Política - Discussão ou algo do género.

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Brunhu
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Brunhu » terça abr 12, 2011 3:08 pm

Lapeno Enriquez Escreveu:Produtividade não são as horas que trabalhas mas o que fazes com elas. É preciso saber se dessas 9horas, 2 não são passadas no lanche da manhã+da tarde+do fim da tarde, etc...

Claro...tal como é preciso saber se as horas de trabalho são pagas de forma justa e merecida.... :wink:

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor spiegelman » terça abr 12, 2011 3:10 pm

Brunhu Escreveu:E para quem diz que o trabalhor português é mau, aqui vai:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html

Aifnal, aqui entra a tal questão do patrão....


Então... mas qual e´a surpresa. Se somos os terceiro mundo da Europa, porque raio havíamos de ter patronato de primeiro mundo.

O patrão português é, em boa parte:

mal formado, mal qualificado, oportunista, de vistas curtas, forreta, ganacioso, corporativista, ainda encharcado de vícios do regime do Salazar
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » terça abr 12, 2011 3:11 pm

Há muitas formas de medir a produtividade.
Mas para um trabalhador por conta de outrém, creio que a mais importante é esta: a diferença entre o valor do que produziste e os restantes custos de produção.
É dessa diferença que sai o salário do trabalhador e o lucro da empresa.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor spiegelman » terça abr 12, 2011 3:14 pm

E agora dou uma volta de 180 graus e pergunto.

E o patronato exige essas horas extra se calhar porque o empregado não conseguiu produzir o aceitável dentro do horário normal de trabalho...
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Brunhu » terça abr 12, 2011 3:17 pm

spiegelman Escreveu:
Brunhu Escreveu:E para quem diz que o trabalhor português é mau, aqui vai:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html

Aifnal, aqui entra a tal questão do patrão....


Então... mas qual e´a surpresa. Se somos os terceiro mundo da Europa, porque raio havíamos de ter patronato de primeiro mundo.

O patrão português é, em boa parte:

mal formado, mal qualificado, oportunista, de vistas curtas, forreta, ganacioso, corporativista, ainda encharcado de vícios do regime do Salazar

Foda-se...Haja alguém que diga o mesmo que eu!!! :cheers:


Raxx, já invoquei muita vez isso...resultado: Que se foda agora é o deixa andar e garantir pouco mais que o mínimo.
Mas sempre consciente de que dar ao canelo a 100% e simplesmente ser trabalhador.
Última edição por Brunhu em terça abr 12, 2011 3:29 pm, editado 2 vezes no total.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » terça abr 12, 2011 3:17 pm

O patronato exige essas horas... porque o patronato é parvo e não sabe gerir a empresa de forma a ser lucrativa sem espremer os empregados. E porque é mais barato sacar horas não pagas que contratar mais pessoal.

O problema é o do costume.
Não há emprego nem fiscalização, logo o patrão aproveita-se.
Ao menos tempo, ninguém está muito interessado em fiscalização, porque se a houvesse metade das empresas iam à falência num instante e aí ainda era pior.
Resultado: deixa-se andar...

*crap*
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Indigente » terça abr 12, 2011 3:47 pm

For the third time in a year the European Union is going through the same ritual, bailing out another insolvent country. Portugal now follows Greece and Ireland to the European welfare office to ask for new loans on the condition of ever more drastic spending cuts.

So far the markets have taken Europe’s third successive sovereign financial crisis in stride. But many economists are a good deal more alarmed, most notably because the bailout formula European leaders keep applying to their most indebted member nations shows no signs of working.

Greece, Ireland and now almost certainly Portugal have access to hundreds of billions of dollars in emergency European aid to help them avoid defaulting on their debt. But the aid is really just more loans, and the interest rates the countries are paying, if a little lower than what the private market would charge, are still crushingly high. Their pile of debt gets bigger with every passing day.

Moreover, the price of these loans has been a commitment to slash government spending far more drastically than domestic leaders would have the desire or the political power to accomplish on their own. And for countries that depend a good deal on government spending to generate growth, rapid decreases in spending have meant sustained economic stagnation or outright recession, making every dollar of debt that much harder to pay back.

Economists call this “the debt trap.” Escape from the trap generally requires devaluation of the currency, which cannot happen among countries that use the euro as their common currency, or strong economic growth, which none of the three have, or some kind of bankruptcy process, which all three forswear. Add to that the likelihood that all three countries will continue to have unstable governments until they figure a way out, and Europe’s financial crisis has no end in sight.

“What has been missing, in the debate about how countries can restore their finances to some kind of sustainability, is the limit of how much they can cut in a period of austerity,” said Simon Tilford, chief economist for the Center for European Reform in London. “There is a limit of how much any government can cut back spending and survive politically unless there is a light at the end of the tunnel, a route back to economic growth.”

The problems of the weaker countries are not just sovereign debt, but also lack of competitiveness, both in Europe and the larger world. Without the nations’ restoring competitiveness and selling more goods abroad, which can come only through a longer-term process of reducing wages and taxes to spur private sector investment, economists are not optimistic about prospects for new growth soon.

The crisis in Portugal also raises new questions about whether the European Union will come to grips with the other side of its crisis: the banks. Banks in well-off countries like Germany, France and the Netherlands, as well as Britain, hold a lot of Greek, Portuguese and Irish debt. And if these countries cannot pay their debts, they would have to reschedule them, reduce them or default, causing a major banking crisis in the rest of Europe.

That reckoning would require governments to ask their taxpayers to recapitalize the banks, which is exactly what political leaders are afraid to do.

“We have a banking crisis interwoven with a sovereign debt crisis,” Mr. Tilford said. “Europe needs to address both, and it needs to acknowledge that the banking sectors of creditor countries — especially Germany — are not now in a position to handle restructuring and default, and that governments will have to pump money into the banks to recapitalize them.”

In essence, Mr. Tilford said, it is the taxpayers of Greece, Ireland and Portugal who are bailing out German, French and British taxpayers and depositors — not the other way around. The indebted countries are not really getting bailouts, he said, “but loans at high interest rates.” For there to be a real bailout, he said, there would have to be a default.

António Nogueira Leite, a former Portuguese secretary of the treasury and an adviser to the center-right opposition, said that the bailout packages “don’t really take into account the arithmetic of the debt.” The experiences of Greece and Ireland show, he said, “that once austerity sets in, the country doesn’t generate the means to be able to pay for the already incurred debt.”


The Economist this week, in an article about Greece’s problems, said, “The international plan to rescue Greece is instead starting to paralyze it.”

Of course the indebted countries have responsibility for their own dire straits. Greece lied about its statistics, Ireland decided to guarantee the enormous debts of its reckless banking sector and Portugal borrowed cheap money but did not restructure its economy. Still, Mr. Nogueira Leite said, “If you can’t devalue, and you say no restructuring of the debt, and say that the taxpayers of Germany must receive a risk premium in interest to loan to the peripheral countries, then it’s impossible to avoid the debt trap.”

Portugal is not in a great position to bargain, he said, but “we must fight to get as low an interest rate as possible, so we don’t end up like Greece and Ireland.”

Portugal’s decision to seek a bailout from the European Union was hardly unexpected, and funds had already been set aside to cover its needs. But the decision is also a marker about the political costs of austerity.

Portugal went to the European Union after the opposition refused to support the minority government’s fourth austerity package, and the government of José Sócrates, the Socialist prime minister, finally fell. Portuguese bankers also made it clear that they would no longer keep buying up Portuguese government debt, which was approaching junk status, even if they could offload it to the European Central Bank.

“The government had a cash problem, but was just kicking the can down the road,” said Ricardo Costa, deputy editor of the weekly newspaper Expresso.

He said that when the European Union failed to agree on more flexible measures to aid countries like Portugal — blocked in February by Germany and Finland — Mr. Sócrates “was alone against the markets.” Elections in June are likely to bring the center-right Social Democrats to power in a coalition.

They accept the need for cuts, but how they react to the bailout deal Mr. Sócrates will have to negotiate before then is complicated, Mr. Costa said.

Portuguese efforts to get a small “bridging loan” to get the country through the elections failed because the European Union has no such practice and no country would give a bilateral loan. So on Friday, in Hungary, European finance ministers said they would begin negotiations, together with the International Monetary Fund, for a roughly 80-billion-euro rescue package for Portugal with all political parties.

“If the opposition signs the package before elections, voters will say, ‘You’re the same, raising taxes, closing schools,”‘ Mr. Costa said.

“But our main problem is that we’re not growing enough; actually we’re not growing at all,” he said. “And if we don’t grow, we won’t get out of this problem in a decade.”


http://www.nytimes.com/2011/04/09/world ... tugal.html

Curioso que ainda não vi ninguém do centro-direita a dizer aos nossos meios de comunicação o que o Nogueira disse ao NY Times :|
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Lapeno Enriquez
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Lapeno Enriquez » terça abr 12, 2011 4:02 pm

Cthulhu_Dawn Escreveu:
Lapeno Enriquez Escreveu:Produtividade não são as horas que trabalhas mas o que fazes com elas. É preciso saber se dessas 9horas, 2 não são passadas no lanche da manhã+da tarde+do fim da tarde, etc...


Ou a vir ver fóruns nas internetz.... :ninja:



Exacto :D

Disse isto pela parte da produtividade. Obviamente que + produtividade + dinheiro. Pelo menos no sistema que eu defendo :mrgreen:
...natasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatas...
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Valleyofpain
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Valleyofpain » terça abr 12, 2011 5:38 pm

spiegelman Escreveu:
Valleyofpain Escreveu:
Precisamente. Já se viu que o centro e a direita não sabem. Quando é que a esquerda vai ter a sua oportunidade?


Acho que podíamos seguir por um princípio negativo do género.

Já todos falharam excepto a esquerda mais à esquerda. Porque não dar a oportunidade aos comunistas de falharem também? :mrgreen:

Pronto, a reforma agrária e as nacionalizações não foram propriamente eficazes... mas vá lá. Mais uma oportunidadezinha...



Quem destruiu a reforma agrária com o seu oportunismo foi o Soares...e se olhares para os planos da esquerda vês que ninguém defende a nacionalização arbitrária e só porque sim...

Mas piadas sobre comunistas à parte, vocês recordam-se(os mais velhos?) ou alguma vez viram o épico debate Cunhal vs Soares?
Ver aquilo é rir e rir. O Soares falhou em tudo o que disse, não só ele como o seu partido até aos dias de hoje...
Falsifiquei a assinatura.

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Venøm
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Venøm » terça abr 12, 2011 8:06 pm

Floresta Escreveu:
Venøm Escreveu:Mas tá tudo louco? Neste momento quem vai votar no PS devia ser fuzilado! Olhem só para a maioria de votos que aqui têm? Mas tá tudo parvo ou quê?


Jogada inteligente do Sócras, como referi na altura. Ele propôs 5 alternativas ao PEC4... E os outros? Anularam sem "debate ou negociação". E para onde quer que nos viremos agora, é o fim. Juntando isso ao "Se é para ter merda, que seja merda que eu conheça", e tens a razão para tal.

Ainda não me decidi sobre quem vou votar, vou aproveitar estes dias livres para estudar melhor a cena :)

Que merda de argumento para deixar o país ainda mais na merda. Eu também os odeio a todos, mas por exclusão de partes odeio o mais o Socrates. Enfim, o pateta que todos amamos odiar.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » terça abr 12, 2011 8:59 pm

Sócrates is JR Ewing
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor diabox » quarta abr 13, 2011 12:06 am

Valleyofpain Escreveu:Mas piadas sobre comunistas à parte, vocês recordam-se(os mais velhos?) ou alguma vez viram o épico debate Cunhal vs Soares?


'olhe que não! olhe que não!' :lol:
"where would we be without black sabbath?" justin E.W. MAD FER IT! dowhatthouwiltshallbethewholeofthelaw

http://www.myspace.com/paranoyadesign http://www.paranoyadesign.deviantart.com

repressão política... só para alguns...

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor KonigLowe » quarta abr 13, 2011 7:50 am

O PCTP/MRPP vai voltar a candidatar-se com listas de deputados em todo o país, avançando Garcia Pereira como cabeça de lista por Lisboa, convicto que será nesta eleição que será eleito deputado.
Mas livrai-nos do Malamén

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » quarta abr 13, 2011 7:56 am

KonigLowe Escreveu:
O PCTP/MRPP vai voltar a candidatar-se com listas de deputados em todo o país, avançando Garcia Pereira como cabeça de lista por Lisboa, convicto que será nesta eleição que será eleito deputado.


Já o queria ter acrescentado quando fizeste o comentário da primeira vez...

A poll está a zeros novamente...Agora as opções estão limitadas a 10, pelo que estão agora os partidos mais votados nas legislativas de 2009...dando ainda espaço para as outras três opções da praxe.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor KonigLowe » quarta abr 13, 2011 8:10 am

spiegelman Escreveu:E o patronato exige essas horas extra se calhar porque o empregado não conseguiu produzir o aceitável dentro do horário normal de trabalho...


Se o funcionário não produz - e uma vez que em PT são poucos os casos de gestores que fazem contratos sem termo - despede-se ao fim de seis meses ou um ano e logo ali o problema fica resolvido.

O que não é aceitável, é o ilustre patronato quando tem uma ligeira baixa faz despedimentos coletivos dos mais velhos/competentes/produtivos porque têm salários mais elevados, e mete no seu lugar putos de 20 anos a ganhar 500eur. Rapidamente há um incremento de trabalho e logo depois é o ai-jesus-de-quem-nos-acode e toca a trabalhar 10/12H/dia e sábados.

Eu costumo dizer que uma empresa é muito também os que os trabalhadores fazem por ela, mas o exemplo e a motivação tem de vir de cima. Por mais produtivas e competentes que as pessoas sejam, se tens constantemente tiros nos pés por parte das chefias, e lidas com enormes faltas de motivação o barco só pode mesmo afundar.
Mas livrai-nos do Malamén


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