2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

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Enigma
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2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor Enigma » domingo jun 12, 2016 12:09 pm

Aberto tópico de rescaldo do fest.

Só fui no 3º dia, por isso aqui ficam as minhas impressões apenas desse dia.

Empty - tinha cabado de chegar ao fest, a cumprimentar pessoal que fui encontrando entretanto, o sol ainda estava bastante impiedoso nas imediações do palco, de maneira que não lhes prestei tanta atenção quanto isso. Com outras condições acho que podiam ter criado uma boa atmosfera, assim foi mais complicado. O som também não ajudou muito.

Blasphemium - gostei mais destes que da banda anterior. Com os teclados a darem um toque interessante em algumas intros e inerlúdios e uma grande dose de teatralidade, o que é certo é que conseguiram dar um bom concerto que cativou mais pessoal para perto do palco.

Decayed - este ano estão em todas - HardMetalFest, SWR, agora SMSF - e ainda bem! Deram mais uma excelente atuação que, finalmente, fez mexer muitas cabeças ao som de malhas como Hellish Incantations, Martelo do Inferno e a incontornável Fuck Your God!. De lamentar que não tenham tido tempo para tocar a Blasphemer como estava na setlist.

Banda surpresa - só vi a parte final da "banda surpresa" que conta com duas figuras bem conhecidas do underground nacional (pelo menos os que tinham a cara descoberta - Vulturius na guitarra e Deris no baixo. E não, não se trata de mais um projeto black metal, mas sim crust/grind. Sim, isso mesmo... E, do pouco que vi/ouvi, saíram-se muito bem!

b]IXXI [/b]- aqui a fasquia subiu claramente (relativamente às primeiras bandas de black metal espanholas), estão claramente noutro patamar. A seguir a Rotting Christ, deram o melhor concerto do dia. Muita intensidade e presença em palco, mostraram excelentes argumentos. Primeira presença em Portugal e deixaram mesmo muito boa impressão! Glory Pride Satan Death. :metal:

Rotting Christ - é daquelas bandas que, ao vivo, é onde exponenciam melhor todas as suas qualidades. Não é que em estúdio não seja bom (porque é), mas ao vivo os temas ganham completamente outra dimensão. Terceira vez que os vejo e continuam iguais a si próprios, ou seja, mais um concertão. Apoiados no novo álbum Rituals, mas apresentando também temas da sua vasta discografia de 25 anos. Conseguiram criar mesmo uma comunhão (à falta de melhor palavra...) entre público e banda. Alguns dos temas que mais se destacaram foram Kata ton Demona Eautou, Quintessence, The Sign of Evil Existence e a fechar a Non Serviam. Excelente concerto! :beer:

Mausoleum - só vi os primeiros temas, pois entretanto começaram os Extinction of Mankind. O seu som deambula pelo death/black e, embora sem grandes rasgos, até estavam a dar um concerto competente.

Extinction of Mankind - crust punk javardão para fechar da melhor forma (pelo menos para mim, já que as bandas que se seguiam não me interessavam) o dia e o fest. Embora tenha havido muita gente que saiu após Rotting Christ, os que ficaram ainda foram suficientes para criar um circle pit bem movimentado.

Nota final para a organização que, ano após ano, têm melhorado a olhos vistos o fest, que tem crescido imenso. Espero que mantenham o sítio do fest no Parque das Merendas, pois tem muito melhores condições que o espaço anterior.

Abraço aos MUsers que por lá vi - aetheria, schwarzeengel, rpa e também ao restante pessoal que, não sendo MUsers (que eu saiba :mrgreen: ), são igualmente true metalheads. :cheers:
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor aetheria » domingo jun 12, 2016 12:29 pm

A Santissima Trindade está a caminho do Norte ao som de Manowar :beer:

O Peixoto que não se arme em estudioso e faça a review dos dois dias. :mrgreen:
Abraço Enigma!
(e, sim, eu fiquei até à estragação final)
Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças. Torga
A partir de um determinado ponto já não há retorno. É esse ponto que se tem que alcançar. Kafka

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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor Enigma » domingo jun 12, 2016 12:49 pm

aetheria Escreveu:A Santissima Trindade está a caminho do Norte ao som de Manowar :beer:

O Peixoto que não se arme em estudioso e faça a review dos dois dias. :mrgreen:
Abraço Enigma!
(e, sim, eu fiquei até à estragação final)


Façam boa viagem! Abraço. :cheers:

Se ficaste até ao fim fico muito curioso pela tua review de Allen Helloween. :mrgreen:

E sim, também aguardo a review do Peixoto. :P
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor PeiXotO » domingo jun 12, 2016 1:59 pm

Vocês são uns chatos do catano, um gajo tem coisas para fazer!

Rápida review dos dois primeiros dias:

Quinta: Devido à quantidade de transito que apanhamos na vinda para baixo acabei por perder Hexecutor, Amulet e Caronte, portanto a primeira banda que vi foi Ironsword. Não foi um concerto tão bom como o último que vi deles no RCA Club, mas também foi potente. Infelizmente aqui notaram-se um pouco mais as falhas vocais do homem, o que tirou um pouco da "magia" por outro lado deu para confirmar que a estrela da banda é o baterista. O homem toca, canta, interage com o público, é basicamente o mestre de cerimónias atrás do kit.
De seguida vieram os Forgotten Tomb e pessoalmente foi o melhor concerto dos dois dias que fui. Vê-se claramente que é uma banda com muita estrada e estão muito coesos ao vivo. Concerto para "ver" de olhos fechados para interiorizar a coisa. Muito bom. E segundo sabedoria popular o baixista era parecido com o Peter Steele... se bem que aquilo era mais Billy Drago que outra coisa, mas ok! Os Harakiri For The Sky foram a banda seguinte e apesar de terem um instrumental estupendo, acho que a voz gritada estraga um bocado a coisa (mas penso que isso seja mais uma questão de gosto pessoal). Confesso que aqui a Super Bock já se estava a instalar portanto não devo ter dado a devida atenção à banda. Depois foi Mata-Ratos que continua a ser aquela base. Eles fazem-me lembrar Switchtense e For The Glory no sentido em que toquem onde tocarem, já sabemos que os concertos vão ser bons e a festa é garantida. (Poderia incluir Bizarra neste lote, mas depois do que se viu na sexta... fica complicado). A noite acabou com Roädscüm que é mais um projecto que figura o amigo Faias, portanto... pedal a fundo, queimar borracha e quem vier atrás que se amanhe. Acho que ouvi Ventas de Exterko e Extirpation algures, mas deve ter sido enquanto jantava e enquanto discutia sobre t-shirts de bandas com uns tipos.

Sexta: Dia mais complicado pois tive de fazer uma caminhada à estação rodoviária acabando por passar pelo antigo recinto de festival onde se me despertou uma nostalgia... O dia começou com aquele que para mim foi o melhor concerto do segundo dia (daqueles que vi...) que foi Paulo Colaço. O alentejano da guitarra campaniça deve ter conseguido retirar mais sorrisos, palavras e salvas de palmas do que os restantes artistas do cartaz. Moda Faca! M.I.L.F. foi um concerto bacano para começar o dia. O bom exemplo de como 3 pessoas (voz, guitarra e bateria) podem fazer mais e melhor barulho do que 6 ou 7 em palco. A vocalista além de ter um vozeirão tinha uma presença muito boa. Seguiram-se os Celtibeerian que trouxeram a bela da festa folk às terras alentejanas. Boas malhas, bons executantes, boa festa e é isso que se quer de uma banda assim. Ainda conseguiram arranjar tempo para uma música extra, e se dependesse dos presentes eles ficavam ali mais uma hora. E a violinista era bem fofinha! Depois veio Animalesco, o método onde só se aproveita a Carina. Que vozeirão e que presença! Do resto, odiei tudo (gostos). Não vi Cripple Bastards, mas ouvi enquanto jantava e se tivesse sido apenas silêncio não se teria perdido nada. Depois veio Sinister e aqui está um bom exemplo de death metal que eu não gosto. Blastbeats e grunhos não são a minha praia. O público adorou portanto missão cumprida, já eu achei aquilo sofrível (gostos). Bizarra Locomotiva era provavelmente uma das principais razões para a presença de muita gente neste dia, uma vez que eles já têm o seu próprio séquito. Depois de um intervalo exageradamente longo (mas que por vezes é necessário para que as condições de som da banda sejam boas) lá entrou a banda. O Sidónio veio de t-shirt e calções e logo aí deveria ter sido um mau presságio! Os problemas de som foram constantes, tal como as pausas entre músicas. Não sei o que aconteceu, se era o Sidónio que não conseguia ouvir os companheiros, mas realmente ele não estava muito contente com o que se estava a passar. Tivemos o brinde de ouvir o Daniel Cardoso a tocar bateria na Engodo (podiam era ter escolhido uma malha que puxasse mais por ele!). O público não deixou de apoiar a banda e sempre que o homem saltava cá para baixo a festa reinava. Mas aquilo deve ter mesmo piorado pois a meio da Apêndices Humanos o Sidónio deixou o micro com o público e bazou... Uma pena. Pelo que me disseram tiveram de cortar 5/6 malhas do alinhamento... Seguiram-se os Spiritual Front que até estavam a fazer um óptimo papel em alegrar a malta, mas como já estava a ficar meio cansado fui dar um saltinho à tenda só para descansar as pernas e acabei por me deixar dormir e perder Phantom Vision, coisa que me deixou bem fodido...

Em relação ao festival em si, acho que a única coisa a apontar é que poderiam ter um ponto para a malta carregar telemóveis além daquele que havia perto dos chuveiros. (É possivel que houvesse outro que eu desconhecia). Tudo o resto estava muito bom, vê-se que a ambição e a qualidade está lá e esperemos que os amigos Vitor continuem o óptimo trabalho. Bem haja e se tudo correr bem, para o ano estamos lá! Tragam Therion, pelo menos vocês já têm credibilidade para isso! :mrgreen:

Para os tripeiros que conheci por lá, foi um prazer! Eu não vou a concertos aí a cima, vocês dificilmente voltam cá abaixo, portanto vemo-nos quando Manowar vierem cá dar o último concerto! :mrgreen: :cheers: :headbanger:
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor aetheria » domingo jun 12, 2016 5:21 pm


Para os tripeiros que conheci por lá, foi um prazer! Eu não vou a concertos aí a cima, vocês dificilmente voltam cá abaixo, portanto vemo-nos quando Manowar vierem cá dar o último concerto! :mrgreen: :cheers: :headbanger:



E a mim ignoras-ne não é? Sei que sou má pessoa e empurro, mas podias ser mais sensível... :|

:mrgreen:
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor PeiXotO » domingo jun 12, 2016 5:33 pm

aetheria Escreveu:

Para os tripeiros que conheci por lá, foi um prazer! Eu não vou a concertos aí a cima, vocês dificilmente voltam cá abaixo, portanto vemo-nos quando Manowar vierem cá dar o último concerto! :mrgreen: :cheers: :headbanger:



E a mim ignoras-ne não é? Sei que sou má pessoa e empurro, mas podias ser mais sensível... :|

:mrgreen:


Vossa excelência não é do Porto, carago?! Ou é só do Norte, carago?!
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor RavenEffect » domingo jun 12, 2016 6:00 pm

Isto vai ser complicado fazer report por dias mas vou deixar aqui algumas coisas que curti e não curti no festival.

Curti:
- Localização. (Podia ter sido no outro lado da estrada, junto ao circuito de exercício, tinha mais sombra não ficava tão junto à estrada e ao campo de futebol).
- Merch do festival.
- Chuveiros ali no campismo.
- Simpatia da malta de Beja.
- Booklet do festival (embora não perdiam nada em usar 2 folhas para colocar um mapa com localização de uma caixa multibanco, cafés, o continente, etc...).

Não curti:
- Staff do bar....epa ok não foi nem uma unha do pé que o martírio do Barroselas, mas lá ocasionalmente vinha umas cervejas com os 3 e 4 dedos de espuma. Ah e só haver água tónica a meio do segundo dia é que pronto. Eu sei que isto é mais problema da empresa que gere o bar mas pronto, fica a dica.
- Som. Sim, na maior parte do tempo até estava bom mas havia vários em que não acontecia e algumas falhas graves durante todo o festival.
- O ultimo dia foi assim um bocado salganhada, mudaram o alinhamento, depois alteraram novamente, já nem sabia o que ia acontecer. Fui ao recinto na esperança de ver a apresentação do livro do Dico e fiquei sem saber se foi cancelado ou se perdi.

Concertos:
Amulet foi a banda que mais gostei no primeiro dia, aquele Heavy com conteúdo carregado do som do oculto, faz lembrar Angel Witch em algumas partes, boa sessão de headbang. Paulo Colaço foi cativante e um daqueles concertos que não consegues deixar de esboçar um sorriso, muito bom, pena é continuar a haver muita gente no meio com a mentalidade meio fechada. Celtibeerian foi um bailarico engraçado, Animalesco, o método foi alta jardalhão, esta formação funciona bem e pareciam ligados à máquina. Crust das trevas! Só para duros! Sinister não é a minha praia mas foi um bom concerto, competentes e com entrega. Sobre Bizarra, não há grande coisa a acrescentar, por mais vedetas que os homens sejam não há banda que mereça passar por aquilo. Spiritual Front foi a grande surpresa do festival e um dos melhores concertos não só do dia mas de todo o evento, adorei o casamento de tantas sonoridades e gostei da maneira como o público reagiu, ajudou a criar um ambiente. Bleeding Display vi só dois temas mas tava ali uma tenda bem composta e o som estava porreiro. Competentes como sempre que, apesar de não gostar do som, não consigo deixar de dar valor. Phantom Vision foi giro, aquele rock gótico que meteu uma cruzinha na lista dos Clichés, mas foi nice. Blasphemium foi bom, bem melhor que a banda anterior, especialmente por ter aquela nuance sinfónica. Sistemik Violence, a banda surpresa, fez ali um caldo verde com D-Beat, Hardcore o mais sujo e cru possível. Se não tivesse de barriga cheia do jantar tinha andado lá ajavardar no pit! Rotting Christ foi provavelmente o melhor concerto da noite e do festival inteiro e isto vindo de um gajo que não acha piada ao que gravam em estudio. Extinction of Mankind foi a puta da destruição e o pit da noite, que bandalhão!
Allen Halloween foi o meu favorito, provavelmente por ter andado a rodar o Híbrido tanto tempo no mp3. Achei imensa piada ao público ter mudado completamente e mesmo assim teres pessoal do punk e do metal ali no meio a cantar as letras....ah e ver muita malta que mandava aquele sorriso em tom de gozo, lá de lado à frente do palco (pela boca morre o peixe).

Muy nice, até para o ano majés
spiegelman Escreveu: Sei que a maior parte do pessoal já está farto dos Kreator mas eu quero é que a maior parte do pessoal se foda

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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor Metallic Vitor » domingo jun 12, 2016 6:25 pm

RavenEffect Escreveu:Isto vai ser complicado fazer report por dias mas vou deixar aqui algumas coisas que curti e não curti no festival.

Curti:
- Localização. (Podia ter sido no outro lado da estrada, junto ao circuito de exercício, tinha mais sombra não ficava tão junto à estrada e ao campo de futebol).
- Merch do festival.
- Chuveiros ali no campismo.
- Simpatia da malta de Beja.
- Booklet do festival (embora não perdiam nada em usar 2 folhas para colocar um mapa com localização de uma caixa multibanco, cafés, o continente, etc...).

Não curti:
- Staff do bar....epa ok não foi nem uma unha do pé que o martírio do Barroselas, mas lá ocasionalmente vinha umas cervejas com os 3 e 4 dedos de espuma. Ah e só haver água tónica a meio do segundo dia é que pronto. Eu sei que isto é mais problema da empresa que gere o bar mas pronto, fica a dica.
- Som. Sim, na maior parte do tempo até estava bom mas havia vários em que não acontecia e algumas falhas graves durante todo o festival.
- O ultimo dia foi assim um bocado salganhada, mudaram o alinhamento, depois alteraram novamente, já nem sabia o que ia acontecer. Fui ao recinto na esperança de ver a apresentação do livro do Dico e fiquei sem saber se foi cancelado ou se perdi.

Concertos:
Amulet foi a banda que mais gostei no primeiro dia, aquele Heavy com conteúdo carregado do som do oculto, faz lembrar Angel Witch em algumas partes, boa sessão de headbang. Paulo Colaço foi cativante e um daqueles concertos que não consegues deixar de esboçar um sorriso, muito bom, pena é continuar a haver muita gente no meio com a mentalidade meio fechada. Celtibeerian foi um bailarico engraçado, Animalesco, o método foi alta jardalhão, esta formação funciona bem e pareciam ligados à máquina. Crust das trevas! Só para duros! Sinister não é a minha praia mas foi um bom concerto, competentes e com entrega. Sobre Bizarra, não há grande coisa a acrescentar, por mais vedetas que os homens sejam não há banda que mereça passar por aquilo. Spiritual Front foi a grande surpresa do festival e um dos melhores concertos não só do dia mas de todo o evento, adorei o casamento de tantas sonoridades e gostei da maneira como o público reagiu, ajudou a criar um ambiente. Bleeding Display vi só dois temas mas tava ali uma tenda bem composta e o som estava porreiro. Competentes como sempre que, apesar de não gostar do som, não consigo deixar de dar valor. Phantom Vision foi giro, aquele rock gótico que meteu uma cruzinha na lista dos Clichés, mas foi nice. Blasphemium foi bom, bem melhor que a banda anterior, especialmente por ter aquela nuance sinfónica. Sistemik Violence, a banda surpresa, fez ali um caldo verde com D-Beat, Hardcore o mais sujo e cru possível. Se não tivesse de barriga cheia do jantar tinha andado lá ajavardar no pit! Rotting Christ foi provavelmente o melhor concerto da noite e do festival inteiro e isto vindo de um gajo que não acha piada ao que gravam em estudio. Extinction of Mankind foi a puta da destruição e o pit da noite, que bandalhão!
Allen Halloween foi o meu favorito, provavelmente por ter andado a rodar o Híbrido tanto tempo no mp3. Achei imensa piada ao público ter mudado completamente e mesmo assim teres pessoal do punk e do metal ali no meio a cantar as letras....ah e ver muita malta que mandava aquele sorriso em tom de gozo, lá de lado à frente do palco (pela boca morre o peixe).

Muy nice, até para o ano majés


Obrigado pela crítica, mas em relação ao mapa - nós demos o booklet com um desdobrável lá dentro que continha o mapa e um horário do fest actualizado. Talvez não o tenhas recebido por lapso, mas por acaso pensámos nisso, e vem com essas localizações todas :P
SMSF VIII | SANTA MARIA SUMMER FEST | 8 > 9 > 10 JUNHO | BEJA, PORTUGAL
Exodus + Orphaned Land + Mão Morta + Wolfbrigade + Urfaust + Trollfest + Misþyrming + Hypothermia + Naðra + Fuse + Ranger + muitos mais...

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aetheria
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor aetheria » domingo jun 12, 2016 8:29 pm

PeiXotO Escreveu:
Vossa excelência não é do Porto, carago?! Ou é só do Norte, carago?!


Vá-se Qatar! Não, não sou! :p Não sabe ler ali no perfil?
E irei a mais concertos aí por terras do sul, em breve.
Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças. Torga
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor PeiXotO » domingo jun 12, 2016 9:05 pm

aetheria Escreveu:Vá-se Qatar! Não, não sou! :p Não sabe ler ali no perfil?
E irei a mais concertos aí por terras do sul, em breve.


Grande falha! Ainda estou em recuperação portanto a vista ainda não está a 100%. :cheers:
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor schwarze_engel » segunda jun 13, 2016 11:17 pm

Depois de tanta coisa já tão bem dita, será que resta algo para dizer? Ora vamos lá ver o que se arranja.

A viagem de carroça do Porto até Beja demora para caraças, especialmente se metade dos lisboetas (e arredoretas) se lembram de fazer a A2 na mesma altura, e por isso só entrei no recinto lá pelas 22h. Dizia alguém: "ah e tal e coiso, ao menos aqui vamos poder ver caras novas, diferentes das que vemos nos concertos lá em cima". Pois sim. Nos primeiros 10 minutos percebemos que as caras são sempre as mesmas em todos os cantos do pais. :D O que não é uma crítica, mas teve piada perceber o quão pequena a "çena" realmente é.

No palco floresta (que é bem bonito, por sinal, mas sugiro que para a próxima rodem a sua orientação em 90º, que quando o vento da noite se levantava era ali uma corrente de ar que não se podia), tocavam já os Trepid Elucidation, mas se bem me lembro, a sua actuação sobrepôs-se com a de Ironsword no principal, pelo que depois de Cabras compradas e bolo do caco jantado, segui para o recinto maior, para ver se desta vez a banda me conseguia prender mais do que o que aconteceu em Vagos.

Mas não aconteceu. Só fiquei colada ao palco, de facto, quando foi a vez de Forgotten Tomb.
Sem conhecer previamente nada da banda, achei-o um concerto brutal que, para mim, foi o ponto forte do dia.
Perdi Ventas de Exterko (a rever, estas sobreposições de bandas) e fiquei para Harakiri, dos quais também não conhecia nada. Não estiveram nada mal, são donos de um som cativante, mas acho que eram capazes de ficar a ganhar com uma voz diferente (ou quiçá sem nenhuma... :P ). Gostos. quem estava à minha volta adorou e deu-o bem a mostrar.

De seguida, os veteranos Mata-Ratos, a providenciar o bailarico que se sabe. Pena a voz estar demasiado baixa e indefinida, mas de resto, deu para aquecer no meio do vento que entretanto se levantou da planura (e que todas as noites se mostrou frio demais para aquilo que eu estava à espera das noites alentejanas - atão aquilo não é só calor, porra?!).

Roadscum encerraram o meu dia de concertos com um punkzinho jeitoso, e um palco floresta bem composto de resistentes (já nem sei que horas eram, aí umas 4, decerto).

O segundo dia não podia ter começado de forma mais estranha. 6:45 da matina e o campo de futebol mesmo ao meu lado manda cá para fora em altos berros Ace of Base. Tornar a dormir, só com tampões de ouvidos. Fdp's, ao menos que tivesse sido com música...

Bom, adiante. Em terras de Santa Maria Summer Fest, o dia de concertos começou de forma impecável, com Paulo Colaço e a sua guitarra campaniça eléctrica. Que rei! Adorei o homem, apetecia ir lá dar-lhe um abraço no fim e agradecer-lhe a simpatia, a coragem e a humildade. Muito bom, fica no coração.
Depois segui para rever M.I.L.F., escassos meses depois de Barroselas. Sempre competentes, a Mariana com um vozeirão cada vez mais forte, mereciam ter tido uma maior moldura humana a assistir, mas já se sabe que enquanto o sol queimar no céu, há muitos que não deixam a toca.
De seguida, o folk dos Celtibeerian animou as hostes ali presentes e poucos foram os que não deram um pezinho de dança. Em boa hora a violinista resolveu falar em castelhano, que isto de ter espanhóis a falar inglês é custoso de ouvir. :D
A seguir resolvi ir espreitar o que era Creating the Sound... E concluí que há caminhos que não são para mim. Sei lá, falta-me pachorra, não desmerecendo o empenho dos envolvidos.

Já Sinister foram a surpresa da noite, para mim. Que grandes músicos, que grande concerto! Fiquei cliente. :)

E eis a vez dos Bizarra Locomotiva.
A banda que eu mais esperava, e a que teve mais azar - mas que nem assim deu algo a que se possa chamar um concerto fraco. Nem assim.
Em conversa com um dos elementos da banda fiquei a saber que não houve culpas, foi uma sucessão de azares que começou pelo atraso a que estiveram sujeitos, presos numa fila na auto-estrada. Depois, já em palco, não conseguiram afinar a máquina como é seu costume e tudo isso resultou num set encurtado em 5 músicas, numa Febre de Ícaro versão alentejana que deve ter demorado o dobro do tempo a ser tocada, e num 'encore' com a Apêndices, entregue às vozes da escumalha presente na recta final. O Sidónio deixou de facto o palco sem a terminar, e quem estava à frente percebeu bem, durante todo o concerto, a angústia da banda e assistentes de palco por as coisas não estarem a funcionar como deviam. Ainda assim, foi intenso como sempre. Talvez mais, até, para tentarmos ajudar a empurrar a locomotiva para a frente.
Sempre, sempre enormes.

Spiritual Front, não sendo exactamente a minha onda, ainda me fizeram mexer um bocadito, mas ainda estava demasiado amassada pela Locomotiva para aguentar por lá o tempo todo. Fui lá fora ver Bleeding Display (top!) e voltei para Phantom Vision. Honestamente, tenho que dizê-lo: se o vocalista estivesse a usar umas calças que, contra a luz, não deixassem ver-lhe as pendurezas, eu até tinha ficado mais tempo. Mas assim, não houve condições. Could not be unseen. Fui-me embora, enregelada, e nem OvO ouvi da carroça, aterrei em três tempos, mas ainda a trautear "tu nã mandas em miiiim, tu nã mandas em mim, tázoviri!" :metal:

Terceiro dia a começar com o anúncio de alterações no horário. Não percebi bem porquê nem porque não, mas o facto é que se chegou ao fim do dia na mesma com atrasos. Aliás, os atrasos foram uma constante em todo o festival, e se na maioria das vezes, durante o dia, não dei por eles, quando a noite já ia adiantada eu chegava a uma altura em que já não aguentava mais e acabava por não ver algumas bandas. Como foi o caso deste último dia, mas já lá vou.

Quando cheguei ao recinto estavam a terminar os Empty no palco principal. As pessoas (bastantes) que já por lá andavam refugiavam-se de um sol impiedoso debaixo da tenda que em boa hora a organização se lembrou de lá montar. Blasphemium não vi - estava cá fora a ver se ia haver ou não a apresentação do livro do Dico, que ou não houve ou não apanhei. De modos que aproveitei para jantar mais cedo, e segui para ver Decayed, que estiveram na sua boa forma habitual. Ainda houve tempo para ir espreitar a tal banda surpresa (cujo nome só fiquei a saber bem depois - é estranho isto de partirem do princípio que toda a gente que ali estava sabia quem eles eram só por subirem a um palco, mas ok) e depressa abalei de volta ao recinto principal para esperar pela banda que me suscitava maior curiosidade nesse dia, os IXXI.

E que banda. E que concertaço, senhores. É por isto que eu gosto de festivais, é por isto que às vezes nem me dou ao "trabalho" de tentar conhecer quem lá vai tocar, de antemão (seria um esforço inglório, não tenho o tempo necessário para tal tarefa): porque sei que se for algo que eu deva gostar, vou sabê-lo quando estiverem no palco. E assim foi com IXXI (e com Sinister e Forgotten Tomb, nos outros dias).

Claro que mesmo tendo-me esgadelhado toda em IXXI, sobrou um bocado de energia para o que ainda estava por vir - ou não fossem os Rotting Christ o nome que em primeiro lugar me chamou a atenção para esta edição do SMSF. E bem que precisei dessa energia, para responder à deles.
Já aqui foi dito muito sobre o concerto, e eu só quero acrescentar que, para mim, o ponto alto foi sem sombra de dúvidas a "Apage Satana", que me apanhou de surpresa e me deu um safanão sensorial de todo o tamanho.
Que coça!

E a seguir a esta injecção de adrenalina, pensei cá para mim: "bom, vem aí o Allen Halloween... disseram-me tão bem dele que vou ficar e ver, mesmo sabendo que é rap". E fiquei.
E esperei... E trocavam o palco, retirando tudo o que se parecesse com um instrumento musical... E continuavam a trocar, a ligar fios e cabos... E a coisa continuava. E o frio aumentava. E o vento ficava mais forte. A cerveja já não aquecia e não havia poncha que nos valesse (apesar de constar do preçário do Bolo do Caco, não tinham podido levar quaisquer bebidas, o que foi pena). E no palco ainda não se passava nada... e já eu estava ali há uma hora à espera, para dar uma chance. "Eu não acredito que estou aqui, a gelar este tempo todo, para ver hip hop", dizia eu. Mas já não podia faltar tanto tempo assim, portanto só mais um esforço, vamos lá dar-lhe uma hipótese. Mente aberta.

E começou o concerto.
Qualquer esperança que eu tivesse de que fosse encontrar um rap diferente se desvaneceu no primeiro refrão. "Tinoni, cabrón", era o que se percebia que eles diziam, e pouco mais.
"Foda-se, esperei eu por isto..."

Rendi-me. Já nem sei que horas eram, nem seria muito tarde, mas o cansaço, a quebra de adrenalina causada pela espera sem que tivesse havido uma compensação, e sabendo eu que o dia seguinte iria ser passado na estrada... Nem A Foice, nem Sinter, nem Atila me convenceram a ficar. Não consegui esperar por eles, com alguma pena minha.

De volta à carroça, havia um carro estacionado lá perto com portas abertas a debitar Satyricon. Soube bem, para terminar o dia numa nota musicalmente positiva.

Em suma: como estreante no SMSF, tenho a dizer que a organização está de parabéns, sem qualquer dúvida. Sim, mesmo apesar do Allen. :D
E mesmo apesar dos atrasos, mesmo apesar de alguns problemas no som (não foram nada de grave).
Montar aquilo tudo, vencer adversidades que nem imaginamos, ter bilhetes ao preço que tiveram, chamar as bandas que chamaram... Caramba, ainda estou abismada!
Espero que por muitas dores de cabeça que tenham tido, o balanço geral tenha sido tão positivo como foi para mim, para que para o ano possam fazer apostas ainda mais arrojadas... e para que eu possa estar novamente presente. :)

Abraço aos "MU's" que por lá conheci e reencontrei. Isto afinal não é só gente carrancuda que rasga a t-shirt de cada vez que lê "thrash" sem o H. :D

Bem hajam.

P.S.: e agora podem dizer todos "vai escrever pó crl!"
Última edição por schwarze_engel em terça jun 14, 2016 1:34 am, editado 2 vezes no total.
Hear the words I sing,
War's a horrid thing.
So I sing, sing, sing...
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor rpa » segunda jun 13, 2016 11:35 pm

Isto de um gajo ter que ir trabalhar depois de um festival destes é desumano.

Ora bem, o que dizer... a ideia de ir a Beja começou meio na brincadeira, há cerca de um ano atrás, quando anunciaram Rotting Christ. Fazer 1000kms para rever uma banda que, mesmo gostando bastante, não é propriamente uma "personal favorite" não seria para levar muito a sério. Mas a ideia foi crescendo, o cartaz sendo anunciado, acumulavam-se os motivos de interesse, e a brincadeira passou a algo mais sério. Foi grande a antecipação, enorme a curiosidade.
E voltei satisfeito.

Sobre os concertos, não tenho muito a acrescentar ao que já foi dito. No primeiro dia gostei muito de Forgotten Tomb e ainda mais de Harakiri For the Sky.
No segundo, Paulo Colaço foi fantástico, Sinister avassalador, e Bizarra um misto "bizarro" de emoções: por um lado a frustração (partilhada com banda e demais escumalha) causada pelos problemas técnicos; por outro, a fúria que esses problemas causaram deu azo a um concerto ainda mais intenso e brutal do que tem vindo a ser habitual. Pelo menos para mim foi-o, e vibrei com cada segundo. Vi finalmente Bleeding Display, e serviu para confirmar que é banda a que tenho obrigatoriamente que dar mais atenção.
No último dia, IXXI (sempre é "nine eleven" que se diz?) foi muito bom, e Rotting Christ foram gigantes. A 'Apage Satana' foi, para mim, o momento do festival, e algo que recordarei durante muito tempo.


Sobre o festival em si, correspondeu às expectativas que tinha dele - e que não eram baixas, diga-se. Os "Vítores" têm ali algo especial, um festival verdadeiramente familiar em muitos sentidos - incluindo o literal. Repito agora os parabéns que tive oportunidade de dar pessoalmente, e espero que, ultrapassadas as dificuldades e adversidades inevitáveis da organização de algo desta dimensão, sejam as boas memórias que ficam para o futuro. Da minha parte, trago muitas. Obrigado por fazerem isto, e fica o desejo de voltar no futuro!

Aos Musers (isto não soa a clube de fãs dos Muse?) que conheci/revi, Peixoto, Enigma, Xapas: :jeroen: :metal:

Venha o próximo!! :headbanger:
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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor aetheria » terça jun 14, 2016 12:29 pm

Prontes, está tudo dito.
A Schwarze arrematou o serviço com um belo relato do ebento com considerandos de monta, como as calças do Morcego a contraluz. Sou incapaz de fazer melhor!

Quanto às bandas:
Só em Sinister, segundo dia, a minha besta interior se soltou verdadeiramente. O primeiro dia tinha passado mornamente. Os meus motoristas eram lentos cheguei tarde e ainda tive de montar a tenda (não que isso demore muito, convenhamos. Abri e enfiei a tralha dentro - casa montada!).
Sinister foram pujantes, competentíssims, com um Death direto e intenso. No primeiro dia, destaque para Forgotten Tomb, que apreciei mas sem entusiasmos, e Mata-Ratos - festivos como sempre. Curiosamente, nunca os tinha visto num palco tão espaçoso e alto e senti diferença - não neles, mas na minha própria relação com o concerto. O facto da voz do Miguel estar baixa também não ajudou. Lá iremos.

Do segundo dia, referir MILF, que me surpreendem sempre pelo poderio que três gatos pingados debitam em palco, correção, dois gatos pingados e uma gatinha, que ruge, não ronrona. Celtibeerian, que fazem a festa folk com muita garra e gozo pelo que fazem. Muito pr+oximos do público, não porque fica bonito, mas porque gostam da festa mesmo: o multi-instrumentista do sopro/violino e o vocalista não largaram o circle pit em Sinister. Mereciam mais gente no público (era cedo, estava calor). Destaque para Bizarra, mas já foi tudo dito a este propósito. De facto,aquele arranque lento do Febre de Ícaro foi algo surreal, surpreendente. O Ícaro alentejano ficou marcado, uma variante dos muitos concertos a que já assisti destes senhores. Roädscüm não conhecia e fiquei curiosa por conhecer melhor. A surpresa de ver o Galrito de Infra/ Vae Solis na bateria.
Acho que já não vi mais nada... estava gelada. Mas quase estive para sair da tenda, à conta da festa que ouvia vinda do after-party. Por entre a habitual metalada, Doce, a lambada e sei lá bem o que mais. Maravilha! Deve ter sido bonito.


Terceiro dia - bonito! Black metal cai sempre bem, apesar de não combinar nada com aquele sol inclemente. Arre! Empty, Blasphemium, projetos para ouvir na sombra. Houve momentos da voz em Empty que roçava um clean(agudo desafinado que não me caiu, mas gostei da atitude. Blasphemium traz teclas e a ambiência que isso implica, bastante agradável. Mas a "novidade" que me tirou do sério foram os suecos IXXI - gostei mesmo destes rapazes. Pujantes, ao vivo, não debitassem um estilo que juntam o thrash ao black, trouxeram velocidade e brutalidade qb. Terei de ouvir mais umas coisas destes fulanos. O baixista, uma bela besta (em vários sentidos. Todos positivos. :D)
Grande adesão do público presente, que deveria ser mais não tivesse o concerto começado enquanto durava a banda surpresa, e muitos dos que lá rolaram tivessem ficado caídos no fim do concerto. A tenda estava cheia, pois muito poucos sabiam quem ia atuar. Como o Enigma explicou, os Systemik Viølence juntam nomes conhecidos de outros domínios e debitaram um género que os próprios definem como "Fuck as Punk" (Punk has gone soft and became just a musical style, rather than an outlet for protest. SYSTEMIK VIØLENCE aims to bring back threat to punk, using the aesthetics of seminal bands like GISM, the rawness of early Anti-Cimex and the darkened appeal purveyed by the likes of Darkthrone.)

Antes ainda, Decayed, de quem reclamo apenas (novo setlist cortado) não terem tocado o último tema que nos estava destinado: a cover de Sodom. É que em Barroselas foi festa! :)

Rotting Christ - nunca tinha visto ao vivo e foi uma grande primeira vez. Pouco tempo parei na frente e preferi sentir o pulsar das massas na linha do circle pit, que foi intenso e violento. Fabuloso. Aquela máquina grega a debitar e o público completamente lá. Houve momentos que a "comunhão" era tal (isto soa a cena mística, mas aconteceu mesmo), que quase parecia uma invocação coletiva a Satanas. No Apage Satana, com a percussão a moer e todo o púbico a repetir "apage satana", parecia um ritual :D espero que publiquem vídeos porque foi poderoso. O mesmo com a Kyrie. Foi muito, muito bom!

Depois.... bem. Como a Schwarze referiu.... espera. Não que eu estivesse propriamente "à espera" de ouvir o Allen. Fui perdendo outras bandas que até me agradariam, fosse porque tinha de fazer uma pausa, porque estava na conversa, porque tinha de comer... enfim, o senhor começou na hora em que deveria ter acabado (!). Esta espera desmobilizou muita gente que até "ficaria para ver", o recinto foi-se esvaziando, também ajudado pelo frio que se abatia à noite. O que foi uma pena, para o fim da festa e para as bandas que seguiram o Allen. Não gosto de Hip Hop. Abomino. Por isso não posso comentar. Mas ficava-me a impressão que, dentro da coisa, esta nem sequer se destacava. Mas, como disse, não sei nada do género.
Com isto tudo, as bandas seguintes já tiveram muito pouco público. Vi Sinter, Attila, Foice. Estava decidida a levar a noite até de manhã... mas o ambiente arrefeceu metafórica e literalmente. Sinter apresenta um som... industrial? :D com uma rebarbadeira numa folha de zinco, sim. Que melhor? Sintetizador, percussão em latas (mas que soavam muito bem), um momento de alienação experimental que me entreteve bem. Attila, no palco principal, entrou no domínio "ambient". Iria bem numa sala fechada, cosy, com uns sofá. Fiquei o tempo todo, mas em modo "sonambulo". Foice... bem... ambient muitoooooooooooooooooo arrastado. Impossível para aquela hora. Já não aguentei para o after party (e já eram quase 5), mas quase não deve ter acontecido...

Pontos positivos - o gigantesco esforço da família Paixão que põe paixão nisto, num meio tão adormecido quanto o de Beja. O acampamento. Os chuveiros quentes. As várias tomadas, à sombra. A velhota que tinha vinho a 1 euro e uma cebolada para juntar à bifana, deliciosa. O caco madeirense nas suas múltiplas variantes.

Pontos negativos: o frio à noite :p (devem fazer um disclamer a este propósito - ia para o Alentejo de quase 40º na véspera, levei apenas um hoodie e nem era cardado! fuck); as casas-de-banho sem fecho (!); os atrasos nas bandas (pensem em levar algumas menos...); as vozes que, em várias bandas, ficava abafada; a cerveja cheia de espuma...

Acima de tudo, Muitos MUITOS parabéns pelo gigantesco esforço. Valeu a viagem!
E parabéns pelos belos vídeos-resumo que estão a lançar. Lindos!

E um brinde grande aos meus companheiros, os da viagem, os do mosh, os dos copos, os das piadas parvas, os do MU. Sem dúvida que a festa, sem estes últimos ingredientes, não seria a mesma.
Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças. Torga
A partir de um determinado ponto já não há retorno. É esse ponto que se tem que alcançar. Kafka

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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor PeiXotO » terça jun 14, 2016 9:57 pm

aetheria Escreveu: ...as casas-de-banho sem fecho (!).


Nem me estava a lembrar disso. Foi isso, o facto de serem poucas, e de não haver aquelas cenas para lavar as mãos em condições. Não que eu me preocupe muito com essas mariquices, é mais porque no fim da noite um gajo quer tirar as lentes de contacto e tem de escarafunchar os olhos com as mãos cheias de merdum... E já agora, colocarem luzes nas casas de banho do campismo (tanto as portáteis como as outras ao lado dos chuveiros). #problemasdeprimeiromundofodace
"O problema da vida real é não ter música de fundo..."

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Re: 2016.06.09-11 - SMSF BEJA VII

Mensagempor basquetal » sábado jun 18, 2016 5:16 pm

aetheria Escreveu: Mas ficava-me a impressão que, dentro da coisa, esta nem sequer se destacava. Mas, como disse, não sei nada do género.


Comon...



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