Política - Discussão ou algo do género.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Como diria Miguel Gonçalves: "a licenciatura do Relvas é uma chave de fendas... dos chineses!"
- Grimner
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
OrDoS Escreveu:Grimner Escreveu:HFVM Escreveu:Quase que choro ao ouvir o homem.
Mas já tem tacho por Angola ou Brasil.
E eu pensava que já não conseguia ficar pasmo... mas parabéns ao Relvas, conseguiu. Sai com um tom autocongratulatório, sem um pingo de responsabilização.
Mas nota-se que é um governo já em balanço.
Não sei se será um Governo em balanço, aliás, acho que eles vão cumprir os 4 anos e a saída deste energúmeno só vai fortalecê-lo (a não ser que arranjem pior, o que é difícil). É outro Socratino, político de carreira com ajuda de tachos e intrigas.
Também estou curioso para ver o próximo tachoo que vai arranjar. Mau mau para ele é se o diploma dele vem a público, realmente, mas ainda vamos a tempo de ver o Crato a queimar isso e a pedir a demissão enquanto o parecer sobre a licenciatura arde
Será difícil que arranjem pior para o país, por um lado, mas, para aquilo que se propunha fazer, o executivo perdeu de longe o seu membro mais competente. Só muita alucinação para pensar que Passos manda alguma coisa, e foi sempre o Relvas quem "fez" o Passos. Resta-lhe o Gaspar como homem da sua confiança, mas esse sim, é um completo incapaz com a imagem desfeita por uma execução orçamental que aparentemente só o surpreende a ele e ao Camelo Lourenço [sic].
Para nem falar no iminente chumbo do Orçamento pelo TC ( e convém realçar a gravidade de um governo ter lançado dois OE inconstitucionais consecutivamente); ou no isolamento face ao seu parceiro de coligação, e mesmo dentro do próprio PSD. Restam-lhe Luis Montenegro ou Carlos Abreu Amorim, mas sendo que um quer abolir o TC, o outro foi militante fascista, o mais esperto seria afastá-los da ribalta.
... Pelo que muito possivelmente serão promovidos ainda amanhã.
Eu já vi o raxx num papo seco
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- Cthulhu_Dawn
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Mal posso esperar pela análise do mais recente comentador da estação pública.
- OrDoS
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Cthulhu_Dawn Escreveu:Mal posso esperar pela análise do mais recente comentador da estação pública.
Se calhar, vai dizer-lhe para fazer como muito gente lhe disse: "Vai estudar, oh Relvas!"

-
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Finalmente o Relvas vai terminar a licenciatura e depois há que bater punho 

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Sobre o Miguel Gonçalves
Miguel,
Sei que para ti os mais de 161 mil jovens desempregados só estão nessa situação porque passam o dia em casa, refastelados, a mandar currículos. Sei que o teu objetivo é libertar-nos da apatia em que os jovens estão. Sei que para ti a culpa dos jovens não terem emprego nem condições de vida dignas se deve ao facto de eles não saberem vender o seu produto. Sei que para ti os jovens emigram não porque a austeridade dizimou as suas vidas e a das suas famílias mas porque não são suficientemente ousados para, como tu fizeste, ser empreendedor o suficiente para fazer muito, com muito pouco.
Miguel,
Agradecemos muito a generosidade com que nos dizes que os jovens em Portugal que abandonam o Ensino Superior por razões económicas só o fazem porque não têm a ousadia de ir vender pipocas. Agradecemos a bondade com que nos dizes que a culpa é nossa porque não sabemos vender o nosso trabalho, porque não sabemos arriscar e porque não trabalhamos o suficiente.
Miguel, sejamos claros: o governo de que és embaixador é a cara de um milhão de pessoas desempregadas, mandou os jovens emigrar, expulsa diariamente os mais pobres da universidade, sentencia o país à precariedade e condena o país à miséria.
Não te peço uma opinião política Miguel, foste muito claro na última: “Se as políticas são para um lado ou para o outro, se o governo é para um lado ou para o outro, sou um ignorante nisso. Não sei responder, a sério. Estou mesmo focado é em empurrar pessoas”. Mas, afinal de contas, para onde nos queres empurrar tu, Miguel? Para que género de economia queres tu empurrar 162 mil desempregados? Olha à tua volta Miguel: o Governo de que és embaixador está empenhado em destruir o mercado de trabalho e a economia para onde tens intenção de empurrar os jovens desempregados.
Miguel,
Agradecemos as boas intenções mas tu és a personificação do empreendedorismo naquilo que ele tem de mais perverso: a ideia absurda de que a culpa da situação em que os jovens se encontram é deles próprios, porque não se esforçam o suficiente, porque não se empenham, porque trabalham pouco e porque, preguiçosos, ficam em casa sem fazer nada. A mitologia empreendedora que é usada pelo poder, por ti e pelo ministro Miguel Relvas que te aplaude tem uma absoluta eficácia política: dá à agenda neoliberal um ar refinado e moderno. O vosso discurso sustenta a narrativa de que a solução está à escala individual e não em políticas estruturais. A vossa mitologia do empreendedorismo cria as condições para que objetivos políticos como a destruição das funções sociais do estado, os cortes nos apoios sociais, o fim da proteção social ou a transformação dos mecanismos da justiça fiscal apareçam como medidas cujo objetivo é estimular a capacidade de inovar e arriscar, que, segundo vocês, o Estado tantas vezes bloqueia.
Miguel,
Onde está o teu carrinho das pipocas? Dizes que com ele podíamos gerar 100 euros por mês para pagar as propinas.
Com o teu carrinho em 70 milhões de meses de trabalho podíamos pagar a dívida do BPN. Com o teu carrinho em 480 milhões de meses pagávamos as despesas das Parcerias Público Privadas.
Miguel, com o teu carrinho, em mil, novecentos e oitenta mil milhões de meses conseguíamos pagar a dívida pública.
Mas melhor que tudo isso: no teu carrinho podíamos colocar todos os responsáveis pela crise do país, podíamos lá pôr o teu governo e esperar algumas centenas de milhões de anos até que eles conseguissem pagar a crise, que eles próprios criaram.
João Mineiro
Estudante e Dirigente Associativo do Ensino Superior
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Aí vem o Ordos
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
HFVM Escreveu:Aí vem o Ordos
Lol, não vou acrescentar mais nada, não tenho mais nada para dizer nem conheço o senhor, mas a única coisa que posso dizer é que ele não promoveu o governo e sim a iniciativa (ainda vai uma longa diferença)...
(...) o Governo de que és embaixador
(...)
Mas melhor que tudo isso: no teu carrinho podíamos colocar todos os responsáveis pela crise do país, podíamos lá pôr o teu governo e esperar algumas centenas de milhões de anos até que eles conseguissem pagar a crise, que eles próprios criaram.
- Lapeno Enriquez
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Só li até onde dizia «neoliberal» porque a partir daí já vi que era só cassete.
...natasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatas...
MORTE AO FALSO METAL
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Lapeno Enriquez Escreveu:Só li até onde dizia «neoliberal» porque a partir daí já vi que era só cassete.
Isso também

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Para responder aí ao "Dirigente Associativo do Ensino Superior", que são quase sempre pessoas muito idóneas e imparciais, aproveito e acrescento aqui em baixo mais uma coisa
Brilhando Escreveu:De facto, com os sucessivos Governos, sejam de "direita", sejam de "esquerda", a consumir mais de metade da riqueza produzida pelo país (seja lá que importância o indicador PIB tenha, já que tanto conta investimento como despesa pública), a afogar o país em impostos, com impostos sobre impostos, taxas, regulamentos onerosos, licenciamentos tardios, justiça anedótica, nepotismo, a impedir que os preços caiam para se ajustarem à procura, a fazer crowding out de crédito bancário, a fomentar a tomada de risco e de mal-investments dos bancos para que ocorra expansão de crédito bancário com a promessa implícita de bailout para que estes comprem obrigações do Estado e "estimulem a economia" (sem que a oferta de crédito corresponda ao nível de poupanças, levando à corrosão do poder de compra pela correspondente inflacção da oferta monetária e à formação de bolhas em vários sectores da economia que caracterizam o sistema de reservas fraccionárias vigente), "planos estratégicos" com resultados duvidosos, favorecimentos a sindicatos balofos, favorecimentos a corporações que só querem saber do seu umbigo, favorecimentos a patrões que gostam muito da concorrência menos no sector deles, a pagar isto tudo com recurso à dívida para empurrar a factura para as gerações seguintes, e demais coisas dignas de um qualquer comité de planeamento central soviético, não há empreendedorismo de raíz nem criação de valor que valha.
Mas não, a culpa é do ultraneoliberalismo e dos alemães.
Setze jutges d'un jutjat mengen fetge d'un penjat; si el penjat es despengés es menjaria els setze fetges dels setze jutges que l'han jutjat.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Já o "bate punho" é um exemplo de pureza e só quer é ajudar a rapaziada! 

"Now before my demons roll the night across my eyes
I tremble as I wait perhaps to sin
Yield unto temptation and be ruler of the world
And all I do is let the beast come in"
RONNIE JAMES DIO
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Sim, porque de facto a crise bancária resultante de um sistema bancário completamente desregulado nada tem de neoliberal, como também não são neoliberais as políticas de baixa activa de salários e aumento da precariedade laboral. Já os alemães, esses, são anjinhos que nem lhes passa pela cabeça ameaçar directamente outros países, vejam lá...
- Brilhando
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Eu não disse que as elites alemãs que levam no rabinho dos bancos locais não tinham culpa, apenas que a maior parte das NOSSAS culpas está, antes de mais no acumular de diarreia legislativa que advém da AR, seja "constitucional" ou "inconstitucional", seja de esquerda ou de direita.
Se tu me explicasses o que é ser "neoliberal" e me explicasses qual é o papel dos bancos centrais e das suas políticas monetárias, que servem de "almofada" aos bancos (todos) que incorrem em investimentos de risco elevado como a compra de títulos de dívida de países "não" neoliberais, para que estes financiem a sua despesa "progressista" e "não neoliberal" em vez de se financiarem através da verdadeira carga fiscal que os contribuintes líquidos tivessem de pagar, é que era fixe.
Também era fixe explicares-me como é que os salários, sendo um "preço", são têm de protegidos da lei da oferta e da procura e têm de ser ditados por governos, sindicatos ou patronatos, e como é que num sistema monetário de reservas a 100%, sem aumento da oferta monetária, sem garantia de bailouts estatais aos bancos, uma diminuição de salário numa divisa com poder de compra crescente tenha de ser necessariamente má.
Mas pronto, viva a narrativa vigente.
Se tu me explicasses o que é ser "neoliberal" e me explicasses qual é o papel dos bancos centrais e das suas políticas monetárias, que servem de "almofada" aos bancos (todos) que incorrem em investimentos de risco elevado como a compra de títulos de dívida de países "não" neoliberais, para que estes financiem a sua despesa "progressista" e "não neoliberal" em vez de se financiarem através da verdadeira carga fiscal que os contribuintes líquidos tivessem de pagar, é que era fixe.
Também era fixe explicares-me como é que os salários, sendo um "preço", são têm de protegidos da lei da oferta e da procura e têm de ser ditados por governos, sindicatos ou patronatos, e como é que num sistema monetário de reservas a 100%, sem aumento da oferta monetária, sem garantia de bailouts estatais aos bancos, uma diminuição de salário numa divisa com poder de compra crescente tenha de ser necessariamente má.
Mas pronto, viva a narrativa vigente.
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