Podem usar o formato que quiserem,narrativa,prosa,etc.
Caso queiram,podem dar críticas (de preferência constructivas,eu sei que algumas minhas são foleiras mas... ;__; ).
Destruição Lenta
Sento-me na madeira fria de um banco velho,meio apodrecido.
O alívio percorre-me o corpo,e recupero o fôlego.
Fujo daqueles que me desejam roubar o que me ainda me deixa de pé.
Desejam ver-me morto,arrastado para as portas da sua ganância.
Porquê? Há razão de existirem sanguessugas na minha mente?
Será que fui eu que as atraí? Porque razão cometeria eu tal erro?
Despejo a minha vida para o lazer dos outros,perdendo sequer noção da minha história.
Eles anseiam ver-me atravessar o mar da sua vingança.
A cada segundo existem sombras nos confins mais profundos arrastando-me para o seu inferno.
Bem fundo nos cantos dos seus próprios mundos,onde ardem pensamentos maléficos.
Vida através da serenada gelada
Sou o bardo que narra contos aos oprimidos,deixando restos de esperança nas suas mentes frágeis.Percorri o meu mundo,nada encontrei...procuro agora um novo onde possa aprender.
Há quem diga que viver na ignorância preserva a felicidade humana.Eu digo que o conhecimento implica a perda da inocência.É a pura verdade.Procuro nestas ideias elucidamento.
Terei que viver eternamente percorrendo vales de memórias,procurando a inocência perdida que há muito tenho saudades? A pequena criança em mim,que vivia livre do mundo.
Sinto-me perdido.Porque tenho eu este destino que me prende? Quero acabar com este tipo de vida.Sou um ser humano.O tempo escasseia,e sinto-me extremamente fraco.
Por vezes penso que a ignorância me teria deixado bem.Mas arrisquei e decidi aventurar-me no mar da verdade.Há uma foice que ceifa a sanidade a cada segundo.
Posso agora dizer que o mundo desvenda os seus segredos para mim,gradualmente,à medida que o tempo avança.Pago caro por estas acções,e tornou-se um vício.
Perco-me na imensidão das vidas que me correm pelos olhos,procurando alguma réstia de felicidade que me possam devolver em troca da que dou aos outros.
Egoísmo?Talvez,mas os erros foram meus por ter escolhido esta estrada,e agora não vejo outra alternativa.Gostava de voltar a ter aquele sentimento.
Passo ínumeros momentos parado,com o nevoeiro batendo-me na face.Traz-me saudades do passado.Nostalgia...E também,felizmente,de bom conforto.
Procuro outros rumos no vento.Resta-me a esperança que exista outro melhor algures,e que me deixem voar até lá.É uma jornada longuínqua.
São todos frios.A cada passo que dou,todos os caminhos tentam negar-me o seu travesso.Vivem com medo de que lhes sejam roubados algo.
No entanto,não sou ladrão.Aliás,quem fui roubado fui eu.E no entanto,não é vingança que procuro.Não me existe esse mal no coração.
Todos nascemos com a noção do bem e do mal no coração.Ambos lutam num campo gelado chamado "alma",presente em quase todos nós.
A tentação para cair para cada lado,não sei se depende de nós,ou de alguma força superior.Apenas sabemos que ambos existem.
Só podemos realmente saber o que ambos significam passando por eles.É o meu caso.Vi que o meu ódio,a mim,nada me deu.
Apenas angústia e o desejo de eliminar todas as advertências.Descobri que não era suficientemente forte para ele.
Não existe controlo no mal...apenas raiva pura e descontrolada.Acabamos nós mais magoados do que os próximos.
Tive que mudar de lado e trair um passado obscuro.Deixou-me um desgosto enganador (ainda hoje me puxa).
Esse lado de mim deseja que eu volte.E continua a consumir-me restos.Mas não irei voltar para lá.
Conheci seres como eu.Perdidos,mas que procuraram por objectivo e finalmente o encontraram.
Será que há realmente razão para continuar a ser como sou,se não existe algum progresso?
Resta-me esperar...e manter a esperança.
Mas até quando irei conseguir aguentar?
São dos mais expressivos que tenho registo de ter feito.

