paulo figueiredo Escreveu:Isto só faz confusão numa sociedade edificada em costumes cristãos e por isso habituada a ver a família como uma instituição formada por pai, mãe e filhos..como a nossa. Na minha opinião a união de homossexuais não tem nada de mais se pensarmos na big picture da sociedade ocidental, que se baseia na liberdade de expressão. Por isso, se um homem gosta de um homem (ou uma mulher de uma mulher) podem as nossas leis proibir estas pessoas de se "casar" e de obter os direitos que um casal unido sobre a benção da igreja? Creio que não.
Os únicos dois pontos que me preocupam:
-Não pode é ser considerado um casamento, porque a igreja não o aceita e bem, porque a bíblia não contempla a união homossexual como legítima, isto é, se casamento é um ideologia católica, então uma união homossexual nunca poderá ser um casamento, a não ser que o Vaticano resolva abrir uma (histórica) excepção. Será esta uma das maiores rupturas entre a sociedade ocidental e a igreja católica? Que repercurssões terá isto nas gerações vindouras?
-A questão da adopção. Não questiono as capacidades pedagógicas de um casal homossexual, mas sim a forma como a criança será vista e tratada pela restante comunidade.
Embora perceba o que querias dizer quando falas na conotação específica do termo "casamento" com a Igreja, a união que se faz através do Registo Civil é, também, um "casamento"...E não deve ser visto como menor ou valendo menos que o casamento pela Igreja... De resto, a Igreja está no seu pleno direito de considerar que não pode celebrar casamentos entre homossexuais, coisa que de qualquer maneira (acho) nenhuma associação de defesa dos direitos dos homossexuais reivindica...
E depois, esta situação não faz "só" confusão numa sociedade de base católica, se lhe quisermos chamar assim...Basta lembrarmo-nos daquelas célebres declarações do Mahmoud Ahmadinejad, em como no Irão não existiam homossexuais...E onde estes são perseguidos e presos..É todo um outro nível de "descriminação"...