Os Coroner são uma banda suíça de Technical Thrash-Metal das melhores de todos os tempos. A má promoção da Noise Records que foi a editora de sempre da banda foi a grande responsável pelo fim da banda em 1996.
O trabalho discográfico dos Coroner, exibe um caminho de aperfeiçoamento traçado pelos músicos e que eles próprios assumem: explorando os limites do Thrash, eles conseguiam interromper frenéticas velocidades e literalmente swingar o ritmo onde as linhas de baixo tendiam para o jazz e os solos eram tocados de forma invejável.
O guitarrista Thomas Vetterli e o baterista Marky Edelmann chegaram a trabalhar como roadies nas primeiras tours dos Celtic Frost. Após isso, Vetterli e o baixista/vocalista Ron Broder começaram uma banda em Zurique. Pouco depois, Edelmann juntou-se aos dois e assim nasciam os Coroner.
Para fins artísticos, Thomas Vetterli passou ASAE chamado de Tommy T. Baron, Ron trocou o sobrenome Broder por Royce e Marky Eldemann passou a ser Marquis Marky.
Após gravarem uma demo chamada Death Cult, onde o lendário Thomas Gabriel Warrior (líder do Celtic Frost) cantou como convidado, a banda assinou com a Noise.
Em 1987, o editam R.I.P. Onde se evidenciaram o tema instrumental “Nosferatu” que se caracterizava pelo sua velocidade descomunal e “Suicide Command”, uma verdadeira jam de Thras-metal, além de “Spiral Dream” tema composto por Tom Warrior.
Em 1988 editam outro petardo Punishment for Decadence com as alucinantes “Masked Jackal” (crítica aos políticos), “Absorbed” e uma cover de “Purple Haze” jimi Hendrix.
Se o primeiro trabalho é mais cru e o segundo melhor produzido, o terceiro marca o início dos experimentalismos da banda.
No álbum No More Color, de 1989, traz algumas musicas mais ritmadas e menos speedadas, mas ao mesmo tempo é uma vitrine para as habilidades técnicas de cada um dos músicos da banda. Um disco tão bom que é complicado destacar músicas. No entanto, as poderosas “Read My Scars” e “Tunnel of Pain” são fantásticas.
Mental Vortex, de 1991, é um álbum menos a abrir, mas não descaracterizado.
Produzido por Tom Morris, apresenta uma cover de “I Want You” dos Beatles, que é uma verdadeira conversão ao Thrash, além de “Son of Lilith” com um dos solos mais inspirados de todos os tempos.
Mental Vortex ainda apresenta alguns backing vocals femininos e passagens de teclado.
A evolução desta banda culmina com Grin, de 1993.
Este álbum apresenta temas mais longos, atmosféricas e até com passagens eletrónicas.
Esta característica chegou a dividir os fãs, mas os músicos consideram que foi um excelente álbum, parte da busca da perfeição e nos dias de hoje ter-se-à que dar razão à banda.
As tensões internas fizeram o grupo acabar em 1994, mas a Noise ainda forçou a banda a editar um sexto disco.
Coroner, de 1995, é uma compilação de faixas novas, gravações inéditas e as músicas mais clássicas da discografia da banda.
O baterista Peter Hass (Mekong Delta/ Babylon Sad) foi chamado para esse último trabalho, pois Eldemann já recusou participar nas gravações dos temas novos. No entanto, a separação da banda foi amistosa.
Apesar da relativa curta história, os Coroner atingiram um patamar único. Os críticos chegaram a classificar a banda de Thrash-Metal Técnico, devido à sonoridade tão visionária que os Coroner tinham.
Os solos de Vetterli eram incrivelmente bem elaborados e limpos, ao contrário da maioria dos guitarrista nesse estilo. As letras eram escritas pelo baterista – um leitor assíduo e que, também, foi responsável pelo grafismo da banda. Ron Royce, é um enorme baixista, em que a sua técnica de três dedos avançada lhe permitia duplicar a linha de ritmo, bem como executar riffs mais intrincados.
Após a separação, Ron Broder resolveu dar um abandonar a música. Marquis Eldemann criou um projeto de Metal Industrial com Tom Warrior, chamado Apollyon Sun. Thomas Vetterli, depois de algum tempo num projecto criado por si chamado Clockwork e com os quais gravou uma demo, participou em dois álbuns dos Kreator, Outcast (1997) e Endorama (1999). Entretanto nos últimos anos tem-se dedicado à produção de álbuns no seu Newcastle Sound Studio e onde se destacam os trabalhos gravados com os Eluveitie e os 69 Chambers.
Em março de 2005, falou-se numa possível reunião, o que acabou por não acontecer. A principal razão foi que nem Marky, Ron, Tommy além de manifestarem a falta de tempo, consideraram, também que para o fazer teriam que estar em plena capacidade técnica para não defraudar nem os fãs nem as músicas que tanta técnica exigiria.
No entanto, em junho de 2010, os Coroner finalmente decidiram reunir-se jogaram marcadas algumas datas, como foram exemplo o Hellfest Open Air, Maryland Open Air e o Bloodstock Open Air.
De realçar a participação dos Coroner no Vagos Open Air, a 4 de Agosto de 2012 e, que servirá para apresentar da banda no nosso país.
Membros:
Ron Royce - Baixista, Vocalista
Tommy T. Baron - Guitarrista (ex-Kreator, Clockwork)
Marquis Marky - Baterista (ex-Apollyon Sun)
Discografia:
Álbuns de Estúdio
R.I.P. (1987)
Punishment For Decadence (1988)
No More Color (1989)
Mental Vortex (1991)
Grin (1993)
Colectâneas
Coroner (compilação, 1995)
The Unknown Unreleased Tracks (1985-1995) (compilação, 1996)
Singles
Die By My Hand (single, 1989)
Last Entertainment (single, 1989)
Purple Haze (single, 1989)
I Want You (She's So Heavy) (single, 1991)
Demos
Death Cult (demo, 1986)
R.I.P. (demo, 1987)
Punishment for Decadence (demo, 1988)
Outros
No More Color Tour '90 - Live In East Berlin Video/VHS, 1990
Doomsday News III - Thrashing East Live (álbum split 1990)