Metal Underground

Antes de mais quero explicar o motivo que me levou a criar este tópico: FlorCaveira.



Para os mais desatentos, a FlorCaveira é uma editora independente portuguesa criada por Tiago Guillul, um músico e pastor batista, que em 1999 decidiu iniciar este projecto que pretendia mostrar músicos portugueses, a cantar em português, de qualidade. No facebook da editora surge o seguinte texto, que apresenta perfeitamente o que é e o que pretende esta FlorCaveira

A FlorCaveira surgiu no final do Século passado com o cândido desejo de fazer discos. Existem agora 26 (actualização de 2009). Pertencem a um grupo de artistas tão diminuto quão talentoso (são meia-dúzia que usufruem da bênção dupla de serem iluminados e amigos uns dos outros). A saber: - Tiago Guillul - Guel, Guillul & o Comboio Fantasma (2000-2003) - B Fachada (aquisição de 2008) - Borboletas Borbulhas - Jerusalém - João Coração (aquisição de 2008) - Os Lacraus - Manuel Fúria (artista extraordinariamente gravado pela FC mas que pertence ao catálogo da Amor-Fúria) - Os Ninivitas - Os Pontos Negros - Samuel Úria - Samuel Úria & as Velhas Glórias - Diabo na Cruz. A FlorCaveira não precisa de mais artistas. Estes chegam. As suas edições são de 500 exemplares, mil no máximo. Para as adquirirem ou se tornam amigos dos artistas, ou assistem a um concerto ou, por excepcional misericórdia, escrevem um humilde e-mail para florcaveira@gmail.com reconhecendo antecipadamente o génio das edições em causa (actualização de 2008: podem encontrar algumas nas Fnacs). Os discos da FlorCaveira, numa generalidade que pode conhecer excepções, são produzidos por Tiago Guillul em condições domésticas. Asseguramos honestidade sonora, empenho performativo e letras decentes. Os artistas da FlorCaveira são cristãos sérios. Promovem activa e intermitentemente mensagens religiosas com fins proselitistas (actualização de 2008: o catálogo compreende agora também 2 católicos e 1 pagão). Mas tratam os seus ouvintes pagãos com toda a solidariedade mediterrânica.

Religião e Panque-Roque, Tiago Guillul, Setembro de 2006.

São alguns músicos a fazer música portuguesa de qualidade e a criar uma vaga excitante e apaixonante nas terras lusitanas. Uma das coisas mais fantásticas é as sucessivas colaborações que os músicos da editora fazem.

Já tive a oportunidade de apresentar o disco "Virou!" dos Diabo na Cruz (um super-grupo da FlorCaveira), e agora vejo necessidade em dar a conhecer o resto do catálogo desta maravilha. Nomes como Tiago Guillul, Samuel Úria, B Fachada, João Coração, Pontos Negros, Ninivitas, etc, são para ser conhecidos, eles apresentam toda a mística portuguesa desta nova vaga revivalista.













Mas é também importante de referir a importância de nomes como José Afonso, Variações, Sérgio Godinho, etc. que deram um grande contributo para que esta FlorCaveira se erguesse.

Blunder Escreveu:

gosto bastante.

afonsoveiga Escreveu:

Blunder Escreveu:

gosto bastante.

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Musica Popular!?
É isto:





Desgarradas não é pra pussies!!

Marante ist krieg!

Realtivamente à FlorCaveira (E AmorFúria), abomino a música e a atitude. Gostaria de ter carta branca para lhes espetar um balázio nas rótulas.

Lapeno Enriquez Escreveu:Realtivamente à FlorCaveira (E AmorFúria), abomino a música e a atitude. Gostaria de ter carta branca para lhes espetar um balázio nas rótulas.

Não és o único. Há imensa gente a não gostar nada da editora.

Já agora, porque esse "ódio"?

É a minha opinião, mas não consigo perceber a vanguarda e as maravilhas dos músicos dessa editora. A adicionar ao meu repúdio pela nova vaga de música "indie" (entre aspas porque o indie não é isto), músicas com letras "espertalhonas" e minimalismo naive não se enquadram na minha percepção de música de qualidade.

Apesar desta vaga ter aparecido em 2009, lembro-me de ter ouvido Tiago Guillul em 2004/5, graças a um amigo meu que era membro da mesma igreja baptista que o Guillul. Músicas como "Pimponeta" e "Queria ser jornalista" só as consegui assimilar como uma piada. Do género, "olha mais um a querer fazer 'músicas' e a tentar ser engraçado". Qual o meu espanto que isto passou a fenómeno nacional.

Depois, na Flor Caveira, ainda há destas "músicas":



Concluindo, não consigo perceber as maravilhas deste novo estilo e pretensos clones de Variações. Não consigo ver genuinidade nos caveiras. Além disso tenho a infelicidade de trabalhar com uma miríade de hipsters amantes deste "indie" que todos os dias fazem questão de me dizer o quão genial são estes músicos e se eu não gosto é porque não tenho amplitude mental para apreciar tais produções musicais.

O ódio aparece porque acho que há 500mil projectos mais interessantes, mas que têm a infelicidade de não ser "iconoclastas" que cheguem ou que "chateiem o suficiente" a sociedade para aparecer na Antena3/Blitz/Ipsilon. Basicamente as bíblias dos ouvintes desta música que passaram a gostar, p.e., de Mão Morta porque o Pesadelo em Peluche recebeu aclamação destes meios de comunicação. Assim não fosse e nem lhes ligavam.



E acabou o registo intelectual, fdx.

É tipo isto

Acho tudo uma valente merda.

Necurat Escreveu:Acho tudo uma valente merda.

Simplificando.
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De música popular portuguesa gosto de Sérgio Godinho (adoro), Jorge Palma, Rui Veloso, Paulo de Carvalho, Ornatos Violeta (se é que podemos considerar música popular...)

Gostava muito disto quando tinha 8 anos. Acho até que foi a primeira música que me lembro de gostar



Fora isto....nada mesmo.

Zyklon Escreveu:

Necurat Escreveu:Acho tudo uma valente merda.

Simplificando.
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Yep, basicamente é isto!

É das coisas mais ridículas que já vi nos últimos tempos e pelos vistos toda a gente adora, o que me ultrapassa...
Esta modinha não acrescenta nada à Música nacional, não é nada de novo, por isso não percebo. Eu nunca achei piada aos "grandes" nomes da Música tuga (tipo Variações), por isso destes nem consigo não-gostar, só tenho pena por serem tão limitados.

De vez em quando lá aparecem uns hypes por cá bem engraçados, diga-se...

Talvez seja eu que esteja a interpretar o "conceito" da FlorCaveira da maneira menos correcta mas a verdade é que eu não vejo a FlorCaveira como uma editora de hipsters com necessidade de obter indie cred. Vejo sim uma dúzia de amigos que desde a adolescência gostavam de fazer música e escrever canções.

Em relação às músicas que puseram no tópico, peço desculpa mas a FlorCaveira que eu conheço: Tiago Guillul, Fachada, Jorge Cruz, Samuel Úria, Ninivitas, João Coração, Fúria, Borboletas Borbulhas e Diabo na Cruz, não fazem nada que se pareça ao que foi postado.

Eu acho que a FlorCaveira tem que ser vista como uma editora composta por músicos que adoram escrever canções e que retiram as suas influências de Godinho, Variações, José Afonso, Janita, Vitorino, etc.