a)
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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Do meu top10, assim de cabeça, comprei dois: o de Cathedral e o de Alcest. Também comprei o de Triptykon, mas na altura que foi para submeter a lista, ainda não o tinha ouvido realmente a fundo para colocá-lo num lugar que achasse justo. (Neste momento, está em 5º).
No entanto, existem algumas razões para não ter comprado mais:
1º Não costumo comprar os CDs mal eles saem, a não ser que me marquem mesmo, que foi o caso do "Écailles de Lune" dos Alcest.
2º Grande parte dos discos que figuram no meu Top10 foram ouvidos pela primeira vez em Dezembro e como não sou rico e se aproximam, pelo menos, dois concertos e um festival a que pretendo ir, tenho de poupar dinheiro. Se estão na minha lista de compras? Sim, sem dúvida.
3º Este ano comprei mais de 30 CDs originais, só para aí 3 ou 4 é que são deste ano
Espero ter contribuído para o teu "estudo"
No entanto, existem algumas razões para não ter comprado mais:
1º Não costumo comprar os CDs mal eles saem, a não ser que me marquem mesmo, que foi o caso do "Écailles de Lune" dos Alcest.
2º Grande parte dos discos que figuram no meu Top10 foram ouvidos pela primeira vez em Dezembro e como não sou rico e se aproximam, pelo menos, dois concertos e um festival a que pretendo ir, tenho de poupar dinheiro. Se estão na minha lista de compras? Sim, sem dúvida.
3º Este ano comprei mais de 30 CDs originais, só para aí 3 ou 4 é que são deste ano

Espero ter contribuído para o teu "estudo"

The Hanged Man's Swansong:
Últimas atualizações: Entrevista com Sacred Sin
Últimas atualizações: Entrevista com Sacred Sin
Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Bom, no que me toca compro apenas álbuns que me marcam muito e posso dizer que da lista que coloquei no balanço, tenho todos em formato cd. Isto no que diz respeito aos internacionais. Quanto aos nacionais, só adquiri o dos Crushing Sun (ontem precisamente), porque de resto, gostei de outros álbuns mas não o suficiente para investir neles 14/15 ou 16 euros (na melhor das hipóteses).
Por outro lado, também não compro cds assim que saem, só se forem das minhas bandas favoritas (estou a falar de 15/20 bandas que sigo fielmente). Normalmente espero até aparecerem mais baratos aqui e ali.
Era giro que esses músicos também parassem um pouco para reflectir se vale a pena comprar um álbum por 18€? Com este valor ontem comprei 3!! O TAO, o Religion Blindness e o Shadows of the Sun.
E não se trata apenas desta relação preço/quantidade, mas também numa lógica de prioridades: o que é mais importante? Cds ou roupa ou comida?
Felizmente ainda tenho algum poder de compra para investir em Cds, mas grande parte das pessoas não tem essa possibilidade, porque começam a ter outras despesas assim que saem de casa dos pais, e no caso dos jovens que não têm fonte de rendimento, os pais já não dão dinheiro para estas coisas, porque apesar de tudo, pesam bastante num orçamento familiar.
Acredito que se ouvesse mais dinheiro nos bolsos, a ideia de que "saquei, gostei, vou comprar" era posta em prática, actualmente o processo é mais "saquei, gostei...vou esperar até ter dinheiro para comprar" e muitas vezes ou cai no esquecimento pela rápida substituição deste por outro novo download ou nunca se chega a ter disponibilidade financeira para se comprar o tal álbum.
Enfim...é um problema tão velho quanto a própria net. Também espero que o ppl mais novo recupere o hábito de comprar cds, pelo menos um por mês, como eu comecei a fazer quando tinha os meus 13 anos. Era a única coisa que ouvia durante um mês inteiro.
O meu blogue visa também ajudar quem quer comprar a ser selectivo e a investir pela certa, para além da promoção que faz às bandas.
Por outro lado, também não compro cds assim que saem, só se forem das minhas bandas favoritas (estou a falar de 15/20 bandas que sigo fielmente). Normalmente espero até aparecerem mais baratos aqui e ali.
Era giro que esses músicos também parassem um pouco para reflectir se vale a pena comprar um álbum por 18€? Com este valor ontem comprei 3!! O TAO, o Religion Blindness e o Shadows of the Sun.
E não se trata apenas desta relação preço/quantidade, mas também numa lógica de prioridades: o que é mais importante? Cds ou roupa ou comida?
Felizmente ainda tenho algum poder de compra para investir em Cds, mas grande parte das pessoas não tem essa possibilidade, porque começam a ter outras despesas assim que saem de casa dos pais, e no caso dos jovens que não têm fonte de rendimento, os pais já não dão dinheiro para estas coisas, porque apesar de tudo, pesam bastante num orçamento familiar.
Acredito que se ouvesse mais dinheiro nos bolsos, a ideia de que "saquei, gostei, vou comprar" era posta em prática, actualmente o processo é mais "saquei, gostei...vou esperar até ter dinheiro para comprar" e muitas vezes ou cai no esquecimento pela rápida substituição deste por outro novo download ou nunca se chega a ter disponibilidade financeira para se comprar o tal álbum.
Enfim...é um problema tão velho quanto a própria net. Também espero que o ppl mais novo recupere o hábito de comprar cds, pelo menos um por mês, como eu comecei a fazer quando tinha os meus 13 anos. Era a única coisa que ouvia durante um mês inteiro.

O meu blogue visa também ajudar quem quer comprar a ser selectivo e a investir pela certa, para além da promoção que faz às bandas.
Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
1º Twilight – Monument To Time End (Não comprei porque o preço estava um pouco puxado, mas comprarei com certeza)
2º Nachtmystium – Black Meddle Pt.2 – Addicts (Comprarei brevemente, uma boxset dos dois black meddles seria bom)
3º House of Low Culture / Mamiffer – split (Comprei logo uma vez que se trata de uma edição limitada a 500 copias)
4º Shining – Blackjazz (Hei-de comprar, mas quero explorar bem toda a discografia antes para adquirir os albuns por ordem de preferencia)
5º Arcade Fire – The Suburbs (Comprei este para a minha namorada + o The Funeral para mim)
6º Lisbon Underground Music Ensemble - L.U.M.E (Nao comprei pq ainda nao havia disponivel na loja, mas quando o apanhar compro logo)
7º Paus – É uma água (Ep) (comprei)
8º Mourning Lenore – Loosely Bounded Infinites ... (Nao comprei no concerto pq n altura na tinha guito cmg, hei-de comprar a seu tempo)
9º Warpaint – The Fool (Podia ter comprardo na fnac, mas optei por fazer-lhe teste do tempo)
10º Electric wizard – Black Masses(Hei-de comprar, sem pressas)The Ocean – Heliocentric & Anthropocentric (esperar que lancem um edição com os dois albuns)
No entanto comprei muitos mais discos este ano, não são é deste top... quando tiver paciência e tempo posso eventualmente postar aqui quais foram.
2º Nachtmystium – Black Meddle Pt.2 – Addicts (Comprarei brevemente, uma boxset dos dois black meddles seria bom)
3º House of Low Culture / Mamiffer – split (Comprei logo uma vez que se trata de uma edição limitada a 500 copias)
4º Shining – Blackjazz (Hei-de comprar, mas quero explorar bem toda a discografia antes para adquirir os albuns por ordem de preferencia)
5º Arcade Fire – The Suburbs (Comprei este para a minha namorada + o The Funeral para mim)
6º Lisbon Underground Music Ensemble - L.U.M.E (Nao comprei pq ainda nao havia disponivel na loja, mas quando o apanhar compro logo)
7º Paus – É uma água (Ep) (comprei)
8º Mourning Lenore – Loosely Bounded Infinites ... (Nao comprei no concerto pq n altura na tinha guito cmg, hei-de comprar a seu tempo)
9º Warpaint – The Fool (Podia ter comprardo na fnac, mas optei por fazer-lhe teste do tempo)
10º Electric wizard – Black Masses(Hei-de comprar, sem pressas)The Ocean – Heliocentric & Anthropocentric (esperar que lancem um edição com os dois albuns)
No entanto comprei muitos mais discos este ano, não são é deste top... quando tiver paciência e tempo posso eventualmente postar aqui quais foram.
Última edição por pantufa em quinta abr 21, 2011 10:37 pm, editado 1 vez no total.
- scapegoat
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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Bom, vamos lá. Inicialmente gostaria de dizer que do meu TOP 10 tive a felicidade de adquirir, com muita dificuldade, diga-se de passagem, todos os discos ali mencionados. Foram comprados nao necessariamente na data dos respectivos lancamentos, mas isso nao vem ao caso né.
Particurlamente falando, eu compro muito menos cds das bandas que gosto do que há 10-15 anos atrás, quando comecei a curtir metal. Fatores: apenas financeiros.
Seria absolutamente absurdo falar em perda de fascinio e de gosto pela coisa. A idade foi chegando, as responsabilidades e as obrigacoes foram aumentando.
Nao posso dedicar todo meu dinheiro para a musica que ouco, infelizmente.
Compro quando posso, e nao restando outra alternativa uso os downloads para ouvir as novidades.
Porque iria me privar de ouvir o que gosto, se está disponivel na internet e nao tenho dinheiro pra comprar?
Nao me sinto nem um pouco culpado porque sei da meu comprometimento com a arte que gosto.
Seria burrice minha ficar me lamentando pelos Downloads o resto da vida, e me negando a essa realidade.
Mas falando numa perspectiva social agora, acredito que as pessoas absorvem menos o conteudo do que ouvem, sinto que existe uma relacao muito superficial com o artista e sua obra. Isso é resultado certamente dos avancos tecnológicos.
Particurlamente falando, eu compro muito menos cds das bandas que gosto do que há 10-15 anos atrás, quando comecei a curtir metal. Fatores: apenas financeiros.
Seria absolutamente absurdo falar em perda de fascinio e de gosto pela coisa. A idade foi chegando, as responsabilidades e as obrigacoes foram aumentando.
Nao posso dedicar todo meu dinheiro para a musica que ouco, infelizmente.
Compro quando posso, e nao restando outra alternativa uso os downloads para ouvir as novidades.
Porque iria me privar de ouvir o que gosto, se está disponivel na internet e nao tenho dinheiro pra comprar?
Nao me sinto nem um pouco culpado porque sei da meu comprometimento com a arte que gosto.
Seria burrice minha ficar me lamentando pelos Downloads o resto da vida, e me negando a essa realidade.
Mas falando numa perspectiva social agora, acredito que as pessoas absorvem menos o conteudo do que ouvem, sinto que existe uma relacao muito superficial com o artista e sua obra. Isso é resultado certamente dos avancos tecnológicos.
- death in geres
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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Isso é muito fácil de responder:
Tu tens mais de 25 anos!
Para ti, como para muitos aqui, a musica é mesmo isso, ir á loja, dar umas audições, e mediante o guito que temos comprar o que quisermos!
Um CD, um vinyl, um DVD/VHS, K7, ... , seja o formato que for, mas habituamo-nos a ver a musica assim, num objecto palpável...
Para a maior parte da rapaziada com menos idade que isso, a musica é mesmo assim, um click no download, um click no play e um click para fechar! Se gostar fica no disco, pode até passar para um CD para ouvir noutros locais, caso contrário shift+delete...
Ainda por cima se não há pasta para coisas bem mais simples do quotidiano vão-se dar a um luxo desses!?
Bem vejo a quantidade de material que adquires, e honestamente 'invejo', há uns tempo comprava assim material também, mas hoje em dia não compro tanto por isso mesmo, tenho acesso a muita coisa, e tento gerir o meu orçamento, ultimamente só tenho comprado cenas de bandas nacionais... o resto do dinheiro dá-me para gota, alcool, bola, fumos, ...
Pode custar a muita gente admitir/assumir isso, mas eu penso que a realidade é essa...
Quantos quilos de arroz/massa não se compram com o guito de um CD?
Tu tens mais de 25 anos!
Para ti, como para muitos aqui, a musica é mesmo isso, ir á loja, dar umas audições, e mediante o guito que temos comprar o que quisermos!
Um CD, um vinyl, um DVD/VHS, K7, ... , seja o formato que for, mas habituamo-nos a ver a musica assim, num objecto palpável...
Para a maior parte da rapaziada com menos idade que isso, a musica é mesmo assim, um click no download, um click no play e um click para fechar! Se gostar fica no disco, pode até passar para um CD para ouvir noutros locais, caso contrário shift+delete...
Ainda por cima se não há pasta para coisas bem mais simples do quotidiano vão-se dar a um luxo desses!?
Bem vejo a quantidade de material que adquires, e honestamente 'invejo', há uns tempo comprava assim material também, mas hoje em dia não compro tanto por isso mesmo, tenho acesso a muita coisa, e tento gerir o meu orçamento, ultimamente só tenho comprado cenas de bandas nacionais... o resto do dinheiro dá-me para gota, alcool, bola, fumos, ...
Pode custar a muita gente admitir/assumir isso, mas eu penso que a realidade é essa...
Quantos quilos de arroz/massa não se compram com o guito de um CD?
Até Morrer! BENFICA Até Morrer!
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- scapegoat
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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Aliás aproveitando o que foi dito aqui acima, uma outra discussao que poderíamos ter é a seguinte: o preco dos CD's refletem realmente o custo que se tem para produzí-los? Por que a industria fonográfica insiste em mante-los tao altos? Nao seria uma alternativa para toda pirataria que fica-se combatendo, tentar uma solucao financeiramente mais benéfica para o consumidor?
- death in geres
- Ultra-Metálico(a)
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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
No tópico dos downloads tem um gráfico com a distribuição do dinheiro de cada CD entre as várias partes...
prá banda pouco vai...
o resto é tudo aumentado pelos intermediários que intervêm no processo da saída das musicas do estudio, ou garagem, até entrar em tua casa...
prá banda pouco vai...
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Até Morrer! BENFICA Até Morrer!
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- Cthulhu_Dawn
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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Basicamente, tudo aquilo que ouvi no ano passado foi depois de comprar a rodela...Mas não comprei tantos como gostaria.
Tal como o Paulo falou ali mais acima, a realidade é que as minhas prioridades alteraram-se um pouco, desde que tenho mulher e casa própria. Há compras que têm que ser feitas, contas que têm que ser pagas, infelizmente a conta não estica e por enquanto ainda só há um rendimento a entrar lá em casa. Por outro lado, também é verdade que isso ainda me faz apreciar mais poder ir à FNAC ou chegar aqui ao MU e tratar de arranjar dois ou três CDs.
Sim, também "saquei" uma boa dose de coisas, mais quando andava no secundário e depois deixei-me disso...Um pouco por achar que talvez por achar que também podia receber uma daquelas cartas que aqui há uns anos foram notícia, quando se começaram a tomar as primeiras iniciativas contra os downloads (
), mas também porque ter uma pasta no disco com as músicas nunca me deu tanto gozo como ter o digipack todo bonitinho, mesmo sabendo que bastam um par de minutos para ter a discografia completa de quase qualquer coisa...
Este ano também comprei pela primeira vez um álbum no Itunes e pronto, é bonitinho, tem as capas e tal, mas não fica a acumular pó com os outros todos na estante e isso para mim não serve. Duvido que volte a usar o itunes para isso.
Olhando para trás, a única coisa que tenho pena é a de não poder ir todas as semanas à Carbono, sabendo que vinha de lá sempre com dois cds, no mínimo como acontecia quando ainda só tinha que me preocupar com testes e exames...Boa vida..
Tal como o Paulo falou ali mais acima, a realidade é que as minhas prioridades alteraram-se um pouco, desde que tenho mulher e casa própria. Há compras que têm que ser feitas, contas que têm que ser pagas, infelizmente a conta não estica e por enquanto ainda só há um rendimento a entrar lá em casa. Por outro lado, também é verdade que isso ainda me faz apreciar mais poder ir à FNAC ou chegar aqui ao MU e tratar de arranjar dois ou três CDs.
Sim, também "saquei" uma boa dose de coisas, mais quando andava no secundário e depois deixei-me disso...Um pouco por achar que talvez por achar que também podia receber uma daquelas cartas que aqui há uns anos foram notícia, quando se começaram a tomar as primeiras iniciativas contra os downloads (

Este ano também comprei pela primeira vez um álbum no Itunes e pronto, é bonitinho, tem as capas e tal, mas não fica a acumular pó com os outros todos na estante e isso para mim não serve. Duvido que volte a usar o itunes para isso.
Olhando para trás, a única coisa que tenho pena é a de não poder ir todas as semanas à Carbono, sabendo que vinha de lá sempre com dois cds, no mínimo como acontecia quando ainda só tinha que me preocupar com testes e exames...Boa vida..

Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Cthulhu_Dawn Escreveu:Olhando para trás, a única coisa que tenho pena é a de não poder ir todas as semanas à Carbono, sabendo que vinha de lá sempre com dois cds, no mínimo como acontecia quando ainda só tinha que me preocupar com testes e exames...Boa vida..
Boa vida mesmo, eu tenho que me preocupar com testes e exames e só consigo comprar um ou dois cd's na Carbono, com os preços que eles praticam...
- Cthulhu_Dawn
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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Floresta Escreveu:Cthulhu_Dawn Escreveu:Olhando para trás, a única coisa que tenho pena é a de não poder ir todas as semanas à Carbono, sabendo que vinha de lá sempre com dois cds, no mínimo como acontecia quando ainda só tinha que me preocupar com testes e exames...Boa vida..
Boa vida mesmo, eu tenho que me preocupar com testes e exames e só consigo comprar um ou dois cd's na Carbono, com os preços que eles praticam...
Pois, eu infelizmente não vou a uma Carbono desde que a de Almada fechou...Já lá vão uns anos.
- Vooder
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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Deixa cá ver...Da lista que tinha colocado no tópico dos melhores
Orphaned Land "The Never Ending Way of ORwarriOR" (da década até)
Atheist "Jupiter"
Mekong Delta "Wanderer On The Edge Of Time"
Sahg "III"
Immolation "Majesty and Decay"
Ufomammut "Eve"
Sigh "Scenes From Hell"
Ihsahn "After"
Overkill "Ironbound"
Rhapsody of Fire "The Frozen Tears of Angels"
Menções honrosas:
Sargeist "Let The Devil In"
Eibon "Entering Darkness"
Ghost "Opus Eponymous"
Dawnbringer "Nucleus"
The Secret "Solve Et Coagula"
Triptykon Eparistera Daimones
Menace Ruine Union of Irreconcilables
Weapon "From the Devil's Tomb"
Ludicra "The Tenant"
Sodom "In War in Peaces"
The Flight of Sleipnir "Lore"
Só adquiri os de Sahg, Rhapsody of Fire e The Flight of Sleipnir, mas a seu tempo vou adquirir os outros.
Penso que quem ouve estes estilos de música, ao contrário de quem compra o que está na moda, não vai a correr comprar o disco mal saia, já para não falar que quase nem sequer existe o conceito de "single".
Este ano de certeza que foi o ano em que comprei mais discos, mas vou comprando tanto faz se forem recentes ou antigos, mas sim à medida que os vou encontrando baratos. Aliás, este ano dediquei-me a comprar clássicos que me faltavam ou raridades.
Neste ano vou abrandar o ritmo de compras e substitui-lo por concertos (SWR, Slayer, Vagos, Manowar...), o que não quer dizer que não compre cd's, mas de certeza que vão ser menos.
Tenho lido e penso ser verdade que o publico destas sonoridades como por norma é mais apaixonado e fiel às bandas que segue e gosta acaba por comprar o produto físico e assim muitas bandas e editoras mais pequenas acabam por não notar muito a quebra de vendas. Sou da mesma opinião
Só uma nota, quando sair o de Morbid Angel vou ouvir a primeira vez no vinil ou cd... para ter o feeling de abrir o desconhecido
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Sigh "Scenes From Hell"
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Overkill "Ironbound"
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Eibon "Entering Darkness"
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Ludicra "The Tenant"
Sodom "In War in Peaces"
The Flight of Sleipnir "Lore"
Só adquiri os de Sahg, Rhapsody of Fire e The Flight of Sleipnir, mas a seu tempo vou adquirir os outros.
Penso que quem ouve estes estilos de música, ao contrário de quem compra o que está na moda, não vai a correr comprar o disco mal saia, já para não falar que quase nem sequer existe o conceito de "single".
Este ano de certeza que foi o ano em que comprei mais discos, mas vou comprando tanto faz se forem recentes ou antigos, mas sim à medida que os vou encontrando baratos. Aliás, este ano dediquei-me a comprar clássicos que me faltavam ou raridades.
Neste ano vou abrandar o ritmo de compras e substitui-lo por concertos (SWR, Slayer, Vagos, Manowar...), o que não quer dizer que não compre cd's, mas de certeza que vão ser menos.
Tenho lido e penso ser verdade que o publico destas sonoridades como por norma é mais apaixonado e fiel às bandas que segue e gosta acaba por comprar o produto físico e assim muitas bandas e editoras mais pequenas acabam por não notar muito a quebra de vendas. Sou da mesma opinião
Só uma nota, quando sair o de Morbid Angel vou ouvir a primeira vez no vinil ou cd... para ter o feeling de abrir o desconhecido

Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Já agora Zyklon... O que é que esse músico acha que são vendas por aí além?
Vamos imaginar que o dito álbum vendeu 500 cópias... Quê, ele viu o álbum em 501 tops?
Agora, back on topic... Sou da dita "nova geração", mas sempre tive o gosto por ter as coisas em formato físico. Como, ao contrário do que muita gente diz, os papás não me pagam tudo tudo tudo, o que era bom, eu agradecia imenso, tenho que fazer escolhas. Compro dois ou três cd's, ou vou ao concerto X? Compro um vinil, ou levo a gaija a jantar fora? Etc etc etc. E isto não é só a mim, quem tem casa própria imagino que seja pior! Mas actualmente existe muita oferta, temos pessoas a dizer "eina tens que ouvir isto" tens anúncios das editoras a dizer "esta é a nova maravilha do mundo" etc etc, e é preciso fazer escolhas. E há muita coisa que acaba por ficar em segundo plano por causa disso...
Dito isto, no ano passado, de álbuns que sairam, comprei o de Alcest, Les Discrets, e arranjei este ano o de Blood of Kingu, que saiu o ano passado. Arranjei também uma data de tralha de álbuns que saíram há bué mas foram re-editados o ano passado. Não tanta quanto a que eu realmente queria, mas tive que fazer escolhas. E este ano vai ser o mesmo. Porque afinal, tenho imenso prazer em ouvir as minhas coisas no rádio (e dói realmente não ter a p**** dum leitor de vinil
).
Vamos imaginar que o dito álbum vendeu 500 cópias... Quê, ele viu o álbum em 501 tops?
Agora, back on topic... Sou da dita "nova geração", mas sempre tive o gosto por ter as coisas em formato físico. Como, ao contrário do que muita gente diz, os papás não me pagam tudo tudo tudo, o que era bom, eu agradecia imenso, tenho que fazer escolhas. Compro dois ou três cd's, ou vou ao concerto X? Compro um vinil, ou levo a gaija a jantar fora? Etc etc etc. E isto não é só a mim, quem tem casa própria imagino que seja pior! Mas actualmente existe muita oferta, temos pessoas a dizer "eina tens que ouvir isto" tens anúncios das editoras a dizer "esta é a nova maravilha do mundo" etc etc, e é preciso fazer escolhas. E há muita coisa que acaba por ficar em segundo plano por causa disso...
Dito isto, no ano passado, de álbuns que sairam, comprei o de Alcest, Les Discrets, e arranjei este ano o de Blood of Kingu, que saiu o ano passado. Arranjei também uma data de tralha de álbuns que saíram há bué mas foram re-editados o ano passado. Não tanta quanto a que eu realmente queria, mas tive que fazer escolhas. E este ano vai ser o mesmo. Porque afinal, tenho imenso prazer em ouvir as minhas coisas no rádio (e dói realmente não ter a p**** dum leitor de vinil

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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
Por norma, compro o material das bandas nacionais que sigo fielmente... Essas sim, sinto-me na "obrigação" de comprar, mesmo sabendo que os € vão dar jeito para outras coisas. Agora, bandas internacionais, compro apenas se o álbum me disser mesmo muito.
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Re: O Fascinio pela Musica ou a Hipocrisia da Musica?
paulo figueiredo Escreveu:Acredito que se houvesse mais dinheiro nos bolsos, a ideia de que "saquei, gostei, vou comprar" era posta em prática, actualmente o processo é mais "saquei, gostei...vou esperar até ter dinheiro para comprar" e muitas vezes ou cai no esquecimento pela rápida substituição deste por outro novo download ou nunca se chega a ter disponibilidade financeira para se comprar o tal álbum.
Acho que muito passa por aqui. Há menos poder de compra e enquanto há 20 anos para ouvir alguma coisa tinhas de comprar, agora há alternativa e esse dinheiro que se investia em CDs vai para outras coisas. Se calhar mais supérfluas até, mas tendo alternativa é nisso que se investe.
Falando por mim, prefiro investir em merch e concertos coisas que não tenho outra forma de obter senão comprando, ou ir aos gigs. Já com os CD's... meia dúzia de clicks e está comigo.
Quanto à cena do top, comprei algumas coisas, especialmente a nível nacional, mas ao todo não deve ter passado os 15/20% de compras por top...
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