Zeitgeist - o Filme

Avatar do Utilizador
OrDoS
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 5656
Registado: domingo abr 04, 2004 12:23 pm
Localização: Vieira do Minho / Braga

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor OrDoS » terça ago 10, 2010 2:04 pm

raxx7 Escreveu:
OrDoS Escreveu:Talvez não seja uma ideia genial, mas justificaria pelo menos que se pusessem mentes a estudar, a avaliar, a pesquisar e a alterar o que for necessário (as ditas falácias, pressupostos errados, etc.) e num passo seguinte planificar e criar projectos piloto. Como disse, não precisa de ser o TVP ou as ideias deste, mas também praticamente não se vêm projectos do género, ou então não têm visibilidade :|


Há milhares de mentes a estudar todos e mais alguns aspectos do comportamento humano e das nossas sociedades.
Há milhares de mentes a estudar a fusão nuclear, que seria a base da "energia abundante" da visão do Jacque Fresco.

O que não há são milhares de mentes a projectar e planificar um novo formato de sociedade. Mas aí tens que perceber que nem todos os problemas se resolvem atirando recursos (pessoas e dinheiro) ao problema.
Como já te disse há uns posts atrás, o processo de planear uma solução para um problema começa sempre com uma ideia vaga, seguida de um misto de experiencia e fé de que estamos no caminho certo, além de conhecimento científico.
O que te está a escapar é a (grande) probabilidade de, face ao conhecimento e recursos que temos, ainda ninguém ter conseguido ter uma ideia que sobreviva a uma 2ª reflexão. E de, face ao conhecimento e recursos que temos, ser extremamente improvável que isso venha a acontecer mesmo que ponhas um grupo de mentes a trabalhar no problema

É como pensares em projectar uma nave espacial que consiga chegar à estrela mais próxima (4.2 anos-luz) em 10 anos. Não é absolutamente impossível (50% velocidade da luz) mas face ao conhecimento e recursos que temos disponíveis na prática é impossível. Por mais pessoas e dinheiro que atires ao problema, ninguém te vai conseguir arranjar uma solução.

Isto é a tipica mentalidade do "leigo" que está convencido que é possível mas não sabe bem como. E claro, desses "leigos" nunca te sai uma solução.


O facto de alguém ter pensado em ir à Lua não impediu o Homem de efectivamente ir à Lua e no entanto nessa altura era impossível lá chegar, mas idealizá-lo e apontar desde cedo as suas vantagens foi o 1º passo para atingir esse fim. É isso que tenho estado a tentar clarificar neste ponto.


Cthulhu_Dawn Escreveu:Não acho que este seja o "sistema" ideal. Acho que é o sistem que está em vigor. Tem a sua dose de miséria, pobreza, problemas e tem, apesar de tudo, enormes potencialidades. E aquilo que é proposto, lamento, mas não é "outra forma do actual sistema capitalista" ou então fazemos leituras mesmo muito diferentes da mesma coisa...
Dá um salto ao site da Comissão, procura as oportunidade de financiamento que lá estão no 7º Programa Quadro ou no Programa Leonardo da Vinci (isto para manter a coisa ao nível Europeu e porque são estes com que trabalho mais).
Ali é dada a hipótese e o financiamento para que sejam propostas ideias novas, inovações tecnológicas na área da saúde, construção, eficiência energética, ambiente...Bolas, basicamente a Comissão canaliza milhões de euros para uma infinidade de temas diferentes.
O senhor não é americano? Até há programas de cooperação específicos com os EUA...



Em lado algum neste tópico vais ler algo escrito por mim que diga diferente do que essa frase que disseste. O sistema capitalista tem enormes potencialidades, principalmente se fosse mais justo! Mas o que se tem notado é que este mesmo sistema está cada bem menos humano do que seria de esperar por esta altura :roll:

Quanto ao financiamento para ciência, eu sei bem disso ;)
From word to a word I was led to a word...
ImagemImagem 20ª Edição - X11

Avatar do Utilizador
raxx7
Administrador
Mensagens: 3809
Registado: terça mai 13, 2003 10:03 pm

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor raxx7 » terça ago 10, 2010 2:18 pm

OrDoS Escreveu:O facto de alguém ter pensado em ir à Lua não impediu o Homem de efectivamente ir à Lua e no entanto nessa altura era impossível lá chegar, mas idealizá-lo e apontar desde cedo as suas vantagens foi o 1º passo para atingir esse fim. É isso que tenho estado a tentar clarificar neste ponto.


Há uma diferença subtancial entre o Goddard sugerir seriamente a possibilidade de ir à Lua e o que tu tens estado a dizer.
O Goddard afirmou que um dia seria possível ir à Lua e trabalhou no desenvolvimento de foguetes. Mas não se pôs a dizer "deviamos de projectar um foguete para ir à Lua", pois ele melhor que ninguém sabia que não tinhamos ainda nem o conhecimento nem os recursos para tal coisa.

Tu estás a sugerir que comecemos a planear uma sociedade melhor, sem a menor noção de se temos o conhecimento e recursos para o fazer.
Aparentemente, não temos. Não somos sequer capaz de projectar uma sociedade melhor que funcione, quanto mais implementar uma experiência piloto.
O mais que podemos fazer, agora e neste momento, é fazer o equivalente ao que o Goddard fez: estudamos o comportamento humano e fazemos pequenas experiências para ver se as teorias batem certo; desenvolvemos tecnologia que nos permita viver melhor; etc. E isso está a ser feito, todos os dias.
Shrödinger's cat has left the building.
When in doubt, ban!

Avatar do Utilizador
Cthulhu_Dawn
Moderador
Mensagens: 2427
Registado: sábado set 22, 2007 10:39 pm
Localização: Londres, Reino Unido

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor Cthulhu_Dawn » terça ago 10, 2010 2:20 pm

OrDoS Escreveu:
O facto de alguém ter pensado em ir à Lua não impediu o Homem de efectivamente ir à Lua e no entanto nessa altura era impossível lá chegar, mas idealizá-lo e apontar desde cedo as suas vantagens foi o 1º passo para atingir esse fim. É isso que tenho estado a tentar clarificar neste ponto.


Depois também ajudou o facto de os Russos quererem lá chegar primeiro... :lol:

É como dizia o George Carlin, "Coveting your neighbor's goods is what keeps the economy going. Coveting creates jobs, leave it alone."

Avatar do Utilizador
DechristianizeR
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 330
Registado: quarta jun 29, 2005 10:40 pm
Localização: Lisboa
Contacto:

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor DechristianizeR » quarta ago 18, 2010 12:47 pm

Há toda uma lógica, conhecimento, filosofia como base, mas que poucos estão preparados para a compreender á primeira vista, pois tal como o Jacque também diz:

"When little was known about cultural anthropology, sociology, and psychology, it seemed quite valid to resist proposed reforms by saying, "it won't work. It is against human nature."

As pessoas avaliam com falta de conhecimento, e quando não se percebe é mais fácil dizer que é treta e dispensar como ridículo e impraticável. È algo comum no dia-a-dia dos comunicadores dos movimentos e projecto, enquanto outros vêm o oposto. Felizmente a aceitação cresce a um bom ritmo mundial tendo em conta a tenra idade do Zeitgeist Movement, muito também devido á clareza e transparência dos comunicadores, e apresentações e palestras bem fundamentadas com vários exemplos, estudos longitudinais, estatísticas, ciência, etc etc. Algo que alguns ainda têm relutância a ver e encaram com suspeição, mas que enquanto não o fazem permanecem com as mesmas dúvidas.

Dividem-se entre os que avaliam negativamente por falta de conhecimento ou bases que suportam a filosofia ZM e TVP e rejeitam como impraticável; os que se sentem atacados e emocionalmente revoltados pois põe-se em check a sua identificação social; os que apesar de não terem conhecimentos para avaliar correctamente mas que independentemente procuram pesquisar, estudar e saber mais sobre os temas abordados e os vão confirmar; os que já sabiam e não precisam confirmar; e os que bem ou mal avaliam positivamente e seguem os activismos no sentido em que não temos opção senão procurar outro rumo e que temos de começar por algum lado, e procuram acompanhar a comunicação dos mesmos. Os filmes são apenas uma apresentação, mas as palestras e vídeos de ambos activismos são mais completos e fundamentados.

"So the world you live in is as funny shaped as a Christmas turkey. And you’re not about to talk to people and turn them around, you have to demonstrate it.” Jacque Fresco.

O The Venus Project está em tour mundial, passando até por países como a Índia e Japão, logo tenta comunicar com diversas culturas diferentes todas sofrendo dos mesmos problemas. Ambos activismos não procuram lucro monetário, pois aliás até sofrem de prejuízo monetário, logo não têm interesse próprio monetário nem outros, mas sim altruísmo e conduzir o mundo numa direcção melhor que a actual. Não ganham nada em “enganar” ou “iludir” quem quer que seja e como ainda têm prejuízo monetário isso é claro. Uma das razoes pela qual o The Venus Project entrou em tour, podem contra argumentar que é para tentar recolher fundos, mas é somente para manter em posse própria a propriedade em Venus, Florida - que construíram á mão - pois toda a região se encontra em dificuldades económicas e crise de hipotecas, mas ao mesmo tempo fazem-no para comunicar com as diferentes nações e culturas, que é o principal. Esta tourné serve para ajudar a espalhar a palavra sobre o The Venus Project mas também para ajudar a sustentar o centro de pesquisa de maneira a poderem continuar o seu trabalho. O Jacque aos 94 anos tem de fazer uma tourné mundial de palestras para tentar salvar o centro de pesquisas. E para quem não conhece experiência de vida e currículo do Jacque sugiro pesquisa. Não sei sugerir exactamente onde, mas com base nas palestras deles, entrevistas, apresentações e o DVD Future by Design do Jacque Fresco tira-se boas conclusões. E do Peter Joseph o vídeo “Who is Peter Joseph”.

Dizer que não há pesquisas credíveis e abundância de provas é simplesmente falta de conhecimento, neste caso de antropologia, e já agora o mesmo noutras áreas com ciências comportamentais, behaviorismo, (neuro)etologia, sociologia, tecnologia e ciência, etc. Lá por não se estar a par de algo não quer dizer que não exista, e que não haja fundamento para se afirmar em direcção de algo.

cacildo Escreveu:Teoria da conspiração ou não estes gajos dizem muitas verdades e sustentadas... quanto mais não seja serve para por algumas pessoas a "tentar" pensar.

ABGRUND Escreveu: E é por ai que isto se torna em algo que me mete um bocado impressão, por causa da tendência de inacção do pensamento das pessoas em que este documentário acenta (e que em última análise critica-o), parece-me a mim que apenas revela que de outra forma o populado generalista (e falo de pessoas "letradas" ou com cursos académicos também) não iria ter qualquer tipo de interesse de obter informação sobre estas temáticas, é que isto apenas arranha a superfície, e o que eu sinto é que cada vez mais as pessoas não têm vontade de passar disso pegando em livros ou outras formas de comunicação que levem estes assuntos mais a fundo


Os “críticos” partem do princípio que estas pessoas inventam, não sabem o que dizem, não têm provas ou estudos onde se basearem, ou põem em questão quem as creditou sendo eles especialistas nas suas áreas e matérias, ou que é tudo um “leap of faith”ou sem qualquer racional a validá-lo, quando na verdade é falta de conhecimento ou relacionamento, globalização e também especificação, entre as áreas abordadas e envolvidas.

Ninguém é obrigado nem se pode dar ao luxo de ser um Multidisciplinar, principalmente na educação premeditada de hoje. Existem especialistas que dedicam uma vida inteira ao estudo de algo, por isso existem diversas áreas de especialização com estudos longitudinais, detalhados e empíricos. Há antropólogos que por exemplo passam anos e anos isolados só a estudar diferentes tribos ou sociedades, não só humanos. O mesmo na psicologia, sociologia, desenvolvimento humano, e tudo o resto. Podia dar dezenas de exemplos mas tenho outras coisas para falar.
Não pretendo de forma alguma ofender ou criticar ninguém com estes dois parágrafos anteriores, nunca me viram fazer, é apenas uma observação geral, não só aqui entre nós, mas também pelo mundo fora, algo que deve mudar.

Nando Escreveu: Contraponho também o facto de ver muitas pessoas a ter uma reacção muito violenta quando são atingidos de frente por certos factos que o filme apresenta, tentando, por exemplo, a todo o custo cabalar a fundamentação do doc. É o normal correr das coisas. Em muitas situações da vida verifica-se o mesmo. Veja o exemplo dos utilizadores Apple que compram cegamente qualquer borrada que a empresa ponham no mercado sem sequer questionar a sua qualidade, vantagens, etc.


Faz-me lembrar um grande filme.
Diálogo num Jogo de “xadrez”:

Jake Green: “Checkmate”.
Avi: “How do you keep winning?”

Jake Green: “It’s very simple. You do all the hard work, I just help you along. The art is for me to feed pieces to you and make you believe you took those pieces because you’re smarter and I’m dumber. In every game in con there is always an opponent and always a victim, the more control the victim thinks he has the less control he actually has. Gradually he will just hang himself, I as the opponent just help him along.”

Avi: “So, is that the treasure formula?”

Jake Green: “The formula has infinite depth in its efficacy and application, but it’s staggering simple and completely consistent. Rule one of any game old con: you can only get smarter by playing a smarter opponent. Rule number two: the more sophisticated the game the more sophisticated the opponent.
If the opponent is very good he will place his victim inside an environment he can control. The bigger the environment, the easier to control. Find their weakness, give them just the little of what they think they want. So the opponent simply distracts their victim by getting him consumed with the wrong consumption. The bigger the trick the older the trick, the easier it is to pull, based on two principles, they think It can’t be that old and that can’t be that big but so many people took fall for it. Eventually when the opponent is challenged or questioned it means the victim’s investment, and thus his intelligence is questioned, no one can accept that, not even to themselves. Checkmate.”

Zach: “You got more tricks than a clown’s pocket, don’t you Mr. Green?”

Guy Ritchie’s Revolver 2005

—Fundamentals of Chess 1883
“First rule of business, protect your investment.”

Passando a coisas produtivas, como disse no meu primeiro post, já possuía, anteriormente aos documentários, conhecimentos sobre todas as implicações e ramificações inerentes aos Zeitgeists, entre outros, portanto certamente como o Peter Joseph e o Jacques Fresco tenho bem mais bases para fundamentar o que eles transmitem no seu "tempo de antena" limitado, e sendo assim faço uso dos meus recursos ao contrário de fazer copy-paste do ZM e TVP, e melhor ainda dá para adicionar aos deles.

Espero que seja útil não só para quem coloca objecções/questões aqui e também para quem consulta o tópico.
E já que sei tudo de cor e escrevo ultra rápido aqui vai…

Grimner Escreveu: Falso. Mesmo em sociedades recolectoras há hierarquias, chefes de tribo, e indivíduos dominantes. É o melhor caçador a comer o lombinho do bisonte, o que acasala com mais femeas, o que se destaca e impõe dentro do grupo. Facto. Também estou curioso em ver que pesquisas credíveis foram feitas a contradizer isto. E quem as creditou. Porque não há propriamente uma abundância de provas em seu favor


Isso não se traduz no controlo e manipulação dos recursos e ambiente, subjugação e poder sob os outros, a invenção da pobreza entre outras coisas, como explicarei de seguida.

Antropologia:

Liderança numa sociedade tribal serve apenas propósitos especiais como carisma; não existem cargos políticos contendo verdadeiro poder, e o “chefe” é meramente um homem de influência, tal como um conselheiro. Os meios de consolidação tribal para acção colectiva não são assim governamentais. Tribos desenvolveram mecanismo de parentesco para acomodar uma vida mais sedentária, para redistribuir comida, e para organizar alguns serviços colectivos. A opinião pública tem um papel importante nas decisões.

Existem sociedades onde é mais importante oferecer tudo que acumular. Essas sociedades são conhecidas como Sociedades Homem-grande. Influência e reconhecimento são mais importantes que ser rico. Os Homem-grandes são distribuidores.
Mesmo quando alguém como um homem-grande se encontra presente, prestígio é importante e relacionado á redistribuição. Contudo, o homem-grande oferece mais do que recebe á medida que o seu papel como distribuidor é definido. Se ele possui demasiado, ele perderá reconhecimento como o prestígio. Em efeito, ele é um membro igual da sociedade como um todo que tem um papel definido que inclui prestígio mas não riqueza, de reconhecimento mas não de estatuto.
A sua função não é a de comandar, mas influenciar a sociedade através do seu exemplo. Pode agir como negociador com grupos vizinhos, e assegurar o bem-estar da comunidade. É um líder que exibe habilidades únicas e a sua reputação serve para incentivar outros a partilhar. A posição do Homem-grande nunca está segura no topo da hierarquia, mas sempre desafiada por diferentes homens-grandes que competem uns com os outros num processo contínuo de reciprocidade e distribuição. Logo esse sistema apenas promove a alimenta mais reciprocidade, reciprocidade competitiva!

Exemplos de sociedades Homem-grande : Melanésia (New Guinea e Austrália), e Polinésia.

Antropologia de Bougainville, Solomon Islands, Douglas L. Oliver.
Peabody Museum of American Archaeology and Ethnology, Harvard University vol. XXIX. 1949.

Tipos de sociedade

Antropólogos tendem a classificar diferentes sociedades de acordo com o grau que diferentes grupos numa sociedade têm acesso desigual a vantagens como recursos, prestigio ou poder. Virtualmente todas as sociedades desenvolveram um grau de desigualdade entre as pessoas através do processo de estratificação social – a divisão entre os membros da sociedade em níveis de desigualdade em riqueza, prestígio ou poder. Diferenças dependem em como as sociedades tratam as desigualdades. Algumas podem restringir as desigualdades para que elas se possam tornar transparentes e insignificantes (sociedades igualitárias) enquanto outras assentarão em desigualdades (sociedades de classes e sociedades genealógicas). Três tipos diferentes de sociedades podem ser geralmente reconhecidas: igualitárias, sociedades genealógicas, e sociedades de classe.
Membros de sociedades igualitárias tendem a tratarem-se com iguais. Diferenças de riqueza são poucas tal como o grau de poder disponível a qualquer indivíduo ou grupo. Possuem normas que promovem partilha e ideais de igualdade interpessoal. Não quer isto dizer que a estratificação é inexistente nestas sociedades. Em comparação com sociedades não igualitárias, contudo, a estratificação é relativamente insignificante.

Culturas podem ser caracterizadas, pelo tipo de sistemas económicos que suportam. Três formas de sistemas de trocas económicas são tipicamente reconhecidas por antropologistas: reciprocidade, redistribuição e trocas de mercado.
Reciprocidade é a forma mais simples de troca económica. Envolve oferecer um produto ou serviço a outra pessoa na expectativa de receber algo de valor similar em troca. Transacções recíprocas são trocas económicas, mas são também personalizadas, ocorrem entre pessoas que têm uma ligação, e servem para fortalecer essas afeiçoes.
Numa economia redistributiva, bens ou trabalho são acumulados por uma pessoa específica, ou num local particular, e são subsequentemente redistribuídas pela sociedade. Tais economias encontram-se em quase todas as sociedades, mas são “um mecanismo importante apenas em sociedade que possuem hierarquias políticas, chefes e outros oficiais e agencias especializadas”

Cultural Anthropology, 6th edition.
Carol R. Ember and Melvin Ember (1990)

Existem sociedades onde é mais importante dar tudo que acumular. Essas sociedades são conhecidas como Sociedades Homem-Grande, como já disse. Influência e reconhecimento são mais importantes que ser rico, são distribuidores.

Partilha recíproca é considerada um importante investimento e salvaguarda contra fome e pobreza.

O capitalismo provocou uma mudança antropológica profunda para toda humanidade catalisando a destruição de muitas culturas sociais e a modificação radical de muitas outras.

Grimner Escreveu: É que no máximo essa inexistencia de recursos acumuláveis traduz-se na ausência de uma hierarquia política, mas subsiste uma hierarquia natural. Mais: saltar de uma "anarquia funcional" para uma realidade de " igualdade, altruísmo e partilha, e proibiam literalmente domínio, agressão e egoísmo" é um completo "leap of faith" sem qualquer racional a validá-lo.


As tribos tendem a pensar de certas formas, tendem a ser igualitárias, pensar que os humanos fazem parte da própria natureza, que o mundo é composto de dualidades que formam uma harmonia, e que a vida é feita para trabalhar no sentido do bem da comunidade, o bem de todos. Tribos igualitárias também dão ênfase ao consenso em determinar o que é o melhor para todos.

Igualitarismo não implica igualdade entre todos os membros, ou que iguais quantidades de comida são necessariamente distribuídas por todos. Significa que todos têm acesso igual aos recursos, e isso é manter a autonomia individual. Igualitarismo não é o “padrão” da sociedade, os que permanecem igualitários têm numerosas normas e estruturas sociais para a suportar. Por exemplo, os Ju/'hoansi têm uma técnica de “insultar a carne” para evitar que os caçadores de topo se tornem demasiado orgulhosos. Isto serve de controlo social reforçando humildade e removendo arrogância do grupo na esperança de prevenir violência. Autonomia individual pode abranger desde individualismo extremo a igualitarismo e a flexibilidade social. Subsistência é o factor pelo qual o estilo de vida social tem um impacto definitivo se uma sociedade pode acumular possessões ou não, foi demonstrado que entre os San que a mobilidade reduzida leva ao aumento das possessões.

Kent, Susan. 1993. Sharing in an Egalitarian Kalahari Community.

* Tens ali mais em baixo mais exemplos, e um sobre os índios Aché que são tradicionalmente Caçadores-Colectores, com mais um “sistema integrado de altruísmo recíproco e promoção cooperativa”.

Spiegelman Escreveu: Falta aí dizer nesses estudo pré-neolítico da sociedade perfeita e feliz de recursos abundantes o papel igualitário da mulher. OU vais-me dizer que as fêmeas eram tratadas por igual?


Não disse que eram/são uma sociedade perfeita de recursos abundantes. Eram/são sociedades onde existem os recursos necessários á sobrevivência para todos e em igual distribuição, e recursos esses que em igual distribuição acabam por ser abundantes para todos, em vez de estarem na posse ou centrados num pequeno grupo, isso sim causando escassez. Abundância centrada num pequeno grupo causa escassez para o geral, além de desperdício e mau aproveitamento, outras causas para escassez artificial. Ninguém deve ter mais do que aquilo que precisa, nem possuir mais no intuito de manipular ou ter controlo sob os outros.
E já agora não era só no passado que existiam sociedades igualitárias pré-neolíticas, mas também existem presentemente. Tem a ver mais com a estrutura social. E hoje temos a capacidade de aproveitar melhor os recursos, abundantes ou não, através da tecnologia e ciência, é a diferença crucial. Mas outra diferença é que actualmente utilizamos estratégias para manipular os recursos de forma a tirar partido dos outros, competitividade etc, em vez de utilizarmos estratégias para o bem de todos.

Anteriormente á conferência “Homem o caçador” pensava-se que a mulher em sociedades Caçador-Colector era subjugada pelo homem e tratada como escrava no domínio da subsistência, casamento, religião e sexo. Essa suposição era baseada na natureza e papel da caça no desenvolvimento da cultura e a sua relativa significância para o dia-a-dia, e nos aspectos biológicos inerentes dos sexos. A caça promoveu o desenvolvimento de liderança masculina e organização social devido a esforços competitivos. Na verdade, acreditava-se que a caça era bem mais importante para a subsistência na sociedade que o armazenamento, assim levando á desigualdade entre os sexos e á inata liderança masculina. A mulher não tinha/tem um papel igualitário ao homem, mas tinha/tem um papel muito importante na sociedade noutros aspectos que não a própria caça.

Spiegelman Escreveu: Aliás... Num mundo onde as diferenças entre sexo e respectiva discriminação por géneros ainda não está resolvida, muito menos desapareceu, gosto de observar que não há no Venus Project uma única referência ao sexo feminino e à discriminação sexual. Algo que não é, de todo, um problema tecnológico.


Quanto a descriminação sexual e racial, etc, o projecto Vénus não promete resolver esses problemas, mas sim os maiores e principais problemas da sociedade como guerra, crime, pobreza, poluição, fome, que sim são mais comuns a toda a humanidade. E a descriminação sexual e racial também são “valores” aprendidos, não inatos, captados pelo ambiente.
E sim existem referências nesses aspectos de descriminação no domínio da educação, Behaviorismo, em que essas variáveis discriminatórias seriam minimizadas, algo que também geralmente é captado no meio ambiente. Por isso uns descriminam mais que outros, e uns nem sequer descriminam, são variáveis captadas no ambiente onde podem ter intensidades diferentes. Com disse algures, numa sociedade onde se compreende comportamento humano pode-se bloquear essas variáveis. Racismo, nacionalismo, inveja, superstição, ganância, e comportamento egoísta são todos padrões de comportamento aprendidos, que são fortalecidos ou reforçados pelo ambiente onde vivemos, o homem não nasce com esses conceitos, não é natureza humana. Estes padrões de comportamento não são “natureza humana” como muitos acreditam ou foram ensinados a acreditar. Natureza humana será discutida mais á frente.

Sim, não é problema técnico, mas esqueces que o VP não trata só de problemas técnicos e tecnológicos, mas também de educação. Os problemas técnicos são relativos á gerência inteligente e acesso dos recursos e distribuição, designs, construção e engenharia, vários problemas sociais não-técnicos são resolvidos com isso mesmo por consequência, não especificando quais, uns sim outros não.
Problemas não-técnicos que podem ser resolvidos por consequência directa de resolução de problemas técnicos, ou aplicação de tecnologia e ciência na engenharia social, são a redução de doenças psicológicas como stress, depressão, ansiedade, e doenças causadas ou reforçadas por pressões ambientais e sociais, causas por desigualdade, nas suas diversas formas sociais.
Os que não é resolvido por consequência ou efeito da resolução de problemas técnicos, como descriminação social e racial podem ser resolvidos ou minimizados como disse com educação e behaviorismo nesse sentido, desde cedo na criança.
Ninguém vai erradicar desilusões em relacionamentos amorosos e aspectos desses nas pessoas, com behaviorismo e psicologia ou sociologia, isso são experiências humanas pelas quais temos de passar e acima de tudo não é comportamento considerado aberrante ou desviado. O objectivo é alterar comportamento aberrante e prejudicial á sociedade colectiva e os que a constituem.

Spiegelman Escreveu: E nesta economia baseada em recursos, também vai haver o regresso ao caçador homem, recolector mulher? Para que raio então precisaríamos de máquinas para gerir a sociedade, se fomos formatados a não ser egoístas?
Ou então vem daquelas ideias brilhantes que nunca ninguém teve como, as pessoas passam a ser criadas em laboratório.
Que tal acabar com a líbido e o sexo? Já que os desejos sexuais (puramente egoístas já que a procriação é artificial) criam divisões e hierarquias e tornam-se desnecessário


Não há regresso do ao caçador homem nem á mulher colectora no verdadeiro sentido, pois essas tarefas passam a ser manejadas por tecnologia e ciência, é a diferença. Hoje temos outras ferramentas mais eficazes que arco e flecha, e uma fogueira.

O TVP não promete abolir o sexo nem a reprodução, e passar a haver criação em laboratório de humanos, isso é absurdo e não tem nada a ver com a discussão nem com o projecto. Desejos sexuais não são puramente egotistas, e nem criam divisões e hierarquias.

Phobos Escreveu:Pronto, eu rendo-me já. Não te estando a pôr em causa, podes dar-me exemplos concretos dessas sociedades perfeitas?


O Homem cerca de 90% da sua existência viveu assim, em sociedades desenvolvidas em igualitarismo.

Exemplos de Sociedades Igualitárias:

- Os Bushmen eram tradicionalmente Caçadores-Colectores, e viveram em Kalahari cerca de 20.000 anos como Caçadores-Colectores.

- Os índios Aché são tradicionalmente Caçadores-Colectores, e vivem no Paraguai.
Durante a aquisição de comida os colectores Aché são frequentemente observados em actividades que requerem algum tempo ou esforço e aparentam principalmente intencionadas em aumentar o fluxo da colecta de outro adulto ou filho de outrem. Chama-se a isso colecta cooperativa. O estudo sugere que a cooperação na colecta é abrangente e intensa, contado para uma grande fracção do tempo de colecta total, incluindo um elevado número de acções de risco potencial que são efectuados no dia-a-dia. A cooperação inclui também acções que não são de grande risco ao doador mas altamente benéficas para o receptor.
Mais importante, os padrões de cooperação observados durante a aquisição de comida são quase certamente relacionados com os padrões de partilha de comida dos Aché. Reciprocidade da cooperação em colecta ocorre num formato de redistribuição de comida. Finalmente, cooperação durante a aquisição de comida representa apenas uma fracção da total actividade de cooperação na sociedade Aché. De facto, aquisição de comida cooperante, partilhar de comida, e cooperação noutros domínios como transporte de crianças, mobilidade, construção de campos, defesa, etc, fazem todos parte de um sistema integrado de altruísmo recíproco e promoção cooperativa para o bem-estar do grupo entre os Aché.
Colectores Aché que vivem na floresta partilham comida extensivamente, e as prezas animais são divididas colectivamente entre os membros. As normas sociais proíbe o homem de comer algo da sua própria presa e dão ênfase á importância de distribuição abrangente. Em essência, a carne cozinhada é redistribuída em iguais porções para as famílias residentes, tendo em conta o tamanho de cada família que recebe uma porção. Isto significa que caçadores de topo e as suas famílias não obtêm mais carne da sua própria presa capturada do que seria esperado numa distribuição aleatória às famílias residentes.
As convenções culturais dos Aché promovem partilha de comida, cooperação regulada, participação de grupo no alimento de crianças, restrição de violência, etc.

Kaplan, H. and K. Hill (1985) Food Sharing Among Aché Foragers;

- Os Amanyé são uma nação nativa sul-americana que vivem na Amazónia como agricultores sedentários, caçadores e colectores.

- Os Botocudos eram uma Caçadores-Colectores nómadas.

raxx7 Escreveu: 1. Onde estão as experiências que mostram que, numa comunidade grande (eg, 100.000 pessoas), os individuos podem ser educados de forma a colocar, de forma sistemática, o interesse da comunidade à frente do seu interesse pessoal e, mais importante, das suas famílias e entes queridos?

2. Numa sociedade sem "sistema monetário", como funcionam as trocas?


1 –Os Aborígenes Australianos com mais de 400 tribos diferentes, 500.000 – 750.000. A economia base e padrões dos Aborígenes alteraram-se radicalmente, em que a caça e colecta estão agora misturadas com trabalho e salário resultando na diminuição da vida nómada. Contudo, esta sociedade funciona a um nível igualitário entre relações internas.

É uma experiência “natural”, e mesmo que não existisse ou não fosse natural a intenção do Venus Project é também iniciar uma dessas experiências, baseadas neste caso em grande parte da estrutura social de cerca de 90% da existência da humanidade. Para quem pensa que o sistema actual é natural é de recordar que cerca de 90% da existência humana vivemos numa organização social que não utilizava dinheiro, hierarquia, e que possuíam estratégias contra o domínio, controlo, onde a maioria se juntava para “derrubar” algum indivíduo que tentava ganhar poder e controlo. O oposto do que temos hoje em dia.

2- Não há trocas, há acesso e distribuição inteligente.

Mais…?

- Os Mbuti Pygmies da floresta Ituri tal como os Aborígenes Australianos alteraram a sua estrutura política e económica devido ao seu envolvimento em relações de trocas e mão-de-obra com os Bira. Contudo, são também internamente Igualitários. A organização social dos Mbuti é similar á maioria dos caçadores colectores.

- Os Hadza são um grupo étnico na Tanzânia central. Cerca de 400 dos 1000 vivem como Caçadores-Colectores, tal como os seus antepassados viveram durante dezenas de milhares de anos.

- Os Nukak vivem na Colômbia, entre os rios Guavieare e Inírida na Amazónia. São Caçadores-Colectores com padrões nómadas e praticam uma horticultura em pequena escala.

- Na Polinésia incluem igualitarismo e representação colectiva de decisão, um programa rigoroso de sanções individuais de comportamento anti-social.

- Quando os exploradores portugueses chegaram ao Brasil em Abril de 1500, encontraram uma linha costeira rica em recursos, a par de centenas de milhares de indígenas vivendo no “paraíso” de riquezas naturais. Pedro Alvares Cabral enviou uma carta ao Rei de Portugal a descrever a beleza da terra.
Na época de descobertas europeias, o território do Brasil actual tinha cerca de 2000 nações e tribos. Os indígenas eram tradicionalmente tribos semi-nómadas que subsistiam na caça, pesca, colecta, e agricultura migratória. Por centenas de anos, os indígenas do Brasil viveram uma vida semi-nómada, gerindo as florestas em acordo com as suas necessidades. Quando os portugueses chegaram em 1500, os índios viviam principalmente na linha costeira e também nos maiores rios. Inicialmente, os europeus encararam os nativos como selvagens nobres, e a miscigenação da população começou imediatamente, e o interesse no domínio dos recursos presentes convenceu os portugueses que deviam “civilizar” os índios. Na intenção de lucrar das trocas de açúcar, os Portugueses decidiram plantar canas-de-açúcar no Brasil e usar os escravos indígenas como mão-de-obra, tal como se fazia com sucesso nas colónias espanholas.

O interesse no domínio dos recursos e intenção de lucro...

spiegelman Escreveu:
Isso é tão pateta...
Como se todos os recursos fossem iguais. Como se caçar um bisonte fosse a mesma coisa que pescar salmão. Como se erguer casas fosse a mesma coisa que fazer roupa. Como se a hierarquia tivesse sido inventada pelo capitalismo.
Toda a falácia deste projecto é pressupor que as desigualdades entre os homens e respectivos conflitos se baseiam unica e exclusivamente com uma questão económica e de acesso a recursos e que com tecnologia e engenharia social isso terminaria. O que é absolutamente falso. E isso é-o desde o princípio dos tempos


A hierarquia não foi inventada pelo capitalismo, eu disse que foi um produto da revolução neolítica, onde antes da invenção da agricultura havia pouco controlo sob o que havia disponível, sem a agricultura não se podia controlar o ambiente, havia um equilíbrio com a natureza, não havendo uma estrutura social hierárquica, competitiva, e onde não havia desigualdades económicas entre as pessoas.

O TVP não pressupõe que as desigualdades entre os homens e respectivos conflitos se baseiam única e exclusivamente como uma questão económica e de acesso a recursos, mas sim as desigualdades sociais.

spiegelman Escreveu: Nem todas as divisões e desigualdades humanas estão dependentes da falta de recursos, da falta de acesso à tecnologia ou de um sistema artificial (que não o é) de economia baseada em dinheiro.
Para cada problema resolvido pela tecnologia ou por uma economia baseada em recursos ou até mesmo uma formação comportamental através da educação, milhentas outras desigualdades são inatas ao humano e o espaço vazio deixado pela equalização tecnológica seria rapidamente preenchido por outro tipo de desigualdades, hierarquias, desequilibrios.
Sexo, raça, tamanho, valorização intelectual, estética, linguistica, sonora, odorífera. O que quiseres. Nenhum dos anteriores é um problema tecnológico ou económico.


Primeiro existem dois tipos de desigualdades, desigualdades sociais e diferenças individuais, duas coisas distintas que não se deve misturar no mesmo, e isto é crucial.
Diferenças individuais que referes não causam as desigualdades e problemas sociais, mas sim as desigualdades sociais causam os problemas sociais!

A questão aqui são as desigualdades socais que sim promovem claramente vários tipos de conflito sociais e problemas (guerra, disputas territoriais, fome, pobreza, doenças, etc), às quais os homens individuais e em grupo têm de recorrer para sobreviver, condicionados precisamente por essas desigualdades sociais de diferenças económicas, riqueza e acesso a recursos. A igualdade social, distribuição ou acesso igual a recursos sempre foi possível e praticada, e hoje é também possível com engenharia social inteligente, tecnologia e ciência, onde cada uma delas engloba uma vasta constelação de conhecimento e processos, removendo assim esse condicionamento ambiental que causa comportamento aberrante dos indivíduos e grupos. Em nada tem a ver com as diferenças individuais.

As diferenças individuais que queres dizer são as diferenças nas capacidades físicas e cognitivas individuais, masculino e feminino, as origens neurológicas e biológicas da individualidade entre outros (algo que também já estudei). O The Venus Project não se promete a normalizar ou “formatar” ou igualar essas diferenças específicas individuais que mencionei, através de engenharia social inteligente, behaviorismo ou NeuroEtologia, isso seria absurdo, ilógico impraticável e impossível, e tal nem se enquadra num objectivo de reforma social, uma coisa é social outra é individual, e numa sociedade mais funcional os indivíduos comportam-se melhor.

Mas uma abordagem neste campo individual, ou nos indivíduos que constituem uma sociedade, é uma educação na ordem de minimizar essas e outras diferenças individuais, maximizando o potencial individual de cada um, inteligência, criatividade, engenho, técnicas, conhecimento, entre outros.

A sociedade actual não promove isso nem uma educação nesse sentido, mas sim a programação individual e colectiva de acordo com os interesses sociais actuais, onde as pessoas por exemplo são apenas educadas num ofício e arremessadas no mercado de trabalho. A educação actual não ensina as pessoas a encontrar significado na vida, como discordar sem se zangarem, como se relacionarem uns com os outros, como resolver problemas, etc.
A educação foca a noção humana em canais de especialização cada vez mais pequenos, na escola os estudantes são recompensados por comportamento especializado cada vez mais crescente no nível graduado quando o estudante descobre (ou não) que aprendeu cada vez mais e mais sobre menos e menos. Após isso, quando se chega ao doutoramento reconhecem (ou não) demasiado tarde que tornaram-se no maior especialista do mundo em nada.
O problema não é realmente com a especialização mas com a falta de globalização, falta de experiência regular de noção ilimitada. Sem essa experiência regular a noção fica presa, vêm as partes mas perdem o total. Na educação tal como existe hoje no mundo tem tudo a ver com a ensinamento de factos isolados.
No domínio metabólico ou neurológico, o cérebro torna-se bastante competente num canal específico limitado mas perde-se o funcionamento holístico. Isso conduz ao desenvolvimento desequilibrado do cérebro e isso pode causar desequilíbrios metabólicos chamados de buracos funcionais. Vê-se tipicamente um aglomerado destes buracos funcionais no córtex pré-frontal critico, que é suposto ser o nosso filtro racional contra comportamento agressivo, violento e impulsivo. Este exemplo, entre dezenas, reflecte-se em problemas sociais.

Voltando às desigualdades sociais, quanto mais desigualdade social existe, principalmente desigualdade económica e acesso a recursos, mais problemas existem, mais crime, homicídios, uso de drogas, doenças mentais, aprisionamentos, mobilidade social, gravidez adolescente, inovação, mortalidade infantil, tempo médio de vida, e isso está verificado em vários estudos longitudinais nas maiores economias e sociedades do mundo.

Um estudo longitudinal é uma pesquisa que busca encontrar correlação entre variáveis, através de observações repetidas dos mesmos itens ao longo de um extenso período de tempo - frequentemente várias décadas. O The Zeitgeist Movement apresenta esses resultados, na palestra Social Pathology do Peter Joseph.

Um estudo publicado em 2009 teve em conta informação das maiores economias mundiais e relacionou-as com índices de desigualdade. O estudo revelou que a riqueza total dentro de um país tinha pouco efeito no bem-estar dos cidadãos ou coesão social, mas que a desigualdade relacionava-se fortemente com problemas sociais como crime, homicídio, mortalidade infantil, obesidade, gravidez adolescente, doenças, depressão emocional, inovação, população prisional... Por exemplo, países como Japão, Coreia do Sul, Finlândia e Noruega revelam resultados altos em bem-estar social e índices de igualdade, enquanto países como os Estados unidos, Reino Unido e Portugal apresentam resultados baixos em ambos.

Fonte: Wilkinson & Pickett, the spirit level 2009

Basta ver que em países como Japão, e países nórdicos onde há menos desigualdade entre as pessoas é onde há menos doenças, problemas de saúde como stress, depressões, problemas psicológicos, menos crime, onde há mais inovação, progressão etc. E isso não é falácia do projecto nem se pressupõe isso ser verdade, são estudos longitudinais feitos nas maiores economias do mundo e mais uma vez confirmados recentemente.
E também acaba por ser lógico, quanto mais desigualdade económica mais incentiva as pessoas em posição inferior, e não só, a lutarem umas contra as outras para sobreviver e tirar partido uns dos outros, é uma questão de sobrevivência no sentido geral, as pessoas competem umas com as outras para sobreviver, recorrendo a práticas como crime e guerras por exemplo.

Pedro Lopes Escreveu: Portanto a BP resolveu "investir" 13 mil milhões de euros que corresponde ao valor das provisões para o derrame no golfo para que o preço do petróleo suba!
Agora a sério, andas a fumar demasiado daquilo que faz rir.


Em vez de pensares em fumar coisas que fazem rir… pensa também em quanto vão ganhar no futuro por não terem selado logo a “fonte”? Não só continuaram a poluir o oceano para ficarem com a fonte para futura exploração, mas também vão tirar proveito do aumento dos preços do petróleo, e 13 biliões como dizes tu que “investiram” em “prejuízo” comparado com o lucro que vão ter a curto e longo prazo, e também comparado com o valor da BP não é nada. Para não falar que é fonte de energia obsoleta.

Informo:

Receita BP: 274.3 billion (2009)
Activo total: 236.0 billion (2009)
Patrimônio líquido: $101.6 billion (2009)

Cthulhu_Dawn Escreveu: Desculpa, mas que grande treta. Grande parte da inovação tecnológica nasce não só da inovação e "cabeça" de quem tem uma boa ideia, como também não é preciso saber muita História para saber quantas dessas inovações tecnológicas não foram em grande parte "pagas" pelas tais "instituições falsas" que tanto abominas...
Pela mesma lógica, o argumento inverso é também possível, isto é, também posso dizer que o sistema que se pretende implementar fundado na “técnica” ou tecnologia é profundamente ignorante em relação a grande parte das clivagens políticas e religiosas (para não ir mais longe) que são uma realidade neste nosso Mundo.


As instituições só financiam o que lhe é do interesse próprio, geralmente, as empresas ou instituições protegem os próprios interesses e o que não vai de acordo com esse “establishment” é posto de parte ou mesmo combatido. E essas instituições falsas como política, religião e banca não têm nada a ver com o processo técnico da criação ou aplicação de uma ideia inovadora, são apenas obstáculos.
Podem financiar alguma nova invenção que irá trazer um novo negócio e monopólio de um produto, mas o que acontece mais, devido a já haver negócio para tudo e mais alguma coisa, é quando se cria algo novo ou uma solução que acaba com todo um negócio existente que vive do lucro de um determinado problema, ou é especializado na solução ou manejamento de um problema, essa solução que resolve mas não alimenta o negócio vai contra a integridade desse negócio e interesse próprio, sendo assim “dispensada” num sistema que vive e promove lucro.

—Fundamentals of Chess 1883 “First rule of business, protect your investment.”

Exemplo, Tesla inventou um mecanismo de electricidade wireless livre para todos, e energia da terra que seria captada por uma “caixa” em todas as casas, e livre de custo pois era abundante, mas não foi implementado e combatido ferozmente pelo J.P. Morgan, o mais rico da América na altura, que se aliou ao Edison, suprimindo o Tesla, pois não era do interesse financeiro uma solução de energia que não oferecia lucro monetário. Princípios de Transmissões wireless como as que temos hoje de internet, telemóveis, etc Tesla já fazia isso á um século.
Tesla tinha uma invenção em 1934, método, tecnologia que tornava impossível guerra - Death Beam, Tesla Shields- nem um ataque ou radiação nuclear penetrava. Tesla fez a proposta às maiores potências mundiais e não estavam interessados. Não interessava acabar com a guerra pois guerra faz negócio, e é um meio para roubar recursos a outros, etc, guerra seria obsoleta. Podia ter sido evitada uma 2ª guerra mundial e todas as outras seguintes! Muitas invenções do Tesla verdadeiramente geniais, altruístas, e humanitárias, foram assim suprimidas e omitidas em prol de interesses monetários, quando Tesla não tinha sequer incentivo monetário, tal como grandes nomes da História que contribuíram para o progresso da sociedade.

Certas invenções podem ser até financiadas por essas instituições falsas como politica, religião e bancos, mas é certo dizer que mais prejuízos deram á humanidade as que não financiaram somente por não ser do interesse próprio e dar lucro, e novamente repito quer financiem quer não continuam a ser obstáculos e irrelevantes no processo técnico. Pela vontade religiosa da igreja católica ainda podíamos acreditar que tudo gira á volta da terra, tal não promove inovação, pensamento livre, crítico e científico, logo não tiveram qualquer papel no desenvolvimento industrial e tecnológico da sociedade.

O VP não pretende proibir religião, quanto a política isso deixa de fazer qualquer sentido numa sociedade onde não é regida por políticos e politica mas sim por um sistema inteligente de tecnologia, ciência, método científico, cientistas e técnicos, onde chegam a uma decisão e conclusão optimizada em vez de políticos decidirem e ditarem politicamente, chega-se a uma conclusão e não se cria uma, além de que políticos não têm conhecimento algum nos processos necessários, nem religião, nem a banca.

Cthulhu_Dawn Escreveu:
Pressupõe que na base de todos (e aparentemente são mesmo todos) os problemas que afectam a humanidade se reduzem ao malfadado “sistema monetário” numa lógica de que a economia tudo controla. Mas eu pergunto, como é que um sistema destes responde a focos de conflito que nada têm a ver com isso?
O que é que um indiano na fronteira com o Paquistão quer saber do Sistema Monetário mundial? O que é que um israelita na fronteira com o Líbano quer saber da Reserva federal americana ou do Fort Knox (ou um libanês, ou um dirigente do Hamas ou da Fatah?). Ou um norte-coreano a olhar meia dúzia de kms até à Coreia do Sul a pensar se é essa semana que lhe vão dizer que é para mandar aquilo tudo ao ar?
Que queiram arranjar soluções alternativas para tentar mudar as coisas para melhor, nada contra, mas façam-no a olhar para o quadro todo e não de uma forma quase que “asséptica” a pensar que aquilo em que pensam e preparam nos seminários e palestras vai ser acriticamente recebido e aceite por toda a gente, em todo o lado.


Começo por dizer que é das melhores perguntas, e é destas que gosto.
Vês as partes, mas não vês o todo, tal como a maioria. È falta de perspectiva, ou perspectiva limitada, no disrespect. O que aparentemente não parece relacionado, é apenas aparente, e afinal tem tudo a ver e faz parte da mesma raiz.
E mesmo que não fosse a olhar para o quadro todo, tem de se começar por algum lado.

Primeiro, o The Venus Project e Zeitgeist Movement não pretende somente eliminar o sistema monetário, mas também distribuir recursos e acesso igual a e por todos, dando prioridade às zonas e populações mais necessitadas. Dando também prioridade ao uso de recursos que realmente fazem falta.
A questão e o problema não é somente o sistema monetário - não é a única fonte dos problemas da humanidade, é uma ferramenta para distribuição desigual e roubo e transferência de riqueza dos pobres para os ricos, e condicionante/atenuante de problemas sociais – mas além da economia monetária e na ausência dela existem outras ferramentas ou meios para o mesmo efeito, manipulação e controlo desigual.

Falando da economia monetária actual é completamente disfuncional, a todos os níveis, e as desigualdades e práticas do sistema monetário estão definitivamente relacionadas com problemas sociais comuns a todos - Guerra, Disputas Territoriais, Crime, Poluição, Pobreza, bem-estar geral da sociedade, índice de saúde, etc- como apresentado num dos vários estudos longitudinais que mencionei acima, além de ser lógico! Certo é também dizer que a existência de um sistema monetário que promove mais igualdade baixa drasticamente esses índices, o outro extremo da conclusão, mas mesmo assim o sistema monetário continua a colocar barreiras de diversas formas na progressão e desenvolvimento da sociedade, e interesses monetários continuam a existir á frente do bem de todos.

Mais, não é somente o sistema monetário actual que condiciona e incentiva a esses tipos de conflitos mas também o acesso desigual a recursos ou terrenos, quer condicionado pelo poder de compra monetário de cada um ou por outras condicionantes/atenuantes. Mesmo na ausência de economia monetária e poder de compra pode continuar a haver poder desproporcional sob recursos, isso não é apenas controlado por poder de compra monetário, mas torna-se bem mais extremo e manipulativo nesse caso.
Se alguém tem meios para controlar o ambiente e os recursos e priva outros de os aceder isso causa disputas territoriais. Quando um grupo ou país gasta um ou mais dos seus recursos necessários - ora por negligência, desperdício, ou falta de método inteligente para os gerir, ou também por utilizar recursos obsoletos, e também incluindo a possibilidade de ser na verdade escasso - esse grupo ou país faz tudo para sobreviver nem que tenha de invadir outra região para a aquisição de mais recursos á força, exploração e extracção de recursos e população, para interesse próprio e comércio como actualmente, privando outros de usufruir dos mesmos. Por outro lado, se um grupo nega acesso a recursos a uma população necessitada, isso também causa conflito, e caso não negasse acesso possivelmente essa população não se sentiria necessitada em antemão.
Sendo assim, a partilha altruísta pelas duas partes, ou mais, é benéfica para todos, se uma zona carece mais de um determinado recurso e a outra zona tem abundância do mesmo, e vice-versa, devem distribuir e trocar para evitar necessidade ou escassez dos dois lados, e assim evitar conflitos para fins de sobrevivência (ou comércio). É isso que acontece entre sociedades igualitárias e caçadores colectores. A distribuição inteligente do The Venus Project também usa o mesmo princípio, ou seja a prioridade de distribuição de determinados recursos para onde são mais necessitados ou localmente escassos.

Disputas territoriais não são só criadas por acesso desigual a recursos, quer por fronteiras artificiais ou sistema monetário, mas também por outros factores como a restrição de acesso a locais “sagrados”, de valor espiritual, entre outros, que contribuem para o conflito. Quando alguém priva outros de aceder a recursos ou terrenos e traçam fronteiras ou barreiras, e não os partilham de forma altruísta para o bem de todos, isso também causa disputas. Logo o igual acesso físico e distribuição entre todos reduzem drasticamente a tendência para conflitos, pois esses deixam de fazer sentido.

Um norte-coreano a olhar meia dúzia de kms até à Coreia do Sul a pensar se é essa semana que lhe vão dizer que é para mandar aquilo tudo ao ar, devia pensar no que realmente causa o conflito. Em alguns casos, podem ser disputas territoriais por acesso a recursos, terra sagrada, ou outros, e noutros casos estruturas socais e ideologias políticas extremas delineadas por fronteiras artificiais, onde essas ideologias se querem impor nos outros, e promovem violência, ditadura e opressão. Sendo assim, além de desigualdades monetárias e de recurso limitados, violência e ditadura também incentivam conflitos internos, e externos com regiões vizinhas. Igualdade, altruísmo, reciprocidade, normas contra domínio e poder centralizado e subjugação das massas reduzem drasticamente conflitos e se assim fosse o norte-coreano não estaria preocupado a pensar em ser vaporizado a qualquer momento. Nesse caso específico de o coreano ficar na fronteira a pensar se vai ser vaporizado, não tem a ver directamente com o sistema monetário, apesar de também sofrer dele, mas sim mais com a política e estrutura social agressiva do seu governo, aqui entra o factor de estrutura e ideologia social agressiva, o oposto de doutrina igualitarista.

Um indiano na fronteira do Paquistão a mesma coisa, disputas territoriais por acesso desigual a terreno, barreira e fronteiras delineadas para impedir o acesso, além de também sofrer com a economia.

Onde um libanês, ou um dirigente do Hamas ou da Fatah, ou um Israelita quer saber do sistema monetário actual e da Reserva Federal Americana?
Primeiro porque também sofrem do sistema económico, pois também possuem economia. Quase todos os países “civilizados” do mundo possuem um sistema de banco central, e grande parte dos sistemas de banco central mundial de hoje foram implementados nesses países após a introdução do Federal Reserve em 1913 e adoptaram basicamente as mesmas práticas. Portanto sofrem do mesmo problema, seja mais ou menos severo. Problemas esses que incluem inflação constante a longo prazo, reserva fraccionada bancária, desvalorização da moeda, transferência de riqueza do pobre para o rico através de inflação e práticas fraudulentas bancárias, e limitados ao poder de compra que possuem. E além do problema económico que causa conflitos também há a questão de disputas territoriais por terreno sagrado e ou ideologias extremas.
Segundo porque também sofrem de disputas territoriais nas suas variantes.

Na índia o ar é equivalente ao fumarem dois maços e meio de tabaco por dia. Poluição é um problema comum á humanidade, devido ao desperdício de recursos, mau aproveitamento, uso de recursos obsoletos como fosseis, lucro monetário…

Exemplo:
Alta inflação causa extrema dificuldade às firmas em se focarem em crescimento produtivo a longo prazo. Quando a inflação atinge valores de 20% por mês, ou 40%, refere-se a isso como Hiper-Inflação. Isso ocorreu na Alemanha nos anos 20, mas também em países como Argentina, Bolívia e Israel nos anos 80.
Quando a inflação é alta os preços no mercado tornam-se instáveis. Será que um preço mais alto significa que algo é na verdade mais caro ou que há apenas inflação geral? Como distinguir um aumento de preço relativo de um aumento absoluto de preço? Os negócios têm de passar muito tempo preocupados com a sua vulnerabilidade á inflação, não passam o tempo preocupados com produtividade mas com o investimento de dinheiro e se vão sofrer devido á alta inflação. Acabam por ficar com um foco financeiro a curto prazo.

Exemplo de Israel. Um relato de um membro do Banco de Israel nos anos 80.

“A inflação destrói a economia. Quando a inflação procede, digamos a 400% anualmente, a média mensal é de 14%. Um dólar recebido numa venda ao fim do mês vale menos cerca de 13 cêntimos que um dólar gasto em produção no início do mês. Os consumidores também enfrentam problemas. Geralmente, quando as pessoas compram usam uma referência em memória para aceder aos preços que lhes são cobrados. Mas quando os preços se alteram continuamente, as pessoas ficam no escuro. Recordo-me de situações durante os anos inflacionários quando as pessoas não conseguiam decidir os preços razoáveis por um factor de 10. Recordo-me quando produtos no supermercado tinham 4 etiquetas de preço, cada um com preço diferentes, em cima uns dos outros. No final, o custo de alterar continuamente os preços tornou-se tão substancial que abandonaram a afixação de preços. Em substituição, um código de barras foi usado em cada produto, e a caixa registadora programada diariamente para associar os preços com os códigos… Os compradores não faziam ideia dos preços de nada, até chegarem á caixa registadora. Isso torna difícil o processo de orçamento doméstico. O orçamento governamental tornou-se inútil por razões similares.”

Exemplo da Argentina. Relato de um empresário na Argentina.

“Outro aspecto negativo da inflação é que se deixa de preocupar com a produtividade e até tecnologia. Agora o segredo de todo o progresso é a produtividade. Mas na verdade não podem obter um melhoramente de produtividade mais que 3 ou 4% por ano em qualquer parte do mundo. Com uma inflação como nós podem chegar a 10% num dia, se souberem quando e onde investir. É bem mais importante proteger o nosso capital que pensar em aspectos de longo prazo como tecnologia e produtividade – embora possam tentar ambas. É o inevitável resultado da inflação, que é a doença monetária. O dinheiro desintegra-se. É como um cancro. Vivem dia para dia. É tudo o que se pode fazer quando se tem inflação mais que 1% por dia. Deixa-se de planear. Fica-se contente se chegarem ao fim-de-semana.”

Exemplo: A Hiper-Infação Pós-2ª guerra mundial da Hungria tem o recorde da inflação mensal mais extrema - 41,900,000,000,000,000% em julho de 1946, com os preços a dobrarem a cada 13 horas e meia.

Uma economia com inflação alta torna-se numa economia disfuncional. E a única solução é aplicar a Política Fiscal que não é nada popular entre a população. É uma questão de demasiada procura para pouca oferta, então para reduzir o excesso de dinheiro e a procura aplicam Politica Fiscal onde aumentam os impostos, ou reduzem despesas de governo, ou aumentam as taxas de juro que desencorajam empréstimos reduzindo assim o dinheiro em circulação. Abrandar a economia em qualquer uma dessas formas, para que haja menos procura vs oferta para combater inflação nunca vai ser algo popular.
Quando uma economia se encontra em hiper-inflação há um consenso geral que a cura para a inflação é melhor que a doença. Mas valerá a pena abrandar a economia, talvez aumentando o desemprego, para combater a inflação se o aumento for de 5%?

Qualquer habitante de um país com sistema monetário similar ao Federal Reserve se deve preocupar, não directamente com o Federal Reserve, mas com a mesma prática económica, e indirectamente o Federal Reserve pode estar a influenciar e influência grande parte da economia mundial.

Logo, uma abordagem como o The Venus Project, que procura eliminar o sistema monetário e também promover igualdade de acesso a recursos e terreno, com estrutura igualitária altruísta e recíproca (base de 90% da humanidade), vai reduzir drasticamente conflitos e problemas sociais derivados do sistema económico, e também conflitos territoriais não derivados directamente da economia mas sim também de causas como o controlo de recursos e regiões através de outros meios. È portanto um processo global e abordagem global, a olhar para o quadro todo, ou seja os problemas sociais comuns a toda a humanidade, que aparentemente não têm ligação, mas que na verdade derivam da(s) mesma(s) causa(s) fundamental(ais).
Sociedades igualitárias Caçador-Colector não sofrem desses problemas, internamente e externamente entre elas, e o The Venus Project não é uma utopia mas uma sociedade emergente, metaforicamente com um processo científico e técnico de gerência inteligente de recursos, distribuição e acesso como se fosse um Homem-grande da sociedade, gerindo e redistribuindo os recursos pela sociedade.

Já agora FAQ do TVP:

89. How will people get along in the MIDDLE EAST? How will the question of religion be resolved?
“In a resource there is material gain for everyone if their country participates in a project called common heritage which will advance all nations. Those that refuse to participate will miss the advantages gained.
Everyone is free to practice whatever belief system they have but can not force it upon others. Everyone can go anywhere they want to without restrictions of any kind. If they fail to behave constructively they are helped rather than put in prison or punished. There will be a constant effort to help present the advantages to even those nations who feel that they want to go it alone.
This will not interfere with their religious beliefs, social customs of traditions. These can not be forced out, you can only educate out beliefs that are irrelevant. We prefer to use that approach rather than a military one. Although it may take longer, we feel they will eventually see the advantages of this point of view of joining together and sharing resources, just as all of the United States joined together and the fighting between borders stopped.
All of these countries have resource shortages and we feel they will see the advantages. Nothing is forced upon them.”
Última edição por DechristianizeR em sábado jun 25, 2011 2:15 am, editado 5 vezes no total.

Avatar do Utilizador
DechristianizeR
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 330
Registado: quarta jun 29, 2005 10:40 pm
Localização: Lisboa
Contacto:

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor DechristianizeR » quarta ago 18, 2010 12:51 pm

Brilhando Escreveu:
E já que se fala em tecnologias como lápis, proponho o exercício seguinte:
O que é que têm em comum a empresa que vende o produto final, a empresa que extraiu o grafite, a empresa que preparou o grafite a empresa que plantou e cortou a madeira, a empresa que tratou a madeira, a empresa que produziu os pigmentos para tintas, a empresa que preparou as tintas, as empresas que prepararam todos os instrumentos que todas as empresas anteriores necessitam, a empresa que transporta todos os materiais que as empresas anteriores necessitam e as empresas que fornecem os combustíveis para isso tudo (só para ficar por aí?).
Como foi possível coordenar estas milhares de pessoas envolvidas no processo de fabrico de um lápis sem um "cérebro científico-tecnologico omnipresente e omnisciente" ?

O que é que levou aos respectivos empreendedores de cada uma destas empresas entrar no respectivo mercado? Foi algum super-computador que decide o que é que deve ser fabricado e como? Foi algum burocrata anónimo não eleito que decidiu?
Foi por algum desejo de domínio global do mercado dos lápis pela parte dos capitalistas que utilizaram as suas poupanças para investir nestas empresas?

E se de repente as pessoas deixassem de precisar de lápis?

E quanto aos jogos das altas finanças, bancos centrais e intervenções governamentais, isso não é capitalismo.


O que todas essas empresas têm em comum é simples, processo técnico. Em nada tem a ver política, religião ou banco no processo técnico.
Coordenar esse processo técnico em milhares de pessoas, é simples. Tem a ver com a distinção entre linguagem e ciência.
Linguagem é sujeita a interpretação, semântica, distorção e descontextualização.
Exemplo: Por isso existem várias interpretações da bíblia, uns dizem que Cristo quis dizer uma coisa, outros dizem que quis dizer outra, outro diz que estão os dois errados, existem dezenas de interpretações diferentes da bíblia dando origem a várias facções como católicos, protestantes (adventistas, evangélicos, luteranos, batistas etc…); antitrinatarismo (testemunhas de Jeová, unitarianos etc); e muitos outros…
Exemplo: Politica. Políticos passam a vida em argumentações, retórica, semântica, distorção, descontextualização, destroem a comunicação e ninguém se entende. O objectivo é basicamente ganhar o argumento, ou desviar o argumento.
Exemplo: Advocacia. Se um advogado for suficientemente bom consegue descontextualizar a linguagem e distorcer e mandar-te para a prisão, ou libertar.

Linguagem científica como física, química, matemática, engenharia não é sujeita a interpretação, comunicam com termos técnicos. Parece ser uma linguagem e comunicação universal, ao contrário de linguagens que diferentem de país para país. Comunicam em termos técnicos, utilizam plantas para construção, aritmética, conceitos químicos e físicos, e nada disso é sujeito a interpretação.

Assim é possível coordenar essas pessoas todas sem "cérebro científico-tecnologico omnipresente e omnisciente", mas esse "cérebro científico-tecnologico omnipresente e omnisciente" aumenta exponencialmente a capacidade e precisão desse processo. Exemplo básico: uma calculadora.

Os capitalistas não usam a suas poupanças para investir nas empresas, inventam dinheiro e fazem o povo pagar. Ao investirem dinheiro estão a inflacionar a economia e quem sofre com a inflação e a paga é o povo, devido ao desfasamento entre a inflação e os salários. Os únicos que ganham são quem recebe os empréstimos dos bancos, pois aumentam as “poupanças”, e quando a inflação chega quem ganha também são as empresas do mercado onde o dinheiro do povo é investido no produto comprado, que tem de pagar mais caro por algo que custou o mesmo a produzir pelas empresas.
O verdadeiro beneficiário é quem cria o dinheiro, e depois quem o recebe por empréstimo pois recebe dinheiro que não teria se assim não fosse, embora tenha de pagar juros. Mas o que acontece é que o mercado tem preços e salários na base do que acredita que é o total dinheiro em circulação. Depois os bancos criam mais dinheiro que o mercado não tem conhecimento, mas que descobre pois o dinheiro novo entra em circulação. Então quem recebeu o empréstimo do banco vai, por exemplo, comprar cimento e esse cimento está ao preço original do mercado. Enquanto o novo dinheiro começa a infiltrar na sociedade o mercado percebe que existe mais dinheiro que antes, mais dinheiro e procura para a mesma quantidade de bens e oferta, isso significa que os preços sobem. Então esse mesmo cimento que se comprou ao preço original do mercado por quem recebeu o empréstimo vai custar a outros mais caro. Se o povo compra esse mesmo cimento a um preço mais caro antes do salário aumentar o que acontece á sua verdadeira riqueza? Perde poder de compra, perde riqueza, que é transferida para quem recebe o empréstimo, para os bancos, pois possuem o verdadeiro valor do dinheiro desde início, e também para as empresas que recebem mais pelo mesmo produto. Este sistema transfere riqueza, de certa forma não se consegue seguir, mas o princípio é que transfere dinheiro da sociedade para os criadores do dinheiro. Neste sistema os ricos ganham sempre e o pobre perde, chama-se a isto transferência da verdadeira riqueza do pobre para o rico, ou da classe baixa para a alta. Isto é capitalismo moderno.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Comportamento humano vs natureza humana.

Enquanto não se analisar e abordar as verdadeiras causas fundamentais do comportamento, e diferentes padrões de comportamento em diferentes ambientes e culturas, nada vai mudar. As pessoas são vítimas da cultura ambiental onde vivem, numa cultura funcional de altruísmo recíproco por exemplo as pessoas comportam-se como tal, numa cultura disfuncional de competitividade comportam-se como tal e tiram proveito uns dos outros para sobreviverem, numa cultura que promove violência as pessoas têm tendência a serem mais violentas, num ambiente funcional saudável existem menos conflitos. Temos essas variações de comportamento precisamente devido ao condicionamento ambiental influenciador se assim não fosse todas as pessoas do mundo comportavam-se da mesma forma independentemente do ambiente onde vivem e crescem, algo que não é.

Exemplo: Em ambientes idênticos com genes diferentes e comportamentos diferentes estamos na presença de uma influência genética. Indivíduos com os mesmos genes, como gémeos, se forem educados em ambientes completamente diferentes, e apesar desse ambientes diferentes exibem o mesmo comportamento desvenda-se outra área onde os genes têm influência. Contudo, se dois gémeos forem separados á nascença e criados em ambientes diferentes e exibem comportamentos diferentes, então o ambiente tem grande influência no comportamento humano. Ambientes diferentes originam comportamentos diferentes.
Que temos no mundo de cultura ocidental actual? Milhões de pessoas com as suas diferenças individuais, com genes e biologia diferentes, mas que se comportam basicamente e geralmente todas da mesma forma – logo o ambiente é um factor bastante importante no condicionamento do comportamento humano, e pouco tem a ver com alguma natureza humana inata para esse comportamento.

Exemplo: Criança selvagem. Crianças que viveram isoladas de contacto humano, isoladas da sociedade. Existem dezenas de exemplos, entre eles exemplos históricos como Genie, descoberta em 1970 trancada num quarto sozinha durante 10 anos, quando a encontraram aos 13 anos mal entendia linguagem, metro e meio de altura, os olhos não focavam além de 3 metros, não comia comida sólida e andava de uma forma estranha. Após resgate psicólogos e psiquiatras tentaram reabilita-la através de condicionamento ambiental e Genie conseguiu superar grande quantidade de problemas que tinha contraído. Contudo tinha uma inabilidade de aprender linguagem, tendo em conta que humanos têm uma predisposição para aprender linguagem . È em casos destes que é evidente que o ambiente tem grande influência, e se não interage com essas tendências na altura certa essas capacidades linguísticas não se formam, é necessário que o ambiente estimule o efeito.
Uma criança de 5 anos foi resgatada na Rússia, onde foi deixada com cães e gatos durante vários anos, fazendo-a comportar como um animal. Não falava, lambia a comida e bebia com a língua, andava em “4 patas”.
Oxana Malaya, passou 5 anos (dos 3 aos 8 anos) a viver com cães, dormia no canil, e quando resgata adoptou maneirismos caninos, ladrava, ouvia e tinha olfacto melhor que os humanos, comida carne crua, não possuía qualquer linguagem.
Crianças selvagens captam e imitam coisas do ambiente que para nós não parece humano, o que põe em questão aquilo que chamamos de “natureza humana”, pois temos uma grande capacidade de nos adaptarmos ao ambiente, principalmente em crianças.

O crucial é que tendências de natureza humana são fortemente exorbitadas pelo ambiente, fortemente influenciadas, logo podem ser controladas ou minimizadas pelo ambiente.
A tendência de qualquer animal é a da sobreviver e passar os genes, e se vive num ambiente de escassez esse ambiente vai condicionar o comportamento. O animal adapta-se ao ambiente. O animal vai fazer de tudo para sobreviver - sobrevivência do mais apto - e vão todos entrar em comportamentos competitivos para sobreviver, lutam uns com os outros para sobreviver devido ao ambiente de escassez – entra em jogo hierarquias de domínio, agressividade, violência – mas se retirarmos esse factor de escassez ambiental essa tendência inata de sobreviver é minimizada, alterando o ambiente altera-se o comportamento. Se o animal não tem necessidade de competir com os outros para sobreviver logo não o vai fazer, é uma questão de necessidade e condicionamento. Num ambiente onde existe abundância relativa de recursos para todos e reciprocidade e altruísmo onde todos ganham, não há necessidade de entrar em comportamentos aberrantes de competição, nas suas diversas formas.
Se no reino animal observam-se hierarquias, competitividade, se um leão ou um grupo luta com outro para roubar comida ou ter acesso privilegiado a recursos, isso é resultado de evolução e condicionamento comportamental num ambiente de verdadeira escassez – não artificial - não exclusivamente de uma natureza animal ou humana inalterável.

Exemplo: Ambiente pré-natal. Durante o inverno de 1944-1945 os alemães começavam a perder a guerra, e em situação complicada de poucos recursos e comida desviaram toda a comida da Holanda para eles, ficou conhecido historicamente como o Inverno de Fome Holandês. Dezenas de milhares morreram á fome, má nutrição em massa. Os indivíduos que passaram o inverno como fetos dentro das progenitoras sofreram de má nutrição severa. O cérebro e o corpo do feto humano, no 2º e 3º trimestre começa a programar o metabolismo, e sofrendo de má nutrição o metabolismo fica programado a armazenar tudo o que pode ao máximo, segrega insulina para armazenar toda a glucose possível, sal, armazenar nutrientes, etc. Após a nascença passados 50 anos, com uma dieta normal os indivíduos que passaram fome no útero da progenitora durante o inverno de fome holandês correm mais riscos de sindroma metabólico, diabetes, obesidade, hipertensão, etc. Observa-se que com a má nutrição da progenitora o feto desenvolve um metabolismo fisiológico de armazenamento de energia que funciona de forma diferente.
Passando uma geração á frente, esse indivíduo que antes era o feto mal nutrido quando engravida, tendo esse metabolismo vai desviar o alimento ao feto, e o feto vai ser mal nutrido e assim desenvolver o mesmo metabolismo que a progenitora.
Mesmo um ambiente de escassez pré-natal afecta e altera o comportamento do metabolismo.

Exemplo: Desvio Social.
Indivíduos na sociedade, as suas vidas são influenciadas por muitos grupos diferentes e que têm muitas coisas diferentes para nos ensinar. Nós aprendemos da sociedade, nascemos nela e temos de viver nela. É um processo de desenvolvimento ou educação, o que os nossos pais nos ensinam originalmente, o que os nossos amigos nos ensinam enquanto crescemos, depois na escola o que os nossos professores nos ensinam. Aprendemos da televisão, da imprensa, aprendemos do sistema de educação. Aprendemos muitas coisas diferentes em locais diferentes, isto chamasse socialização.
E se os agentes sociais disponíveis não são o que consideramos ser ambiente social normal mas o que consideramos ser ambiente social desviado como gangs, traficantes de droga, toxicodependentes ou prostitutas? Existem subculturas de desvio, toda a subcultura da droga tem a sua própria língua e ética, ambientes desviados têm as suas próprias atitudes, as próprias tecnologias, beepers, como protegem as costas de alguém…
Pessoas podem aprender isso, pessoas também podem aprender a tornarem-se desviadas, algumas pessoas são socializadas em subculturas desviadas, outras em subculturas normativas. A compreensão fundamental é que não há diferença no processo fundamental de ser socializado para se tornar num accionista ou ser socializado para se tornar um traficante de droga. Ambas são um processo de técnicas aprendidas, atitudes, racionalizações, crenças, e um processo de como escapar dos problemas. Basicamente as pessoas aprendem a ser criminosas tal como aprendem a ser qualquer coisa na sociedade, não há diferença, é um processo fundamental de aprendizagem.
Um indivíduo isolado não decide simplesmente a ser desviado sem uma razão, mas na verdade o desvio social é organizado em subculturas de crime. Pessoas numa subcultura com muito desvio têm mais probabilidade em entrarem em contacto com essas pessoas e associar-se a elas. Alguns têm muito mais probabilidades de eventualmente adoptar esses comportamentos, e é feito através de um processo chamado Associação Diferencial, propondo que através da interacção os indivíduos aprendem valores, atitudes, técnicas, e motivos para comportamento criminoso.
O que acontece num país homogéneo como o Japão ou Suécia? Eles não têm muita diferenciação e não têm taxa de crime elevada. Por outro lado num país com enormes possibilidades de subculturas de crime vão ter mais probabilidades de associar com criminosos.

Associação diferencial pode explicar diferenças entre países e diferenças entre taxas de crime entre países. O que se passa na mente de um nessa altura é uma batalha entre as definições favoráveis ao comportamento criminoso e desfavoráveis ao comportamento criminoso, elas batalham na mente de um, embora não seja um processo consciente. Se viverem num ambiente de desvio social vêm pessoas assustadas, escondidas nas suas casas, fechadas com as suas miseráveis vidas, e por outro lado vêm esses gajos na rua que são grandes, grande parte dos gangsters exercitam-se, são impressionantes e têm dinheiro e armas e são poderosos. A esta altura pesam as definições favoráveis a juntarem-se a um gang sob as desfavoráveis, por vezes o lado positivo de ser membro gangster excede bastante o remorso de matar pessoas, ou roubar ou o que quer que faças.
Desvio pode acontecer quando alguém é recompensado ao ponto em que as recompensas reforçam o comportamento criminoso, é como o Condicionamento Operante na Psicologia, ficam condicionados a responder ao desvio social. Existem sistemas de recompensa e punição com os quais tens de lidar.
Mas nem todos os criminosos associam com outros criminosos do mesmo género, um individuo isolado pode simplesmente tornar-se desviado sem contacto anterior com subculturas desviadas ou indivíduos em ambientes desviados. Por vezes é um erro concentrar tanto na associação de contacto físico. Podem ver um filme e identificar com o filme, não têm necessariamente de conhecer a pessoa, e isto é o domínio de Identificação Diferencial. Podem-se identificar com um filme, um livro de lês, uma história qualquer.


Exemplo:
Phobos Escreveu:Fdx parece o tópico da bola.

Se alguém se expressa irritado, hostil, ou anda a jogar a bola numa “discussão”- que não a devia ser – isso não é nem quer dizer que seja a natureza humana das pessoas em acção, mas o resultado do condicionamento que causa essa reacção ou comportamento, pois se aparentemente a única forma de discussão é um “jogo de bola”, com cada uma a projectar para seu lado, é um jogo que bola que se joga. È resultado do condicionamento ambiental que causa esse comportamento.

Spiegelman Escreveu:A humanidade é por natureza estratificada, hierarquizada e desigual. Quanto muito podemos arranjar formas de minimizar isso e as suas consequências de uma forma o mais global e funcional possível.


Dizer que o homem é basicamente egoísta, corrupto, com ódio, inveja e ânsia do poder, ou que a humanidade é naturalmente estratificada, hierarquizada e desigual é ignorar completamente o factor ambiental que o gera e condiciona. O homem não nasce com esses conceitos, capta-os e aprende no ambiente onde cresce.
A humanidade não é por natureza estratificada e hierárquica nesse sentido, isso é produto de uma sociedade de classes, produto do ambiente.

Quanto á humanidade ser naturalmente desigual, é desigual apenas nas diferenças individuais, e novamente o factor ambiental pode também exorbitar essas diferenças individuais muitas vezes levando a descriminações.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Cooperaçao, Competiçao e Neuroeconomia.

Teoria do jogo. Biólogos evolutivos ou evolucionistas adoptaram um domínio derivado por matemáticos e economistas nos anos 50, relativo á matemática complicada de cooperação, chamada de Teoria de Jogo, desenvolvido pelo economista John Nash entre outros. Tornou-se claro para ambos os economistas e biólogos evolucionários que o domínio de teoria de jogo se aplicava aos mesmos conceitos de evolução de sociologia, de quando faz sentido cooperar ou não.

Um jogo principal surgiu chamado de Dilema do Prisioneiro. Não se pode dar três passos no domínio de Teoria de Jogo sem encontrar o Dilema do Prisioneiro, onde existem dois termos entre dois prisioneiros que escaparam da prisão e foram capturados: Cooperação Vs Defecção. Supondo que ambos prisioneiros cooperam ganham 3 pontos; em contraste se um cooperar e o outro enganar quem engana ganha 5 pontos e o cooperante ganha zero; vice-versa; ou se ambos se traem ganham 1 ponto.

Em 1980 um economista chamado Robert Axelrod revolucionou o campo com um programa de computador que jogou o Dilema do Prisioneiro vezes sem conta, com todas as estratégias, usando as estratégias umas contra as outras, e repetidamente emergiu uma única estratégia que ultrapassou todas as outras, uma estratégia sugerida pelo matemático russo Anatol Rapoport, que se tornou figura lendária no campo, uma estratégia muito simples chamada de “olho por olho”.
Na estratégia olho por olho, desde que o oponente coopera continuas a cooperar, se te traírem uma vez na próxima ronda também trais, enganas, se continuam a enganar continua-se também a enganar, mas se o oponente voltar a cooperar voltas também a cooperar. Olho por olho, o que fizeram na ronda anterior repete-se na ronda seguinte. Olho por olho ultrapassou todas as outras estratégias levando-as á “extinção”. É recíproca, pune quando alguém não coopera, também perdoa e volta-se a cooperar.
Existem várias espécies cujos padrões de cooperação e altruísmo recíproco combinam com essa estratégia de olho por olho, como nos morcegos por exemplo, que alimentam as crias uns dos outros em altruísmo recíproco e quando um não o faz na ronda seguinte ninguém alimenta as crias desse desertor.

Porque razão a estratégia olho por olho ganha sempre? Mesmo quando se joga contra alguém que nunca coopera, logo na primeira ronda esse indivíduo ganha mais pontos que tu e continua a não cooperar o resto do tempo, e em resultado também não cooperas, sendo assim olho por olho perde sempre contra uma estratégia que nunca coopera. Olho por olho ganha sempre pois sempre que os não cooperantes interagem uns com os outros não quase não ganham pontos, e sempre que os cooperantes jogam entre si ganham muitos pontos. Como se diz, olho por olho perde sempre a batalha mas ganha a guerra. A longo prazo a estratégia recíproca destaca-se, os cooperadores altruístas ganham aos desertores.

O que acontece numa sociedade onde ninguém coopera? Um núcleo de cooperadores insere-se num grupo de desertores e esses vão ficar para trás, ultrapassados, e a curto e longo prazo selecciona-se uma emergência de cooperação. Numa sociedade onde desertores interagem repetidamente com os mesmos cooperadores, esses passam a ser mais racionais e dá origem á cooperação.
Altruísmo recíproco está provado ser a melhor estratégia a todos os níveis.

Exemplo: Humanos capazes de desenvolver sistemas de altruísmo recíproco nas circunstâncias menos adequadas.
Um exemplo dramático disso, durante o primeiro inverno da primeira guerra mundial. Na altura do Natal, a maioria dos combatentes no espírito do natal entenderam não ser a melhor altura para se massacrarem uns aos outros dos dois lados das trincheiras, e foi decidida uma trégua de natal, uma decisão “top-down” dos oficiais, e era suposto ser só durante a tarde. Tropas de ambos os lados trocaram prendas, partilharam jantares, jogaram jogos de futebol -não necessariamente franceses contra alemães mas misturados em equipas - concertos, e o extraordinário é que quase travaram a guerra sem uma. Recusaram-se a voltar ao combate, os oficiais tiveram de ameaçar e forçar as tropas á guerra, e as pessoas com quem trocavam jantares andavam-se a tentar matar no dia seguinte. Foi uma abordagem “top-down”, e quase perderam controlo sob ela no fim, e tiveram de forçar a guerra a continuar.

O próximo exemplo é ainda mais extraordinário, um exemplo “bottom-up”. Ocorreu novamente nas trincheiras da primeira guerra mundial, documentado por Robert Axelrod. Neste caso ninguém planeou, ninguém negociou, foi de emergência espontânea dos soldados das trincheiras que quase travou a guerra. Desenvolveram um sistema de altruísmo recíproco com pessoas de falavam línguas diferentes, cujos rostos nunca viram, um sistema de reciprocidade imergiu. Chamaram o melhor artilheiro que lançou um morteiro e rebentou com uma árvore 18 metros dentro da trincheira inimiga. E mais? Fizeram o mesmo repetidas vezes para demonstrar não ser um erro, que ele era tão bom que podia ter posto vinte morteiros no meio dos soldados mas escolheu não o fazer. Do outro lado, chamaram também o melhor artilheiro e fizeram o mesmo, demonstrando que estavam reciprocamente dispostos também a demonstrar restrição. Isso aconteceu repetidas vezes nas linhas da frente. Os soldados escreviam para casa a relatar que tinham criado uma solução, que até tinham criado uma táctica para lidar com a vulnerabilidade de um erro do “olho por olho”, se por exemplo algum artilheiro novo que não percebia a estratégia acabava por colocar um morteiro em cima dos soldados o artilheiro oposto tinha uma hipótese de retribuir as baixas. Isso imergiu nem negociações, sem tratados, apenas com a motivação dos soldados salvarem as suas vidas, e várias vezes as tréguas nas trincheiras tinham de ser quebradas pelos oficiais. Novamente quase travaram a guerra.
Se tal pode acontecer em tais circunstâncias inóspitas, podem acontecer em qualquer circunstância.

Neuroeconomia.

Neuroeconomia é o estudo da evolução recíproca no cérebro humano, através de neuroimagem enquanto no processo de um dos jogos e teoria do jogo. Durante o jogo detecta-se partes do cérebro que aumentam o metabolismo enquanto jogam. Jogando o Dilema do prisioneiro, verifica-se actividade metabólica e activação de excitação em diferentes partes do cérebro, libertando mais dopamina - o neurotransmissor de prazer, recompensa, antecipação activando os fluxos de dopamina, tornando-se mais activos quando ambos cooperam.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Recursos

Primeiro há a distinção entre os recursos usados actualmente e os propostos a serem usados no TVP.
Segundo, os recursos são em geral abundantes, uns mais que outros, e os mais abundantes são os energéticos, mas não os combustíveis fosseis usados.

Os recursos de hoje são propositadamente escassos, não parece pois o sistema o omite, e como o aproveitamento e aplicação deles é mau, e propositadamente escasso e desperdiçado através da competição e perseguição do lucro, pode dar a ilusão que são realmente escassos, pelo mau aproveitamento e escassez premeditada, ora para aumentar o valor do produto ou para manipular o mercado através do monopólio. Uns são verdadeiramente escassos na natureza, mas a maioria é artificialmente escassa em diversas formas ou práticas:
Recursos centrados num pequeno grupo que assim causa escassez artificial para a restante população, sendo ou não o recurso originalmente escasso ou não;
Escassos pois são continuamente desperdiçados, mal utilizados, mal aplicados com propósitos de comércio e competição e não para o progresso da sociedade, desperdiçados também para propósitos de lucro produzindo produtos ineficientes para que se estraguem mais rapidamente para se voltar a comprar outro quase sempre quando acaba o período de garantia, chamado de “planned obsolecence”;
Etc…
Adiciono que até o próprio dinheiro é escasso, a dívida global é sempre superior ao dinheiro total em circulação no mercado, por isso existe uma luta para não ir á falência, que é inevitável e inerente, daí haver competição pelo dinheiro, lucro.

Combustíveis fosseis são obsoletos há cerca de 100 anos, são poluentes, novamente utilizado para fins de produção em massa e comércio. Aquelas imagens exibidas pelo raxx7 querendo demonstrar a “falácia” em se afirmar que os recursos são abundantes, são de recursos obsoletos, alguns obviamente mais limitados que outros, e não propostos para o futuro. Combustíveis fosseis são relativamente limitados, mas não quer dizer que sejam verdadeiramente escassos pois caso o seu aproveitamento e aplicação fossem relevantes e eficazes seriam abundantes e durariam mais, no sistema actual de lucro andam sistematicamente a produzir materiais para venda e lucro empresarial sem qualquer referência sob o que o planeta tem e suporta, sem protocolos de reciclagem, a queimar combustíveis fosseis a um ritmo milhares de vezes superior á sua renovação natural. O uso adequado e eficaz desses combustíveis fosseis juntamente com outras formas de energia iria reduzir drasticamente o consumo de combustíveis fosseis, e provavelmente com o uso de energias “alternativas” seria reduzido a zero.
As verdadeiras energias alternativas são na verdades os combustíveis fosseis.

As energias abundantes projectadas pelo TVP são concentradores de calor nos desertos, energia fotovoltáica, energia eólica, energia das ondas e marés, e energia geotérmica. São energias limpas, fontes de energia limpas e abundantes de relativa fácil extracção barata e tecnológica. Energia geotérmica, se armazenada ou captada apenas 1% seria mais de 500 vezes a energia contida em todo o gás e reservas de óleo no mundo.
Adiciono eu outras energias como “vaccum energy” ou “zero-point energy” também podem ser utilizadas, nada mais poderoso e abundante que isso, nem era preciso mais nada! Ou as tecnologias de Tesla que exemplifiquei anteriormente, electricidade wireless abundante captada da própria Terra através da frequência de ressonância da terra, e outras dezenas de exemplos de “energias alternativas” que existem. A fusão nuclear não seria a energia abundante do Jacque Fresco, e em lado nenhum ele diz isso, ele dá apenas um exemplo da lógica do uso da tecnologia, e diz que sim seria abundante obviamente mas seria uma energia perigosa de se gerir.

Agora as tecnologias que já existem, a maioria nem imagina as tecnologias de ponta que temos, afirma-se que não há tecnologia para isto e para aquilo, quando na verdade existe e já existe muito, e vai existir ainda mais. Existe tecnologia para isso tudo e muito mais. Como nanotecnologia aplicada nos painéis solares que captaria exponencialmente mais e eficazmente a energia solar.

Outros recursos como materiais de construção, aço, madeira entre outros também não são os materiais de construção ideais do Futuro, nem do presente. É preciso saber quer materiais vão ser usados e que recursos energéticos. Algo que passo agora a frente, pois está mais ou menos explicado nas fontes de indiquei, tal como tudo o resto.
E os recursos em uso nas cidades de hoje seriam reaproveitados, não se iria desperdiçar ou andar a consumir mais desses recursos.
Portanto os recursos abundantes que o TVP propõe são abundantes, senão não seriam propostos.
Para alimento, entre outros, Hidroponia, Piscicultura e Aquacultura.
Confundir os recursos usados/desperdiçados/negligenciados hoje para fins de lucro e comércio com os recursos projectados para o futuro, e que já poderiam estar em usado há meio século pelo menos, é misturar a “escassez” de hoje com a “abundância” potencial do futuro (e presente), e aqui está o erro da lógica argumentativa dos críticos.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Uma coisa é fazer questões pertinentes, às quais já existe resposta clarificada caso procurassem, e pôr em dúvida a origem de uma ideia ou afirmação ou abordagem a problema, tudo bem, mas outra é partir mesmo do principio de crítica que não sabem o que dizem nem têm bases para tal, inventam e que não há nada que valide, só porque á primeira vista a ideia parece alienígena ao sistema e educação actual, e sendo assim impraticável e contra a natureza humana, o que já fundamentei que é precisamente o contrário. O que se passa hoje no mundo “civilizado” é apenas uma reacção de sobrevivência devido ao ambiente que o envolve, é comportamento humano para fins de sobrevivência, e como disse as pessoas neste sistema têm de lutar umas com as outras para sobreviver, só isso define muito.
Parte dessa suposição vem do facto que a maioria das pessoas só conhece este mundo “civilizado” e não conhece outras sociedades e civilizações, ou história antropológica de cerca de 90% da humanidade, sociologia, behaviorismo, teorias do desenvolvimento humano, e outras ciências.
Quanto a mais questões e dúvidas consultem os vídeos, e o FAQ do the Venus Project que deixei. Se não encontrarem nos vídeos ou FAQ o que pretendem questionar talvez possa ajudar, se souber responder, ora com base deles ou bases pessoais preferencialmente, ou ambas.


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Offtopic

Cthulhu_Dawn Escreveu:Se há coisa que ainda hoje espanta muito investigador é perceber exactamente porque é que uma sociedade relativamente aberta e modernizada (pelos padrões da época, bem entendido) como a Alemanha do início da década de 30 quis aquele senhor como Chanceler...Por isso, não é uma situação que possa ser assim tão atípica.


Por ser offtopic e ter uma resposta extensa não vou aqui expor o contexto de tal escolha, mas adianto que foi a “melhor” e “única” escolha possível do povo alemão dado o abuso total que estavam a sofrer com o pós-guerra, daí terem escolhido aquela personagem e movimento, tem a ver com a psicologia e contexto do povo naquela época. Aquela personagem capturou incisivamente o sofrimento psicológico das massas do abuso externo que sofriam a todos os níveis. Isso já faz parte dos meus estudos “power over people” onde se insere esse exemplo, entre muitos outros. Não sei se no tópico da política se fala disso…


OrDoS Escreveu:
MeninaDoCore Escreveu:Btw, DechristianizeR, tendo em conta este tópico e o da Física, estou curiosa: quantas horas por dia perdes a ler textos da wikipédia e seus respectivos links

OrDoS Escreveu:Se calhar não percebeste bem a parte em que o DechristianizeR estuda física... :roll: (ou então eu percebi mesmo mal e ele é só um charlatão a tentar impingir coisas para os não pensantes :lol: .


MeninaDoCore Escreveu:
DechristianizeR Escreveu:Interessante... por acaso ha uns anos estive a estudar um pouco nanotecnologia para uma obra literária minha, mas tinha mais a ver com nanotecnologia de "molecular repair of the brain", mover moleculas e codificar ou descodificar informação ou memórias etc... Curti o "pequeno" estudo. Agora daí a alguem ir fazer um teste já deve ser preciso estudar mais, mas não me importava de o saber fazer. Talvez volte a estudar melhor isso. :jam:

Engraçado, também estiver a estudar electrotecnia no secundario, mas acabei por não ir para a Universidade, que por um lado me arrependo mas por outro não já que fiquei mais "livre" para outras coisas. Estás a estudar aonde? Muitos dos meus antigos colegas seguiram e estão todos juntos ou quase, ou já acabaram ou devem estar a acabar.


Is that enough?


OrDoS Escreveu:Sim, não li essa parte então, mas isso não implica que ele não saiba do que fala ou que não estude por ele próprio, a não ser que o conheças ou tenhas uma bola de cristal :lol: Já agora, autodidactas, sabes o que são? :mrgreen:

Anyway, ele que responda (se quiser) ao teu ataque e diga se realmente estuda física "a sério", ou leu a informação da Wikipédia, mas não vejo relevância nisso para esta discussão.


Mister OrDoS, há algo que se chama de “institucionalização”, e no caso da educação, ou melhor “educação”, pelos vistos há quem só conheça a “escola” wikipedia ou uma universidade, o que é triste, sem estar bem a par das suas limitações a vários níveis e nível geral, e “qualidade”. Para o geral, fora dessa perspectiva, dessa doutrinação, dessa caixa parece não haver mais nada, nem meios e fontes melhores, logo sofrem de educação limitada e premeditada como já expliquei algures num parágrafo bem acima. Curioso que muitas vezes quem sabe pouco ou “nada” tenta atacar quem sabe ou partilha, o que não me parece ser uma prática produtiva pois uns aprendem com os outros, tal como eu e todos.
E “tendo em conta este tópico e o da Física”, a ponta do iceberg, supondo hipoteticamente eu ser aluno wikipedia – não deve haver outra possibilidade - não precisaria sequer de “perder” horas por dia a passar de página em página, pois existem certas capacidades cognitivas de assimilação e acomodação e equilíbrio entre as duas que em alguns casos diferem muito do geral (não deve fazer ideia do que falo, com um pouco de wikipedia chega-se lá para usar a mesma suposição), e continuando a suposição caso fizesse uma média diária de quantas horas por dia “perco” no wikipedia seria o tempo aproximado que conseguem olhar directamente para o sol.
Talvez com um pouco de leitura do outro tópico seria evidente que não cheira nada a wikipedia, nem tem nada a ver com explicações wikipedia, mas muitos devem passar á frente as páginas em questão, e eu também passo á frente desses.
O termo que sugeriste para me “classificar” parece não fazer parte daquele dicionário, mas também com um pouco de wikipedia - neste caso sem ironia – além do processo, encontra-se lá vários nomes históricos, onde faltam lá muitos outros, entre eles um senhor português de renome que morreu recentemente, talvez tenha aprendido tudo num “wikipedia” também e ganhou o “prémio Nobel wikipedia”.
Talvez a bola de cristal necessite ser limpa por fora e por dentro…
Quem sabe, talvez seja mesmo um charlatão que tento impingir á força “inceptions” para os não-pensantes sem explicar e fundamentar, e ando a inventar á velocidade do pensamento. Será tudo um REM sleep?

Agora se me permitem, tenho necessidades primatas a satisfazer…
Última edição por DechristianizeR em sexta ago 20, 2010 9:46 pm, editado 1 vez no total.

Avatar do Utilizador
Cthulhu_Dawn
Moderador
Mensagens: 2427
Registado: sábado set 22, 2007 10:39 pm
Localização: Londres, Reino Unido

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor Cthulhu_Dawn » quarta ago 18, 2010 3:19 pm

Bem, estiveste em reclusão a preparar este mini-tratado? :lol:

Gostava de ler tudo com atenção, ou pelo menos as partes que a mim me dizem respeito, mas isso vai ter que ser fora do horário de expediente :)

No entanto, deixo já duas achegazitas...

DechristianizeR Escreveu:Vês as partes, mas não vês o todo


Até compreendo que digas isso. Porque é precisamente a perspectiva do "todo" que mais me faz confusão nesta ideia/projecto.
A noção de que as soluções que oferece serão susceptíveis de uma aplicação global e quase-universal e toda a gente, já que todos os problemas têm origem +- circunscrita (sistema monetário, distribuição de recursos/território). Sei que dás a tua opinião também sobre isso, mas isto é só para continuar o meu raciocínio.
Depois esta saltou-me logo à vista:

. How will people get along in the MIDDLE EAST? How will the question of religion be resolved?
“In a resource there is material gain for everyone if their country participates in a project called common heritage which will advance all nations. Those that refuse to participate will miss the advantages gained.
Everyone is free to practice whatever belief system they have but can not force it upon others. Everyone can go anywhere they want to without restrictions of any kind. If they fail to behave constructively they are helped rather than put in prison or punished. There will be a constant effort to help present the advantages to even those nations who feel that they want to go it alone.
This will not interfere with their religious beliefs, social customs of traditions. These can not be forced out, you can only educate out beliefs that are irrelevant. We prefer to use that approach rather than a military one. Although it may take longer, we feel they will eventually see the advantages of this point of view of joining together and sharing resources, just as all of the United States joined together and the fighting between borders stopped.
All of these countries have resource shortages and we feel they will see the advantages. Nothing is forced upon them.”



Pois...Isto quase que parece um preâmbulo a uma qualquer resolução da ONU ou um qualquer comunicado no final de uma daquelas cimeiras bonitas sobre o tema. Tudo espremido, isso que aí está não diz nada, do meu ponto de vista...Essa linguagem é vazia e a própria pergunta é pateta, passa de um "how will people get along in the middle-east?" para um "How can the question of religion be resolved?"
Isto aplicado a um contexto regional com duas potências nucleares, um povo sem estrutura política digna desse nome e, em parte, ocupada por um Estado visto como um invasor.
É que se fosse assim tão fácil, a modos que já se tinham entendido há bastante tempo e aqui desculpa, mas se há coisa que tem sido muito pouco proveitosa para os envolvidos tem sido o conflito israelo-árabe.
Mas enfim, isto foi só aquilo que me passou agora pela cabeça...Quando tiver mais tempo, penso nisto outra vez. :cheers:

Avatar do Utilizador
BetinhoDoSludgeDrone
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 3319
Registado: terça dez 28, 2004 2:31 am
Contacto:

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor BetinhoDoSludgeDrone » quarta ago 18, 2010 8:46 pm

Foda-se.
Imagem

Avatar do Utilizador
spiegelman
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2457
Registado: quinta jan 04, 2007 6:25 pm
Localização: Nativo tuaregue do deserto da Margem Sul, caralho!
Contacto:

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor spiegelman » quarta ago 18, 2010 9:03 pm

Que temos no mundo de cultura ocidental actual? Milhões de pessoas com as suas diferenças individuais, com genes e biologia diferentes, mas que se comportam basicamente e geralmente todas da mesma forma – logo o ambiente é um factor bastante importante no condicionamento do comportamento humano, e pouco tem a ver com alguma natureza humana inata para esse comportamento.


Não sei se percebeste mas estás a contradizer-te a ti próprio...

Ou milhões de pessoas se comportam da mesma forma independentemente do ambiente ou milhões de pessoas se comportam de maneira diferente dependendo do ambiente.

SE as pessoas partilham do mesmo património genético esse património genético fá-los-á comportar-se de maneira igual...

Independentemente do ambiente. Há comportamentes circunstanciais e comportamentos base, necessários. Esses é que importam.

Os exemplos das crianças selvagens é pateta. Uma criança selvagem pode estar 10 anos a viver entre lobos quer nuca será um lobo, bastando cerca de metade desse tempo para que reaprenda a sua humanidade.

O facto do humano se adaptar ao ambiente é precisamente o contrário de dizer que o humano é formatado pelo ambiente

Ser formatado pelo ambiente é passivo

Adaptar-se ao ambiente é activo

O que se passa é exactamente o contrário do que pretendes

O ser humano comporta-se exactamente da mesma forma, independentemente do ambiente que o rodeia, exactamente porque se adapta ao ambiente para não ser formatado por ele... Os comportamentos humanos são similares quer estejam num ambiente ameno, hostil, cheio de recursos ou sem recursos nenhuns. Varia a quantidade e a circunstância mas a base é a mesma.
"Sim, esta veio do silêncio E livres habitamos a substância do MU!" (HumbertoBot)

Avatar do Utilizador
Lapeno Enriquez
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4614
Registado: sábado jul 26, 2008 3:32 pm
Localização: Permafrost
Contacto:

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor Lapeno Enriquez » quarta ago 18, 2010 9:20 pm

BetinhoDoSludgeDrone Escreveu:Foda-se.
...natasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatas...
MORTE AO FALSO METAL Imagem

Avatar do Utilizador
Brilhando
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2657
Registado: sábado jan 17, 2004 2:42 am
Localização: Porco

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor Brilhando » quarta ago 18, 2010 9:27 pm

Lapeno Enriquez Escreveu:
BetinhoDoSludgeDrone Escreveu:Foda-se.


E a resposta está errada.

O que as empresas têm em comum é que querem todas LUCRAR através das suas actividades. E fazem-no sem haver um organismo central de burocratas iluminados ou de programas de computador milagrosos que ditam o quanto devem investir, gastar e produzir para que um miúdo de 6 anos possa comprar um lápis numa papelaria.

ORDEM ESPONTÂNEA > colectivismos antigos, modernos e futuros.
Setze jutges d'un jutjat mengen fetge d'un penjat; si el penjat es despengés es menjaria els setze fetges dels setze jutges que l'han jutjat.

Avatar do Utilizador
DechristianizeR
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 330
Registado: quarta jun 29, 2005 10:40 pm
Localização: Lisboa
Contacto:

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor DechristianizeR » quinta ago 19, 2010 12:00 am

Cthulhu_Dawn Escreveu:Bem, estiveste em reclusão a preparar este mini-tratado? :lol:


Não. Como eu disse “Já que sei tudo de cor e escrevo ultra rápido…”. E não ando aqui todos dias a passear.

. How will people get along in the MIDDLE EAST? How will the question of religion be resolved?
“In a resource there is material gain for everyone if their country participates in a project called common heritage which will advance all nations. Those that refuse to participate will miss the advantages gained.
Everyone is free to practice whatever belief system they have but can not force it upon others. Everyone can go anywhere they want to without restrictions of any kind. If they fail to behave constructively they are helped rather than put in prison or punished. There will be a constant effort to help present the advantages to even those nations who feel that they want to go it alone.
This will not interfere with their religious beliefs, social customs of traditions. These can not be forced out, you can only educate out beliefs that are irrelevant. We prefer to use that approach rather than a military one. Although it may take longer, we feel they will eventually see the advantages of this point of view of joining together and sharing resources, just as all of the United States joined together and the fighting between borders stopped.
All of these countries have resource shortages and we feel they will see the advantages. Nothing is forced upon them.”

Cthulhu_Dawn Escreveu:Pois...Isto quase que parece um preâmbulo a uma qualquer resolução da ONU ou um qualquer comunicado no final de uma daquelas cimeiras bonitas sobre o tema. Tudo espremido, isso que aí está não diz nada, do meu ponto de vista...Essa linguagem é vazia e a própria pergunta é pateta, passa de um "how will people get along in the middle-east?" para um "How can the question of religion be resolved?"
Isto aplicado a um contexto regional com duas potências nucleares, um povo sem estrutura política digna desse nome e, em parte, ocupada por um Estado visto como um invasor.
É que se fosse assim tão fácil, a modos que já se tinham entendido há bastante tempo e aqui desculpa, mas se há coisa que tem sido muito pouco proveitosa para os envolvidos tem sido o conflito israelo-árabe.
Mas enfim, isto foi só aquilo que me passou agora pela cabeça...Quando tiver mais tempo, penso nisto outra vez. :cheers:


Quanto á pergunta alguém a faz/fez. se o problema do médio oriente é a religião e disputas religiosas é disso que se vai falar na resposta, é uma resposta directa a exemplificar a lógica. E sinceramente eu estou-me completamente a borrifar para o médio oriente, eles que se matem uns aos outros ou que fiquem na mesma enquanto o resto progride.

DechristianizeR Escreveu:Que temos no mundo de cultura ocidental actual? Milhões de pessoas com as suas diferenças individuais, com genes e biologia diferentes, mas que se comportam basicamente e geralmente todas da mesma forma – logo o ambiente é um factor bastante importante no condicionamento do comportamento humano, e pouco tem a ver com alguma natureza humana inata para esse comportamento.

Exactamente o que quis dizer Spiegelman.
Já vi que não percebeste ou leste bem tudo o que eu disse. Sugiro que releias o texto relativo a isso e os exemplos, fui muito específico.
Vou dizer por outras palavras. Temos no mundo milhões de pessoas todas diferentes (biologicamente e geneticamente) a viverem no mesmo ambiente e comportam-se todas basicamente da mesma forma, logo o factor é o ambiente, já que nas diferenças individuais são diferentes, as pessoas não partilham do mesmo património genético. Milhões de pessoas comportam-se da mesma forma no mesmo ambiente, apesar das diferenças individuais.

As crianças selvagem é um grande exemplo. Nunca se vão transformar fisicamente como lobos, mas comportam-se como lobos! Adaptam o comportamento do ambiente.

Brilhando Escreveu:
E a resposta está errada.

O que as empresas têm em comum é que querem todas LUCRAR através das suas actividades. E fazem-no sem haver um organismo central de burocratas iluminados ou de programas de computador milagrosos que ditam o quanto devem investir, gastar e produzir para que um miúdo de 6 anos possa comprar um lápis numa papelaria.

ORDEM ESPONTÂNEA > colectivismos antigos, modernos e futuros.


Mas a questão do lucro ainda estava activa? Lucro, negócio, monopólio, também falei disso algures no texto, na parte do financiamento de projectos por parte de instituições falsas. O “organismo central de burocratas iluminados ou programas de computador” é como disse o próprio processo técnico, sem isso não fazem nada, não se produz nada. E óbvio que usam computadores e máquinas. E o Cibernation do TVP é a mesma coisa mas a um nível superior, ou mais completo.


E por último, o TVP não é perfeito, digo eu e dizem eles também, mas é a melhor solução para os problemas de hoje.

Phobos [RIP 2012/08/19]

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor Phobos [RIP 2012/08/19] » quinta ago 19, 2010 12:11 am

Quanto á pergunta alguém a faz/fez. se o problema do médio oriente é a religião e disputas religiosas é disso que se vai falar na resposta, é uma resposta directa a exemplificar a lógica. E sinceramente eu estou-me completamente a borrifar para o médio oriente, eles que se matem uns aos outros ou que fiquem na mesma enquanto o resto progride.


Ok, e como vão reagir quando esses que não progridem começarem a rebentar aviões contra as cidades?

Pedro Lopes
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2373
Registado: quinta mar 22, 2007 1:44 pm

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor Pedro Lopes » quinta ago 19, 2010 12:22 am

DechristianizeR Escreveu:
Pedro Lopes Escreveu: Portanto a BP resolveu "investir" 13 mil milhões de euros que corresponde ao valor das provisões para o derrame no golfo para que o preço do petróleo suba!
Agora a sério, andas a fumar demasiado daquilo que faz rir.


Em vez de pensares em fumar coisas que fazem rir… pensa também em quanto vão ganhar no futuro por não terem selado logo a “fonte”? Não só continuaram a poluir o oceano para ficarem com a fonte para futura exploração, mas também vão tirar proveito do aumento dos preços do petróleo, e 13 biliões como dizes tu que “investiram” em “prejuízo” comparado com o lucro que vão ter a curto e longo prazo, e também comparado com o valor da BP não é nada. Para não falar que é fonte de energia obsoleta.

Informo:

Receita BP: 274.3 billion (2009)
Activo total: 236.0 billion (2009)
Patrimônio líquido: $101.6 billion (2009)


Meu caro

O que tu escreveste foi que a BP pretendia com a fuga aumentar os preços do petróleo o que é um disparate pois não é a fuga que vai mexer com os preços do petróleo.

Por outro lado, sabes qual era o prazo de exploração da plataforma? Sabes quando estava previsto terminar? Sabes qual o proveito que este poço iria trazer à BP? Já comparaste esse valor com os custos que a BP terá de assumir com a fuga? Sabes qual foi a desvalorização da empresa desde que começou este problema?

Quanto ao resto, acho sinceramente que tens de ser mais objectivo no que pretendes transmitir e mais isento na tua bibliografia.

Por exemplo, não sei se sabes mas o Japão é o país do mundo desenvolvido com a mais alta taxa de suicidio.

De qualquer forma, objectivamente, qual é então o ambiente que levará o ser humano a deixar de ser egoísta ou invejoso?

E quem é que vai controlar "o processo científico e técnico de gerência inteligente de recursos, distribuição e acesso como se fosse um Homem-grande da sociedade, gerindo e redistribuindo os recursos pela sociedade"?
Eu fui aprovado nos testes de "stress"!!! E tu??

Avatar do Utilizador
Brilhando
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2657
Registado: sábado jan 17, 2004 2:42 am
Localização: Porco

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor Brilhando » quinta ago 19, 2010 12:37 am

Deu-me vontade de pegar em fotos de um PC ou de um MAC e fazer mega arte photoshoppiana e colar-lhe um bigode estalinístico-hitleriano mais um boné do camarada Ché, mas depois lembrei-me que estou de férias.
Setze jutges d'un jutjat mengen fetge d'un penjat; si el penjat es despengés es menjaria els setze fetges dels setze jutges que l'han jutjat.

Avatar do Utilizador
DechristianizeR
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 330
Registado: quarta jun 29, 2005 10:40 pm
Localização: Lisboa
Contacto:

Re: Zeitgeist - o Filme

Mensagempor DechristianizeR » quinta ago 19, 2010 12:59 am

Phobos Escreveu:
Quanto á pergunta alguém a faz/fez. se o problema do médio oriente é a religião e disputas religiosas é disso que se vai falar na resposta, é uma resposta directa a exemplificar a lógica. E sinceramente eu estou-me completamente a borrifar para o médio oriente, eles que se matem uns aos outros ou que fiquem na mesma enquanto o resto progride.


Ok, e como vão reagir quando esses que não progridem começarem a rebentar aviões contra as cidades?


Não têm razão para o fazer, só o fazem hoje, seja aviões ou outros ataques suicidas (supondo ser tudo obra deles e não obra doméstica em países como USA), fazem-no pois existe um política externa agressiva contra eles, acho que não é preciso especificar. E no futuro ninguém vai lá andar a invadir para extrair recursos, como se fossem espalhar a “democracia”.
E mesmo que o fizessem no futuro, nem o conseguiam fazer, bastava aplicar um Tesla Death Beam que caiam logo ao chão, sugestão minha. Mais, os transportes do futuro VP nem passam por aviões, mas sim por MegLev, comboios magnetic levitation, que já existe hoje no Japão em versão inferior, que são mais rápidos que aviões e menos poluentes. Talvez no inicio ainda hajam aviões, mas lá está se for retirada a motivação ambiental que leva a ataques desse género, deixam de fazer sentido e de o fazerem.
E também não é por isso que não se vai fazer nada, ou é com medo de um avião míssil que vamos estagnar ou melhor dizendo colapsar? E certamente haverá várias tecnologias que o impedem de fazer, como tecnologias nos carros que impedem qualquer possibilidade de acidente ou colisão entre eles, como já expliquei também umas paginas atrás.

Pedro Lopes Escreveu:
DechristianizeR Escreveu:
Pedro Lopes Escreveu: Portanto a BP resolveu "investir" 13 mil milhões de euros que corresponde ao valor das provisões para o derrame no golfo para que o preço do petróleo suba!
Agora a sério, andas a fumar demasiado daquilo que faz rir.


Em vez de pensares em fumar coisas que fazem rir… pensa também em quanto vão ganhar no futuro por não terem selado logo a “fonte”? Não só continuaram a poluir o oceano para ficarem com a fonte para futura exploração, mas também vão tirar proveito do aumento dos preços do petróleo, e 13 biliões como dizes tu que “investiram” em “prejuízo” comparado com o lucro que vão ter a curto e longo prazo, e também comparado com o valor da BP não é nada. Para não falar que é fonte de energia obsoleta.

Informo:

Receita BP: 274.3 billion (2009)
Activo total: 236.0 billion (2009)
Patrimônio líquido: $101.6 billion (2009)


Meu caro

O que tu escreveste foi que a BP pretendia com a fuga aumentar os preços do petróleo o que é um disparate pois não é a fuga que vai mexer com os preços do petróleo.

Por outro lado, sabes qual era o prazo de exploração da plataforma? Sabes quando estava previsto terminar? Sabes qual o proveito que este poço iria trazer à BP? Já comparaste esse valor com os custos que a BP terá de assumir com a fuga? Sabes qual foi a desvalorização da empresa desde que começou este problema?

Quanto ao resto, acho sinceramente que tens de ser mais objectivo no que pretendes transmitir e mais isento na tua bibliografia.

Por exemplo, não sei se sabes mas o Japão é o país do mundo desenvolvido com a mais alta taxa de suicidio.

De qualquer forma, objectivamente, qual é então o ambiente que levará o ser humano a deixar de ser egoísta ou invejoso?

E quem é que vai controlar "o processo científico e técnico de gerência inteligente de recursos, distribuição e acesso como se fosse um Homem-grande da sociedade, gerindo e redistribuindo os recursos pela sociedade"?


Uma fuga de petróleo não aumenta os preços? O que aconteceu nos anos 70 quando o valor do petróleo chegou ao pico máximo, foi que convenceram o mercado que havia pouco petróleo e estava a acabar, o que era mentira. Ora com uma fuga é a mesma coisa.
Não tendes justificar o que eles fizeram ou os esforços que não fizeram para resolver logo o problema no primeiro dia, com argumentos como prazo de exploração da plataforma etc. e a BP tem outras plataformas. Sei qual a desvalorização da BP sim. E os custos que vai ter. Compara os lucros da empresa.
Não digo necessariamente que foi uma catástrofe premeditada, mas quando aconteceu não fizeram grande coisa e andaram claramente a gozar, para quem sabe.

Quanto ao Japão, pronto se tem suicídio já não presta não é. Uma falha serve logo para destruir tudo.

O ambiente que leva o ser humano a não ser egoísta e invejoso, com tanto texto não viste?! O que mais fundamentei foi isso mesmo, já que a filosofia é o que mais incomoda.

E quem vai controlar a gerência inteligente de recursos também já o expliquei umas páginas atrás. Andas a passar á frente.

E se sou menos isento na minha “bibliografia” para teu gosto, é devido ao condicionamento ambiental, como o exemplo que dei do “jogo de bola”, claro que o podia evitar.
Última edição por DechristianizeR em quinta ago 19, 2010 3:12 am, editado 1 vez no total.


Voltar para “Arquivo 2010 a 2011”

Quem está ligado:

Utilizadores neste fórum: Nenhum utilizador registado e 5 visitantes