Literatura
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- Aiwass
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Re: Literatura
Gosto, mas nem um nem outro são da beat generation, nem em termos geracionais como estéticos.
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Re: Literatura
Aiwass Escreveu:William Burroughs é obrigatório. Naked Lunch, Junky ou Cidades da Noite Vermelha são grandes livros.
Para ler o Naked Lunch é preciso estar no espírito. Lembro-me que quando o tentei ler pela 1ª vez (depois de ter visto o filme do Cronenberg) quase que desisti dado que na altura estava à procura de alguma estrutura (ahahah).
É preciso realmente mergulhar no sofrimento apático do W.B para se sobreviver a esse livro. Já o li umas duas vezes e ainda acho que não conheço bem o livro. No entanto acho fascinante este "grito do abismo" (alguém disse isto sobre o livro e concordo plenamente).
Fiquei a admirar ainda mais o Cronenberg depois de me ter apercebido o quanto ele mergulhou no projecto e quase que o tornou seu.
Quanto ao Jack K. Não sei se escolhi o melhor livro para começar. Li o "Big Sur" e embora tivesse a gostar no inicio, aquilo morre facilmente. O problema muito provavelmente é meu, mas gostava de algumas recomendações, ainda não desisti dele.
Re: Literatura
Dos que li o On The road é O Livro do Kerouac. Não que seja necessariamente melhor que o dharma bums, por exemplo.
Gostei muito dos três que li dele, e embora o suposto budismo do kerouac as vezes arranhe o ridiculo/infantil (na minha opinião pelo menos) o Dharma bums é capaz de ser o que me agarrou mais. Qualquer dia releio o On the Road que tb gosto muito. O Tristessa é pesado e sujo como nunca, mais alucinado e com muitas irregularidades (pensamentos que lhe ocorrem do nada e vao dar a lugar nenhum) talvez te agrade.
O big sur se não me engano faz parte de uma suposta sequência On the road - visions of cody - Big sur (mas não tenho a certeza da veracidade desta afirmação)
Gostei muito dos três que li dele, e embora o suposto budismo do kerouac as vezes arranhe o ridiculo/infantil (na minha opinião pelo menos) o Dharma bums é capaz de ser o que me agarrou mais. Qualquer dia releio o On the Road que tb gosto muito. O Tristessa é pesado e sujo como nunca, mais alucinado e com muitas irregularidades (pensamentos que lhe ocorrem do nada e vao dar a lugar nenhum) talvez te agrade.
O big sur se não me engano faz parte de uma suposta sequência On the road - visions of cody - Big sur (mas não tenho a certeza da veracidade desta afirmação)
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Re: Literatura
On the road está na lista de compras futuras
Ok, há generation gap entre eles, mas a temática fodida e chocante continua lá na mesma:
Irvine Welsh
John Wray
Chuck Palahniuk
J. G. Ballard
Craig Clevenger
Bret Easton Ellis
Hubert Selby Jr
Joel Rose

Ok, há generation gap entre eles, mas a temática fodida e chocante continua lá na mesma:
Irvine Welsh
John Wray
Chuck Palahniuk
J. G. Ballard
Craig Clevenger
Bret Easton Ellis
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Joel Rose
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Re: Literatura
pantufa Escreveu:O Tristessa é pesado e sujo como nunca, mais alucinado e com muitas irregularidades (pensamentos que lhe ocorrem do nada e vao dar a lugar nenhum) talvez te agrade.
Acho que irei à fnac ver desse. Obrigado.
Já tenho saudades de ler um bom livro. Daqueles que no final um gajo fica chateado pq acabou.
Existia um livro do Carl Sagan que estava com bastante vontade de ler também. Phobos ainda vives ? Diz-me lá qual era o nome daquele livro que gostavas tanto.
- Aiwass
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Re: Literatura
O On The Road é a obra mais marcante dele e de toda a beat generation. Uma das mais importantes obras do século XX. Deve ser lido no inglês original, pois vive muito do ritmo das palavras e da sua própria sonoridade, o que se perde sempre na tradução. Não é propriamente poesia mas, lido em voz alta, o som assemelha-se ao ritmo do bebop.
O impacto do livro foi tão grande, que originou uma legião de seguidores. Kerouac tornou-se uma pop star e toda a gente queria ser beatnick. O Big Sur foi escrito após todo esse sucesso e evidencia a desilusão do autor face aos resultados da sua obra. Estava muito debilitado pelo alcoolismo e todo o livro foi escrito em estado de delirium tremens, o que justifica alguma inconsistência. Havia pessoas que o seguiam para todo o lado e acampavam à sua porta, contrariando todos os valores que professavam: a liberdade, criatividade, individualidade, inovação. Era nas artes que encontravam sentido para a vida que os havia derrotado.
Algo puro que foi completamente transvertido por aqueles que diziam mais amar essa pureza. Acho que todos poderemos traçar inúmeros paralelos.
O impacto do livro foi tão grande, que originou uma legião de seguidores. Kerouac tornou-se uma pop star e toda a gente queria ser beatnick. O Big Sur foi escrito após todo esse sucesso e evidencia a desilusão do autor face aos resultados da sua obra. Estava muito debilitado pelo alcoolismo e todo o livro foi escrito em estado de delirium tremens, o que justifica alguma inconsistência. Havia pessoas que o seguiam para todo o lado e acampavam à sua porta, contrariando todos os valores que professavam: a liberdade, criatividade, individualidade, inovação. Era nas artes que encontravam sentido para a vida que os havia derrotado.
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Re: Literatura
Converge Escreveu:E não esquecer o J G Ballard e o Bret Easton Ellis
Continuo a não ver o que as pessoas vêm no Bret Easton Ellis. É escrita ao mais alto nível da Revista Maria, da Revista Ana, e por ai...
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Re: Literatura
Aiwass Escreveu:O On The Road é a obra mais marcante dele e de toda a beat generation. Uma das mais importantes obras do século XX. Deve ser lido no inglês original, pois vive muito do ritmo das palavras e da sua própria sonoridade, o que se perde sempre na tradução. Não é propriamente poesia mas, lido em voz alta, o som assemelha-se ao ritmo do bebop.
O impacto do livro foi tão grande, que originou uma legião de seguidores. Kerouac tornou-se uma pop star e toda a gente queria ser beatnick. O Big Sur foi escrito após todo esse sucesso e evidencia a desilusão do autor face aos resultados da sua obra. Estava muito debilitado pelo alcoolismo e todo o livro foi escrito em estado de delirium tremens, o que justifica alguma inconsistência. Havia pessoas que o seguiam para todo o lado e acampavam à sua porta, contrariando todos os valores que professavam: a liberdade, criatividade, individualidade, inovação. Era nas artes que encontravam sentido para a vida que os havia derrotado.
Algo puro que foi completamente transvertido por aqueles que diziam mais amar essa pureza. Acho que todos poderemos traçar inúmeros paralelos.
Thank you for that.
Por acaso odeio ler livros traduzidos. Quando estava a ler os "Cadernos do Subterrâneo" do Fiódor Dostoiévski, perguntei-me como seria ler o original (dado ser algo complicado eu aprender a ler russo....). O mesmo se passa ao ver filmes Japoneses. Algo se perde, de facto, nas traduções. Isto, no entanto, já é outra estória.
No caso do "Big Sur" talvez tenha sido má escolha ter arranjado a tradução. Fiquei curioso com o paralelismo bebop. Espero que funcione ao ouvir um pouco de Monk ou John Coltrane haha.
- Aiwass
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Re: Literatura
Lê o On The Road a ouvir isso, e parece que o som faz parte da leitura.
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Re: Literatura
Aiwass Escreveu:Lê o On The Road a ouvir isso, e parece que o som faz parte da leitura.
Se tiver aquele "som" à lá "Blue Monk" (especialmente o inicio cromático), vai cair que nem uma luva.( sem qualquer tipo de ironia aqui).
A ver o que encontro na FNAC esta semana.
Re: Literatura
O livro tem constantes referencias a musicos de jazz (beebop) principalmente ao charlie parker.
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Re: Literatura
pantufa Escreveu:O livro tem constantes referencias a musicos de jazz (beebop) principalmente ao charlie parker.
Não me admira. Foi ele que criou o género (creio - não tenho paciência para ir confirmar - no mínimo foi dos primeiros). Ficava sim admirado se falasse do Monk (ele foi gozado durante uns bons 15-20 anos por não ser tão técnico/meticuloso). Já que estamos numa de falar de coisas boas, aconselho para quem não conhece a malha "Round Midnight" (um standard de jazz) - Isto é Jazz "depressivo" no seu melhor. Isto sim é entrega (http://www.youtube.com/watch?v=vU1cfjVy ... re=related).
Anne Escreveu:
Interessante.
Aguentar mais que 1h? Já é complicado encontrar uma mulher que seja interessante durante 20m...
Mais vale fazer uma pausa para petiscar algo e com esperança o entusiasmo ressuscita quando voltarmos.
PS: No entanto sempre achei isso um mito. But who cares ?!
Re: Literatura
A cena do tantrico nao é so a duração.
Sim o charlie e o miles davis criaram o estilo. Dizzie Gilspie tb e muito nice. Tambem gosto muito do Coltrane mas os puristas do beebop ja dizem que este é mais free jazz que beebop...anyway...
Sim o charlie e o miles davis criaram o estilo. Dizzie Gilspie tb e muito nice. Tambem gosto muito do Coltrane mas os puristas do beebop ja dizem que este é mais free jazz que beebop...anyway...
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