Política - Discussão ou algo do género.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Os assassinos económicos!
Re: Política - Discussão ou algo do género.
Ordos,
uma coisa é riqueza acumulada (os tais 40% detidos por apenas 1%), outra coisa é rendimento.
A distribuição de rendimentos não tem uma assimetria tão acentuada. Segundo a Wikipedia, os 6.37% de agregados familiares mais ricos concentram "apenas" um terço dos rendimentos.
A gigantesca assimetria da riqueza acumulada é uma consequência natural de um facto simples: quem vive a esticar as contas todos os meses não consegue poupar; quem tem algum excedente de rendimentos consegue poupar e investir, acumulando rapidamente riqueza.
O importante é garantir uma boa distribuição dos rendimentos. A distribuição de riqueza acumulada é secundária.
uma coisa é riqueza acumulada (os tais 40% detidos por apenas 1%), outra coisa é rendimento.
A distribuição de rendimentos não tem uma assimetria tão acentuada. Segundo a Wikipedia, os 6.37% de agregados familiares mais ricos concentram "apenas" um terço dos rendimentos.
A gigantesca assimetria da riqueza acumulada é uma consequência natural de um facto simples: quem vive a esticar as contas todos os meses não consegue poupar; quem tem algum excedente de rendimentos consegue poupar e investir, acumulando rapidamente riqueza.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Brilhando Escreveu:Eu continuo a achar que a culpa é de quem desatou a recorrer à dívida como poção mágica para o progresso social e económico(...)
Certíssimo. Mas, só isso? Esta última descida, é porquê mesmo? Eles estão certos e todos os outros que (realmente) fizeram contas estão errados?
E não respondeste.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Eu não estou a defender as agências. Só acho que tanto escarcel e indignação é pura perda de tempo quando a realidade do que vem aí nada tem a ver com uns tipos com conflitos de interesse opinem que a nossa dívida seja classificada de lixo agora ou daqui a 1 mês.
A Itália está aí a rebentar também. A culpa é delas?
Quanto aos donos da moody's, estou-me bem a cagar. Não querem as opiniões dela? Não lhes paguem para opinar e não exijam opiniões de agências de rating para estas situações.
Ou ainda, mais uma vez, não contraiam dívidas nem contraiam dívidas para pagar dívidas mais os juros das dívidas.
Ordos, respondo-te em pm.
A Itália está aí a rebentar também. A culpa é delas?
Quanto aos donos da moody's, estou-me bem a cagar. Não querem as opiniões dela? Não lhes paguem para opinar e não exijam opiniões de agências de rating para estas situações.
Ou ainda, mais uma vez, não contraiam dívidas nem contraiam dívidas para pagar dívidas mais os juros das dívidas.
Ordos, respondo-te em pm.
Setze jutges d'un jutjat mengen fetge d'un penjat; si el penjat es despengés es menjaria els setze fetges dels setze jutges que l'han jutjat.
Re: Política - Discussão ou algo do género.
otnemeM Escreveu:Brilhando Escreveu:Eu continuo a achar que a culpa é de quem desatou a recorrer à dívida como poção mágica para o progresso social e económico(...)
Certíssimo. Mas, só isso? Esta última descida, é porquê mesmo? Eles estão certos e todos os outros que (realmente) fizeram contas estão errados?
Ou mais especificamente, em que é que Portugal está pior que estava antes de eles nos baixarem o rating?
*meh* *weh* Esta última descida é de facto um tanto díficil de justificar.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Bem, por outro lado podemo-nos questionar porque é que eles demoraram tanto tempo a baixar o rating para 'lixo'.
Não é disso que se queixam tanto quando apontam o dedo aos outros países que estão piores?
Não é disso que se queixam tanto quando apontam o dedo aos outros países que estão piores?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Audiokollaps Escreveu:“Não vale a pena recriminar as agências de 'rating'. O que nós devemos fazer é o nosso trabalho para depender cada vez menos das necessidades de financiamento externo”
Cavaco Silva - 07/2010"As agências de rating são uma ameaça à estabilidade da economia europeia."
Cavaco Silva - 07/2011
As incoerências do mais merdoso politico português no activo.
Falta aí é o "Não digam mal de quem nos empresta dinheiro, eles podem ouvir e amuar".
O Presidente, que é também um dos grandes responsáveis pela crise política deste ano, e andou caladinho que nem um rato sobre o que interessava, anda agora muito interessado em falar é sobre a saúde. Até disse, e pasme-se, o homem que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição veio agora dizer que devemos pagar a saúde pública consoante os rendimentos, quando o que está na Constituição é algo muito diferente. Eu até me pergunto - para que é que existe a Constituição e se fala tanto - quando é preciso lançar uma cortina de fumo - em mudar a Constituição? Ninguém liga um cu para o que está lá escrito!
HFVM Escreveu:Desta vez ele tinha que vir em socorro do seu "amigo".
Qual deles? O Passos ou o Portas? Eu estou na dúvida sobre qual deles será o seu "preferido". Talvez o Portas, o gaijo que o punha na lama todas as semanas no "Independente".
Portas o "Anti-poder".

Assim como não quer a coisa já vai na segunda vez que lá meteu o cu.
Mas livrai-nos do Malamén
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
A saúde pública "gratuita" não é gratuita, mas sim paga indirectamente pelos impostos e pelas dívidas que agora têm de ser pagas.
Mas, como é "gratuita", é mal gerida porque o dinheiro das outras pessoas é sempre pior gerido do que o nosso próprio.
Mas, como é "gratuita", é mal gerida porque o dinheiro das outras pessoas é sempre pior gerido do que o nosso próprio.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
raxx7 Escreveu:otnemeM Escreveu:Brilhando Escreveu:Eu continuo a achar que a culpa é de quem desatou a recorrer à dívida como poção mágica para o progresso social e económico(...)
Certíssimo. Mas, só isso? Esta última descida, é porquê mesmo? Eles estão certos e todos os outros que (realmente) fizeram contas estão errados?
Ou mais especificamente, em que é que Portugal está pior que estava antes de eles nos baixarem o rating?
*meh* *weh* Esta última descida é de facto um tanto díficil de justificar.
Assim meio de memória, creio que este último corte vem de um estudo de seis meses. Quer dizer então que demoraram meses a analisar tudo, mas as últimas seis, ok até vou facilitar QUATRO, semanas em que foram tomadas medidas que significam centenas de milhões ao todo, foram analisadas em 48h? E só vieram esclarecer que o corte as tinha em conta depois de os lembrarem desse facto? Nós acreditamos.
Entretanto o site deles anda adoentado

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Vendo o que é nosso - 11 Julho2011 Pedro Santos Guerreiro
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=495271
"Eu sou liberal mas não sou parvo", disse um dia Henrique Granadeiro, numa das frases que a OPA da Sonae à PT fixou para a história. E agora, que temos um governo liberal, temo-lo parvo?
Nunca como hoje esteve escrito um programa de privatizações acelerado e destinado a capital estrangeiro. Está no Programa de Governo. Está no memorando da "troika". Privatizar para reduzir a dívida pública. Vender a estrangeiros para entrarem capitais e, assim, reduzir o défice externo. Mas privatizar também para gerir melhor que um Estado pressionável por grupos de interesse e impressionável por sindicatos.
Muita gente defende estas privatizações por essa simples razão: o Estado gere as empresas como se fossem centros de custos, de interesses e de destruição mental de quem lá trabalha para manadas de chefes sem mérito. Dentro dessa gente, há um grupo que entende que melhor seria manter estas empresas em mãos portuguesas e que Passos Coelho está a ser ingénuo na forma como se desfaz das "golden shares" e de empresas estratégicas. E há um último subgrupo, menor, muito menor: o dos empresários que, achando tudo isso, têm mais dinheiro que dívidas
Não há capital em Portugal. Nem próprio nem, agora, alheio. Os activos dos mais ricos liquidificam-se nos seus passivos. Já cansa listar os arruinados do BCP, inacreditavelmente financiados pela Caixa Geral de Depósitos, como logo foi aqui e ali escrito. Joe Berardo já não tem mais o que penhorar, os "donos" de construtoras (como Manuel Fino, Pedro Teixeira Duarte ou António Mota) já têm sarna que chegue para se coçarem. Mais: a família Espírito Santo vendeu os diamantes para preparar aumentos de capital no BES, o BES pode ter de vender as PT ou EDP, de onde poderão de ter de sair também os Mello, que vêm as suas acções da Brisa desvalorizar (e assim reduzir o colateral das suas dívidas). Outros, como Belmiro de Azevedo, João Pereira Coutinho ou Soares dos Santos, só olham para investimentos no estrangeiro.
Américo Amorim seria o mais endinheirado dos portugueses, se vendesse a posição na Galp. É dos poucos que não se endividou até ao tutano, ao que somou a sorte de descobrir petróleo. Outros empresários como Pedro Queiroz Pereira ou Ilídio Pinho têm também capacidade financeira - são dos poucos. Vão investi-lo em Portugal, onde só tem entrado capital angolano e brasileiro?
Vamos ao Brasil: Abílio Dinis é um magnata brasileiro, filho de um português que um dia, em 1948, abriu uma pastelaria em São Paulo: chamou-lhe Pão de Açúcar. Hoje, Abílio Dinis está a tentar comprar o Carrefour para passar a dominar um dos maiores grupos do mundo e opor-se à francesa Casino e à americana Wal-Mart. Está a fazê-lo com o apoio do Governo de Dilma e com o dinheiro do banco estatal, o BNDES. Em entrevista à "Veja", o presidente do banco, Luciano Coutinho, explica: "Nosso propósito é financiar lideranças nacionais de empresas brasileiras". O BNDES é um gigante alinhado com uma política muito discutível de capitalismo de Estado, que já permitiu criar gigantes brasileiros nas cervejeiras (fusão da AmBev com a belga Interbrew) ou no papel (a Fibria, que resultou da fusão entre a Aracruz e a Votorantim Celulose).
Depois das nacionalizações e mesmo das reprivatizações, o grande capitalista em Portugal passou a ser o Estado. É para ele que se viram sempre os empresários, que voltarão a apelar à Caixa Geral de Depósitos. E assim haverá mais um episódio da novela dos Centros de Decisão Nacional, este espécie de "compro o que é nosso" das empresas.
"Se não fizesse nada, as grandes empresas do País cairiam nas mãos de estrangeiros", explica Abílio Dinis, que lucrará muito com a operação. Em Portugal é ao contrário: estamos a fazer tudo para vender as empresas a estrangeiros. Que não tem dinheiro não tem vícios. Nem empresas. Parvos ou liberais?"
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=495271
"Eu sou liberal mas não sou parvo", disse um dia Henrique Granadeiro, numa das frases que a OPA da Sonae à PT fixou para a história. E agora, que temos um governo liberal, temo-lo parvo?
Nunca como hoje esteve escrito um programa de privatizações acelerado e destinado a capital estrangeiro. Está no Programa de Governo. Está no memorando da "troika". Privatizar para reduzir a dívida pública. Vender a estrangeiros para entrarem capitais e, assim, reduzir o défice externo. Mas privatizar também para gerir melhor que um Estado pressionável por grupos de interesse e impressionável por sindicatos.
Muita gente defende estas privatizações por essa simples razão: o Estado gere as empresas como se fossem centros de custos, de interesses e de destruição mental de quem lá trabalha para manadas de chefes sem mérito. Dentro dessa gente, há um grupo que entende que melhor seria manter estas empresas em mãos portuguesas e que Passos Coelho está a ser ingénuo na forma como se desfaz das "golden shares" e de empresas estratégicas. E há um último subgrupo, menor, muito menor: o dos empresários que, achando tudo isso, têm mais dinheiro que dívidas
Não há capital em Portugal. Nem próprio nem, agora, alheio. Os activos dos mais ricos liquidificam-se nos seus passivos. Já cansa listar os arruinados do BCP, inacreditavelmente financiados pela Caixa Geral de Depósitos, como logo foi aqui e ali escrito. Joe Berardo já não tem mais o que penhorar, os "donos" de construtoras (como Manuel Fino, Pedro Teixeira Duarte ou António Mota) já têm sarna que chegue para se coçarem. Mais: a família Espírito Santo vendeu os diamantes para preparar aumentos de capital no BES, o BES pode ter de vender as PT ou EDP, de onde poderão de ter de sair também os Mello, que vêm as suas acções da Brisa desvalorizar (e assim reduzir o colateral das suas dívidas). Outros, como Belmiro de Azevedo, João Pereira Coutinho ou Soares dos Santos, só olham para investimentos no estrangeiro.
Américo Amorim seria o mais endinheirado dos portugueses, se vendesse a posição na Galp. É dos poucos que não se endividou até ao tutano, ao que somou a sorte de descobrir petróleo. Outros empresários como Pedro Queiroz Pereira ou Ilídio Pinho têm também capacidade financeira - são dos poucos. Vão investi-lo em Portugal, onde só tem entrado capital angolano e brasileiro?
Vamos ao Brasil: Abílio Dinis é um magnata brasileiro, filho de um português que um dia, em 1948, abriu uma pastelaria em São Paulo: chamou-lhe Pão de Açúcar. Hoje, Abílio Dinis está a tentar comprar o Carrefour para passar a dominar um dos maiores grupos do mundo e opor-se à francesa Casino e à americana Wal-Mart. Está a fazê-lo com o apoio do Governo de Dilma e com o dinheiro do banco estatal, o BNDES. Em entrevista à "Veja", o presidente do banco, Luciano Coutinho, explica: "Nosso propósito é financiar lideranças nacionais de empresas brasileiras". O BNDES é um gigante alinhado com uma política muito discutível de capitalismo de Estado, que já permitiu criar gigantes brasileiros nas cervejeiras (fusão da AmBev com a belga Interbrew) ou no papel (a Fibria, que resultou da fusão entre a Aracruz e a Votorantim Celulose).
Depois das nacionalizações e mesmo das reprivatizações, o grande capitalista em Portugal passou a ser o Estado. É para ele que se viram sempre os empresários, que voltarão a apelar à Caixa Geral de Depósitos. E assim haverá mais um episódio da novela dos Centros de Decisão Nacional, este espécie de "compro o que é nosso" das empresas.
"Se não fizesse nada, as grandes empresas do País cairiam nas mãos de estrangeiros", explica Abílio Dinis, que lucrará muito com a operação. Em Portugal é ao contrário: estamos a fazer tudo para vender as empresas a estrangeiros. Que não tem dinheiro não tem vícios. Nem empresas. Parvos ou liberais?"
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Brilhando Escreveu:A saúde pública "gratuita" não é gratuita, mas sim paga indirectamente pelos impostos e pelas dívidas que agora têm de ser pagas.
Mas, como é "gratuita", é mal gerida porque o dinheiro das outras pessoas é sempre pior gerido do que o nosso próprio.
Não, a saúde Publica não é gratuita. Todos os meses deixo 250 euros do meu ordenado para o estado para pagar a minha saúde, a minha reforma e a minha educação. O que não é usado por mim é usado por outros.
Num seguro de saúde pagaria 30 euros com serviços mínimos, uns bons 100 ou 150 para não pagar dois braços se quisesse uma ressonãncia magnética que para mim custa 9 euros no público..
O meu dinheiro nas duas hipóteses é gerido por outros que não eu. Em que é que um privado geriria melhor o meu dinheiro, que não é dele, que o estado, que também não é dele?
"Sim, esta veio do silêncio E livres habitamos a substância do MU!" (HumbertoBot)
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Brilhando Escreveu:A saúde pública "gratuita" não é gratuita, mas sim paga indirectamente pelos impostos e pelas dívidas que agora têm de ser pagas.
Mas, como é "gratuita", é mal gerida porque o dinheiro das outras pessoas é sempre pior gerido do que o nosso próprio.
Até hoje a única cena gratuita que vi foi o planeamento familiar, de resto é sempre a pagar --'
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
spiegelman Escreveu:Não, a saúde Publica não é gratuita. Todos os meses deixo 250 euros do meu ordenado para o estado para pagar a minha saúde, a minha reforma e a minha educação. O que não é usado por mim é usado por outros.
Podes bem despedir-te desses 250€ que dificilmente os verás quando te reformares da forma como isto está. Esses 250€ são usados mal os entregas e quando tu vieres a precisar deles, alguém vai ter de os pagar por ti. Isto enquanto ainda houver quem os pague.
Um país livre seria aquele onde tu poderias escolher onde aplicar esses 250€, que não num Estado que decide arbitrariamente como é que os havia de gastar, depois de te obrigar a pagar contra a tua vontade. Imagina até que tens como objectivo de vida suicidares-te aos 50 anos e não precisares de reforma. O jeito que o dinheiro da tua reforma "forçada" não te daria até lá.
spiegelman Escreveu:Num seguro de saúde pagaria 30 euros com serviços mínimos, uns bons 100 ou 150 para não pagar dois braços se quisesse uma ressonãncia magnética que para mim custa 9 euros no público..
E tu achas que o custo real de uma ressonância magnética é de apenas 9€, só porque "não é para ter lucro"? Nem sei como é que quase todos os serviços nacionais de saúde estão na bancarrota (e depois ainda tens os exemplos terceiro-mundistas do NHS inglês). Daí que tenha mencionado impostos e dívidas porque o dinheiro para pagar esses serviços tem de vir de mais algum lado.
Eu preferia ter a liberdade de escolher ter o meu próprio seguro de saúde (aliás, como estou em vias de) e pagar o custo real dessas coisas do que viver enganado com a ilusão de que as coisas públicas são gratuitas/mais baratas e que é o meu "dever" contribuir com os meus impostos para que todos tenham acesso à "saúde pública", mas depois vêm aumentar impostos ano após ano para tapar buracos de gestões criminosas das empresas "públicas".
Porque o privado, neste caso dando por exemplo uma seguradora privada, não te pode obrigar a dares-lhe o teu dinheiro por um serviço que não te satisfaça e que tu podes ainda preferir gastar num concorrente que te possa prestar o mesmo serviço de forma mais barata ou com melhor qualidade - ao contrário do Estado que te mete na cadeia, ou algo do género, se não lhe deres o dízimo mensal e para que desfrutes dos teus "direitos".spiegelman Escreveu:O meu dinheiro nas duas hipóteses é gerido por outros que não eu. Em que é que um privado geriria melhor o meu dinheiro, que não é dele, que o estado, que também não é dele?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
otnemeM Escreveu:Assim meio de memória, creio que este último corte vem de um estudo de seis meses. Quer dizer então que demoraram meses a analisar tudo, mas as últimas seis, ok até vou facilitar QUATRO, semanas em que foram tomadas medidas que significam centenas de milhões ao todo, foram analisadas em 48h? E só vieram esclarecer que o corte as tinha em conta depois de os lembrarem desse facto? Nós acreditamos.
Entretanto o site deles anda adoentado
ECB forced to buy Portugal bonds
Published: February 10 2011 12:12 | Last updated: February 10 2011 17:48
The European Central Bank has intervened in eurozone bond markets for the first time in weeks, buying Portuguese debt amid fears that the country could yet seek an international rescue.
Se o BCE anda a comprar dívida de Portugal desde Fev de 2010 (e a China veio mais tarde), significa que já desde então que o "mercado" considerava o investimento na dívida portuguesa como de elevado risco ("lixo", no jargão da área). Mais uma vez, a Moody's só peca pelo atraso.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Brilhando Escreveu:Porque o privado, neste caso dando por exemplo uma seguradora privada, não te pode obrigar a dares-lhe o teu dinheiro por um serviço que não te satisfaça e que tu podes ainda preferir gastar num concorrente que te possa prestar o mesmo serviço de forma mais barata ou com melhor qualidade - ao contrário do Estado que te mete na cadeia, ou algo do género, se não lhe deres o dízimo mensal e para que desfrutes dos teus "direitos".spiegelman Escreveu:O meu dinheiro nas duas hipóteses é gerido por outros que não eu. Em que é que um privado geriria melhor o meu dinheiro, que não é dele, que o estado, que também não é dele?
Se estiveres limitado a um mercado de saúde em que ou recorres a seguradoras ou pagas o custo real dos tratamentos a que te sujeitas, isso é o modelo actual dos USA (pré-obamacare, pelo menos). Que não é um exemplo positivo.
Estás a vida toda a empatar dinheiro num seguro de saúde e quando chega a altura de recorreres a ele ficas insatisfeito com o serviço (seja porque não cobriram as despesas, foste para um hospital com más condições, não recebeste subsídio de invalidez, ect) que te adianta nessa altura dizer "o serviço é mau, vou mudar"? Não é propriamente a mesma coisa que mudar de operador de telemóvel.
A lei do mercado livre não pode ser adaptada de forma livre e arbitrária a todos os factores da sociedade, sendo que (na minha opinião) a educação e a saúde ainda devem ser regulados/orientados duma forma pública, de modo a subscrever a universalidade dos mesmos ao mais baixo preço possível.
Má gestão de recursos não é uma consequência dum sistema público, mas sim de ganância e incompetência. E nenhum sistema económico está livre destes.
Wine, women and song.
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