

Começo de noite com os equatorianos The Grief a abrirem ainda para um casa muito despida de público. Estilisticamente dificeis de enquadrar apenas num subgénero, embora a sua base assente, quanto a mim, no death metal, esforçaram-se bastante em envolver os poucos presentes na sua atuação. Tentanto sempre puxar pelo público, muito ao jeito das bandas latino-americanas, deram um bom concerto, quanto mais não seja pela entrega e energia em palco. Fiquei particularmente impressionado com o baixista, pareceu-me um excelente instrumentista, que se destacou dos demais elementos da banda.
Seguiram-se os suecos Warfect que, já para uma sala mais composta, deram um bom concerto de thrash, cheio de energia e intensidade, como se pede nestas ocasiões. Se, a bem da verdade, se pode dizer que musicalmente não são propriamente a banda mais original do mundo, e não acrescentam nada ao género, ao vivo saíram-se muito bem e foram um bom aperitivo para o headliner que todos aguardavam.
Vulcano - encarnam na perfeição o verdadeiro espírito do metal underground e mostraram-no na perfeição neste concerto. Com uma atitude e postura absolutamente impecáveis, com grande simpatia e empatia com o público, apresentaram os seus grandes clássicos de início de carreira, com destaque óbvio para o seu álbum de estreia - o já clássico Bloody Vengeance, que reservaram para a segunda metade do set. Antes disso, apresentaram alguns temas ainda mais antigos, dos primórdios da banda, em que ainda cantavam em português. Em uma hora, mais coisa menos coisa, que durou a sua atuação, resumiram grande parte das influências que o thrash e o black metal vieram a beber anos mais tarde. Só por isso já teria valido mais que a pena ter marcado presença. Isso e, obviamente, ouvir o Bloody Vengeance tocado na íntegra. A terminar em beleza a noite, regressaram ao palco para tocar Legiões Satânicas.
