Trabalho de Mestrado: A imagem do Black Metal: TRABALHO COMPLETO E ONLINE

[spiegelman]

Boas MUsers. Como alguns de vós já devem saber, aqui este vosso co-escriba está a fazer um mestrado em Ciências da Comunicação: Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias. NO semestre passado criei um tópico (viewtopic.php?f=2&t=22896) para me ajudar num trabalho de Ciberespaço, Media e Interactividade e fiz uma monografia acerca do Metal no Ciberespaço, centrada neste forum. Como vos indiquei a tese final irá versar acerca do estilo Metal e de como está presente no ciberespaço. Este semestre no entanto vou abordar uma coisa diferente.

O seminário em causa desta vez é uma opção de Comunicação Empresarial em "Gestão de Imagem" e propus ao professor fazer uma análise da construção, princípios, pressupostos, da imagem do Black Metal Norueguês.

O Metal é por norma um estilo musical carregado de uma estética visual muito específica mas que, no seu conjunto, é demasiado abrangente para que se específique um estilo próprio. Embora consigamos tematizar diferenças entre um thrasher ou um metaleiro clássico a fronteira é muito ténue. A imagem mais forte e personalizada dentro de todos os subgéneros do metal é mesmo a do Corpse Paint no Black Metal de 2ª vaga.

Ora o conceito de imagem (ou representação) não se pode ficar apenas pela imagem visual. Há toda uma construção que passa pelas atitudes, filosofia de vida, representações nos media, e, claro, a sonoridade.

Proponho esta votação para ter uma amostra de como é que a imagem do black metal é vista dentro da comunidade metaleira que é o seu principal "stakeholder". Como é uma cadeira de Comunicação empresarial a ideia é ver como está o Black Metal visto entre os "stakeholders" do metal. A partir daí irei fazer um levantamento retrospectivo de uma das imagens mais fortes do heavy metal. Suas origens, implementação, evolução e de como se construiu um "edifício de sentido".


P.S. Vou fazer o mesmo apelo que fiz no tópico do trabalho do Metal no Ciberespaço. Este não é um tópico para destilar ódios pessoais ou descargas d diarreia mental. É um estudo académico que se pretende com alguma coerência e a vossa participação é fundamental. Sugestões de bibliografia, documentaários, infografia, artigos, fotos, opiniões fundamentadas, pensadas e com o mínimo de conhecimento de causa. Tudo isso é bem vindo de um ponto de vista académico. Por isso...

Não me ajabardinem o tópico, por favor

Trabalho disponível aqui:
http://spiegelmanarchive.googlepages.co ... hsilva.pdf

Peace

[ulver]

Após a visualização de alguns documentários acerca do tema que te propões abordar, julgo que a terceira hipótese que propões será um bom epíteto da tese. Bom trabalho

[Zyklon]

Isto vai ser giro....vai vai.
Aconselho a visualização de alguns documentarios como o Satan Rides The Media e as leituras do livro Lords Of Chaos bem como se tiveres zines da altura em a segunda vaga surgiu.
Convem dizer que o BM na altura já se alargava a outras coisas não tanto quanto hoje é certo mas se formos a ver bem muitas bandas da segunda vaga não falavam directamente do Mal ou de Satanás.
Muitas procuravam as suas raizes ancestrais,outras o lado mais pagão/naturista e outras uma certa cosmologia ou astrologia como queiras.
Acho que ao falares de BM devias tentar separar estas coisas, embora rotuladas com o estilo existem muitas diferenças entre elas e o uso de corpse paint não significava o culto satanico as coisas iam sempre um pouco mais além pelo menos em alguns casos.

[Void]

voto na terceira.
Sempre achei que viviam muito à base do culto e da imagem, e alguns destacaram-se pela música que faziam.

[Karamazov [RIP 2012/07/27]]

O livro "Lords of Chaos - The Bloody Rise of the Satanic Underground" é uma boa leitura se quiseres ter um insight não muito aprofundado do black metal, em particular da 2ª vaga. Não faz uma análise particular sobre as músicas em si nem das gravações por exemplo, mas acho que a nível sociológico é bastante interessante, dá-te uma perspectiva fantástica de como eram as pessoas na altura da 2ª vaga, não só os intervenientes principais Dead, Ihsahn, Fenriz, Varg, Faust entre outros, contendo vários comentários e mini-entrevistas feitas a alguns deles, mas também te dá uma ideia de como o público reagiu na altura a esta coisa estranha, diabólica, chocante e nova (não totalmente nova, pois tratava-se da 2ª vaga, mas foi aí que realmente tomou contornos importantes e de "noticia") para a altura que era o black metal. Depois tens uma ideia do impacto que teve o movimento no resto do mundo, nas bandas que sucederam, nos jovens que influenciaram, para além de que aborda claro os famigerados crimes perpetrados pelo Bard Faust e pelo Varg, entre outros menos mediáticos, embora relacionados com o black metal. Acho que te faria imenso bem arranjares esse livro, embora ainda não tenha tradução portuguesa, mas lê-se bem. Não acho que seja sensacionalista de todo, muito embora como o Grimner disse no tópico do livro "as simpatias do autor sejam algo evidentes ao longo do livro", nada que me tenha incomodado demais para ser sincero.

Deixo aqui o link para o tópico do livro aqui no MU caso queiras ver algumas opiniões:
viewtopic.php?f=11&t=19550&hilit=Lords+of+Chaos

[spiegelman]

Tem fé oh Zyk, a malta sabe-se portar bem quando quer. (ou não... mas eu também acredito no pai natal )

Não procuro juízos de valor. Bem sei que eles são inevitáveis mas mas se nos abstermos de os dar de forma agressiva podemos analisar um conceito e a reacção ao conceito por parte do universo musical onde ele se insere. O black Metal é dos únicos, senão o único subgenero que faz da sua imagem algo tão impoirtante quanto a sua música. Há muitas bandas que usam e gerem a imagem e a usam a par com a sua música, mas em termos de subgénero nenhum o faz como a 2ª vaga do Black Metal è esse fenómeno que proponho aqui analisar.

Gostaria que muita gente votasse para que pudesse ter um universo mais ou menos representativo. Não vou basear trabalho nos resultados do estudo porque não é um estudo estatístico, mas vou usar o resultado da poll como pedra de toque para a análise do conceito.

Keep up the voting.

.S. Thx Herak, é isso mesmo.

[Vooder [RIP 2011/01/03]]

Tem fé oh Zyk, a malta sabe-se portar bem quando quer. (ou não... mas eu também acredito no pai natal )

Não procuro juízos de valor. Bem sei que eles são inevitáveis mas mas se nos abstermos de os dar de forma agressiva podemos analisar um conceito e a reacção ao conceito por parte do universo musical onde ele se insere. O black Metal é dos únicos, senão o único subgenero que faz da sua imagem algo tão impoirtante quanto a sua música. Há muitas bandas que usam e gerem a imagem e a usam a par com a sua música, mas em termos de subgénero nenhum o faz como a 2ª vaga do Black Metal è esse fenómeno que proponho aqui analisar.

Gostaria que muita gente votasse para que pudesse ter um universo mais ou menos representativo. Não vou basear trabalho nos resultados do estudo porque não é um estudo estatístico, mas vou usar o resultado da poll como pedra de toque para a análise do conceito.

Keep up the voting.

.S. Thx Herak, é isso mesmo.

Ainda...
Como já fez e teve o heavy, o thrash e o death.
O black talvez por ser mais autónomo, tem resistido mais à mudança. E continua a aliar fortemente a música à imagem. Por isso hoje voto tb na 3ª hipótese.
Mas o que não falta é pessoal de camisas aos quadrados e óculos de massa a tocar black metal (e do bom)...

[Zyklon]

spiegelman fé?
Sempre
Já dei uma ajudinha...

[Frost]

para mim, segunda hipotese sem duvida!

[tampinhas13]

Boa sorte

[[BR11]]

votaria na segunda se a opção se limitasse a "um estilo de música"

relativamente às outras opções, há de tudo

[spiegelman]

EScolhi o Black Metal porque para o exterior (foar do meio metálico) é aquele que é mais fácil de identificar esteticamente e assim sendo, mais fácil de analisar. Mas este tópico está aberto a todo o conceito de gestão de imagem por parte das bandas.

Essa alteração de paradigma para o black metal tocado por pessoal vestido de camisa aos quadrados e óculos de massa também é relevante no sentido de construção de imagem. Já agora Vooder, e restantes, podiam dar exemplos de bandas de black metal que descontruiram o pressuposto do Corpse Paint e pulseiras de picos.

[Karamazov [RIP 2012/07/27]]

Não sei quem começou por quebrar esse preconceito de que black metal deve ser só corpse paint e picos mas actualmente há muitas bandas que não utilizam essa estética, principalmente dos EUA. Por exemplo os recentes Krallice, Altar of Plagues (Irlanda), Wolves in the Throne Room, Ossein, são tudo bandas que não têm essa imagética, creio eu.

[Frost]

votaria na segunda se a opção se limitasse a "um estilo de música"

relativamente às outras opções, há de tudo

exacto!!! tipo, é impossivel generalizar!! toda a gente sabe que por exemplo, os mayhem sempre levaram aquilo muito a serio (tanto a nivel musical como a nivel do estilo de vida).
hoje em dia, a maior parte (nao tou a dizer todas) das bandas so sao "trve" nos concertos! no Black metal, a componente visual faz parte do espectaculo! nao necessariamente da vida dos executantes...

[spiegelman]

votaria na segunda se a opção se limitasse a "um estilo de música"

relativamente às outras opções, há de tudo

exacto!!! tipo, é impossivel generalizar!! toda a gente sabe que por exemplo, os mayhem sempre levaram aquilo muito a serio (tanto a nivel musical como a nivel do estilo de vida).
hoje em dia, a maior parte (nao tou a dizer todas) das bandas so sao "trve" nos concertos! no Black metal, a componente visual faz parte do espectaculo! nao necessariamente da vida dos executantes...

Sim mas acho que não me expliquei bem. A POLL não é para saber se as bandas levam aquilo a sério, é para saber a opinião que os "stakeholders", ou seja, das pessoas que interessam no meio,. têm dessa imagem. Eu quero saber qual é a imagem que determinado grupo de pessoas (neste caso este universo do forum) tem do estilo.

Na gestão de imagem há a imagem produzida e a imagem recebida. Eu quero saber é como é que a imagem do Black Metalk é recebida independentemente de as bandas fazerm aquilo por paródia o ou por opção existencial.

Estou a analisar a recepção da imagem e só depois a sua produção. Para analisar a produção da imagem vou à fonte, às próprias bandas, e não ao público.

Get it?