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coragem
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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor coragem » quarta set 16, 2009 12:59 pm

deveria haver um limite de gastos nas campanhas.. limite esse que possibilitasse todos os partidos terem as mesmas hipoteses nas eleiçoes.
os partidos assim teriam de investir em ideias, em politicas e num discurso para conquistar o eleitorado e nao com jantares, plasmas, canetas e t-shirts.
em democracia deveriam todos partir em pé de igualdade.

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OrDoS
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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor OrDoS » quarta set 16, 2009 5:41 pm

coragem Escreveu:deveria haver um limite de gastos nas campanhas.. limite esse que possibilitasse todos os partidos terem as mesmas hipoteses nas eleiçoes.
os partidos assim teriam de investir em ideias, em politicas e num discurso para conquistar o eleitorado e nao com jantares, plasmas, canetas e t-shirts.
em democracia deveriam todos partir em pé de igualdade.


E existe. É todos os anos inserido no orçamento de estado... :lol: eu já aqui falei disso, mas acharam que eu estava a ser retrogado e fundamentalista... :roll:



Anyway:

Foi “tudo abaixo” na passagem do PS no Seixal

Dez minutos de grande confusão

http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=12

:lol:
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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor Nevoeiro » quarta set 16, 2009 5:47 pm

OrDoS Escreveu:
Anyway:

Foi “tudo abaixo” na passagem do PS no Seixal

Dez minutos de grande confusão

http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=12

:lol:


Lindo :lol: .

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Void
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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor Void » quarta set 16, 2009 5:59 pm

grandes
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Phobos [RIP 2012/08/19]

Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor Phobos [RIP 2012/08/19] » quarta set 16, 2009 6:10 pm

E existe. É todos os anos inserido no orçamento de estado... eu já aqui falei disso, mas acharam que eu estava a ser retrogado e fundamentalista...


E estavas pá. Somos um país rico e a verdade é que está sempre tudo bem e dá uma trabalheira mudar. E mais, a politica só tem a ganhar! Essa ideia retrograda de que a politica tem a ver com seriedade, novas ideias e até com competência executiva é descabida. A politica é marketing e entretenimento e é por isso que somos tão avançados. E aliás, se os outros fazem o mesmo lá fora porque haveríamos de fazer diferente?

Está tudo bem. Nada funciona mas está tudo bem. Liberalizem o universo!

OK, acabou o meu momento nonsense.

coragem
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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor coragem » quarta set 16, 2009 6:49 pm

OrDoS Escreveu:
coragem Escreveu:deveria haver um limite de gastos nas campanhas.. limite esse que possibilitasse todos os partidos terem as mesmas hipoteses nas eleiçoes.
os partidos assim teriam de investir em ideias, em politicas e num discurso para conquistar o eleitorado e nao com jantares, plasmas, canetas e t-shirts.
em democracia deveriam todos partir em pé de igualdade.


E existe. É todos os anos inserido no orçamento de estado... :lol: eu já aqui falei disso, mas acharam que eu estava a ser retrogado e fundamentalista... :roll:


hmm
quer dizer que um partido como o ptp tem o mesmo orçamento do ps por exemplo???

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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor OrDoS » quarta set 16, 2009 7:26 pm

coragem Escreveu:
OrDoS Escreveu:
coragem Escreveu:deveria haver um limite de gastos nas campanhas.. limite esse que possibilitasse todos os partidos terem as mesmas hipoteses nas eleiçoes.
os partidos assim teriam de investir em ideias, em politicas e num discurso para conquistar o eleitorado e nao com jantares, plasmas, canetas e t-shirts.
em democracia deveriam todos partir em pé de igualdade.


E existe. É todos os anos inserido no orçamento de estado... :lol: eu já aqui falei disso, mas acharam que eu estava a ser retrogado e fundamentalista... :roll:


hmm
quer dizer que um partido como o ptp tem o mesmo orçamento do ps por exemplo???


Estava a falar do limite de gastos. O orçamento dado aos partidos tem a ver com o seu tamanho (não sei agora se tem a ver com o número de assentos no parlamento ou de militantes filiados), penso eu. Depois há um limite de dinheiro que pode ser investido por particulares nos mesmos e tem de ser tudo "fiscalizado". Era bom que todos tivessem direito ao mesmo orçamento, mas não é assim e nisso eu não estou muito em desacordo (mas deve haver um mínimo de equilíbrio, como é lógico), cada partido tem de cavar o seu sucesso (dou como o exemplo o BE), eu só acho é que esses partidos devem ter tantos direitos como os outros a nível de armas disponíveis (não em quantidade mas no tipo de cada "arma") e exposição nos orgãos de comunicação social, não é dar 10 minutos a uns e 1h a outros.
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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor Crucified » quarta set 16, 2009 7:32 pm

Desculpem lá a ignorância, mas que raio de partido é o PTP?
You would trade every truth for hollow victories.

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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor Void » quarta set 16, 2009 8:06 pm

Crucified Escreveu:Desculpem lá a ignorância, mas que raio de partido é o PTP?


Partido todos os portugueses.

Mas hoje fiquei a saber que há o Movimento do voto nulo. :shock:
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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor Sir Sardine » quarta set 16, 2009 8:46 pm

PTP, é o Partido Trabalhista Português.

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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor Phobos [RIP 2012/08/19] » quarta set 16, 2009 8:51 pm

Já nascia um par de tomates aos Gatos Fedorentos. :?

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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor coragem » quarta set 16, 2009 8:56 pm

OrDoS Escreveu:
coragem Escreveu:
OrDoS Escreveu:
coragem Escreveu:deveria haver um limite de gastos nas campanhas.. limite esse que possibilitasse todos os partidos terem as mesmas hipoteses nas eleiçoes.
os partidos assim teriam de investir em ideias, em politicas e num discurso para conquistar o eleitorado e nao com jantares, plasmas, canetas e t-shirts.
em democracia deveriam todos partir em pé de igualdade.


E existe. É todos os anos inserido no orçamento de estado... :lol: eu já aqui falei disso, mas acharam que eu estava a ser retrogado e fundamentalista... :roll:


hmm
quer dizer que um partido como o ptp tem o mesmo orçamento do ps por exemplo???


Estava a falar do limite de gastos. O orçamento dado aos partidos tem a ver com o seu tamanho (não sei agora se tem a ver com o número de assentos no parlamento ou de militantes filiados), penso eu. Depois há um limite de dinheiro que pode ser investido por particulares nos mesmos e tem de ser tudo "fiscalizado". Era bom que todos tivessem direito ao mesmo orçamento, mas não é assim e nisso eu não estou muito em desacordo (mas deve haver um mínimo de equilíbrio, como é lógico), cada partido tem de cavar o seu sucesso (dou como o exemplo o BE), eu só acho é que esses partidos devem ter tantos direitos como os outros a nível de armas disponíveis (não em quantidade mas no tipo de cada "arma") e exposição nos orgãos de comunicação social, não é dar 10 minutos a uns e 1h a outros.


pois
no entanto o limite deveria ser nivelado por baixo, onde todos possam chegar.
a grandeza de um partido deve ser visto pelas ideias, pelo discurso, pela ideologia e nunca pela conta no banco

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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor OrDoS » quarta set 16, 2009 9:35 pm

coragem Escreveu:
OrDoS Escreveu:
coragem Escreveu:
hmm
quer dizer que um partido como o ptp tem o mesmo orçamento do ps por exemplo???


Estava a falar do limite de gastos. O orçamento dado aos partidos tem a ver com o seu tamanho (não sei agora se tem a ver com o número de assentos no parlamento ou de militantes filiados), penso eu. Depois há um limite de dinheiro que pode ser investido por particulares nos mesmos e tem de ser tudo "fiscalizado". Era bom que todos tivessem direito ao mesmo orçamento, mas não é assim e nisso eu não estou muito em desacordo (mas deve haver um mínimo de equilíbrio, como é lógico), cada partido tem de cavar o seu sucesso (dou como o exemplo o BE), eu só acho é que esses partidos devem ter tantos direitos como os outros a nível de armas disponíveis (não em quantidade mas no tipo de cada "arma") e exposição nos orgãos de comunicação social, não é dar 10 minutos a uns e 1h a outros.


pois
no entanto o limite deveria ser nivelado por baixo, onde todos possam chegar.
a grandeza de um partido deve ser visto pelas ideias, pelo discurso, pela ideologia e nunca pela conta no banco


Quanto maior é o partido, maior é a estrutura, mais difícil é mantê-la. Ou o Estado lhes dá dinheiro ou eles têm de viver das doações privadas, mas prefiro que seja o estado a controlar o bolo principal, devia era ser bem menos e mais equilibrado.

Quanto às ideias/discurso/ideologia, isso é tudo muito subjectivo, mas podia começar a partir por uma comissão independente de avaliação dos programas. Quanto mais vagos, menos humanistas e impraticáveis fossem (e com impraticável quero dizer impossível), menos para a conta entrava.
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Arkanjo
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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor Arkanjo » quinta set 17, 2009 2:26 am

OrDoS Escreveu:Um Estado deve colocar os interesses do seu povo em 1º lugar, de toda a gente e não só daquela cidade um pouco a Sul do país.

Peço desculpa por acreditar em ideias mais "humanas" do que em políticas redutoras das mesmas, políticas demasiado focadas em números e em dinheiro para depois acabar por se centralizar tudo.


É exactamente essa a minha questão de fundo quanto à objecção que faço ao MEP. Ora bem, podemos andar por aí a dizer que o que interessa são as pessoas, mas devemos compreender que a base que sustenta a sociedade é aquela coisa que se chama economia política. Antes de ser mal interpretado, vou esclarecer este ponto:

Vivemos (infelizmente) numa sociedade capitalista, que tem por ideologia dominante o capitalismo, por classe dominante o capital e por cultura dominante a cultura do capital.

O que é que isto significa? Significa que a "dança do capital" existe independentemente das pessoas, por muito que gostássemos (eu gostava) que isso não acontecesse. Deriva deste ponto que a única solução para acabar com a fome, o desemprego, as desigualdades sociais e a discriminação (de qualquer índole) não passa por medidas paliativas de género caritário mas sim por uma real e efectiva mudança no paradigma sócio-económico operada por um poder político radicalmente diferente daquele que governa na generalidade do mundo ocidental.

Esse poder poder político (chamem-lhe comunismo ou socialismo ou um comboio, se quiserem) deve cortar pela raiz o problema, impedindo o controlo dos grandes grupos sócio-económicos sobre o presente e o futuro da sociedade. Isso sim seria "colocar os interesses do seu povo em 1º lugar", ou seja, devolver a quem é a base da estrutura de produção, e portanto sustenta a sociedade, o poder efectivo de comandar os desígnios da sociedade.

Fazer incidir a política em medidas de carácter caritário significa apenas que estamos a aliviar o sofrimento de quem trabalha, mas que nunca iremos resolver o problema, ao mesmo tempo que não responsabilizamos os culpados por esse sofrimento, ou seja, os grandes grupos económicos.


Dito isto, e sabendo que algumas das bocas que já li acerca da "cassete" comunista se vão repetir, deixo a minha opinião acerca da cassete. Quando nasci já os comunistas exigiam as coisas que exigem hoje. Desde que tomei consciência política que passei a fazer essas mesmas exigências. E hei-de fazê-las até morrer se entretanto não forem satisfeitas. Até porque as considero justas. Direito à habitação e ao trabalho. Acesso universal e tendencialmente gratuito ao ensino, às artes, à cultura, ao desporto. Aumento de direitos laborais. Direito de organização política e sindical para todos os portugueses. Redução do fosso entre ricos e pobres. Não me digam é que não são exequíveis. Talvez não sejam com este modelo social. Mas existem outros, que nunca foram experimentados e poderiam dar resultado.


Quanto à questão do silenciamento dos pequenos partidos, também gostava de dizer uma palavrinha. Compreendo perfeitamente a revolta causada por esse silenciamento, até porque nos últimos 4 anos, a CDU e o CDS-PP foram, respectivamente, o primeiro e segundo partidos mais activos na Assembleia da República (segundo dados da mesma) em termos de intervenções, pedidos de esclarecimento e propostas de legislação. No Parlamento Europeu, e de acordo com dados desse mesmo Parlamento, os 2 deputados eleitos pela CDU estão entre os 3 mais activos do grupo português e a Ilda Figueiredo (uma das deputadas da CDU) entre os 10 mais activos de toda a Europa. No entanto, na comunicação social portuguesa, no mesmo período (os últimos 4 anos), a comunicação social dispensou mais atenções a todos os outros partidos do arco parlamentar (PS, PSD, BE e CDS-PP).
Portanto, acho de extrema urgência que se discuta a forma como é dada exposição aos partidos na comunicação social, especialmente porque se deve levar em conta todas as actividades, intervenções públicas e representatividade desses mesmos partidos perante o povo português.

A solução para tudo isto? Uma governação de esquerda, mas de esquerda mesmo. Que essa esquerda cor-de-rosa que anda de braço dado com o poder económico tem muito pouco de esquerda.
Cogito Ergo Sum

FORMALDEHYDE - SOUTHERN DEATH
http://www.myspace.com/formaldehydeband

¡Basta de tiranos! ODIO AL VATICANO

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Re: Política, Próximas Eleições, ....

Mensagempor OrDoS » quinta set 17, 2009 3:11 am

Arkanjo Escreveu:
OrDoS Escreveu:Um Estado deve colocar os interesses do seu povo em 1º lugar, de toda a gente e não só daquela cidade um pouco a Sul do país.

Peço desculpa por acreditar em ideias mais "humanas" do que em políticas redutoras das mesmas, políticas demasiado focadas em números e em dinheiro para depois acabar por se centralizar tudo.


É exactamente essa a minha questão de fundo quanto à objecção que faço ao MEP. Ora bem, podemos andar por aí a dizer que o que interessa são as pessoas, mas devemos compreender que a base que sustenta a sociedade é aquela coisa que se chama economia política. Antes de ser mal interpretado, vou esclarecer este ponto:

Vivemos (infelizmente) numa sociedade capitalista, que tem por ideologia dominante o capitalismo, por classe dominante o capital e por cultura dominante a cultura do capital.


O que é que isto significa? Significa que a "dança do capital" existe independentemente das pessoas, por muito que gostássemos (eu gostava) que isso não acontecesse. Deriva deste ponto que a única solução para acabar com a fome, o desemprego, as desigualdades sociais e a discriminação (de qualquer índole) não passa por medidas paliativas de género caritário mas sim por uma real e efectiva mudança no paradigma sócio-económico operada por um poder político radicalmente diferente daquele que governa na generalidade do mundo ocidental.

Esse poder poder político (chamem-lhe comunismo ou socialismo ou um comboio, se quiserem) deve cortar pela raiz o problema, impedindo o controlo dos grandes grupos sócio-económicos sobre o presente e o futuro da sociedade. Isso sim seria "colocar os interesses do seu povo em 1º lugar", ou seja, devolver a quem é a base da estrutura de produção, e portanto sustenta a sociedade, o poder efectivo de comandar os desígnios da sociedade.

Fazer incidir a política em medidas de carácter caritário significa apenas que estamos a aliviar o sofrimento de quem trabalha, mas que nunca iremos resolver o problema, ao mesmo tempo que não responsabilizamos os culpados por esse sofrimento, ou seja, os grandes grupos económicos.

Dito isto, e sabendo que algumas das bocas que já li acerca da "cassete" comunista se vão repetir, deixo a minha opinião acerca da cassete. Quando nasci já os comunistas exigiam as coisas que exigem hoje. Desde que tomei consciência política que passei a fazer essas mesmas exigências. E hei-de fazê-las até morrer se entretanto não forem satisfeitas. Até porque as considero justas. Direito à habitação e ao trabalho. Acesso universal e tendencialmente gratuito ao ensino, às artes, à cultura, ao desporto. Aumento de direitos laborais. Direito de organização política e sindical para todos os portugueses. Redução do fosso entre ricos e pobres. Não me digam é que não são exequíveis. Talvez não sejam com este modelo social. Mas existem outros, que nunca foram experimentados e poderiam dar resultado.


Quanto à questão do silenciamento dos pequenos partidos, também gostava de dizer uma palavrinha. Compreendo perfeitamente a revolta causada por esse silenciamento, até porque nos últimos 4 anos, a CDU e o CDS-PP foram, respectivamente, o primeiro e segundo partidos mais activos na Assembleia da República (segundo dados da mesma) em termos de intervenções, pedidos de esclarecimento e propostas de legislação. No Parlamento Europeu, e de acordo com dados desse mesmo Parlamento, os 2 deputados eleitos pela CDU estão entre os 3 mais activos do grupo português e a Ilda Figueiredo (uma das deputadas da CDU) entre os 10 mais activos de toda a Europa. No entanto, na comunicação social portuguesa, no mesmo período (os últimos 4 anos), a comunicação social dispensou mais atenções a todos os outros partidos do arco parlamentar (PS, PSD, BE e CDS-PP).
Portanto, acho de extrema urgência que se discuta a forma como é dada exposição aos partidos na comunicação social, especialmente porque se deve levar em conta todas as actividades, intervenções públicas e representatividade desses mesmos partidos perante o povo português.

A solução para tudo isto? Uma governação de esquerda, mas de esquerda mesmo. Que essa esquerda cor-de-rosa que anda de braço dado com o poder económico tem muito pouco de esquerda.


Concordo com o que dizes, excepto e mais uma vez, solidário =/= caritário. Eu apenas acho que o poder económico/capitalista deve ser um pouco mais controlado e não defendo nacionalizações se não trouxerem benefícios reais, porque se é para serem residuais, isso já temos. Nenhuma economia cresce sem concorrência e uma boa base empresarial, de incentivos e empreendorismo. O que tem de se fazer é (e isto é voltar a bater no ceguinho de novo nesta thread) acabar com a corrupção e com o chico-espertismo, apertar fiscalizações, obrigar que as pessoas não trabalhem mais de 8h por dia contra a sua vontade a não ser que seja estritamente necessário (e com isto quero dizer que, a título de exemplo, se algum vendedor e/ou gestor de projecto não avalia bem prazos de entrega e trabalho necessário, então ele deve arcar com as consequências e não sobrecarregar a equipa devido à sua falha). Cada um deve ter a vida que quiser e/ou conseguir os seus objectivos "mínimo", tal como disseste, direito a habitação e trabalho, mas quem quiser ser rico que seja, que faça lucro e bom proveito, que arrisque, que gere empregos, que aposte em investigação, que não seja "forreta". Vamos fazer o quê a estas pessoas? Enchê-las de impostos e tributá-las como se não fosse amanhã? Nacionalizar as empresas? Só concordaria se o benefício fosse real e a gestão muito bem conseguida.

Os sindicatos hoje em dia também entidades muito manhosas que não defendem realmente ninguém. Desculpa se isto te "ferir", mas pelo que percebo o seu funcionamento anda longe do que devia ser o correcto. Posso dar o exemplo do sindicato dos enfermeiros que só enterra e enterra e anda há anos para chegar a um consenso com os governos. É triste para o país e ainda mais triste para a classe.

Um governo de esquerda pura parece uma ideia bonita, mas há ideias tanto de direita, como de esquerda ou de centro bem válidas e que devem ser aproveitadas. Eu sou uma pessoa ao centro, que respeita a liberdade que sou solidário, que não quer ver ninguém parado mais do que 1 a 3 meses a "mamar" do subsídio de desemprego sem retorno para o estado, mas que também aceitem um trabalho temporário digno e recebam formação enquanto esperam pelo emprego que tanto desejam, etc...

Toda a gente gostava de ter um sistema equilibrado com ideias dos 2 lados, de centro, sei lá, mas que fosse um mundo melhor, onde a ganância e a ambição conseguissem coexistir de forma saudável com o bem-estar humano, onde quem quiser trabalhar para os Ferrari's, os iates e os apartamentos de luxo trabalha, e quem quiser viver a sua vida descansado, de uma forma mais humilde, com os seus filhos, o seu trabalhinho e a sua rotina também trabalha para isso, mas que os dois tipos consigam existir de forma a que o fosso seja tapado. Eu continuo a dizer que a responsabilidade de uma empresa passa 1º pelos seus trabalhadores e só depois pelos investidores, porque são os primeiros que realmente fazem uma empresa crescer. Só assim é que os segundos obterão grandes retornos. Pelo que vejo, as empresas 100% tugas que andam a pagar muito bem aos seus empregados são aquelas que mais têm crescido e expandido, esse é o caminho a tomar.
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