Política - Discussão ou algo do género.

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aftermath
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor aftermath » quarta abr 27, 2011 3:28 pm

raxx7 Escreveu:Se estás a falar da banca em geral a nível mundial, sim.
Mas isso não nos resolve o problema fundamental.
Depois de terem ido ás putas e se terem fodido, a banca mundial está mais cuidadosa com o dinheiro que empresta.
E o nosso problema é que entre o elevado endividamento e o fraco crescimento económico, ter cuidado com o dinheiro que emprestas inclui não emprestar dinheiro a Portugal.


Entre a banca a nivel mundial e os afilhados tugas que querem é ser como os padrinhos, têm é mais que ser responsabilizados pelo que fizeram, tal como eu, tu e a grande maioria das pessoas que fazem merda no trabalho. Com a gigantesca diferença é que no meu trabalho, se fizer asneira, não dou cabo da vida aos outros. Aqui já estamos a falar de respeito pelo próximo, coerência, responsabilidade e dignidade (ou eles são imunes a isso???). Os gestores/investidores irresponsaveis/gananciosos ou incompetentes têm que ser postos na rua (sem bónus e indeminizações faxavor), na cadeia se tal se justificar e os novos responsáveis têm a obrigação moral e ética de emprestar dinheiro a taxas comportáveis e JUSTAS para relançar a economia que tão bem conseguiram rebentar. Ninguém aqui (eu) está a falar em pegar fogo aos bancos, simplesmente é colocá-los no seu devido lugar.

Sim, o PCP pretende aumentar o estado, pela crença que é em regime democrático que por todos e para todos se resolvem os problemas. A ilação que mais estado representa mais jobs for the boys é tua e não minha, porque não é neste tipo de estado que me revejo. O tal estado "inquinado" que falas é aquele que temos actualmente, e esse não é da responsabilidade dos comunistas mas sim dos 3 amiguinhos que mandam há 36 anos. Se é virtualmente impossivel acabar totalmente com a corrupção e compadrio, estou disposto a apostar num estado forte em que com uma fortissima sociedade civil se fiscaliza esse mesmo estado, com grande rotatividade de intervenientes das mais diversas franjas e sectores da vida nacional.
Por ultimo, e é a última vez que digo isto, sim, prefiro um estado forte que mesmo sendo permeável a amizades e compadrios (também as empresas privadas o são, grandes , pequenas ou assim-assim) esses mesmos abusos podem ser monitorizados e responsabilizados pelos cidadãos, estando estes últimos capacitados para meter na rua os elementos governamentais que pisem o risco. Através do voto e actividade civica (cooperativas, comisões várias e sindicatos independentes, etc..) é possivel aos cidadãos meterem na rua os governantes e gestores incompetentes, amigos do alheio ou com vontade de colocar sobrinhos no poleiro, algo que é IMPOSSIVEL de fazer com as empresas privadas. Nem eu, nem tu, temos voto na matéria quando apenas se pretende agradar a accionistas e conselhos de administração.

Resumindo: entre cabrões que posso (eu e os meus pares) despedir e outros que apenas me vêm como número e/ou consumidor, fico-me com os primeiros, porque uma vez que tenho algo a dizer sobre a sua ação, isso também me responsabiliza a mim.

[/quote] Sem me querer pronuciar sobre os teus problemas, só te digo isto: tu e a tua família têm esses problemas agora.
Mas acredita, sem financiamento, esses problemas só se vão agravar.
Vais passar de ter familiares a trabalhar para um empreiteiro FDP (btw, parece-me haver N ilegalidades aí...) para simplesmente não trabalharem porque o empreiteiro faliu.[/quote]

Em termos de financiamento já te respondi em cima
Mais uma vez, demonstras vistas curtas, essa "eterna" escolha entre qual dos dois males é que mais me agrada já me cansa. Aos 33 e sabendo que não sou nenhuma besta tou farto de conversas "aperta-o-cinto" e de inevitabilidades, particularmente porque sabemos que nunca se produziu tanta riqueza a nivel mundial, as 9 ou 10 horas diárias que fazes actualmente são muito mais produtivas que na altura doa teus pais ou dos avós, seja devido ao avanço tecnológico ou ao maior grau de preparação das pessoas. Once again, a distribuição da riqueza produzida é que está cada vez mais desequilibrada.

p.s. não acho que a mota/engil tenha grandes problemas de financiamento
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor aftermath » quarta abr 27, 2011 3:30 pm

MeBathory Escreveu:Ui... vejo aqui tanto disto



:mrgreen:


Vou-te bater ó nortenha!!! Tava a guardar essa pérola para mais tarde!!!! :x brilhante :metal:
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Indigente » quarta abr 27, 2011 3:38 pm

Brilhando Escreveu:Incentivos errados do Estado à construção civil?
Braga e os conluios (igreja-)câmara-construtores civis serve de exemplo de uma cidade que cresceu feal e desmesuradamente devido aos arranjinhos destes?
Eólicas?
Três auto-estradas Lisboa-Porto?

Ora foda-se, nada disso pode ser considerado, por si só, como incentivos. Quanto muito tens corrupção a nível autárquico, investimento em energias renováveis não-sustentáveis a curto-prazo (mas o outcome positivo ou negativo a longo-prazo ainda é difícil de prever) e mau planeamento no que diz respeito ao nosso modelo rodoviário.

O caso das auto-estradas pode ser considerado, eventualmente, como uma prenda do estado às grandes construtoras, mas sempre me pareceu que o principal motivo impulsionador destas obras públicas megalómanas foi um mascarar dum PIB nacional a curto-prazo, injectando dinheiro no mercado da construção civil (porque juntamente com a banca, é o serviço com maior potencial financeiro do país).

E os casos que referiste (especialmente o primeiro) implicam benefícios não só para as empresas adjudicatárias mas como para elementos integrados nas entidades adjudicantes (secretários de estado, vereadores, autárquicos, etc..) e aí voltamos ao problema de sempre: corrupção e incompetência. Isto só para dizer que não acho que haja uma política declarada de incentivo ao mercado de construção civil (quem cria uma empresa encontra um mercado fechado e pouco transparente, não existem facilidades fiscais, as licenças são caríssimas e por aí adiante). Existe sim um conjunto de políticas de investimento em infra-estruturas que largamente ultrapassam as nossas necessidades e que acabam sempre por beneficiar os mesmos.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Brilhando » quarta abr 27, 2011 4:11 pm

Como incentivos não me refiro apenas a incentivos eleitoralistas como os espelhados nos programas dos partidos e depois efectuados pelos governos (a la "Vamos fomentar a construção civil e promover o emprego blabla vamos criar linhas de crédito para construtores civis em dificuldades) mas sim incentivos económicos no geral.
Sejam eles "moral hazards" (vamos fazer arriscar e fazer tudo sem cabeça - se sair mal o Estado que pague), sejam incentivos à cartelização, à corrupção, nepotismo, favoritismo, facilitismo, etc.

Ora, sendo isso tudo promovido, directa ou indirectamente pelo Estado, não sei que bonecos hei-de fazer para me fazer entender que o "mercado" (empreendedores, empresários, consumidores), que se move sempre por incentivos, move-se para sectores que crescem desmesuradamente quando em outro caso não cresceriam.

Se a construção civil portuguesa é assim tão dependente do Estado e de crédito, então é mesmo um caso gritante de "malinvestment", e numa economia de mercado verdadeiramente livre de intervenções do Estado, teria obrigatoriamente que sofrer um ajuste e atirar "fora" os participantes (empresas mal-geridas, empresas que só se safam por encosto ao Estado, etc) e só permaneceriam aqueles que ofereceriam realmente algo que as pessoas (que não precisam de se afundar em créditos) precisem/prefiram/escolham.

Criaria desemprego? Pois criaria, mas já o excesso de postos de trabalho criados "artificalmente" veio à custa de postos de trabalho que poderiam ter sido criados noutros sectores. Entretanto gasta-se capital que poderia ter sido aplicado de uma forma mais racional e que entretanto não será recuperado.

Tudo o que apontaste no teu post é resultado daquilo que tenho dito - intervenção do Estado na economia. Já os truques do PIB, por exemplo, é resultado directo da charlatanice keynesiana.

Mesmo essa do mercado fechado e demais razões é sim um incentivo à construção civil. Mas à construção civil cartelizada. De certeza que enquanto tu não podes criar uma empresa por ti próprio com meia dúzia de amigos cheios de ideias inovadores devido a essas razões todas, as empresas já estabelecidas não terão qualquer problema em desenvolver os seus negócios, devidamente protegidos da "concorrência".
O mesmo poderá ser dito sobre qualquer outro sector que seja "gerido"/"governado" por ordens e/ou cartéis. Quem está dentro safa-se sempre - quem é novo é quem se lixa e quem sofre é o consumidor (toda a gente, portanto).
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » quarta abr 27, 2011 4:29 pm

aftermath Escreveu:Sim, o PCP pretende aumentar o estado, pela crença que é em regime democrático que por todos e para todos se resolvem os problemas. A ilação que mais estado representa mais jobs for the boys é tua e não minha, porque não é neste tipo de estado que me revejo. O tal estado "inquinado" que falas é aquele que temos actualmente, e esse não é da responsabilidade dos comunistas mas sim dos 3 amiguinhos que mandam há 36 anos.


Mas em que medida é que o “Estado do PCP” seria só por si mais íntegro e menos susceptível aos compadrios e jogatanas políticas que existem hoje em dia? As pessoas que o PCP/CDU escolheria para o Governo, para administradores das empresas públicas seriam por natureza menos dados a esse tipo de desmandos?

aftermath Escreveu:Se é virtualmente impossivel acabar totalmente com a corrupção e compadrio, estou disposto a apostar num estado forte em que com uma fortissima sociedade civil se fiscaliza esse mesmo estado, com grande rotatividade de intervenientes das mais diversas franjas e sectores da vida nacional.
Por ultimo, e é a última vez que digo isto, sim, prefiro um estado forte que mesmo sendo permeável a amizades e compadrios (também as empresas privadas o são, grandes , pequenas ou assim-assim) esses mesmos abusos podem ser monitorizados e responsabilizados pelos cidadãos, estando estes últimos capacitados para meter na rua os elementos governamentais que pisem o risco. Através do voto e actividade civica (cooperativas, comisões várias e sindicatos independentes, etc..) é possivel aos cidadãos meterem na rua os governantes e gestores incompetentes, amigos do alheio ou com vontade de colocar sobrinhos no poleiro, algo que é IMPOSSIVEL de fazer com as empresas privadas. Nem eu, nem tu, temos voto na matéria quando apenas se pretende agradar a accionistas e conselhos de administração.


Regra geral, um estado forte é bastante avesso a sociedades civis “fortíssimas”, na medida em que não deixa grande espaço para essa sociedade civil expressar grande opinião ou levar a cabo grande fiscalização, precisamente porque se criam “n” estruturas e sub-estruturas (sejam cooperativas, comissões ou sindicatos independentes) que tenderiam a anular eventuais iniciativas “cívicas”. Para todos os efeitos, a participação cívica em Portugal é fraca e era com esses níveis de participação que esse hipotético Estado teria que contar.

aftermath Escreveu:Resumindo: entre cabrões que posso (eu e os meus pares) despedir e outros que apenas me vêm como número e/ou consumidor, fico-me com os primeiros, porque uma vez que tenho algo a dizer sobre a sua ação, isso também me responsabiliza a mim.


Aqui o problema parece ser o facto de a massa eleitoral ainda não ter reunido vontade suficiente para lá por os “teus” cabrões e ver no que dá…

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Old_Skull » quarta abr 27, 2011 4:51 pm

MeBathory Escreveu:



WIN! :metal:

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor aftermath » quarta abr 27, 2011 4:55 pm

Cthulhu_Dawn Escreveu:
Aqui o problema parece ser o facto de a massa eleitoral ainda não ter reunido vontade suficiente para lá por os “teus” cabrões e ver no que dá…


O problema é basicamente esse.... seja por medo, seja porque mudanças profundas sempre foram dificeis de encarar (e ainda mais tentar que as mesmas aconteçam), seja porque se calhar sabem que a "mama" iria diminuir.

Só mm para terminar, os tais desmandos que referes nunca foram apanágio das camaras CDU, se estão imunes a isso, certamente que não, mas apenas me lembro de 2 autarcas CDU com processos em tribunal, sendo que um deles (Vila Viçosa) defendeu-se a ele proprio em tribunal e o dinheiro desviado era para pagar a fornecedores e trabalhadores. A gaja de Salvaterra não conta por razões obvias.
Quando a tua ação politica não te pode benficiar nem prejudicar pode afastar muita gente das listas, mas também afastará muito sacana.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor JVELHAGUARDA » quarta abr 27, 2011 5:21 pm

Energia Eólica, Solar ou Fotovoltaico, ou Hídrica é o nosso petróleo. Beneficiamos todos, basta olhar para a conta da edp. Apostar nisto é o futuro, por lei novas construções é obrigatório colocar painel solar e quando for menos dispendioso devia ser obrigatório colocar fotovoltaico também.
hidrica 20%
cogeração e microprodução 13%
eólica 34%
gás natural 13%
carvão 11%
nuclear 3%
outras 3%
(gráfico da edp - fontes de energia)
O estranho é os preços não baixarem, neste momento a maior parte vem de energias limpas mas, há que manter a "máquina" e os boys. :?


Agora podem dizer o que quiserem PCP, BE e PEV mas, a imagem que fica é esta, na altura mais decisiva do pais, recusam-se pura e simplesmente, ouvir, rebater, ou apresentar as suas ideias na reunião com a "troika".
Até o Carvalho da Silva lá foi. :)

A caminho da banca rota onde vão buscar mais estado social? Aguardo pelos programas dos partidos, de forma oficial porque para já só ideias vagas, de todos.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor The Morning Star » quarta abr 27, 2011 8:48 pm

Nunca pensei agitar tanto as águas após uns dias de travessia do deserto que este tópico passou. :mrgreen:
Que discursos incendiários que por aqui andam. :lol:

JVELHAGUARDA Escreveu:Agora podem dizer o que quiserem PCP, BE e PEV mas, a imagem que fica é esta, na altura mais decisiva do pais, recusam-se pura e simplesmente, ouvir, rebater, ou apresentar as suas ideias na reunião com a "troika".
Até o Carvalho da Silva lá foi. :)

A caminho da banca rota onde vão buscar mais estado social? Aguardo pelos programas dos partidos, de forma oficial porque para já só ideias vagas, de todos.
Ora nem mais, e acrescento:
...Exibindo o velho discurso "patriótico e de esquerda" com que vão apresentar-se na campanha eleitoral, PCP e BE entendem que conversar com a troika os diminui. Negam-se a qualquer contacto porque discordam da ajuda externa. Alias, Jerónimo de Sousa considera-a «uma ingerência ilegítima e desnecessária» embora tenha sido pedida pelo governo legítimo português e seja não só necessária, mas imprescindível e urgentíssima... ... ...Ora o discurso patriótico e de esquerda do PCP e do BE não é patriótico nem de esquerda: é puro eleitoralismo irmão gémeo do discurso nacionalista do partido da extrema-direita que, a partir de Helsínquia, pretende impedir o apoio a Portugal. Tal como os Verdadeiros Finlandeses, o PCP e o BE não querem o empréstimo. Tal como os Verdadeiros Finlandeses, é lhes indiferente que a partir de Junho, os funcionários públicos portugueses fiquem sem salários, os os desempregados sem subsídios. Com a agravante, pelo cinismo que evidencia, de o PCP e o BE serem seguramente os primeiros a empurrar esses cidadãos para acções de protesto no caso de acontecer o pior.
Os portugueses elegem a anos deputados de seis partidos, mas há três deles com os quais não podem contar senão para manifestações de rua e gritaria no parlamento, propostas "fracturares" e uma ou outra causa de circunstância. Os eleitores sabem-no desde sempre. Mas talvez não imaginassem que esses partidos seriam capazes de levar tão longe o seu desprezo pelo destino do país numa hora de aflição como aquela que está a viver. A atitude destes "Verdadeiros Portugueses" é esclarecedora. É um bom motivo de reflexão para quem vai ser chamado a votar no dia 5 de Junho. - Fernando Madrinha in Expresso
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor The Morning Star » quarta abr 27, 2011 9:03 pm

Ermo Escreveu:
Ok, mas então qual é a alternativa?


Mas esse imbecil, e tu já agora, deu-se ao trabalho de ir ver quais são as alternativas apresentadas pelo PCP?


Ó meu amigo, porque é que não dás asas as tuas capacidades argumentativas e ficas-te pelos insultos? Vai ver que vai se sentir melhor. :wink:
Já agora nós sabemos muito bem quais são as alternativas.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » quarta abr 27, 2011 10:00 pm

Ena, estou a ver que a conversa por aqui esteve animada.

Penso, no entanto, que devemos ser objectivos e não utópicos. Eu conheço muito bem as propostas do PCP e do BE tal como conheço as dos restantes partidos inclusive alguns pormenores do que o PSD vai anunciar na próxima semana.

O facto é que a estratégia politica do PCP e do BE tenta seguir uma lógica do contra. Somos contra tudo e contra todos e propomos o paraíso.

Como ou com que dinheiro, bem, isso agora não interessa.

A incongruência é tão ou mais evidente quando se lê no seu programa que a UE é um entrave ao desenvolvimento de Portugal mas, em contrapartida, o apoio ao investimento no mercado interno deve ser efectuado com pleno recurso ao QREN, PRODER e PROMAR. Melhor ainda, devem ser reduzidas as contrapartidas nacionais no recurso aos fundos comunitários. Genial!

Entre mais um conjunto de ideias fantásticas, destaco aquela de limitar até 0,5% o spread do credito habitação para jovens ou então a nacionalização de sectores como a banca, as telecomunicações e os transportes.

Numa altura em que vamos sofrer um corte no nivel de vida que julgavamos ter mas não temos, o PCP continua a ignorar a realidade.

Mas, o objectivo não é chegar ao poder, é ganhar o máximo de força eleitoral. O PCP e o BE sabem, à partida, que estão afastados dos centros de decisão e, eles próprios, optam por nem sequer participar ou colaborar na resolução dos problemas do país.
Eu fui aprovado nos testes de "stress"!!! E tu??

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Vooder » quarta abr 27, 2011 10:24 pm

Pedro Lopes Escreveu:
Numa altura em que vamos sofrer um corte no nivel de vida que julgavamos ter mas não temos, o PCP continua a ignorar a realidade.


No meu ponto de vista os partidos de esquerda deveriam ter lá ido ouvir a receita. Mas essa realidade de que falas como não foi concretizada por eles mas sim pelos que se apresentam como solução, percebo que eles não queiram fazer parte disto. Não digo que concorde, mas percebo. Estão a marcar uma posição, a sua posição. Ninguém os pode acusar de serem incoerentes, nem mesmo os anti.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » quarta abr 27, 2011 10:38 pm

Se a definição de coerência for manter o discurso, sim, são coerentes.

Mas o discurso é em si incoerente, como o Pedro apontou ali em cima.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Old_Skull » quarta abr 27, 2011 10:55 pm

Quando a realidade social teima em perpetuar determinados vícios de forma, a coerência discursiva, mais que disciplina militante, é uma inevitabilidade ética!

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Vooder » quarta abr 27, 2011 10:55 pm

raxx7 Escreveu:Se a definição de coerência for manter o discurso, sim, são coerentes.

Mas o discurso é em sin incoerente, como o Pedro apontou ali em cima.

Sim isso podem ser exemplos de incoerência, mas o que ouço muitas vezes estes partidos referir é a parte negativa da UE no país, mas cada um só analisa o que lhe interessa.
Incoerentes são também os programas do PS que nunca cumpre o que diz, sendo sempre uma surpresa para quem ainda acredita neles. Incoerente são as afirmações do Passos Coelho que está a dar a vitória ao Sócrates de bandeja (nem quero pensar como irá ser se vencer).

Repito que não concordo que os partidos de esquerda não tivessem ido à Troika, mas percebo-os. Vamos ver é como vai ser quando esta "solução" mostrar-se um erro e que não irá ter resultado, ou seja, quando os tais 80 mil M acabarem e quando estivermos na bancarrota e ainda mais pobres do que hoje, como vai ser? Outro empréstimo? Penso que é com isso que estes partidos estão a jogar.
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