Seguíram-se várias reacções, umas mais racionais que outras, mas sem dúvida que há varias questões a levantar:
- Como se determina e como se regulam os preços em Portugal?
- Esta aumento imparável é fruto de diversos problemas (políticos, sociais, económicos,etc..) que atravessam os países da OPEP ou é fruto de simples especulação financeira?
- Como justificar que a petrolíferas a operar em Portugal tenham aumento brutais dos lucros, se apenas aumentam os preços porque o barril aumenta de preço?
- Será que sempre que estamos a atestar o depósito estamos indirectamente a pagar um "défice"?
- Qual será o valor de imposto sobre combustíveis que o estado arrecada cada ano?
- Será que o baixar do IVA em 1% teve como reflexo o aumento dos combustíveis 15 (ou 17) vezes, numa acção concertada entre Estado e a Galp (Empresa com capitais públicos através de uma golden share e que detêm o monopólio através da refinaria)??
- Porque é que os aumentos em Portugal não são semelhantes aos restantes países europeus?
- Se temos vários fornecedores (Médio oriente, África e América do Sul) não há alternativas mais baratas?
- Será que a investigação da Autoridade da Concorrência sobre uma possível cartelização no sector dos combustíveis em Portugal irá apresentar resultados? Ou é mero fogo de vista para distrair os consumidores?
Depois de mais um aumento mal explicado, o Presidente do ACP sugeriu um boicote como forma de protesto:
Carlos Barbosa, presidente do ACP, defendeu ontem em entrevista num canal de televisão, o boicote à Galp como forma de pressionar a uma descida dos preços. Como a Galp é dominante e todas as outras gasolineiras abastecem lá, se esta baixar o preço, todas terão de baixar. O contrário é o que tem acontecido, a Galp sobe e todas têm de subir.
Mas, como nisto de gasolineiras há fortes suspeitas de estarem todas feitas, o melhor é boicotar, para além da GALP, também a BP e a REPSOL. São os 3 grandes e que maiores lucros e benefícios apresentam com estes sucessivos aumentos de combustíveis.
Relembro que cada vez que há um aumento de combustíveis, toda a economia em Portugal é afectada, todos os preços têm de subir e quem acaba por pagar a factura somos todos nós. Quem ganha são apenas os accionistas destas empresas e o Estado português pela cobrança do imposto sobre combustíveis.
- Será que um boicote destes é exequível? Ou o português comum não se dá ao trabalho de procurar pequenos revendedores?
Eu cada vez uso menos o carro, mas o sistema de transportes públicos em Portugal é péssimo, será que até neste sector há um interesse que o português use o automóvel?