John Doe Escreveu:Zyklon Escreveu:alguem Escreveu:FODA-SE NÃO VOTEM PNR
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Re: Política, Próximas Eleições, ....
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Re: Política, Próximas Eleições, ....
Não sei onde é que está a piada, mas deve ser mesmo subtil que nem dei por ela, e o que escrevi não tem nenhuma conotação politica para mim.
Apenas o fiz para mostrar que muitos dos intocaveis do Comunismo tambem tiveram o seu "lado maravilha" e nem falei do tio Fidel..
Perguntem a alguns dos nossos politicos de esquerda quem têm como "idolos"...
Apenas o fiz para mostrar que muitos dos intocaveis do Comunismo tambem tiveram o seu "lado maravilha" e nem falei do tio Fidel..
Perguntem a alguns dos nossos politicos de esquerda quem têm como "idolos"...
Re: Política, Próximas Eleições, ....
Zyklon Escreveu:No perfil, a maluquinha diz que o herói dela é A.H. Adolf Hitler...
E?
Que tem isso a ver?
Qual é a diferença entre o Adolfo, o Estaline,o Pol Pot ou o Mao?
Não atirem areia para os olhos das pessoas e não sejam parvinhos com esses ideais pseudomodernos,porque se a extrema direita foi o que foi o Comunismo continua a ser uma enorme Coreia do Norte.
estamos a falar das proximas eleiçoes em portugal
e que eu saiba o jeronimo de sousa nao mandou aniquilar ninguem, nem testou misseis no mar do japao


o comunismo em portugal resume-se à luta anti-fascista durante o estado novo e no pós 25 de abril à luta por melhores condiçoes de vida para as classes operarias e trabalhadoras deste país.
que é que isto tem haver com o estaline e com o pol pot??
os catolicos tambem mataram milhares e nao vejo ninguem a denegrir a igreja nem o cardeal patriarca de lisboa.
estamos a discutir o que se passa em portugal e nao a fazer um revisionismo historico.
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Re: Política, Próximas Eleições, ....
Enigma Escreveu:Ainda a propósito dos ditos movimentos que por aí andam e que, à caça do voto, nunca se comprometem dizendo se são de esquerda ou de direita. Veja-se o caso do MMS, que também segue esta linha, mas depois diz o seguinte:
"Com várias medidas tendentes a baixar impostos, como é que o MMS governaria Portugal? Reduzindo drasticamente o aparelho do Estado? Sim, mas não só. Professor universitário e doutorado em Finanças, o presidente do MMS explica: “A baixa dos impostos criará uma dinâmica económica. Cada um de nós sabe gastar melhor o seu dinheiro do que o Estado. Isso e uma estratégia de desenvolvimento (que nós vemos virada para o mar) bem definida permitirá lançar o país para a frente.”
A minha questão nem é se as ideias são boas ou más, mas sim dizer: Assumam-se, fdx!
São partidos ASSUMIDAMENTE de centro, com ideias à esquerda e à direita, deal with it! É assim um problema tão grande existirem partidos/movimentos assumidamente de centro? É assim tão difícil pensar que ideiais de direita possam cruzar-se com ideais de esquerda? Foda-se, pelo teu discurso até te tinha alguém com cabeça, é assim tão difícil pensar de forma equilibrada? É que é assim que o ser humano vai a algum lado, sendo razoável, algo que parece ser difícil conceber neste país, que alguém sudicientemente equilibrado tenha aspirações para chegar a algum lado, neste país ou és o conservador ou és o tolo...

EDIT- E não esquecer as palas nos olhos...

Última edição por OrDoS em quinta set 24, 2009 11:59 pm, editado 1 vez no total.
Re: Política, Próximas Eleições, ....
Zyklon Escreveu:Não sei onde é que está a piada, mas deve ser mesmo subtil que nem dei por ela, e o que escrevi não tem nenhuma conotação politica para mim.
Apenas o fiz para mostrar que muitos dos intocaveis do Comunismo tambem tiveram o seu "lado maravilha" e nem falei do tio Fidel..
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...
Dude, só se estava a tentar demonstrar ao Ribeiro que o partido Nacionalista que ele considera que não deve ser confundido com Neo-Nazis, escolhe, para pôr no seu tempo de antena, pessoal que é claramente neo-nazi.
Ninguém estava praqui a defender os méritos ou deméritos do comunismo.
Shrödinger's cat has left the building.
When in doubt, ban!
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Re: Política, Próximas Eleições, ....
raxx7 Escreveu:Zyklon Escreveu:Não sei onde é que está a piada, mas deve ser mesmo subtil que nem dei por ela, e o que escrevi não tem nenhuma conotação politica para mim.
Apenas o fiz para mostrar que muitos dos intocaveis do Comunismo tambem tiveram o seu "lado maravilha" e nem falei do tio Fidel..
Perguntem a alguns dos nossos politicos de esquerda quem têm como "idolos"...
...
Dude, só se estava a tentar demonstrar ao Ribeiro que o partido Nacionalista que ele considera que não deve ser confundido com Neo-Nazis, escolhe, para pôr no seu tempo de antena, pessoal que é claramente neo-nazi.
Ninguém estava praqui a defender os méritos ou deméritos do comunismo.
Exacto. Um partido cujos principais porta-vozes estão todos ligados (e marcados) a essas ideologias, considerar que não há nenhuma inclinação NS é ser muito ingénuo. Queres ser nacionalista? Então vota no Manuel Monteiro...

Re: Política, Próximas Eleições, ....
OrDoS Escreveu:
São partidos ASSUMIDAMENTE de centro, com ideias à esquerda e à direita, deal with it! É assim um problema tão grande existirem partidos/movimentos assumidamente de centro? É assim tão difícil pensar que ideiais de direita possam cruzar-se com ideais de esquerda? Foda-se, pelo teu discurso até te tinha alguém com cabeça, é assim tão difícil pensar de forma equilibrada? É que é assim que o ser humano vai a algum lado, sendo razoável, algo que parece ser difícil conceber neste país, que alguém sudicientemente equilibrado tenha aspirações para chegar a algum lado, neste país ou és o conservador ou és o tolo...
Ordos: considero-me uma pessoa sensata e razoável e, (aqui entre nós que ninguém nos ouve XD) sou assumidamente de centro-esquerda.
Agora, dizer-se numa campanha, que não se é de direita ou de esquerda, e que isso é coisa do passado é que acho de uma grande demagogia e populismo. Just my opinion. Com isto não digo que todos os movimentos são maus, nada disso. Mas gostava que se assumissem mais nesse aspecto.
Valfar, ein Windir
Re: Política, Próximas Eleições, ....
OrDoS Escreveu:raxx7 Escreveu:Zyklon Escreveu:Não sei onde é que está a piada, mas deve ser mesmo subtil que nem dei por ela, e o que escrevi não tem nenhuma conotação politica para mim.
Apenas o fiz para mostrar que muitos dos intocaveis do Comunismo tambem tiveram o seu "lado maravilha" e nem falei do tio Fidel..
Perguntem a alguns dos nossos politicos de esquerda quem têm como "idolos"...
...
Dude, só se estava a tentar demonstrar ao Ribeiro que o partido Nacionalista que ele considera que não deve ser confundido com Neo-Nazis, escolhe, para pôr no seu tempo de antena, pessoal que é claramente neo-nazi.
Ninguém estava praqui a defender os méritos ou deméritos do comunismo.
Exacto. Um partido cujos principais porta-vozes estão todos ligados (e marcados) a essas ideologias, considerar que não há nenhuma inclinação NS é ser muito ingénuo. Queres ser nacionalista? Então vota no Manuel Monteiro...Pelo menos é um político "sério".
o monteiro?

o homem só fala do minho



e o resto do país?

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Re: Política, Próximas Eleições, ....
Enigma Escreveu:OrDoS Escreveu:
São partidos ASSUMIDAMENTE de centro, com ideias à esquerda e à direita, deal with it! É assim um problema tão grande existirem partidos/movimentos assumidamente de centro? É assim tão difícil pensar que ideiais de direita possam cruzar-se com ideais de esquerda? Foda-se, pelo teu discurso até te tinha alguém com cabeça, é assim tão difícil pensar de forma equilibrada? É que é assim que o ser humano vai a algum lado, sendo razoável, algo que parece ser difícil conceber neste país, que alguém sudicientemente equilibrado tenha aspirações para chegar a algum lado, neste país ou és o conservador ou és o tolo...
Ordos: considero-me uma pessoa sensata e razoável e, (aqui entre nós que ninguém nos ouve XD) sou assumidamente de centro-esquerda.
Agora, dizer-se numa campanha, que não se é de direita ou de esquerda, e que isso é coisa do passado é que acho de uma grande demagogia e populismo. Just my opinion. Com isto não digo que todos os movimentos são maus, nada disso. Mas gostava que se assumissem mais nesse aspecto.
É fácil de perceber. Se leres os programas e até se fizeres o teste da Bússola política ( http://www.bussolaeleitoral.pt/ ), podes ler um pouco sobre os ideais principais desses movimentos. Podes facilmente perceber que pelo tom de conversa, os candidatos estão um pouco mais à direita, mas em coisas como, por exemplo, a deliberação sobre o casamento de homossexuais ou o aborto, a opinião desses lideres é clara, no caso do Rui Marques nota-se que nisso tem uma visão mais conservadora, mas não fechada, ou seja, é algo que alguém que pertença ao movimento tem o direito de julgar pela sua própria vontade, há liberdade de voto na matéria.
Aqui a ideia é levar as coisas para a frente, sejam ideias de esquerda ou de direita, o que importa é existir um plano que nos tire deste "filme", é fazer o país andar para a frente. Um partido centrista é coisa do passado porquê(?), mais uma vez pergunto-te. Pergunto-me também é se não será coisa do futuro e as pessoas estejam confusas com isso...

A ideia é assumir uma posição firme nos assuntos de importância máxima, eles não são nenhuns indecisos, eles sabem o que querem fazer e nuns assuntos pensam mais à direita, noutros mais à esquerda. Se não sabes o que eles querem é porque não estás informado.
Última edição por OrDoS em sexta set 25, 2009 12:19 am, editado 4 vezes no total.
- Cthulhu_Dawn
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Re: Política, Próximas Eleições, ....
coragem Escreveu:Zyklon Escreveu:o comunismo em portugal resume-se à luta anti-fascista durante o estado novo e no pós 25 de abril à luta por melhores condiçoes de vida para as classes operarias e trabalhadoras deste país.
estamos a discutir o que se passa em portugal e nao a fazer um revisionismo historico.
Vais-me desculpar, mas isso é um resumo demasiado resumido...acho eu...
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Re: Política, Próximas Eleições, ....
Zyklon Escreveu:No perfil, a maluquinha diz que o herói dela é A.H. Adolf Hitler...
E?
Que tem isso a ver?
Qual é a diferença entre o Adolfo, o Estaline,o Pol Pot ou o Mao?
Não atirem areia para os olhos das pessoas e não sejam parvinhos com esses ideais pseudomodernos,porque se a extrema direita foi o que foi o Comunismo continua a ser uma enorme Coreia do Norte.
Zyk, desculpa lá, mas que tem a Coreia a ver com Portugal?

Até percebi o que querias dizer, mas não tem nada a ver, nem os socialismos ou outras democracias, blá, blá

Hail to thee! É só copiões, haha e imitações!!! Tb quero disto...e vende... Tanto carneirinho e lambe cu...
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Re: Política, Próximas Eleições, ....
coragem Escreveu:o comunismo em portugal resume-se à luta anti-fascista durante o estado novo e no pós 25 de abril à luta por melhores condiçoes de vida para as classes operarias e trabalhadoras deste país.

mais 2geraçoes e deixa de existir o PCP

minha honra e a lealdade
Re: Política, Próximas Eleições, ....
Cthulhu_Dawn Escreveu:coragem Escreveu:Zyklon Escreveu:o comunismo em portugal resume-se à luta anti-fascista durante o estado novo e no pós 25 de abril à luta por melhores condiçoes de vida para as classes operarias e trabalhadoras deste país.
estamos a discutir o que se passa em portugal e nao a fazer um revisionismo historico.
Vais-me desculpar, mas isso é um resumo demasiado resumido...acho eu...
História do Partido Comunista Português
Origens e formação do partido
Após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, Portugal caiu numa grave crise económica, em parte devido à intervenção militar na guerra. A classe dos trabalhadores respondeu ao deteriorar do seu nível de vida com uma onda de greves. Com o apoio da União Operária, cresceram as movimentações reivindicativas e, no fogo dessas lutas, a classe operária conquistou, finalmente, a histórica vitória da jornada de 8 horas de trabalho.
Em Setembro de 1919, o movimento da classe dos trabalhadores fundou a Confederação Geral do Trabalho, ou CGT. Contudo, a falta de poder político devido, por sua vez, à falta de uma estratégia política coerente entre os trabalhadores, levou à fundação da Federação Maximalista Portuguesa (FMP) em 1919. O seu principal objectivo era promover ideias revolucionárias e socialistas, e organizar e desenvolver um movimento dos trabalhadores.
Após algum tempo os membros da FMP sentiram a necessidade de uma vanguarda revolucionária entre os trabalhadores Portugueses. Depois de várias reuniões em várias sedes dos sindicatos, e com a ajuda da Comintern, foi fundado o Partido Comunista Português, ou PCP, como a secção Portuguesa do Internacional Comunista (Comintern), no dia 6 de Março de 1921.
De modo diverso ao que ocorrera na generalidade dos países europeus, o Partido Comunista Português não se formou a partir de uma cisão no Partido Socialista, mas ergueu-se, essencialmente, com militantes saídos das fileiras do sindicalismo revolucionário e do anarcossindicalismo, que representavam o que havia de mais vivo, combativo e revolucionário no movimento operário português.
Em Novembro de 1923 ocorre em Lisboa o primeiro congresso do PCP, com José Carlos Rates na liderança do partido. Cerca de 100 membros do partido atenderam ao congresso, e afirmaram a sua solidariedade com o socialismo na União Soviética, e a necessidade de políticas semelhantes em Portugal; alertou também para o perigo que um regime fascista traria para o Partido e para o país.
Após a Revolução de 28 de Maio de 1926 o partido foi ilegalizado, e foi forçado a operar em segredo. Por coincidência, a revolução aconteceu na véspera do segundo congresso, o que levou à sua suspensão. Em 1927 a sede do Partido foi fechada. O Partido foi depois reorganizado em 1929 por Bento António Gonçalves. Adaptando-o ao seu novo modo de operações clandestinas, evitou assim uma onda de detenções.
Entretanto, em 1938, o PCP foi expulso do Comintern. A expulsão foi justificada por uma quebra repentina nas actividades do partido, após um fervoroso começo no inicio dos anos 20, e pela fraca estrutura interna do partido, caracterizada por guerras internas. A acção contra o PCP, assinada por Georgi Dimitrov, foi tomada, em parte, devido a perseguições contra membros e partidos da Comintern (como o Partido Comunista da Polónia, ou Bela Kun) por parte de Estaline. Estes eventos, entre outros, levaram à dissolução da Comintern em 1943. O PCP apenas iria re-estabelecer relações com o movimento Comunista e com a União Soviética em 1947, após contactos esporádicos através dos partidos Comunistas da Espanha e da França, e mais tarde através de Mikhail Suslov.
Após a ascensão ao poder do regime ditatorial de Salazar, ou Estado Novo, a supressão do partido aumentou. Muitos membros foram presos, torturados e assassinados. Muitos foram enviados para o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, incluindo Bento Gonçalves, que acabou por morrer no campo. Esta vasta onda de detenções levou a uma grande reorganização em 1940-41, chamada de "reorganização dos anos 40". O primeiro congresso após estas mudanças ocorreu em 1943, e foi decidido que o Partido se deveria unir com todos os que queriam acabar com a ditadura. Outra decisão importante foi a necessidade de aumentar a influência do Partido dentro do exército Português. O Partido conseguiu assim, pela primeira vez, criar uma organização clandestina forte, que iria ajudar significativamente a resistência contra o regime de Salazar.
Em 1945, com a queda dos principais regimes fascistas na Segunda Guerra Mundial, Salazar foi forçado a simular algumas mudanças democráticas, para manter uma boa imagem no ocidente. Autorizou assim a criação de uma resistência democrática, chamada Movimento de Unidade Democrática, ou MUD. Inicialmente foi controlada por uma oposição moderada, mas cedo se tornou altamente influenciada pelo PCP. Na direcção da sua ala jovem estavam alguns comunistas como Octávio Pato, Salgado Zenha, Mário Soares, Júlio Pomar e Mário Sacramento. Eventualmente, o MUD foi ilegalizado pelo governo em 1948, após varias ondas de supressão.
O quarto congresso, realizado em Julho de 1946, apontou para um grande movimento popular como única maneira de derrotar o regime, e indicou as políticas que o Partido iria levar a cabo para liderar esse mesmo movimento. Esta, juntamente com a consolidação do trabalho clandestino, foi a principal conclusão do congresso. Um breve relatório destas conclusões foram publicadas pelo Comité Central do Partido Comunista da União Soviética. Entretanto, Álvaro Cunhal viajou ate à Jugoslávia, com a ajuda de Bento de Jesus Caraça, com o intuito de melhorar as relações com o Bloco Socialista. Em 1948, viajou até à União Soviética para falar com Mikhail Suslov, após as ligações entre o PCP e o Movimento Internacional Comunista terem sido re-estabelecidas. Quando regressou da União Soviética, Cunhal foi preso pela polícia política de Salazar, a PIDE.
O quinto congresso, realizado em Setembro de 1957, foi o primeiro e único a ser realizado fora do país. Em Kiev, na União Soviética, o Partido aprovou os seus primeiros programas e estatutos. O congresso tomou, pela primeira vez, uma posição oficial em relação ao Colonialismo, defendendo que todas as pessoas têm o direito à auto-determinação, e deixou claro o apoio aos movimentos populares de libertação das colónias Portuguesas, como o MPLA em Angola, FRELIMO em Moçambique, e PAIGC na Guiné-Bissau.
Em Janeiro de 1960, um grupo de dez membros do PCP conseguiram fugir da prisão de alta-segurança de Peniche. Várias figuras de topo do partido participaram na fuga, entre elas Álvaro Cunhal, que seria eleito no ano seguinte o primeiro Secretário-geral em dezanove anos. Também entre os fugitivos estavam Jaime Serra, que iria organizar secretamente o grupo de Acção Revolucionária Armada ou ARA. O ARA era um grupo armado do PCP que iria ser responsável por alguns golpes militares contra o regime ditatorial nos anos 70.
Em 1961 começou a Guerra Colonial em África, primeiro em Angola, depois em Moçambique e Guiné-Bissau. A guerra durou 13 anos, e foi um duro golpe para a sociedade Portuguesa, forçando milhares de Portugueses a deixar o país, tanto para procurar melhores condições de vida em países como a França, Alemanha e Suíça, como para fugir à guerra. O Partido, que tinha estado envolvido na formação de movimentos de guerrilha nacionalistas, juntamente com a União Soviética, tomou imediatamente uma posição de oposição forte à guerra, e de apoio aos movimentos anti-coloniais. A guerra, criando grande instabilidade na sociedade Portuguesa, ajudou ao declínio do regime de Salazar.
Em 1962 instalou-se a "Crise Académica". O regime, temendo a crescente popularidade das ideias democratas entre os estudantes, ilegalizou várias associações e organizações. A maioria dos membros destas organizações eram intelectuais comunistas militantes que eram perseguidos e proibidos de continuar os seus estudos universitários. Os estudantes, com o forte apoio do PCP, responderam com demonstrações que culminaram no dia 24 de Março com uma enorme demonstração em Lisboa. Esta demonstração foi brutalmente suprimida pela polícia, levando a vários ferimentos em estudantes. Seguiu-se imediatamente uma greve dos estudantes contra o regime.
No sexto congresso, em 1965, Álvaro Cunhal, eleito Secretário-geral em 1961, elaborou um relatório chamado "Rumo à Vitória - As Tarefas do Partido na Revolução Democrática e Nacional", que se tornou num documento de grande influência entre o movimento democrático. Distribuído largamente entre os membros clandestinos, continha oito objectivos políticos, tais como "o fim dos monopólios na economia", "a necessidade de uma reforma agrária e redistribuição das terras", e "a democratização do acesso à cultura e à educação" - políticas que o Partido considera essências para tornar Portugal num país inteiramente democrático. Nove anos mais tarde, no dia 25 de Abril de 1974, a Revolução dos Cravos pôs um fim a 48 anos de resistência e marcou o início de um novo ciclo na vida do Partido.
Imediatamente após a revolução, foram re-estabelecidos direitos básicos de democracia em Portugal. No dia 27 de Abril, prisioneiros políticos foram libertados. No dia 30 de Abril, Álvaro Cunhal regressou a Lisboa, onde foi recebido por milhares de pessoas. O dia 1 de Maio foi comemorado pela primeira vez em 48 anos, e aproximadamente meio milhão de pessoas juntaram-se no Estádio 1º de Maio em Lisboa para ouvir os discursos do líder do Partido Álvaro Cunhal e do socialista Mário Soares. No dia 17 de Maio, o jornal do Partido, Avante!, lançou a sua primeira edição legal. Os meses seguintes foram marcados por mudanças radicais no país, sempre seguidos de perto e apoiados pelo PCP. O longo processo de restaurar a independência às colónias foi iniciado com o apoio total do Partido, e em cerca de um ano, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe tornaram-se países independentes.
Mural em Portugal com uma dedicatória ao 25 de Abril
Seis meses após a Revolução, em 20 de Outubro de 1974, decorreu o sétimo congresso do Partido. Mais de mil delegados e centenas de Portugueses e estrangeiros assistiram ao congresso, que foi caracterizado por importantes discussões sobre a revolução que ocorria por todo o país. No dia 12 de Janeiro de 1975, o Partido Comunista Português tornou-se no primeiro partido legalmente reconhecido.
O processo revolucionário continuou. A 11 de Março de 1975, as forças militares de esquerda derrotaram uma tentativa de golpe pelas forças militares de direita[15]. Isto resultou numa viragem do processo revolucionário político para a esquerda, com os principais sectores da economia, tais como bancos, transportes, minas e empresas de comunicações a serem nacionalizados. Tudo isto foi feito sob o comando de Vasco Gonçalves, um membro militar apoiante do Partido, que se tornou no primeiro-ministro após a renúncia do primeiro governo provisional. O Partido reforçou o seu total apoio a todas estas mudanças, e ao processo de Reforma Agrária que implementou a colectivização do sector agrícola e das terras numa região denominada "Zona de Intervenção da Reforma Agrária", ou "ZIRA", que incluía as terras a sul do Rio Tejo[15]. O Partido tomou a liderança desse processo e executou-o de acordo com o programa do Partido, organizando vários milhares de camponeses em cooperativas. Isto, combinado com a forte organização clandestina do Partido e o apoio dos camponeses durante anos precedentes naquela região, fizeram do sul de Portugal uma principal fonte de apoiantes do PCP. O Partido ganhou mais de metade dos votos em Beja, Évora e Setúbal nas subsequentes eleições.
Um ano após a revolução, ocorreram as primeiras eleições democráticas para eleger o parlamento que iria escrever a nova Constituição, para substituir a Constituição de 1933. O Partido consegui 12,52% dos votos e elegeu 30 deputados. No fim, tal como o Partido desejava, a Constituição incluiu várias referencias ao "Socialismo" e a uma "Sociedade Sem Classes", e foi aprovada com a oposição de apenas um partido de direita, o Centro Democrático Social, ou CDS.
Em 1976, após a aprovação da Constituição, ocorreu a segunda eleição democrática, e o Partido elevou a sua percentagem de votos para 14,56% e 40 deputados. Nesse mesmo ano, ocorreu a primeira Festa do Avante!, e o oitavo congresso do Partido foi realizado em Lisboa de 11 a 14 de Novembro. O congresso referiu principalmente a necessidade de continuar a conquista pela vitória do Socialismo em Portugal, e a necessidade de defender os ideais alcançados na Revolução contra o que o Partido considera ser um passo atrás político, liderado pela coligação do Partido Socialista e o Centro Democrático Social, que se opôs ao processo de Reforma Agrária.
Em 1979, o Partido realizou o seu nono congresso, que analisou o estado de um Portugal pós-revolução, políticas de direita e as lutas do Partido para nacionalizar a economia. Em Dezembro de 1979, decorreram novas eleições. O Partido formado pela Aliança Povo Unido ou APU, em coligação com o Movimento Democrático Português ou MDP/CDE, e aumentou os seus votos para 18,96% e 47 deputados. As eleições foram ganhas pela coligação centro/direita, liderada por Francisco Sá Carneiro, que iniciou imediatamente políticas que o Partido considerava serem contrárias aos interesses dos trabalhadores. Apesar de um contratempo nas subsequentes eleições de 1980, em que o PCP desceu para 41 deputados, o Partido alcançou várias vitórias em eleições municipais, ganhando a liderança de dezenas de municípios, na coligação FEPU - Frente Eleitoral Povo Unido . Após a trágica morte de Sá Carneiro num desastre aéreo em 1980, o Partido conseguiu 18,20% dos votos e 44 deputados como parte da APU - Aliança Povo Unido nas eleições de 1983. Também em 1983 o Partido realizou o seu décimo congresso, que criticou mais uma vez o que via como perigos das políticas de direita.
Em 1986, a surpreendente vitória de Mário Soares, que alcançou a segunda volta das eleições presidenciais, derrotando o candidato do Partido, Salgado Zenha, fez com que o partido realizasse um congresso extraordinário. O décimo primeiro congresso foi convocado com apenas duas semanas de antecedência, para decidir se iriam ou não apoiar Mário Soares contra Freitas do Amaral. Mário Soares foi apoiado, e ganhou com uma ligeira margem. Caso não tivesse conseguido o apoio do PCP, provavelmente teria perdido as eleições. Em 1987, após a renúncia do governo, tomaram lugar novas eleições. O Partido, agora na Coligação Democrática Unitária (CDU), com o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), e a Intervenção Democrática (ID), viu uma redução do seu eleitorado para 31 deputados e 12,18% dos votos.
[editar] Fim do Bloco Socialista e novos desafios
Em 1988 decorreu o décimo segundo congresso, em que participaram mais de 2000 delegados, e que foi posto em prática um novo programa chamado "Portugal, uma Democracia Avançada no Limiar do Século XXI".
No final dos anos 80, o Bloco Socialista da Europa de Leste começou a desintegrar-se e o Partido passou por uma das maiores crises na história. Com a saída de vários membros, o Partido convocou um congresso extraordinário, o décimo terceiro, em Maio de 1990, onde decorreu uma enorme batalha ideológica. A maioria dos mais de 2000 delegados decidiu continuar a "revolucionária jornada até ao Socialismo" do Partido, retendo assim a sua ideologia Leninista. Isto entrou em conflito com as ideologias de vários partidos comunistas espalhados pelo mundo. O congresso referiu o falhanço do socialismo na União Soviética, apesar de várias mudanças sociais levadas a cabo pelo movimento laboral terem sido influenciadas pelo Bloco Socialista. Álvaro Cunhal foi re-eleito Secretário-Geral, mas Carlos Carvalhas foi eleito Secretário-Geral Adjunto.
Nas eleições legislativas de 1991 o Partido ganhou 8,84% dos votos e 17 deputados, continuando assim o seu declínio eleitoral.
O décimo quarto congresso decorreu em 1992, e Carlos Carvalhas foi eleito o novo Secretário-Geral, substituindo Álvaro Cunhal. O Congresso analisou toda a situação internacional criada pela dissolução da União Soviética pela derrota do Socialismo na Europa de Leste. O Partido traçou também as linhas necessárias para destituir Cavaco Silva e o seu governo de direita, que aconteceu pouco tempo depois. Em 1995 o Partido Social Democrata foi substituído pelo governo do Partido Socialista após as eleições legislativas de Outubro, em que o Partido consegui 8,61% dos votos.
Em Dezembro de 1996 mais de 1.600 delegados do partido participaram no décimo quinto congresso do PCP, desta vez no Porto. O congresso criticou as políticas de direita do governo Socialista de António Guterres, e debateu o futuro do partido após a dissolução do Bloco Socialista. Nas subsequentes eleições municipais o Partido continuava em declínio, mas nas eleições legislativas de 1999 o Partido consegui um aumento na percentagem dos seus votos pela primeira vez em vários anos. O décimo sexto congresso ocorreu em Dezembro de 2000 e Carlos Carvalhas foi re-eleito Secretário-Geral. Nas eleições legislativas de 2002 o Partido atingiu a percentagem de votos mais baixa na história, com apenas 7,0% do total.
O mais recente congresso, o décimo sétimo, em Novembro de 2005, elegeu Jerónimo de Sousa, um antigo trabalhador metalúrgico, o seu novo Secretário-Geral.
Nas eleições legislativas de Fevereiro de 2005 o Partido aumentou a sua percentagem de votos para 7,60%, com 430.000 votos, e 12 deputados entre 230.
Após as últimas eleições municipais, em 2005, em que o Partido recuperou a presidência de 7 municípios e conquistou Peniche, o PCP mantém a liderança de 32 (de 308) municípios, a maioria deles no Alentejo e em Setúbal, e mantém a liderança de várias assembleias municipais. A administração local do PCP é marcada por uma preocupação com assuntos tais como o impedimento a privatização da água, financiamento da cultura e da educação, facilitação do acesso ao desporto, promoção da saúde, promoção de uma democracia participativa, e prevenção da corrupção. A presença dos Verdes na coligação mantém também um olho atento nos assuntos relativos ao ambiente, tais como a reciclagem e o tratamento das águas.
O trabalho do partido segue agora o programa "Democracia Avançada no Limiar do Século XXI". Problemas tais como a descriminalização do aborto, direitos dos trabalhadores, aumento dos custos dos Serviços de Saúde e de Educação, baixos salários e pensões, imperialismo e guerra, solidariedade com outros países como o Iraque, Afeganistão, Palestina, Cuba e País Basco são preocupações constantes na agenda do Partido. Portugal espera por um referendo sobre a descriminalização do aborto desde 21 de Abril de 2005.
O Partido tem dois membros (Ilda Figueiredo e Pedro Guerreiro) eleitos no Parlamento Europeu, após alcançarem 9,2% dos votos nas Eleições Europeias de 2004. Fazem parte da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica.
Re: Política, Próximas Eleições, ....
misanthropy666 Escreveu:coragem Escreveu:o comunismo em portugal resume-se à luta anti-fascista durante o estado novo e no pós 25 de abril à luta por melhores condiçoes de vida para as classes operarias e trabalhadoras deste país.
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mais 2geraçoes e deixa de existir o PCP
em luta desde 1921

apesar das perseguiçoes, nem salazar acabou com o pcp.
enquanto houverem desigualdades sociais, injustiças, opressoes haverá pcp.
enquanto o pcp tem um ideal os outros partidos querem é tachos e puleiros

tambem nao percebo porque o pcp faz tanta comichão?
é o partido que luta pelos mais desfarvorecidos, que combate as desigualdades sociais, a precariedade etc
sempre em luta pelos trabalhadores e pelo povo

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