El Dorado: a revolução no Jornalismo
El Dorado: a revolução no Jornalismo
A Controlinveste, depois de em Janeiro de 2009 ter despedido 119 colaboradores, agora resolveu fechar o 24 Horas e o Global Notícias. O jornal I também já avançou que vai fazer reestruturações, e a RTP também vai apertar o cinto.
Estas recentes notícias, fizeram-me recordar um professor meu na faculdade que dizia que "se estão à espera de fazer carreira no jornalismo, bem podem começar a pensar em escolher outro curso". Isto em 2006. A razão para tal afirmação deveu-se ao facto de ele achar que as plataformas informáticas estarem a matar o jornalismo tradicional. Na altura, achei que era um exagero da parte do Professor Doutor Nelson Traquina, mas com o passar dos anos na faculdade e posterior estágio no Diário de Notícias, apercebi-me de que, de facto, o homem, apesar de parecer meio tresloucado, tinha toda a razão. No DN raramente fazíamos investigação e apenas 2/3 vezes por semana saíamos em reportagem. As notícias eram sacadas aos montes da net, seleccionadas a dedo e metidas no jornal do dia a seguir com terminologias alteradas. Pelo que sei todos os jornais actualmente utilizam esta "técnica" para cortar em custos de deslocação e para veicularem fundos para este ou aquele artigo mais importante (exs. a cobertura a umas eleições ou ao mundial de futebol).
Paralelamente, os media digitais avançam para a definitiva conquista do espaço jornalístico. Jornais ingleses e americanos já fecharam portas para se reestruturarem e avançarem exclusivamente com o formato digital. Isto é, têm um site e um jornal em formato electrónico, que é concebido de forma bem mais económica. Já se fala da fusão do jornalista com o informático, criando uma nova categoria profissional, para a qual as faculdades ainda não preparam convenientemente os seus alunos, apesar de se formarem na área às centenas todos os anos.
É o El Dorado para as empresas que detém poder sobre os jornais. A Impresa ou a Controlinveste podem por fim aplicar uma lógica empresarial total aos jornais, cortando custos de raíz (ou seja despedindo jornalistas), sacrificando assim o jornalismo tradicional. Isto também quer dizer que vão passar todos a contratar e despedir estagiários não remunerados de 3 ou 6 em 6 meses.
O assunto parece-me pertinente e sei que há no MU users que presentemente trabalham ou estagiam nos media.
Speak your mind, wisely. Não ajavardem o tópico.
Estas recentes notícias, fizeram-me recordar um professor meu na faculdade que dizia que "se estão à espera de fazer carreira no jornalismo, bem podem começar a pensar em escolher outro curso". Isto em 2006. A razão para tal afirmação deveu-se ao facto de ele achar que as plataformas informáticas estarem a matar o jornalismo tradicional. Na altura, achei que era um exagero da parte do Professor Doutor Nelson Traquina, mas com o passar dos anos na faculdade e posterior estágio no Diário de Notícias, apercebi-me de que, de facto, o homem, apesar de parecer meio tresloucado, tinha toda a razão. No DN raramente fazíamos investigação e apenas 2/3 vezes por semana saíamos em reportagem. As notícias eram sacadas aos montes da net, seleccionadas a dedo e metidas no jornal do dia a seguir com terminologias alteradas. Pelo que sei todos os jornais actualmente utilizam esta "técnica" para cortar em custos de deslocação e para veicularem fundos para este ou aquele artigo mais importante (exs. a cobertura a umas eleições ou ao mundial de futebol).
Paralelamente, os media digitais avançam para a definitiva conquista do espaço jornalístico. Jornais ingleses e americanos já fecharam portas para se reestruturarem e avançarem exclusivamente com o formato digital. Isto é, têm um site e um jornal em formato electrónico, que é concebido de forma bem mais económica. Já se fala da fusão do jornalista com o informático, criando uma nova categoria profissional, para a qual as faculdades ainda não preparam convenientemente os seus alunos, apesar de se formarem na área às centenas todos os anos.
É o El Dorado para as empresas que detém poder sobre os jornais. A Impresa ou a Controlinveste podem por fim aplicar uma lógica empresarial total aos jornais, cortando custos de raíz (ou seja despedindo jornalistas), sacrificando assim o jornalismo tradicional. Isto também quer dizer que vão passar todos a contratar e despedir estagiários não remunerados de 3 ou 6 em 6 meses.
O assunto parece-me pertinente e sei que há no MU users que presentemente trabalham ou estagiam nos media.
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- Audiokollaps
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
Se o "jornalismo de investigação" ainda era o farol no meio da escuridão informativa, actualmente este excerto dos Mão Morta resume bem o que penso da qualidade da informação:
Infelizmente a tendência é para termos cada vez mais noticias, mais informação e sabermos cada vez menos....
"é a aldeia global" - explicam num júbilo imbecil, prontos a desfilar o rosário de últimos acontecimentos, sem discernirem que, contrariamente ao mundo observado directamente, em que a relação com o real é absoluta, estão a consumir meros resumos simplificados da realidade, manipulados num fluxo de imagens de que são simples espectadores e cuja escolha, cadência e direcção não controlam nem têm possibilidade de verificar a veracidade e em que, finalmente, no frenesim meticulosamente planeado de dados surpreendentes, o que verdadeiramente importa se mantém secreto.
Infelizmente a tendência é para termos cada vez mais noticias, mais informação e sabermos cada vez menos....
- onedayless
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
Audiokollaps Escreveu:Infelizmente a tendência é para termos cada vez mais noticias, mais informação e sabermos cada vez menos....
Exactamente. To much information. Aquele dizer do entra a 100 sai a 200, no fundo o povo português é um visionário.

- Cthulhu_Dawn
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
paulo figueiredo Escreveu:A Controlinveste, depois de em Janeiro de 2009 ter despedido 119 colaboradores, agora resolveu fechar o 24 Horas e o Global Notícias. O jornal I também já avançou que vai fazer reestruturações, e a RTP também vai apertar o cinto.
Estas recentes notícias, fizeram-me recordar um professor meu na faculdade que dizia que "se estão à espera de fazer carreira no jornalismo, bem podem começar a pensar em escolher outro curso". Isto em 2006. A razão para tal afirmação deveu-se ao facto de ele achar que as plataformas informáticas estarem a matar o jornalismo tradicional. Na altura, achei que era um exagero da parte do Professor Doutor Nelson Traquina, mas com o passar dos anos na faculdade e posterior estágio no Diário de Notícias, apercebi-me de que, de facto, o homem, apesar de parecer meio tresloucado, tinha toda a razão. No DN raramente fazíamos investigação e apenas 2/3 vezes por semana saíamos em reportagem. As notícias eram sacadas aos montes da net, seleccionadas a dedo e metidas no jornal do dia a seguir com terminologias alteradas. Pelo que sei todos os jornais actualmente utilizam esta "técnica" para cortar em custos de deslocação e para veicularem fundos para este ou aquele artigo mais importante (exs. a cobertura a umas eleições ou ao mundial de futebol).
Paralelamente, os media digitais avançam para a definitiva conquista do espaço jornalístico. Jornais ingleses e americanos já fecharam portas para se reestruturarem e avançarem exclusivamente com o formato digital. Isto é, têm um site e um jornal em formato electrónico, que é concebido de forma bem mais económica. Já se fala da fusão do jornalista com o informático, criando uma nova categoria profissional, para a qual as faculdades ainda não preparam convenientemente os seus alunos, apesar de se formarem na área às centenas todos os anos.
É o El Dorado para as empresas que detém poder sobre os jornais. A Impresa ou a Controlinveste podem por fim aplicar uma lógica empresarial total aos jornais, cortando custos de raíz (ou seja despedindo jornalistas), sacrificando assim o jornalismo tradicional. Isto também quer dizer que vão passar todos a contratar e despedir estagiários não remunerados de 3 ou 6 em 6 meses.
O assunto parece-me pertinente e sei que há no MU users que presentemente trabalham ou estagiam nos media.
Speak your mind, wisely. Não ajavardem o tópico.
Eu já não compro jornais com a periodicidade que comprava há (relativamente) pouco tempo. Dantes comprava o DN e o Público todos os dias (salvo um ou outro esquecimento). Agora é ao contrário, de vez em quando compro o Público. Na prática não tenho 6/7€ para gastar em jornais, por semana.
De resto, vou buscar bastante conteúdos à Internet, é um facto. Todos os dias faço a ronda pelos nossos jornais, mas grande parte das notícias vou buscar aos internacionais (é o que mais me interessa). Nos jornais estrangeiros aquilo que se nota é que já muitos restringem parte dos conteúdos a assinantes (cá acho que só o Público é que faz isso), nomeadamente as colunas ou os artigos mais substanciais.
Acho que também aquilo que contribuiu bastante para esse declínio tem sido a consolidação dos blogues. Especialmente em relação a blogues nacionais, existem muitos que vão buscar notícias primeiro que os meios tradicionais e que até cobrem certos eventos (nomeadamente em altura de eleições, os congressos partidários).
Já agora, faço a pergunta a alguém que de facto ande mais metido nisto, mas já há muito tempo que os diários não fazem propriamente "jornalismo de investigação", muito antes deste agravamento das dificuldades financeiras. Aqueles que o faziam eram os semanários (Expresso, Independente, agora o Sol) e as revistas (Visão, Sábado). Não sei se é assim, mas é só a minha percepção...
Bom tópico, btw...

Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
2 ou 3 coisas.
Um professor que diz que "... podem escolher outro curso". Ou é mau professor ou egoísta.
Os jornais têm obviamente de se adaptar a este novo paradigma, tal como o está a fazer (bem no meu ponto de vista) a industria livreira, que nunca vendeu tanto como hoje (e caros). Não me cabe a mim decidir que alterações serão essas, mas renovação de conteúdos, ir aos nichos, e investigação obviamente. Hoje quem lê um jornal lê os outros todos, salvo raras excepções, assim como os artigos de opinião.
Podem diminuir os quadros sim, mesmo diminuir as páginas, diminuindo o preço... no fundo fazer um reset e ver qual a melhor estratégia.
Ou então, os quiosques só irão servir para fazer download para os kindles e afins.


Um professor que diz que "... podem escolher outro curso". Ou é mau professor ou egoísta.
Os jornais têm obviamente de se adaptar a este novo paradigma, tal como o está a fazer (bem no meu ponto de vista) a industria livreira, que nunca vendeu tanto como hoje (e caros). Não me cabe a mim decidir que alterações serão essas, mas renovação de conteúdos, ir aos nichos, e investigação obviamente. Hoje quem lê um jornal lê os outros todos, salvo raras excepções, assim como os artigos de opinião.
Podem diminuir os quadros sim, mesmo diminuir as páginas, diminuindo o preço... no fundo fazer um reset e ver qual a melhor estratégia.
Ou então, os quiosques só irão servir para fazer download para os kindles e afins.


- Zyklon
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
Essa capa é real?!
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- Brilhando
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
Realmente, devia enganar os alunos e prepara-los antes para um mundo de arco-íris e unicórnios.Um professor que diz que "... podem escolher outro curso". Ou é mau professor ou egoísta.
Quanto ao resto, apaguem a internet. Assim as pessoas já comprariam jornais aos montes e os milhares de jornalistas sem emprego já poderiam trabalhar.
Aproveitava-se e podia-se banir a electricidade ou tapar o sol. Assim as indústrias da cera, dos fósforos e dos candeeiros a óleo, entre outras relíquias do século XIX/XX iriam expandir exponencialmente e criar-se-iam um montão de empregos também.
De qualquer forma, não gasto dinheiro em jornal nenhum e dificilmente pagaria por uma subscrição online. Além do mais, aquilo que me vai interessando está sempre à distância de um click em um qualquer blog (que muitas vezes fornecem mais informação do que os sites dos jornais em si) ou no feed de notícias do firefox.
Setze jutges d'un jutjat mengen fetge d'un penjat; si el penjat es despengés es menjaria els setze fetges dels setze jutges que l'han jutjat.
- Cthulhu_Dawn
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
Brilhando Escreveu: Além do mais, aquilo que me vai interessando está sempre à distância de um click em um qualquer blog (que muitas vezes fornecem mais informação do que os sites dos jornais em si) ou no feed de notícias do firefox.
A questão é essa, multiplicada por milhões e milhões de pessoas...
Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
Brilhando Escreveu:Realmente, devia enganar os alunos e prepara-los antes para um mundo de arco-íris e unicórnios.Um professor que diz que "... podem escolher outro curso". Ou é mau professor ou egoísta.
Descuplem lá o off, mas tenho de responder a isto.
Um professor deve no meu ponto de vista motivar os alunos e ensinar (o que tb é uma arte, mesmo no e. superior) os alunos, que estão ali porque querem, têm sonhos, etc.
Toda a gente sabe como é/está a realidade, pelo que é um comentário desnecessário na minha opinião.
Na U. Évora. Os professores de Filosofia e Matemática diziam o mesmo no inicio do ano lectivo. Resultado: cursos fechados. Mesmo que não tenham sido os causadores disso, alguma culpa terão. Em vez de procurarem alterar esse estado, alguns até parece que têm um certo prazer sádico nisso.
Olha, só o que te posso dizer, é que se fosse ouvir 2 ou 3 professores que me disseram isso (tirei História), a esta hora não teria o emprego que tenho.
Seguindo o teu conselho de se fechar a internet, olha, feche-se a escola tb.
Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
Cthulhu_Dawn Escreveu:Já agora, faço a pergunta a alguém que de facto ande mais metido nisto, mas já há muito tempo que os diários não fazem propriamente "jornalismo de investigação", muito antes deste agravamento das dificuldades financeiras. Aqueles que o faziam eram os semanários (Expresso, Independente, agora o Sol) e as revistas (Visão, Sábado). Não sei se é assim, mas é só a minha percepção...
Há um par de anos foi feito um estudo sobre o trabalho jornalístico em Portugal.
Basicamente, a conclusão é exactamente aquilo que o Paulo constata: a grande maiorias dos conteúdos que encontramos nos media é essencialmente jornalismo de secretária, recebido de outros jornais, agências noticiosas e comunicados de imprensa.
Shrödinger's cat has left the building.
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
De facto é isso que se constata. Mas então o que está na origem? É um paradoxo? Ou só há um ou dois jornais no mundo que debita notícias cá para fora?
Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
Cada jornal faz um bocadinho de investigação. A isso soma-se o trabalho de campo das agências noticiosas.
Depois.. é só baralhar e fotocopiar uns pelos outros.
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- Cthulhu_Dawn
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
raxx7 Escreveu:Cthulhu_Dawn Escreveu:Já agora, faço a pergunta a alguém que de facto ande mais metido nisto, mas já há muito tempo que os diários não fazem propriamente "jornalismo de investigação", muito antes deste agravamento das dificuldades financeiras. Aqueles que o faziam eram os semanários (Expresso, Independente, agora o Sol) e as revistas (Visão, Sábado). Não sei se é assim, mas é só a minha percepção...
Há um par de anos foi feito um estudo sobre o trabalho jornalístico em Portugal.
Basicamente, a conclusão é exactamente aquilo que o Paulo constata: a grande maiorias dos conteúdos que encontramos nos media é essencialmente jornalismo de secretária, recebido de outros jornais, agências noticiosas e comunicados de imprensa.
Ou seja, houve uma tendência que já antecedia (em parte, pelo menos) as dificuldades económicas que entretanto se agudizaram e agora já não há meios/vontade de apostar em algo que dá trabalho e, essencialmente, custa dinheiro.
- spiegelman
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
Gostaria de saber as estatísticas dos semanários. Fazer jornalismo diário está cada vez mais difícil, até porque a informação viaja mais rápido do que se escreve. No entanto isso não anula a possibilidade de fazer jornalismo informativo de fundo. O jornalismo diário fazia sentido quando as pessoas não tinham acesso à infromação. Hoje sabe-se mais rapidamente das coisas pelo twitter. Mas nada disso não anula a pertinência de dra a conhecer matérias de fundo ao grande público. E os grandes assuntos (crise, escandalos políticos, fraudes, grandes julgamentos) não são notícias que se esgotam em pequenso anúncios diários. Obviamente que isso reduz o espaço de manobra para vários jornais que copiam informação uns dos outros.
Mas por exemplo, nada nunca substituirá em pequenos anúncios diários as grandes entrevistas e tudo o que daí pode advir como por exemplo deputados a roubarem gravadores.
Quem quiser continuar a querer informar o público decentemente, fá-lo-á. O problema é que são cada vez menos.
O fim do global e do 24 horas não faz a mínima mossa para o jornalismo. Um DN ou um Público seriam uma perda muito maior e preocupante.
Mas inevitavelmente o paradigma da informação mudará.
Mas por exemplo, nada nunca substituirá em pequenos anúncios diários as grandes entrevistas e tudo o que daí pode advir como por exemplo deputados a roubarem gravadores.
Quem quiser continuar a querer informar o público decentemente, fá-lo-á. O problema é que são cada vez menos.
O fim do global e do 24 horas não faz a mínima mossa para o jornalismo. Um DN ou um Público seriam uma perda muito maior e preocupante.
Mas inevitavelmente o paradigma da informação mudará.
"Sim, esta veio do silêncio E livres habitamos a substância do MU!" (HumbertoBot)
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Re: El Dorado: a revolução no Jornalismo
raxx7 Escreveu:Cthulhu_Dawn Escreveu:Já agora, faço a pergunta a alguém que de facto ande mais metido nisto, mas já há muito tempo que os diários não fazem propriamente "jornalismo de investigação", muito antes deste agravamento das dificuldades financeiras. Aqueles que o faziam eram os semanários (Expresso, Independente, agora o Sol) e as revistas (Visão, Sábado). Não sei se é assim, mas é só a minha percepção...
Há um par de anos foi feito um estudo sobre o trabalho jornalístico em Portugal.
Basicamente, a conclusão é exactamente aquilo que o Paulo constata:a grande maiorias dos conteúdos que encontramos nos media é essencialmente jornalismo de secretária, recebido de outros jornais, agências noticiosas e comunicados de imprensa.
È normal isso.
Depois existe uma faca de dois legumes no nosso jornalismo.
Ou se entra na investigação pura e dura que acaba em shit(processos e mais processos, desmentidos e jogos de bastidores dentro da admistração) como aconteceu com a Casa Pia ou o SucaSocraVaraterismo ou então fica-se pela ultima foto onde se apanhou a Rita Pereira a fazer sexo num carro...
E depois a enxurrada dos novos Media tambem não ajudam....
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