Metal Underground

O ultimo de Morbid Angel é apenas mais um trabalho que entra para a já numerosa lista de albuns polémicos.
Polémicos no sentido de cortarem com o legado das bandas, polémicos porque não resultam na sua totalidade, polémicos porque poderão ser obras não compreendidas pelos fans, polémicos porque são mal tocados, polémicos porque as bandas arriscam em novos rumos, enfim podem ser inumeros factores que levam ao surgimento destes, digamos estados de alma.
Quem não se recorda do autêntico tiro ao lado dado pelos Celtic Frost, o Black Album de Metallica, a surpreendente nova abordagem que os Death criaram pós-Spiritual Healing, o Demonic dos intocaveis Testament (que na altura ninguem levou a serio, mas que hoje é deve ser uma das maiores inspirações para dezenas de bandas nacionais), os ambientes Trip-Hop usados por My Dying Bride no excelente 34.788%... Complete, a quase veneração a Morbid Angel mostrada por uns surpreendentes Immortal no Blizzard Beasts, o toque macabro e melodico da ultima criação de Dissection ou as bombasticas orquestrações usadas por uns Dimmu Borgir depois de sairem das florestas norueguesas ou o urbanismo sonoro de Ulver...e claro no caso nacional o Pecado de Moonspell.
Enfim a lista continua, e o que pede aqui é para falarem um pouco disto, tipo será que vale realmente enxartar num album a torto e a direito, será que somos capazes de compreender a musica feita pelos nossos musicos de eleição?
Existe casos obvios que são desastrosos, mas outros são muito mal recebidos e passados uns anos acabam por se tornar em obras quase essenciais dentro da musica que ouvimos.
Falem um pouco das bandas que mais gostam e dos albuns que, ou não entenderam ou simplesmente acham que não representam a bandas.
E sem serem cromos, porque isto talvez seja interessante.

Por acaso, não me lembro de muita polémica devido ao Black Album, mais em relação ao Load quando saiu.

Sepultura com o Roots e de seguida o Against, principalmente este por motivos que já mais que falados.

Machine Head e as suas piscadelas de olho ao flow do momento, The Burning Red e Supercharger.

Entombed com o seu Wolverine Blues, passando a tocar um Deathn'roll.

E mais uma série de bandas menos conhecidas que aligeiraram o seu som, mais uma vez, indo de encontro ao flow do momento, mas penso que essas já não seriam de interesse geral...

Machine Head, que é a minha banda favorita passaram, como o Kustu disse, por um momento com 2 álbuns bem diferentes do seu som habitual, apesar de gostar bastante do Supercharger.

O Thornography dos Cradle Of Filth também foge um pouco à sonoridade apresentada, está bem mais light que os outros álbuns.

O See You In The Other Side e o Untitled dos Korn também os acho bem diferentes da restante discografia, também pela saída de membros da banda.

O Renewal e o Endorama dos Kreator, principalmente o Endorama, que servia perfeitamente para um álbum de uma banda gótica ou algo do género.

O Risk dos Megadeth, esse foi mesmo um tiro ao lado...

E muitos outros.

Essa do Renewal continua a bater forte, é certo que para muitos é uma autentica aberração sonora devido á abordagem mais industrial que a banda usa, mas para mim continuo a acha-lo como o melhor album de sempre de Kreator.
Acho que em muito pouco violaram o seu som base e aquele registo só ficou a ganhar com essa experiencia.
O Cause For Conflict tentou ligeiramente retomar esses rumos, mas não com aquela genialidade.

Para os apreciadores da banda (ou grande parte deles pelo menos), o Musique dos ToT foi tipo balde de água fria quando saiu e mesmo o álbum pós-pausa também não foi muito bem recebido.

Num universo mais pequeno (e num exemplo não tão crasso é claro), o L'ordure à l'état pur de Peste Noire também está a ser um álbum algo "controverso" (opinião que não partilho).

Zyklon Escreveu:Essa do Renewal continua a bater forte, é certo que para muitos é uma autentica aberração sonora devido á abordagem mais industrial que a banda usa, mas para mim continuo a acha-lo como o melhor album de sempre de Kreator.
Acho que em muito pouco violaram o seu som base e aquele registo só ficou a ganhar com essa experiencia.
O Cause For Conflict tentou ligeiramente retomar esses rumos, mas não com aquela genialidade.

Eu também gosto do Renewal, não é o meu favorito de Kreator mas ainda assim gosto de o ouvir.
Tirando o Risk, dos que referi gosto de todos, apesar do Thornography também ter algumas músicas escusadas lá para o meio. Eu não sou contra a mudança de sonoridade num álbum desde que ouvindo o dito cujo se note que seja a banda A ou B.
Falando do polémico álbum dos Morbid Angel, é isso que sinto a falta nele... Não me soa a Morbid Angel. Aqui está, para mim, a diferença entre este e, por exemplo, o Renewal que apesar de ser bastante diferente dos restantes álbuns, consegue soar a Kreator.

Não foi mesmo.
Mas esse album acredito que fosse mais uma fuga da propria banda ao estilo que ajudou a criar e que na altura (prai em 2000 acho) estava a tornar-se quase irritante com bandas mesmo más.
Ou talvez devido ao beco sem saida onde se encontravam, a trilogia T:V:A é obrigatoria para qualquer seguidor de bandas de meninas loiras a cantar e depois disto pouco haveria a criar e isso confirmou-se mais tarde...ainda tentaram salvar as coisas com o Live:Closure, mas o mal estava feito.

Engraçado...

O «Host» dos Paradise Lost fez-me perder o interesse pela banda enquanto o «Grand Declaration of War» fez-me olhar de outra forma para os Mayhem. Sem dúvida 2 discos marcantes e fora do comum na discografia de ambas as bandas até à data!

Na altura também não achei nada desfasado da realidade o «Black Album»... e nem sequer posteriormente os «Loads»!
Alguém esperava ver os Metallica durante 30 anos a gravar o «Kill Em All»!?

Excelente tópico Zyk

Falando um pouco de fases:

Metallica
Nem tanto pelo Black Álbum que na minha opinião é um grande álbum, mas sim pela fase dos Loads. Não que sejam álbuns maus, mas simplesmente não representam a banda. Representam sim uma forma mais comercial de ver a música, e que se revelou não só na sonoridade, como na atitude, no visual, entre isso tudo. Parecia uma banda completamente diferente.

Machine Head
Aquela fase mais Nu-Metal do Burning Red e do Supercharger foram uma fase negativa na minha opinião, quando comparado com a os dois álbuns anteriores e os dois álbuns seguintes.
Apesar de se encontrarem boas músicas nos álbuns, não são álbuns ao nível desta banda.

In Flames
Percursores do Death Metal Melódico, até 2000 foram Reis. Depois disso, entraram num novo rumo que não me agrada particularmente (safa-se o Come Clarity). Para mim In Flames é aquela banda que gravou os incontornáveis Whoracle ou Clayman e nunca álbuns medíocres e sem alma como Reroute to Remain ou A Sense of Purpose.

Casos particulares:

Megadeth - Risk
Um tiro completamente ao lado, numa altura em que a carreira da banda parecia estar a ir por água abaixo.
Felizmente recuperaram, e já estão de volta à velha forma.

Metallica - St. Anger
Talvez o álbum mais contestado dentro do Metal.
Não é que não o mereça ser, porque a sonoridade não tem nada a ver com os Metallica. Ainda por cima sem solos...
Mas uma coisa é certa, o álbum contém o que a banda sentia no momento. Quando se ouve o álbum dá para perceber as dificuldades que se estavam a passar dentro do seio da banda, talvez até a falta de inspiração, falta de vontade para continuar o legado... é nesta fúria e revolta que este álbum é feito, e dá para o sentir a ouvir, apesar de ser pelo lado negativo da sonoridade.

À medida que me for lembrando, vou pondo mais.

Por exemplo Gorefest, precursores dum death metal poderosíssimo no Erase de '94 e de repente em '96 um death 'n' roll totalmente arrebatador no Soul Survivor. Não sei como foi na altura, porque não ouvia, mas parece-me que a reação não nada consensual quanto ao álbum. Agora olha-se para o SS e o Chapter 13 como marcos importantíssimos de Death 'n' Roll, em conjunto com essa mesma fase dos Entombed...!

Acrescento aos já falados, as mudanças de direção dos Anathema e dos Katatonia. Embora aqui ninguém fale mal deles, porque foram mudanças positivas, senão mesmo para melhor. Basta ouvir o Judgement e o Last Fair Deal Gone Down.

Os Metallica são o caso mais mediático mesmo. Já no AJFA foram criticados por fazer um vídeo do One, depois do Lars ter jurado apés juntos que nunca o faria. O Black Album só teve mesmo polémica por parte dos fãs mais acérrimos, porque foi o disco que lhes fez mais fãs.
Mas o único álbum que faz juz ao título do tópico é o St. Anger...

Lembro-me perfeitamente que quando saiu o Black Album, foi rejeitado pela grande maioria dos fãs.
O comentário que mais se ouvia: "isto não é Metallica" "entra sandesman" que merda era aquela. E a isso somada a raiva do sucesso comercial que o disco tomou. Da minha parte está claramente abaixo dos primeiros quatro, mas melhor que os outros que vieram. Tirando as baladas está um bom disco.

Por essas alturas, durante 4 ou 5 anos o metal teve algum sucesso comercial, à base dos Metallica, mas também pelos Sepultura e Pantera. O "Chaos AD" e o "Far Beyond Driven" tb fez torcer o nariz a muitos fãs, mas a uma escala mais pequena.

O ultimo álbum de Sentenced (The funeral) afasta-se um pouco daquilo que a banda fez até então. No entanto, não acho que isso tenha qualquer conotação negativa. Foi um album que a banda fez quando já sabia que iria acabar (espero nao estar a dizer nenhuma barbaridade) e isso reflecte-se muito no conteudo lirico do mesmo. Musicalmente tb estao muito mais Hard/heavy Rockeiros do que nos albuns anteriores.

O último de Hatebreed. Muito lalalacore

Lapeno Enriquez Escreveu:O último de Hatebreed. Muito lalalacore

sendo assim, tudo o que pennywise fez depois do land of the free.