Política - Discussão ou algo do género.

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Cthulhu_Dawn
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » sexta abr 08, 2011 7:51 am

raxx7 Escreveu:Metade dos eurodeputados portugueses não abdica de viagens em executiva
http://publico.pt/1488826

Lado positivo: ao menos, 50% dos nossos eurodeputados ainda têm um pingo de decência.


Sim, porque pobre daquele que tem que passar 2h30 num avião entre Lisboa e Bruxelas em turística...ui..
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Atendendo a que muitos dos que trabalham na REPER em Bruxelas, passam o fim-de-semana em Lisboa e assumindo que os nossos Eurodeputados sigam uma política semelhante...Ainda são uns trocos...

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ORIS
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor ORIS » sábado abr 09, 2011 6:27 am

raxx7 Escreveu:
The Morning Star Escreveu:
ORIS Escreveu:Já li neste tópico (acho eu) a falarem da Portugal Telecom , bem para mim PT e a EDP ...são dos grandes monopólios, se há empresas de telecomunicações/electricidade q não singram ou nem se quer tentam entrar neste país não é única e exclusivamente por causa de burocracias e dinheiro, o Estado Português ajuda muito a q estes monstros andem aí a comer dinheiro... Não é à toa q empresas como SONAE.com ( e mais poderia dizer) andam a tentar mudar certas leis de concorrência e a investir em fibra óptica paga por elas mesmas, já q muitas vezes são impedidas e sabotadas de usar algo a têm direito por lei....Como ao estado não interessa, ou simplesmente não querem estar a abanar o ninho de vespas (pq tbm há vespas do governo nesse ninho), nestas áreas as coisas nem atam nem desatam...


Como já disse, isso é ignorar o elefante na sala: os custos e dificuldades (porque ninguém gosta de que lhes abram valas na rua ou espetem posts no quintal) associados a construir a infraestrutura até ao consumidor final.
Todos os países têm problemas nestas àreas e há vários casos de tentativas de "liberalização" que resultaram em monopólios locais e falta de variedade de escolha dos clientes.

Case in point: nos EUA há muitas companhias de electricidade e muitas companhias de telefone/internet.
Mas poucos são os americanos que têm a possibilidade de escolher entre mais que duas.
Resultado: a electricidade é barata mas os serviço é complicado.
A net... *crap*.

Não tenham ilusões: a liberalização pura e dura não funciona dadas as barreiras à entrada.
A maior parte dos consumidores portugueses têm a electricidade e telefone/internet sujeitos a regulação porque se fosse liberal uns pagavam balurdios e outros simplesmente não tinham, porque nenhuma companhia estaria interessada em servi-los.



Sim claro e compreendo perfeitamente o q dizes e estou de acordo...o q quis dizer ou tentar dizer (peço desculpa se ñ fui bastante claro) é q haver concorrência leal e mais oferta ñ é o fim do mundo. E a mim custa-me ver empresas com potencial a serem literalmenta minadas, sabotadas ou literalmente papadas e serem consideradas "alvo a abater" ou "inimigos de 1.º grau".
Vejamos um exemplo:

A PT tem as suas linhas, está no direito de fazer delas o q bem entender, e aluga-las ou permitir serviços através das mesmas a quem bem entender...até aqui tudo bem. Agora vejamos uma coisa, se numa zona de uma cidade...em q ñ deixam fazer obras ou escavar, ou seja o q fôr pq é uma zona histórica, e se os cabos da PT já lá estiverem, ñ custa nada alugar ou fazer acordos com outras empresas de Comunicações/TV para q possa haver mais oferta ao cliente. Agora vamos ao q interessa, se permitem acesso a outras empresas, se alugam ( ou seja lá o q fôr ) as linhas, mas depois estão sempre a lixar os sinais e os cabos, ou mesmo a cortar o sinal ou muda-lo de zona ou caixa às mesmas e sem qualquer aviso....q cabimento e q legalidade tem isto? Se é falso isto?...nem pensem,é mais real do q imaginam e acontece um pouco por todo o lado!
Daí q certas caldeiradas q houveram entre PT e outras empresas têm a sua razão de existir e ñ são fruto de "apenas todos tentarem chegar ao pote".

Na REN e EDP idem " " .


Agora outra coisa q ñ tem nada a ver ( ou se calhar tem de forma indirecta) com o supra-citado...
Agora vem a TDT ..., ñ acho q seja uma prioridade na situação em q o país se encontra e muito menos serei afectado visto q possuo serviço de Tv por cabo, mas faz-me um pouco confusão as pessoas terem q ser obrigadas a comprar Tv's ou descodificadores e a estarem a pagar mais uma taxa ( q sei q já existe uma ) para poderem ter algo q faz parte do dia-a-dia ( apesar de ñ ser como é óbvio um bem de 1.ª necessidade ). Então neste momento em q o país atravessa, agora o povo ainda vai ter mais um encargo para ver um simples telejornal, ou uma novela? Será q grande parte da população vai conseguir obter o serviço ou quererá tendo em conta a falta de dinheiro no seio das famílias?

O dinheiro gasto em toda a logística, software maquinaria , obras, etc... é mesmo uma necessidade e uma prioridade no estado em q este país está?
Eu sinceramente acho q ñ, e até acho um abuso de poder e uma amostra de controlo de mercado bastante absurda. Ñ digo para se liberalizarem as coisas, digo q havia de se encontrar era um bom-senso e haver mais regras em certas áreas e situações, hoje em dia a Tv por exemplo ñ é um bem para uma "elite"...falam de info-excluídos ...mas de forma indirecta vão ajudar um pouco a q isso aconteça ( pelo menos por agora, já q mal há dinheiro para às vezes pagar comida, água , luz e em alguns casos renda, só faltava agora ter q comprar uma caixa ou alugar mensalmente por 30€ para ter tv - para isso existe meo, zon, tvcabo, cabovisão, clix, e muita gente ñ tem precisamente pela falta de possibilidades económicas, aliás conheço quem já tenha desligado o telefone para poupar dinheiro)
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raxx7
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » sábado abr 09, 2011 12:05 pm

ORIS Escreveu:A PT tem as suas linhas, está no direito de fazer delas o q bem entender, e aluga-las ou permitir serviços através das mesmas a quem bem entender...até aqui tudo bem. Agora vejamos uma coisa, se numa zona de uma cidade...em q ñ deixam fazer obras ou escavar, ou seja o q fôr pq é uma zona histórica, e se os cabos da PT já lá estiverem, ñ custa nada alugar ou fazer acordos com outras empresas de Comunicações/TV para q possa haver mais oferta ao cliente. Agora vamos ao q interessa, se permitem acesso a outras empresas, se alugam ( ou seja lá o q fôr ) as linhas, mas depois estão sempre a lixar os sinais e os cabos, ou mesmo a cortar o sinal ou muda-lo de zona ou caixa às mesmas e sem qualquer aviso....q cabimento e q legalidade tem isto? Se é falso isto?...nem pensem,é mais real do q imaginam e acontece um pouco por todo o lado!


"Anedocte is not evidence". :)
Essas histórias existem, mas são sempre passíveis de duas interpretações.
Por exempo, eu sou cliente da PT e fiquei mais de um mês sem telefone e internet porque, durante uma operação de manutenção, alguém deixou os fioszinhos desligados e só ao fim de um mês e de o provedor do cliente apertar com a manutenção é que alguém efectivamente abriu a caixa e olhou para os fios.

Não acontece só aos clientes da concorrência. Até porque a dita concorrência, enquanto arrendatária das linhas da PT está em posição de fazer exigências a esse nível, da qualidade do serviço, dos prazos e etc.

Parte do problema é que a dita concorrência por vezes é mais presta a vender serviço que a fornecê-lo e resolver os problemas.
Conheço 2 casos que subscreveram serviço da Clix e passaram meses à espera dele, sem respostas da parte da Clix.

Agora, o que já é factual é que o preço/condiçõs que a PT cobra para a concorrência usar os fios deles (que, já agora, a PT comprou ao Estado por tuta e meia), claramente coloca a PT numa posição de vantagem.
Esse sim é o factor predominante que dificulta a concorrência com a PT e desincentiva a concorrência a oferecer serviço onde tem de alugar as linhas da PT.
É muito mais rentável para eles concentrar o seu investimento onde podem colocar as suas próprias linhas.
Shrödinger's cat has left the building.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor otnemeM » sábado abr 09, 2011 12:44 pm

raxx7 Escreveu:(que, já agora, a PT comprou ao Estado por tuta e meia)

Aqui é que está o problema. O Estado faz, é privatizado abaixo do valor real, lucro é retirado e mercado viciado.
Com a electricidade é isto elevado a X, com as águas é X elevado a Y.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » sábado abr 09, 2011 6:38 pm

Islandeses ameaçam dizer "não" aos credores pela segunda vez

Esqueçam as manifestações violentas nas ruas de Atenas, a nuvem negra que cobria o rosto do ex-primeiro-ministro irlandês ao anunciar que o seu país se rendia a pedir a ajuda para a qual as agências financeiras o estavam a impelir. Podemos até pôr de parte, por momentos, a nossa Geração à Rasca. A revolta, na Europa, vem de uma ilha perto do Árctico, a Islândia, que se prepara, provavelmente, para rejeitar hoje pela segunda vez um acordo para reembolsar o Reino Unido e a Holanda do dinheiro que pagaram aos seus cidadãos que investiram na conta Icesave.


Uma sondagem publicada quinta-feira pela Capacent Gallup dava o "não" com 52 por cento, e outra pelo jornal "Frettabladid" com 54,8, diz a agência Bloomberg. A 6 de Abril, o canal 2 da televisão islandesa apontava para um resultado de 56,8 para o "não". Nenhuma destas sondagens apresentava as margens de erro.

Muitos islandeses estão zangados por terem de ser os contribuintes a pagar pelo comportamento irresponsável dos bancos. "Na semana passada, tinha-me decidido a votar no "sim", mas agora vou votar "não"", disse à Reuters Bragi Baldvinsson, um engenheiro de aeronaves de 42 anos.

Do que se fala é do caso da conta de poupança online Icesave, comercializada agressivamente no Reino Unido e na Holanda pelo banco Landsbanki - que foi o segundo maior da Islândia -, prometendo juros acima de seis por cento. Cerca de 400 mil investidores depositaram lá o seu dinheiro e, em 2008, quando os três maiores bancos islandeses faliram, não conseguiram reavê-lo.

O sector financeiro islandês cresceu como uma bola de sabão, expandindo-se para o estrangeiro, durante o boom do crédito: chegou a ser 11 vezes maior do que a economia do país, adianta a Reuters. Estes bancos eram demasiado grandes para serem salvos pelo Estado - a Islândia distingue-se por ter sido o país que deixou os seus bancos falir. Apenas conseguiu garantir os depósitos nacionais, quando o país se transformou no primeiro da Europa Ocidental a ter de pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional na actual crise.

Os depósitos de estrangeiros foram reembolsados pelos respectivos governos - 3,9 mil milhões de euros -, que agora os querem cobrar a Reiquejavique. O acordo que poderá ser rejeitado permite escalonar o pagamento da dívida até 2045, com uma taxa de juro de 3,3 por cento ao Reino Unido e de três por cento no caso da Holanda. Uma parte será paga com a venda dos activos do Landsbanki, mas não se sabe ainda quanto será - embora os partidários do "não" defendam que deveria chegar para o reembolso.

Governos e mercados

Os partidários do "não", que têm como principal porta-voz o siteadvice.is, citam editoriais e comentadores do "Wall Street Journal" e do "Financial Times" para justificar a sua posição. Um exemplo do jornal britânico, de Dezembro de 2010: "A Holanda e o Reino Unido vão manter reféns os contribuintes islandeses até recuperarem o seus custos. (...) Neste caso, a necessidade de garantias não tem grande sustentação legal e muito menos em termos de justiça: estes governos nunca honrariam a exigência de pagamentos equivalentes a um terço da sua produção económica anual se um dos seus bancos falisse".

Defende-se que os seguros de depósito seguidos pela banca islandesa seguiam a legislação da União Europeia antes do colapso do sistema financeiro - que não exige uma garantia soberana (assegurada pelo Governo). Portanto, a exigência da Holanda e do Reino Unido de compensação pela despesa que tiveram com os seus cidadãos que investiram na Icesave não tem "mérito legal na lei islandesa ou europeia".

O clima na Islândia tornou-se agreste para banqueiros. Há um ano, um outro acordo, ainda menos favorável, tinha sido rejeitado com uma esmagadora maioria (93 por cento): previa uma taxa de juro de 5,5 por cento e o pagamento em 15 anos. Em 2010, tal como em 2011, o acordo foi enviado para referendo pelo Presidente da República, Ólafujr Ragnar Grímsson.

Ólafujr (os islandeses tratam-se pelo primeiro nome) cumpriu o que diz a Constituição, porque houve uma petição que mobilizou mais de 20 mil pessoas em Fevereiro, quando a lei foi aprovada pelo Parlamento, para que houvesse um referendo (tal como aconteceu em 2010).

Se há uns anos o Presidente falava do "capitalismo viking" e de um punhado de jovens banqueiros "prontos para conquistar o mundo", agora, em entrevista ao "El País", nota-se que o voto que vai hoje depositar na urna não será garantidamente um "sim": "O fundamental é que a Islândia é uma democracia, não um sistema financeiro, e que esta não é apenas uma crise económica, é uma crise política. Os governos não podem continuar a ser arrastados pelos mercados"."Em vez de deixar que as pessoas que fizeram depósitos perdessem o dinheiro ou esperassem por compensação através da venda do património do banco falido, Reino Unido e Holanda decidiram reembolsar os seus cidadãos. O reembolso foi da soma depositada e os altos juros procurados por estes investidores de alto risco foi incluído também, como bónus", escrevia ontem no Guardian a juíza francesa Eva Joly. A juíza foi conselheira especial do procurador especial que está a investigar o crash dos bancos. Também ela diz que as directivas citadas para exigir compensação à Islândia têm "bases legais duvidosas, e ainda mais duvidosas bases morais".

Promessas da Moody"s

O "sim" é representado no siteafram.is, e tem por slogan "Sim, é ir em frente". É apoiado pelo Governo de centro-esquerda e pelo maior partido da oposição. Defendem que o acordo limita custos e riscos para o país, face ao provável próximo passo desta novela de capitalismo e revolta dos tempos modernos: o tribunal da Associação Europeia de Livre Comércio.

"As consequências para os islandeses serão consideráveis", se o país perder o seu caso neste tribunal, disse à AFP o economista da Universidade da Islândia Gudmundur Olafsson. Além de protelar a espécie de limbo financeiro em que se encontra a Islândia.

"O voto no "não" é uma receita para a incerteza nos próximos dois anos", disse a primeira-ministra, Johanna Sigurdardottir, que ganhou a alcunha de "Santa Joana", à frente do executivo formado pelos seus sociais-democratas e a aliança Esquerda-Verdes. Não é provável que o Governo caia, mas pode não chegar ao fim do seu mandato, em 2013, disse à Bloomberg Birgir Gudmundsson, da Universidade de Akureyri: "O Governo tem dito repetidamente que o resultado do referendo não será um factor decisivo para a vida da coligação. Mas há fortes hipóteses de eleições antecipadas."

O Governo, que deve começar a negociar a adesão à UE em Junho, tem para mostrar a vitória de ter feito o país sair da recessão: o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 1,2 por cento no terceiro trimestre de 2010 e a taxa de juro desceu 4,5 por cento, quando chegou a ser de 18 por cento.

Consequências imediatas da vitória do "não" devem ser a descida na nota do país dada pelas muito criticadas mas sempre escutadas agências de rating. A Moody"s disse já no fim de Fevereiro, após a convocação do referendo, que devia fazer descer a notação do país para um nível de "lixo", Ba1 ou ainda mais baixo, a partir dos actuais Baa3, se o acordo Icesave fosse rejeitado, recorda o "Wall Street Journal". Em causa estavam "repercussões na normalização económica e financeira do país".

Sublinham ainda que o colapso dos bancos islandeses está sob investigação criminal e que o Landsbanki, em especial, está a ser investigado no Reino Unido pelo Gabinete de Fraudes Graves, por suspeita de ter transferido grandes somas para outras instituições horas antes de ter aberto falência.



in: Público



Se ao menos aprendessemos algo com eles.....

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mnl-stl
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor mnl-stl » sábado abr 09, 2011 9:15 pm


Valleyofpain
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Valleyofpain » sábado abr 09, 2011 11:21 pm

Enorme tema. O JMB é um símbolo...
Falsifiquei a assinatura.

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Venøm
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Venøm » domingo abr 10, 2011 3:50 pm

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Pedrof
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedrof » domingo abr 10, 2011 4:15 pm

Fernando Nobre é o cabeça-de-lista do PSD por Lisboa

Fernando Nobre é o cabeça-de-lista do PSD por Lisboa para as eleições de 5 de Junho. O ex-candidato à Presidência da República vai também ser o nome proposto pelo partido para presidente da Assembleia da República. O anúncio foi feito hoje pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, na sua página do Facebook.

No comunicado divulgado na rede social, Passos Coelho adianta que Fernando Nobre aceitou integrar, como independente, as listas de candidatos a deputados do PSD na próxima legislatura.

O líder do PSD expressou a sua "enorme satisfação", considerando que a candidatura de Fernando Nobre às eleições presidenciais "não se assumiu nunca contra os partidos políticos", tendo alcançado um resultado que é "bem demonstrativo de que existe um segmento expressivo de portugueses que acreditam na capacidade de regeneração da política".

"Fernando Nobre conseguiu angariar, nas últimas eleições presidenciais, uma adesão muito importante de cidadãos que se têm mostrado progressivamente desiludidos com a política e com as instituições. E, facto que me parece extremamente importante, pelo que revela da sua atitude de responsabilidade e do seu caráter, fê-lo protagonizando uma candidatura que, sendo independente dos partidos políticos, não se assumiu nunca contra os partidos políticos", refere Passos Coelho.


Fonte: http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais ... Lisboa.htm

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » domingo abr 10, 2011 5:16 pm

O sistema no seu melhor.

Quando surgem elementos perturbadores, corpos estranhos ao sistema, ele (o sistema) trata logo de os assimilar/incorporar, pois assim deixam de ser ameaças e passam a fazer parte do próprio sistema.

É como diz o ditado: "Se não os podes derrotar, junta-te a eles."


Pais de gente triste e sem coluna vertebral.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor KonigLowe » domingo abr 10, 2011 6:45 pm

Estava eu a ir para a praia enquanto ouvia na TSF o resumo dos três dias do congresso do PS, eis senão quando notícia de última hora "Fernando Nobre cabeça de lista do PSD por LX e em troca do apoio exige ser presidente da assembleia da república".

Eu só pensei para comigo "Oh Ordos, caiu-lhe a máscara".

:D

Acho que maior tiro no pé não podiam ter dado. Primeiro convida a Leite que cagou d'alto nele - pudera, se ela não o convidou para as listas de deputado, não ia agora aceitar ser subalterna dele não?
Depois convida-me o Nobre - o tal - que passou a vida a dizer mal dos partidos políticos e que exige ser Presidente da Assembleia da República. E ainda por cima diz que se calhar vai ser mal interpretado.

Eu só quero imaginar as centenas de milhar de pessoas que votarem nele, por ele se auto-intitular como o primeiro candidato da sociedade civil contra os partidos e interesses instituídos.

Só digo É PRECISO NÃO TER UMA PUTA DE VERGONHA NA CARA!!!!!

E mais, como já tinha dito no caso do Alegre - uma soma de interesses a maior parte das vezes é uma subtração nos resultados eleitorais. Se o Passos acha que vai buscar os votos limpinhos que ele teve nas presidenciais para o PSD ou é burro, ou é muito ingénuo.
Mas livrai-nos do Malamén

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor JVELHAGUARDA » domingo abr 10, 2011 10:40 pm

Passos Coelho marca a agenda, esvazia o balão do comício do PS, depois se verá e é acertada ou não a decisão dele em votos.

Depois de 3 dias de comício (de congresso só teve o nome) em que o líder fala quase 2 horas no total, com discursos de 18 páginas (relembra algo visível em cuba) ideias nem vê-las, acusações muitas, show off também, vozes contra zero ou quase zero, assim vai o PS, veremos os outros. (Ainda faltam 55 dias disto :? )

Rómulo Machado o não alinhado
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional ... id=1827123

"Não somos infalíveis, já falhamos muitas vezes mas, mesmo assim, achamos que somos melhores do que os outros"
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Pela mão do PS e pela 3ª vez bem vindo FMI, esta semana ai estarão de novo. :? :evil: :?

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » domingo abr 10, 2011 11:25 pm

KonigLowe Escreveu:Estava eu a ir para a praia enquanto ouvia na TSF o resumo dos três dias do congresso do PS, eis senão quando notícia de última hora "Fernando Nobre cabeça de lista do PSD por LX e em troca do apoio exige ser presidente da assembleia da república".

Eu só pensei para comigo "Oh Ordos, caiu-lhe a máscara".

:D

Acho que maior tiro no pé não podiam ter dado. Primeiro convida a Leite que cagou d'alto nele - pudera, se ela não o convidou para as listas de deputado, não ia agora aceitar ser subalterna dele não?
Depois convida-me o Nobre - o tal - que passou a vida a dizer mal dos partidos políticos e que exige ser Presidente da Assembleia da República. E ainda por cima diz que se calhar vai ser mal interpretado.

Eu só quero imaginar as centenas de milhar de pessoas que votarem nele, por ele se auto-intitular como o primeiro candidato da sociedade civil contra os partidos e interesses instituídos.

Só digo É PRECISO NÃO TER UMA PUTA DE VERGONHA NA CARA!!!!!

E mais, como já tinha dito no caso do Alegre - uma soma de interesses a maior parte das vezes é uma subtração nos resultados eleitorais. Se o Passos acha que vai buscar os votos limpinhos que ele teve nas presidenciais para o PSD ou é burro, ou é muito ingénuo.



A máscara não lhe caiu, mas a integridade já não digo. A quente estou desiludido, ele não precisava disso, mas não vou insultar nem disparatar sobre isto. A notícia cai que nem uma "bomba", parece-me um tiro no pé de ambos, mas não me admira nada o avanço do PPC sobre esta pessoa, mas a ser, esperava-o mais no governo após as eleições do que agora. Ou realmente o PPC quer introduzir mudanças no país para bem (e esperemos que sim porque não vamos ser ingénuos, já se sabe quem vai ser o próximo 1º Ministro e se estiver de boa fé com as ideias de trazer pessoas independentes capazes para o governo, porque não?) ou então vamos ter mais um camaleão a passear-se por aqui.

O papel de Presidente da Assembleia da República (que o Nobre assumirá se ganhar em Lisboa) não é propriamente um lugar partidário e continuará a ser independente, estrategicamente seria um "win-win" para os 2 lados não fosse a posição supostamente íntegra do FN. Temos pena, ainda bem que não voto em Lisboa porque não lhe dava o meu voto, voltarei a ler o programa do MEP para ver se cresceram e amadureceram nos tempos difíceis que sucederam ao espalhanço das últimas legislativas.

De qualquer das formas, não estou arrependido de ter votado nele nas Presidenciais como muita gente já descarrega aí pelas internetes, só tenho pena de ele ter agora optado pela via fácil de chegar a um lugar de topo, mal aconselhado ou não, é a opção (bastante discutível) dele :?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor The Morning Star » domingo abr 10, 2011 11:39 pm

Audiokollaps Escreveu:Se ao menos aprendessemos algo com eles.....


O país está exaurido e necessita de perceber, de uma vez por todas, que secou a fonte do dinheiro que nos permitiu viver muito acima das nossas possibilidades (entre sector público e sector privado, gastamos todos os anos, nos últimos 15 anos, mais cerca de 10% do que aquilo que fomos sendo capazes de produzir) e dela não brotará de novo dinheiro fresco e leve. É mesmo verdade que "eles" - os Governos, o Estado - "gastaram todo o dinheiro dos outros", o mesmo é dizer que o nosso dinheiro e o dos que nos foram emprestando euro atrás de euros. É por isso que os nossos problemas são muito diferentes dos da Islândia (essa Némesis onde muitos julgam podermo-nos inspirar) e muitos mais próximos dos da Grécia. Historicamente próximos: é que "nós estamos num estado comparável somente à Grécia - a mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma decadência de espírito", como escreveu Eça de Queirós em ...1872. - José Manuel Fernandes

Aprender o quê? Ora diga lá.

JVELHAGUARDA Escreveu:Passos Coelho marca a agenda, esvazia o balão do comício do PS, depois se verá e é acertada ou não a decisão dele em votos.

Depois de 3 dias de comício (de congresso só teve o nome) em que o líder fala quase 2 horas no total, com discursos de 18 páginas (relembra algo visível em cuba) ideias nem vê-las, acusações muitas, show off também, vozes contra zero ou quase zero, assim vai o PS, veremos os outros. (Ainda faltam 55 dias disto :? )

Rómulo Machado o não alinhado
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Pela mão do PS e pela 3ª vez bem vindo FMI, esta semana ai estarão de novo. :? :evil: :?


Isso mesmo! Será que ninguém vê os níveis estratosféricos da demagogia desse sujeito? Será que ninguém vê o défice gritante de democracia nesse partido? Criticam muito o PSD de ter muitas vozes dissonantes e andarem sempre "à batatada", mas isso é um indicador de divergência de ideias, constante fricção de políticas, de interesse pela ideologia das alas, um pouco que seja, e não pelos tachos, senão tavam calados, certo? Pessoalmente nem sou do PSD, mas sei ver a diferença!
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » segunda abr 11, 2011 10:16 am

Ena, aparentemente agora o lugar de Presidente da AR é "oferecida" a candidatos a deputado...Que giro.

Se este foi o resultado da "reflexão" que F. Nobre disse que ia fazer na sequência dos resultados das presidenciais...Enfim, é maior e vacinado para apoiar aquilo que entende (como aliás tem feito). Agora resta-lhe aturar as críticas e o permanente relembrar das declarações que foi feito durante as presidenciais...Lá ganhar "cabedal político" vai ele, imo

Não segui o congresso norte-coreano do PS mas aquilo que mais me chamou a atenção foi a ausência de uma palavrita sequer do António José Seguro. Se se compreende (+-) o cerrar fileiras em torno do "Querido Líder", não deixa de ser uma pena tanto unanimismo.


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