2010.08.06/07 - Vagos Open Air 2010

[Mescaline]

Só fui ao primeiro dia, portanto aqui fica no rescaldo o meu breve testemunho.

Cheguei por volta das 16.45 ao recinto, depois de uma viagem no autocarro-forno, que chegou a avariar a meio do caminho. Troquei o bilhete-escarro da ticketline, recebi a pulseira azul e lá entrei. Nunca tinha estado no recinto do Vagos. Gosto, é espaçoso, só peca por ter aquela terra batida e poeirenta (que, adicionada ao calor, torna a atmosfera por vezes sufocante). As bancadas dão para descansar e comer tranquilamente, sendo também um bom spot para assistir a concertos. Em suma, é um local com as condições mais do que suficientes.

As bandas...

Prayers of Sanity - São já uma habitué no panorama nacional. Um thrash rápido e forte, sem, no entanto, trazer algo de novo e refrescante. E bem que era necessário um refresco, já que o calor, às 5 da tarde, apertava. Como foram a primeira banda, serviram de cobaias para a mesa de som, sofrendo um pouco com isso. Não me puxou... É uma banda para armar a puta num local mais fechado e intimista (o tipo de local onde já os vi duas vezes), não para tocar sob um sol abrasador num festival que é pouco virado para o thrash.

Miss Lava - Os "Kyuss portugueses" estavam ainda mais deslocados no cartaz. O seu stoner é bom, agressivo dentro do seu estilo, carregado de fuzz e com ideias bem estruturadas. O vocalista não me agrada por aí além... John Garcia só há um e esse, até a a desafinar, tem estilo. Espero vê-los novamente, também num espaço mais "aprochegado".

Gwydion - Altura para o viking/folk à moda de Ophiusa, a terra das serpentes. Não é som que faça o meu estilo, mas gostei de ver que tiveram uma das melhores recepções do dia. Muita poeira, grandes circle pits... Para os fãs deve ter sido "do caralho".

Ensiferum - Das bandas estrangeiras foi a que teve pior som, tendo inclusive tido um problema com um amplificador. Sinceramente, dentro do estilo, preferi Gwydion. Os finlandeses estiveram bem, mas não aqueceram o ambiente como os portugueses. "Lai Lai Hei" e "Iron" são músicas carismáticas e são elas que ficaram na minha memória, num concerto "meh".

My Dying Bride - Um pouco de doom gótico, que serviu para ir encher a barriga, ver a tenda do merch e ganhar forças para Meshuggah. Demasiado lento e taciturno para aquele momento. No entanto, tiveram um som espectacular, nítido e potente, pelo que fui ouvindo. Já estava com expectativas para as máquinas suecas...

Meshuggah - Que choque! Aqueles 30 minutos de atraso valeram bem a pena, pois conseguimos um som verdadeiramente demolidor. Mal rebentou a Rational Gaze até me caíram os tomates. Não estava à espera de algo tão forte e insano. Impossível ficar quieto... Aqueles ritmos desconexos, a bateria, o baixo, as guitarras low-tuned obrigam ao headbang constante. Os suecos são autênticos cyborgs, puta que pariu! Bleed, Straws, Stengah, Pravus, Mouth Licking, Future Breed Machine... A cada pausa no set, só se ouviam "Caralho", "Puta que pariu!"... Pudera... Dos melhores concertos a que já assisti! Que voltem rápido. Foi a razão pela qual fui a Vagos e saí de lá totalmente satisfeito.

[Mescaline]

Não viste Meshuggah... O grande bode castigou-te severamente!

Agora a sério, as melhoras, pá.

[Demoniac]

Fui lá para ver MDB e saber como é Meshuggah ao vivo (n lhes ligo desde o Destroy.Erase.Improve/Chaosphere)

MDB - Tirando as 2 primeiras músicas (que foram MUITO MUITO MÁS! Não as conhecia, suponho que sejam do novo álbum - MAU!) o concerto foi do caralho. A 3ª foi logo do "Turn Loose The Swans" e isso agradou-me bastante. É uma banda que já não oiço faz uns tempos tb, mas fiquei com vontade de ouvir com mais calma os primeiros álbuns. Aquela "Vast Choirs" tb matou tudo. Até a malha do 34% soou bem ao vivo(dado eu achar esse álbum mesmo um 34%)
Fiquei surpreso com o senhor baterista de Akercocke (n me lembro agora do nome), que esteve bastante bem! Parecia que estava na banda faz anos. A minha única queixa vai para a baixista realmente pobre que eles têm (sim é gira e boa, mas isso n conta muito na musica). Não sei bem qual era o problema dela (se problemas com a munição......don't know), mas a mulher andava um bocado "atrasada" em relação às guitarras. Lá para o meio deixou de me chatear....mas sinceramente nada profissional. Thumbs up para o senhor Aaron que continua em grande forma. Os guturais e vozes mais rasgadas soavam exactamente como eu me lembrava (nice!)

Meshuggah - Pá.... ok! Os gajos são grandes músicos e tal..... mas a meu ver escolheram as músicas erradas para tocar pela 1ªx em Portugal. Segundo o que me disseram (dado eu n conhecer nada deles recente - zero), eles basicamente só tocaram malhas dos últimos 2 álbuns e aquilo soa TUDO IGUAL! (de uma forma bastante irritante). Sempre aquele ritmo (bastante irritante e Core - diga-se) com os palm mutes e o caralho.....de musica para musica só mudam 1/4 de semi-colcheia naquela puta de ritmo (tou a exagerar claro, mas é para expressar a frustração e a seca). Só mudam as leads.
Chato! Gostei quando eles tocaram aquela malha do Chaosphere e quando voltaram tocaram aquela do DEI.Tirando isso foi um bocado chato.

Foi engraçado apreciar musicalmente o inicio do concerto e tal...mas dps nem isso ajuda muito. Dado que eles andam sempre em volta do mesmo. Faz-me confusão como é que um baterista daqueles (que é todo do jazz e o caralho) não tem mais ideias dispares.... ainda para mais teve o azar de não se ouvir muito bem os bombos (onde eu estava mal ouvia).

Foi chato e para quem só gosta de algum old stuff.....meh! Boring! Ainda me estou a rir daquele critica que li do Obzen, onde diz que eles têm uma oferta muito ecléctica .......hahahah! Aquilo é sempre a mesma merda, só muda mesmo as leads (ou seja os bends) e os solos ultra-técnicos.

Não me convenceu minimamente. Contudo fica o respeito, grandes músicos/executores. Sem falhas! Muita classe nesse aspecto.....mas eu queria era boa música, como tinha acontecido com My Dying Bride.

Em relação à organização não vou comentar nada, dado que tive lá em visita relâmpago. Só posso dizer que parecia ter parado no tempo e pareceu-me tudo igual ao ano passado(menos as bandas). Valeu a pena na mesma.

[Le Point Noir]

faleçam todos

[LeadAether [RIP 2010/09/12]]

My Dying Bride - Um pouco de doom gótico

Como diria o Socas: -Doom gótico é a tua tia, pá!

[Mescaline]

My Dying Bride - Um pouco de doom gótico

Como diria o Socas: -Doom gótico é a tua tia, pá!

Caguei para que estilo é, então. Não me dizem nada.

[Breed_Destruction]

Só tenho uma coisa a dizer : Meshuggah caralhoooooo

[ORIS]

Bom Eu só fui 6.ª-feira, visto q hoje tinha q trabalhar, é pena mas mesmo assim deu para me divertir um pouco.

Cheguei ao V.O.A. por volta das 17:30, lá fui com a minha esposa trocar os bilhetes da FNAC, pôr a pulseira e entrar .

Prayers of Sanity - Já estavam a tocar, do resto que ouvi da actuação curti. Pena que o calor literalmente afugentasse o pessoal para as bancadas e barracas. No entanto , o pessoal que estava em frente ao palco deu conta do recado. Uma banda a vêr num espaço fechado.

A seguir aproveitámos para ver se encontravamos pessoal conhecido.

Estava um calor do caraças, aproveitei para ir buscar a 1.ª cervejola, e quase ao mesmo tempo encontro pessoal de Coimbra, e oferecem-me um bom Hidromel , que fresquinho como estava caiu às mil maravilhas.

Miss Lava - Sou sincero não conhecia muito do trabalho desta banda. Gostei do que ouvi , bom esforço em tentar animar o pessoal. Nota-se li coesão, mas e não querendo estar a dizer barbaridades, são uma banda que deverá sentir-se mais confortável tbm em recinto fechado.

Gwydion - Muita animação , temas para puxar pelo pessoal ( o que é sempre bom ), alta poeirada, mosh com fartura , e com direito a bandeira suiça. Que engraçado foi ver a rapidez com que andava lá pelo meio do toda aquela salganhada do mosh .
Som do teclado realmente muito manhoso diga-se de passagem. No geral um bom concerto , e acho que a reacção do público disse tudo.

Ensiferum - 1.ª vez que os ouvi ao vivo, não criei altas espectativas , até pq por experiência própria sei muito bem que um cd é uma coisa , tocar ao vivo é outra. Apesar do seu lado nórdico e meio distante este colectivo puxou pelo pessoal , talvez um set list mais completo os beneficiasse . Dos maiores mosh's do dia ( fim de tarde/ início de noite ), um baixista de se lhe tirar o chapeu.
Se podia ser melhor, ou se estavam abaixo de que fazem normalmente ao vivo não sei. Uma coisa é certa curtimos, andei lá no meio do mosh, ri, espaireci um bocado e fiquei com vontade de os ouvir de novo ( e geralmente isso é uma das coisas que gosto de obter ao fim de um concerto, vontade de ouvir de novo )

Enquanto MDB não começavam aproveitámos para ir comer mais umas sandochas de porco no espeto, que estavam 5*. Aliás já comia umas neste momento. Aproveitámos e fomos à barraca do merchandising não para obter autógrafos mas sim para comprar umas t-shirts e ver uns vinis. Vi lá um de Burzum que tive realmente muita pena de não o comprar.


My Dying Bride - Não vi metade do concerto pq estava a comer, e a fazer compras. E verdade seja dita tbm foi um pouco o meu desejo que assim fosse. Até pq já os vi ao vivo num recinto fechado, e tive um pouco de receio que assim em espaço aberto ficasse um pouco desiludido. O resto que ouvi do concerto gostei , boa performance, bons temas. No entanto continuo a achar que é uma banda para espaços mais intimistas e fechados.


Meshuggah - Tendo em conta que não podia ir aos dois dias, e este era o dia em que podia ir, para mim eu dava só os 30€ para os ver.
Qnd comprámos o bilhete pensámos em Meshuggah , o resto das bandas seria um extra.
Apesar da espera valeu a pena, grande sarda , boa qualidade de som. É claro que adoraria que tivessem feito um set mais abrangente em termos de discografia. Mas lá está não se pode ter tudo. Mas valeu muito a pena, tive o previlégio de conseguir ficar onde gosto, mesmo no meio em relação à largura do palco, e entre a mesa principal e o palco. Levámos com uma parede de som do caraças. E lá pelo que ouvi o som estava com uma qualidade filha da P&%#$, melhor qualidade de som da noite a par com MDB. O pessoal estava doido, mosh, crowd surfing, deu para tudo.

"What's wrong with this fucking world? We play since fucking jesus was born, and yet we never played in Portugal...what the fuck!?"

Uma frase a recordar, a atitude da banda diz tudo. Qnd voltarem lá estaremos. Espero que seja muito em breve.


Qnt ao espaço, epá muito espaço para dar e vender. Pena só o pó! Mas tbm não somos nenhumas flôres de estufa por isso cagámos e andámos, p'ró ano lá estaremos. Boas barracas de comes e bebes, merchandising. Fomos sempre atendidos de forma simpática e célere em qualquer dos casos, umas mesinhas para sentar e comer que só ficam mt bem e achei boa ideia, 5* a ideia. Não tivemos problemas com W.C. Aliás mais limpinhos e cheirosos do que é normal. Alguns problemas de som aqui e acolá, nada que me aqueça ou arrefeça, bom sistema de iluminação no palco (Robot's, ACL's, PAR64, Strobs, etc), aliás notava-se organização ( seja do material como dos técnicos ) em cima do palco e isso é algo que não se vê nem se consegue em todo o lado. Está tudo dito.

A única coisa que se calhar deixou algumas pessoas stressadas foi o facto de ñ encontrarem o local exacto do BUS para o festival. Até nós andámos um bocado perdidos.


Ponto negativo não é para a organização, não para as bandas mas para algo exterior:

Como é q numa cidade como Aveiro ( e q até conheço relativamente bem ) seja possível numa sexta-feira ter que andar um quilómetro, para encontrar a porcaria de uma caixa multibanco, e que funcionasse? Nota: num quilómetro só haviam duas.
Em Coimbra um gajo encontra caixas multibanco aos pontapés. Se uma não funciona a outra quase ao lado funciona de certeza a não ser q haja falha geral. Uma cidade como Aveiro, que se gaba tanto do turismo e afins, epá deveria no mínimo pensar um pouco nisso. Um gajo não é obrigado a trazer de casa 100, 200, ou 300€ no bolso. Na própria estação da CP nem uma caixa funcionava. Mas que merda é esta?


Mas pronto , gostámos, curtimos o nosso dia de festival. Acho que não falei com ninguem do MU, à excepção do Jó que tive oportunidade de me apresentar e cumprimentar e do pessoal de Coimbra. Gostava de ter encontrado o Zyklon e trocar dois dedos de conversa e uns copos.

[metallady]

E fotos há?!

[Nhec]

Sábado:

The Firstborn - Som de merda, bom alinhamento de músicas, grande banda!

Oblique Rain - Boring as fuck. Até tinha momentos +- giros quando o gajo se resolvia calar.

Ghost Brigade - Aproveitei para ir morfar mas vi ao longe. Pareceu-me porreiro. Primeira banda a ter bom som.

Amorphis - Fdp de concerto. Começou meio morno mas mal anoiteceu o pessoal foi levado ao rubro. Não era banda que seguia atentamente mas talvez passe a ser. Daquilo que vi, concerto da noite.

Kamelot - Muito curioso com esta banda porque segundo conhecia, eram excelentes ao vivo.
Alinhamento de músicas excelente (revisitando toda a discografia), interacção com o público como se queria mas, infelizmente, som de merda.
45mn a fazer som para depois não se ouvir as vozes durante metade do concerto e o instrumental estar todo "embrulhado".
A certo ponto, e de tanto berrar, o Sr. Khan já estava completamente sem voz.
Desilusão da noite. Não por culpa da banda e por isso provavelmente estarei por lá quando voltarem.
Ah e a escolha da back-vocals foi muito bem feita

Carcass - A minha boleia tinha que se vir embora pelo que não vi.

Balanço: 1ª vez no festival e sendo positivo a nível de ambiente e de logística, já lhe dou uma nota mais fraca no ponto mais importante - som!

[Deception Circus]

E fotos há?!

[demosethell]

ja meto as minhas cá
Foram tiradas por tel, por isso nao esta grande coisa

[Deception Circus]

Dá prioridade às fotos do público, sff.

[demosethell]

as minha fotos sao do publico, eu estava no publico


Edit:
http://s214.photobucket.com/albums/cc24 ... 0/?start=0

[BKD.]

Deception Circus, és cheirinhas!!!