The Human Abstract

[Guilha]

Boas pessoal. Bem, este é o meu 1º post e tópico no fórum e pensei em começar a minha "vida" aqui com um topico sobre esta banda pois nao vi nenhuma mençao á mesma.


Algum fã desta banda por aqui?




Criados em 2004, esta banda (principalmente Metal Neo-Clássico) ja sofreu algumas mudanças ao longo dos anos e dos 3 albums que lançaram. Lançaram o seu demo (1º e unico; produçao de Logan Mader e Jonny Santos) com o vocalista Nick Olaerts que, na minha opiniao, fez um trabalho de merda, se bem que a produçao tambem nao foi a melhor.

Para o 1º album ("Nocturne", em 2006; produçao por Jamie King), houve uma mudança de vocalista com a entrada de Nathan Ells (actual membro e fundador da banda Sunlit Ether) e com ele veio tambem uma grande evoluçao nas letras das musicas, na voz, bem como uma muito melhor produçao pois assinam contrato com a editora Hopeless Records, o que faz com que subam um pouco de nivel.

Este é um grande album, que mostra desde cedo que esta banda composta por musicos jovens tem um enorme potencial, pois para alem das letras em si, como ja mencionei, ha certas musicas que sao realmente muito boas, com destaque para "Vela, Together We Await The Storm" que é sem duvida o ponto alto do album, sendo precedida por "Desiderata", uma enorme peça clássica que serve de intro a essa ultima faixa do album que é a "Vela...." .. De destacar tambem a "Polaris", "Mea Culpa" e "Crossing The Rubicon".
Nesta altura a banda era composta por Nathan Ells (vocais e letras), AJ Minette (guitarra principal e piano; Nota: na minha opiniao, um dos melhores guitarristas da actualidade), Dean Herrera (guitarra ritmica), Kenny Arehart (baixo) e Brett Powell (bateria).

Em 2008 lançam "Midheaven" (produzido por Leonard Simone e Jesse E. String) que apesar de ser um [relativamente] bom album tambem, na minha opiniao, fica aquém do que se esperava. É um album de conceito e as letras melhoram e é talvez o album (dos 3 que lançaram até hoje) que melhor liriscismo tem. Infelizmente, com a saida de AJ Minette (que sai para estudar musica classica, 'ajudado' tambem por divergencias com o vocalista) e de Kenny Arehart, a banda perde a nivel instrumental. Entram Sean Leonard (teclas), Andrew Tapley (guitarra ritmica) e Sean Hurley (baixo) mas estes, apesar de nao fazerem um mau trabalho, nao conseguem fazer esquecer o que houve de muito bom em "Nocturne".. Neste album ha a destacar "A Violent Strike" que é uma excelente faixa de inicio, "Breathing Life Into Devices" e "A Dead World At Sunrise" que, num tom mais calmo, trás um agradavel desfecho ao album.

7 anos depois de terem começado, neste ano de 2011, lançam "Digital Veil" (com apenas 3 membros fundadores e depois de assinado um contrato com a nova editora E1) , o seu ultimo album até á data, e na ocorrencia de problemas com Nathan, a banda arranja um novo vocalista: Travis Richter (ex-membro dos From First To Last e The Color of Violence) e, com isto, ocorrem tambem mais 1 ou 2 mudanças no seu alinhamento pois AJ Minette volta e Henry Selva vai para o baixo (saindo Sean Leonardo e Sean Hurley). Após o lançamento do album, umas semanas antes da 1ª digressao, Andrew Tapley sai da banda tambem.
Sem grandes duvidas, aponto desde já este album como um forte candidato a album do ano (nao me caiam ja em cima, é uma opiniao).
É um album curto (apenas 8 faixas) e, curiosamente, a faixa que acho mais fraca é a que dá o nome ao album, pois acho que fica uma bocado aquem do que se esperaria de uma musica que da o titulo ao album. De qualquer das formas nao posso deixar de sublinhar o que ha nas outras 7 faixas que, na falta de outra palavra, é simplesmente lindo. De apontar que Travis trás uma grande melhoria nos vocais em relaçao a Nathan, apesar de se notar um ligeiro declinio a nivel lirico mas mesmo assim nao está muito abaixo.
Continuando, o album nao podia ter uma melhor intro que "Elegiac" (que dura pouco mais de 2 minutos) onde se nota que AJ Minette prestou muita atençao ás suas aulas de musica classica, pois esta é sem duvida uma grande peça instrumental, com um inicio e um fim de guitarra classica muito bons. De destacar que neste album o baterista Brett Powell mostra realente tudo o que tem.
"Complex Terms" (2ª faixa) é vibrante e com uma mistura boa de vocais limpos e trás consigo 2 partes instrumentais com 2 (semi-)breakdown's que ficam muito bem.
Na 3ª faixa temos "Digital Veil", a tal que dá o nome ao album e que nao tem nada muito digno de se apontar, é uma boa faixa.
De seguida temos "Faust" que foi, até agora, o unico single do album e que é talvez a 2ª melhor faixa do album com um grande poder e muito completa em todos os sentidos que so da vontade de uma pessoa correr e chutar tudo o que lhe aparecer á frente.
"Antebellum" é a faixa que se segue e esta é sim uma das melhores musicas que ja ouvi, sem duvida a melhor faixa do album. Magnifica influencia classica e tem uma parte que me dá arrepios cada vez que oiço (cito):

"Beyond the drought worn hillside,
A figure appears,
As the cumulus over us darkens, we look up to face our fears
And by the rise of his all powerful hand, he sets vengeance
And proclaims: 'Follow me or be crushed to the depths of weak mannered simpletons.
You have nowhere to hide!
BOW BEFORE ME!'"

Nao quero falar mais nesta musica porque depois posso vos desiludir ao criar muita expectativa mas simplesmente "'tá lá", como diz o bom povo portugues, penso que qualquer fã de Metal irá gostar desta obra-prima (ouvir esta faixa, particularmente, do principio ao fim é muito importante para a poder apreciar bem).
"Holographic Sight" segue-se e é talvez a musica mais pesada do album, muito boa, com grande pujança e excelente para andar á mocada.
Seguindo essa temos a "Horizon To Zenith" que me faz lembrar muito Muse (yes yes, I know, mas nao sou o unico que o digo). Tem um inicio instrumental muito bom e verdadeiramente Metal mas a musica faz-me lembrar Muse (mais pesado, claro), talvez pela voz do vocalista ser um pouco parecida com a de Bellamy quando canta 'normal' e pela melodia (nao deixando de ter os seus momentos mais pesados, mas nunca muito, e acho que nao tem harsh vocals).
A 8ª e ultima faixa do album, "Patterns", trás-nos um excelente desfecho a este grande album.

Pouco antes de começarem a digressao "Frak The Gods", Travis Richter abandonou a banda por razoes estritamente pessoais (continua a ter excelente relaçao com a banda) e os The Human Abstract estão a fazer essa tour com Ryan Devlin dos Corelia.


Espero que quem nao conheça a banda a oiça e que gostem, depois deêm as vossas opinioes, tanto sobre banda como sobre os albums. Ao pessoal que ja conhece, fiquem á vontade de contribuir para a discussao.



(PS: Nao, nao é a minha banda favorita, haha)

[Guilha]

deixo aqui a "Antebellum"

[marlucas]

Já conhecia a banda e também gosto muito. O meu álbum favorito é talvez o Digital Veil mas a minha música favorita é a primeira que ouvi deles, a Crossing The Rubicon. Tenho imensa pena que o vocalista tenha saído, era muito bom, mas também ainda não ouvi o novo

[Guilha]

curiosamente a "Crossing The Rubicon" tambem foi a 1ª que ouvi, certamente um grande som \m/