Sociedade? Bendita ou Maldita?
Enviado: terça jun 17, 2003 2:32 am
O que estou eu aqui a fazer?
estou aqui simplesmente para expôr os meus pensamentos e as minhas reflexões sobre um assunto que é poucas vezes posto em causa, assunto esse: A Sociedade.
Irei comecar dizendo que tenho "ódio" à sociedade... não sei se será correcto chamar-lhe ódio... ódio é uma palavra muito forte para caracterizar o meu sentimento, mas como não encontro outra palavra igual a ódio, mas, um pouco menos intensa, fico-me por esta.
Ódio à sociedade porquê? É certo que a sociedade é gerida por homens e mulheres com experiência de vida, que tentam evitar os erros dos mais novos, mas são eles próprios a errar. Primeiro a sociedade dividiu-se em várias outras sociedades, e agora querem encontrar uma que se sobreponha às outras, não olhando a meios para atingir o seu objectivo: ser a mais forte. É tal como vemos num daqueles filmes maquiavélicos, onde o mau da fita quer ser o dono do mundo e governa-lo segundo a sua vontade, e o bom da fita aparece sempre para salvar o mundo do mal. Hoje em dia acho que já não são precisos filmes para testemunhar-mos “os grandes” das diversas sociedades tentarem sobreporem-se de forma furtiva e menos escandalosa do que nos filmes. E lá vão eles pouco a pouco tentando e conseguindo como quem não quer a coisa. É isto que quero como vida? É isto que quero para a próxima geração? Ser apenas mais um peão manipulado por uns poucos que desejam ser mais ricos e mais fortes? Exemplos é que não faltam: Religiões a tentar cativar mais pessoas (por vezes obrigadas), só para serem em maior numero que as outras; Nações inteiras a provocar guerra deliberadamente só para não deixarem os outros serem tão ou mais fortes que eles; Leis, muitas delas estúpidas ao ponto de se obrigarem pessoas a não pensar (Ditaduras; Despotismos; Anarquias...).
Vou começar pelo exemplo da religião só para notarmos o quanto a sociedade nos afecta o pensamento:
Eu sei que as pessoas criam crenças, têm fé, acreditam em algo divino, e até concordo com isso, o que eu não posso concordar é em serem obrigados a acreditar seja lá no que for. Exemplos também existem: perguntar a alguém o porquê de ser católico e responderem: “não sei bem... ensinaram-me a acreditar...”; ou “desde pequeno que vou à missa, é difícil acreditar noutra coisa.” E eu também sou um exemplo: desde que nasci que levavam-me para a Igreja e catequese, e só me ensinavam que Deus é bom, criou o mundo e vinga-se de quem não acredita nele. E é isto que fazem as sociedades, metem medo às pessoas menos seguras. Como disse não sou contra as crenças, apenas acho que elas têm de ser feitas por nós próprios, sem influências de terceiros. E não venho mal nenhum haverem milhões de crenças, até concordo desde que sejam de livre-vontade e que não exista nenhum tipo de discriminação contra.
Só para terem noção do quanto a sociedade me atrofiou o pensamento em relação à religião é só dizer que fui baptizado com 3 anos, sempre fui ensinado a rezar todas as noites, ir à missa e catequese, até cerca dum ano atrás (tenho 19 anos). Deixei de ir à missa porque deixei de acreditar em Deus e nas suas vinganças porque acho uma estúpidez (entre outros exemplos) Deus ser tão bom e tão misericordioso que se não acreditas nele, és mandado assar. É claro que desde que deixei de ir à missa sou tratado como uma ovelha negra sem salvação possível. O climax deste exemplo é que agora, um ano depois, ainda não consigo adormecer sem rezar, mesmo não acreditanto no que estou a dizer, mesmo não acreditanto que tem alguém a me escutar e dizer: "estás perdoado!". Eu não tenho dúvidas que Deus não existe (o Deus Cristão), apenas não consigo dormir sem rezar.
Mudando de assunto vou falar nos líderes das sociedades:
Eu acredito em líderes, mas não em líderes como Jorge Sampaio, que é um triste senhor que não sabe o que faz da vida dele, por isso vejam o que fará ele com a vida dos outros. Também não sei quem põe no governo duma sociedade um senhor como o Bush que ao contrário do Sampaio (que não faz nada, apenas deixa as coisas continuarem), mete-se com uma nação só para se empanturrar em petróleo e para não deixar os outros serem mais fortes que ele ou então simplesmente como vingança (pois o Sadam tentou assassinar o pai de George Bush). O líder em que acredito é aquele que sabe o que é o melhor para a sua sociedade, e cumpre o seu dever sem reboliço nem escândalos, e que, principalmente compreende que a sociedade não é apenas um conjunto de pessoas, mas sim um conjunto de sentimentos que devem ser homogéneos e um só. E julgo que não é com guerras ou “obriganços” que vamos ser felizes onde estamos. E também sei que não se pode agradar a todos... mas com calma e juízo suponho ser possível.
Falando em Líderes e o seu cumprimento do dever irei falar em Leis:
Confio nas Leis, mas não estas... como posso eu confiar numa Lei que diga: “Em Portugal a pena máxima de prisão é 25 anos!”?? (Entre muitas outras) Quer dizer: dá-me um ataque e mato alguém que me bateu, lá vou eu 25 anos para a cadeia. Uns dias depois dá um ataque noutro rapaz e entra numa escola e mata 10 pessoas... lá vai ele com 25 anos de cadeia aprender mais coisas, porque, como dizem, a cadeia é a melhor escola de crimes do mundo. (E prefiro não falar nos inocentes que são condenados e saem da prisão verdadeiros criminosos). Para mim está tudo errado... mas também não tenho soluções...
Outra coisa também muito importante que gostava de referir aqui é a diferença entre Justiça e Lei. Quando um rapaz não paga a renda de um apartamento qualquer porque sente-se bem recebendo o salário mínimo porque não tem pachorra de trabalhar, é despejado. Isto é Lei! Quando um rapaz não paga a renda porque não tem estudos suficientes para ter um trabalho decente e digno devido à impossibilidade económica dos pais quando ele era mais novo, é despejado... Isto é Justiça?? Podem até dizer que a Lei é igual para todos... mas não existe dúvidas nenhumas que a Lei favorece mais uns que outros e nem todos são capazes de as cumprir... mesmo que não tenham culpa.
Como conclusão acho justo referir que a análise que foi exposta aqui é uma análise a mim, por isso, o que eu descrevo são os meus sentimentos e estes podem não estar de acordo com os padrões morais e sociais, isto é, posso estar errado ou posso não ter razão. O que, quanto a isso, não tenho nada a dizer... a não ser: ABRAM-ME OS OLHOS!
(Sinceramente não sei se podem dar resposta a este comentário, mas se não puderem e quiserem dar: Bedeira@hotmail.com)
estou aqui simplesmente para expôr os meus pensamentos e as minhas reflexões sobre um assunto que é poucas vezes posto em causa, assunto esse: A Sociedade.
Irei comecar dizendo que tenho "ódio" à sociedade... não sei se será correcto chamar-lhe ódio... ódio é uma palavra muito forte para caracterizar o meu sentimento, mas como não encontro outra palavra igual a ódio, mas, um pouco menos intensa, fico-me por esta.
Ódio à sociedade porquê? É certo que a sociedade é gerida por homens e mulheres com experiência de vida, que tentam evitar os erros dos mais novos, mas são eles próprios a errar. Primeiro a sociedade dividiu-se em várias outras sociedades, e agora querem encontrar uma que se sobreponha às outras, não olhando a meios para atingir o seu objectivo: ser a mais forte. É tal como vemos num daqueles filmes maquiavélicos, onde o mau da fita quer ser o dono do mundo e governa-lo segundo a sua vontade, e o bom da fita aparece sempre para salvar o mundo do mal. Hoje em dia acho que já não são precisos filmes para testemunhar-mos “os grandes” das diversas sociedades tentarem sobreporem-se de forma furtiva e menos escandalosa do que nos filmes. E lá vão eles pouco a pouco tentando e conseguindo como quem não quer a coisa. É isto que quero como vida? É isto que quero para a próxima geração? Ser apenas mais um peão manipulado por uns poucos que desejam ser mais ricos e mais fortes? Exemplos é que não faltam: Religiões a tentar cativar mais pessoas (por vezes obrigadas), só para serem em maior numero que as outras; Nações inteiras a provocar guerra deliberadamente só para não deixarem os outros serem tão ou mais fortes que eles; Leis, muitas delas estúpidas ao ponto de se obrigarem pessoas a não pensar (Ditaduras; Despotismos; Anarquias...).
Vou começar pelo exemplo da religião só para notarmos o quanto a sociedade nos afecta o pensamento:
Eu sei que as pessoas criam crenças, têm fé, acreditam em algo divino, e até concordo com isso, o que eu não posso concordar é em serem obrigados a acreditar seja lá no que for. Exemplos também existem: perguntar a alguém o porquê de ser católico e responderem: “não sei bem... ensinaram-me a acreditar...”; ou “desde pequeno que vou à missa, é difícil acreditar noutra coisa.” E eu também sou um exemplo: desde que nasci que levavam-me para a Igreja e catequese, e só me ensinavam que Deus é bom, criou o mundo e vinga-se de quem não acredita nele. E é isto que fazem as sociedades, metem medo às pessoas menos seguras. Como disse não sou contra as crenças, apenas acho que elas têm de ser feitas por nós próprios, sem influências de terceiros. E não venho mal nenhum haverem milhões de crenças, até concordo desde que sejam de livre-vontade e que não exista nenhum tipo de discriminação contra.
Só para terem noção do quanto a sociedade me atrofiou o pensamento em relação à religião é só dizer que fui baptizado com 3 anos, sempre fui ensinado a rezar todas as noites, ir à missa e catequese, até cerca dum ano atrás (tenho 19 anos). Deixei de ir à missa porque deixei de acreditar em Deus e nas suas vinganças porque acho uma estúpidez (entre outros exemplos) Deus ser tão bom e tão misericordioso que se não acreditas nele, és mandado assar. É claro que desde que deixei de ir à missa sou tratado como uma ovelha negra sem salvação possível. O climax deste exemplo é que agora, um ano depois, ainda não consigo adormecer sem rezar, mesmo não acreditanto no que estou a dizer, mesmo não acreditanto que tem alguém a me escutar e dizer: "estás perdoado!". Eu não tenho dúvidas que Deus não existe (o Deus Cristão), apenas não consigo dormir sem rezar.
Mudando de assunto vou falar nos líderes das sociedades:
Eu acredito em líderes, mas não em líderes como Jorge Sampaio, que é um triste senhor que não sabe o que faz da vida dele, por isso vejam o que fará ele com a vida dos outros. Também não sei quem põe no governo duma sociedade um senhor como o Bush que ao contrário do Sampaio (que não faz nada, apenas deixa as coisas continuarem), mete-se com uma nação só para se empanturrar em petróleo e para não deixar os outros serem mais fortes que ele ou então simplesmente como vingança (pois o Sadam tentou assassinar o pai de George Bush). O líder em que acredito é aquele que sabe o que é o melhor para a sua sociedade, e cumpre o seu dever sem reboliço nem escândalos, e que, principalmente compreende que a sociedade não é apenas um conjunto de pessoas, mas sim um conjunto de sentimentos que devem ser homogéneos e um só. E julgo que não é com guerras ou “obriganços” que vamos ser felizes onde estamos. E também sei que não se pode agradar a todos... mas com calma e juízo suponho ser possível.
Falando em Líderes e o seu cumprimento do dever irei falar em Leis:
Confio nas Leis, mas não estas... como posso eu confiar numa Lei que diga: “Em Portugal a pena máxima de prisão é 25 anos!”?? (Entre muitas outras) Quer dizer: dá-me um ataque e mato alguém que me bateu, lá vou eu 25 anos para a cadeia. Uns dias depois dá um ataque noutro rapaz e entra numa escola e mata 10 pessoas... lá vai ele com 25 anos de cadeia aprender mais coisas, porque, como dizem, a cadeia é a melhor escola de crimes do mundo. (E prefiro não falar nos inocentes que são condenados e saem da prisão verdadeiros criminosos). Para mim está tudo errado... mas também não tenho soluções...
Outra coisa também muito importante que gostava de referir aqui é a diferença entre Justiça e Lei. Quando um rapaz não paga a renda de um apartamento qualquer porque sente-se bem recebendo o salário mínimo porque não tem pachorra de trabalhar, é despejado. Isto é Lei! Quando um rapaz não paga a renda porque não tem estudos suficientes para ter um trabalho decente e digno devido à impossibilidade económica dos pais quando ele era mais novo, é despejado... Isto é Justiça?? Podem até dizer que a Lei é igual para todos... mas não existe dúvidas nenhumas que a Lei favorece mais uns que outros e nem todos são capazes de as cumprir... mesmo que não tenham culpa.
Como conclusão acho justo referir que a análise que foi exposta aqui é uma análise a mim, por isso, o que eu descrevo são os meus sentimentos e estes podem não estar de acordo com os padrões morais e sociais, isto é, posso estar errado ou posso não ter razão. O que, quanto a isso, não tenho nada a dizer... a não ser: ABRAM-ME OS OLHOS!
(Sinceramente não sei se podem dar resposta a este comentário, mas se não puderem e quiserem dar: Bedeira@hotmail.com)