Liwyatan Escreveu:Não sou nada bom nisto, e segundo a minha mulher sou um calhau.
Contudo, pela minha experiência, o foco e a prioridade tem de ser interna e não externa. O sentido que dás à tua vida não tem de ser família/amigos/pessoasnogeral, mas sim (por norma mais saudável) algo próprio teu. E pode ser uma coisa tão complexa como estudar para ser qualquer coisa XPTO, ou apenas uma meta pessoal como ler os livros todos de sci-fi ou fantasia que conseguires.
Eu sei que isto hoje em dia pode ser controverso dizer, mas há uns 10 ou 11 anos andei um pouco perdido (e depressivo) e ponderei várias opções, mas o que me ajudou foi o primeiro livro do Jordan Peterson e as palestras dele sobre valores, sentido da vida e quais são as coisas que tu podes fazer para encontrares algum significado e paz interior. Não estou a debater se o que esse senhor diz (e quase profeta) agora é certo, moral nem se os valores que representam são "bons". Na altura comecei a desenvolver-me mais enquanto pessoa e a estruturar a minha vida baseada no meu trabalho, e encontrei gostos novos pela literatura, e honestamente foi isso que me salvou.
Mas! Não há mal nenhum em procurar ajuda médica, de um psicólogo ou terapeuta. Digo isto muito honestamente e sem preconceito algum. Saúde mental não é uma coisa linear e quando estamos no fundo nada do que as pessoas digam poderá mudar a nossa realidade e como nos sentimos com ela mesma, por isso aconselho sempre diferentes abordagens.
Parta finalizar, na minha opinião existe sempre uma luz ao fundo do túnel e não tem de envolver mais ninguém a não ser tu mesmo. Por vezes envolve outras pessoas, pai, mãe, filhos, etc, mas mesmo quando está alguém ao teu lado, se tu não te sentires bem, não vai importar. Pensa em ti, no que tu gostas, o que gostavas de fazer, o que podes melhorar hoje que não dê muito trabalho.
Ainda não respondi ao teu post, porque ainda não arranjei coragem para dar uma resposta mais completa. De maneiras que vou-me ficar por uma resposta mais simples, pelo menos para já.
Sobre o Peterson, muito haveria a dizer, mas talvez não seja a altura para isso.
A tua mulher está equivocada, não és nenhum calhau. Um "calhau" não se tinha dado ao trabalho de escrever essas palavras, nem nenhumas outras.
Obrigado pela atenção.