Metal Underground

RuySan Escreveu:

Vooder Escreveu:O VOA mesmo quando era em Vagos, optou sempre por não crescer.
Ano após ano sempre nos deu cartazes "iguais". Com bandas repetidas, ou com outras que nos tinham visitado há relativamente pouco tempo.
Se não querem investir e trazer bandas que os fãs ano após ano pedem (Emperor, etc...) que ao menos cresçam de forma sustentada à imagem por exemplo do Moita, que ano após ano cresce sempre um bocado em termos de dimensão e nome das bandas.
Esse deveria ser o caminho.
O VOA dá passos ao lado que têm sido seguros para o que eles querem, mas já começa a enjoar. A prova disso é a ausência de público.

No ano passado tivemos um cartaz "igual" e havia muito mais público que este ano em que existem bandas no cartaz que raramente cá vêm. O teu argumento não faz sentido.

E o que garante que emperor traria muita gente?

Assim de repente, Carcass e Obituary não têm cá vindo?
Emperor não traria mais gente? Ok...

Mas pronto, mesmo podendo não estar certo é a minha opinião e mantenho-a sem hesitar.

Emperor está nos mesmos moldes de Carcass. Banda que teve êxito nos anos 90, embora nunca no mainstream, que entretanto acabou e reuniu se mais ou menos recentemente. Este tipo de bandas são um risco muito grande por poderem impor uma limitação demográfica do público potencial. Provavelmente não tem público suficiente no nosso país que justifique o cachê.

O avolumar de concertos nesta fase da época, como Anthrax ou Suicidal Tendencies igualmente em Corroios, também não ajudou muito.

Mas essencialmente, acho que a Prime devido ao seu envolvimento em concertos de outras dimensões, deu a ideia de estar a passar o VOA para segundo plano. Prova disso, foi o atraso na divulgação do cartaz. E essa ideia de desinteresse pegou-se ao seu público que parece não ter tido a motivação de outros tempos.

O cartaz de Vagos é uma salganhada, mas a sua construção e o envolvimento dos promotores demonstra uma maior paixão, o que acaba por contagiar positivamente o pessoal.

Estou bastante curioso de ver como vai estar o Vagos em termos de publico.

Acho que não faz sentido falar duma banda como Emperor como possivel salvadora de um VOA. Emperor nunca poria lá mais gente do que Trivium. Estamos a comparar publico disponivel para uma banda de Black Metal e publico para uma banda de thrash moderno.

As unicas bandas que poriam mais publico no VOA sem ser preciso trazer os Opeth recorrentemente seria apostar na segunda linha do metal (dado que a primeira tem possivelmente apenas 3 bandas capazes de levar uma multidão - Metallica, Maiden e Black Sabbath) e por um nome tipo Machine Head/Megadeth/Slayer, mas presumo que isso fique pra lá do orçamento.

Relativamente ao terceiro dia do VOA:

- Obituary não é a minha praia mas deram um concerto bastante bom.
- Dillinger, apesar de não ser o meu género musical preferido, gosto de algumas músicas mas fiquei com mixed feelings em relaçao ao concerto, nao puxou muito por mim e o publico tambem parecia nao tar muito prai virado, o que achei estranho porque pensava que havia muitos fãs de DEP por aí.
- Trivium são sem dúvida o meu "guilty pleasure" do metal assim mais comercial. Adoro a banda e mais uma vez não desiludiram ao vivo, grande concerto, e a única banda (além dos Insonium e dos Epica) a ter interação com o público. Não percebo se o metal está mais elitista, se é pelas restrições de tempo, mas achei estranho sem dúvida haver tantas bandas em modo autopilot. Surpresa ver a Like Light to Flies incluida na setlist.

Para o ano por favor comam relva, peçam credito à banca, façam o que quiserem mas tragam Ne Obliviscaris outra vez por amor de tudo o que é sagrado.

ppfinder Escreveu:O avolumar de concertos nesta fase da época, como Anthrax ou Suicidal Tendencies igualmente em Corroios, também não ajudou muito.

Mas essencialmente, acho que a Prime devido ao seu envolvimento em concertos de outras dimensões, deu a ideia de estar a passar o VOA para segundo plano. Prova disso, foi o atraso na divulgação do cartaz. E essa ideia de desinteresse pegou-se ao seu público que parece não ter tido a motivação de outros tempos.

O cartaz de Vagos é uma salganhada, mas a sua construção e o envolvimento dos promotores demonstra uma maior paixão, o que acaba por contagiar positivamente o pessoal.

Honestamente é isto. O que a malta se esquece, quando faz estas comparações da tanga com o festival em Vagos é que a Prime há muito que deixou de usar o seu festival de verão como a sua principal bandeira (se é que alguma vez o fizeram). Este passou a ser um festival de verão numa zona urbana e bem ao centro do país, com um cartaz nada inovador, mas que mesmo assim deve ter garantido bilhetes suficientes para continuar nisto para o ano. Ao longo dos anos eles confirmaram bandas grandes o suficiente para se manterem mais que relevantes.
E sinceramente, tendo em conta todos os "fiascos" de cartaz que houveram ao longo do percurso deste festival, seja em Vagos ou Corroios, porque é que ainda a malta continua a reclamar como se eles tivessem a enganar o público? Praí desde a edição com Sonata e Testament que eles vieram a "cair"... Estavam à espera que num ano em que trouxeram Metallica, Slayer, Ghost, Dream Theater, etc, eles tivessem algum interesse em encher um cartaz dum festival de verão, em Portugal, numa altura em que toda a gente dá um salto lá fora a ver cartazes mais arrojados...?

PeiXotO Escreveu:Praí desde a edição com Sonata e que eles vieram a "cair"...

Essa edição foi fraca em tudo, mas os anos seguintes foram bons, mesmo com repetições.

Parece que Trivium é tipo o guilty pleasure de toda a gente

Para mim este último dia valeu bastante por Obituary, The Ominous Circle e Trivium.

DEP não conhecia bem e sinceramente não é a minha praia.

Só desejo deixar os meus € 0.02

Positivo
Horários cumpridos à risca.
estacionamento a vontade junto do recinto
Epica foram muito bons, provávelmente o melhor concerto que já vi deles, e já vi muitos, desde o seu inicio

Negativo
Carcass em versão fast food, apenas 1h de concerto foi curto.
Obituary, pouco passou de uma hora tambem.
Com o pessoal a "dançar" em frente ao palco levatou-se um pó terrivel, muito mau para alguem que tenha rinite alergica. Existem soluções para evitar isso.

de um modo geral direi que foi positivo, e agora embora para VAGOS

clubman_x Escreveu: Existem soluções para evitar isso.

Usar máscara?

Em relação ao festuval, creio que o único aspecto negativo tenha sido o facto dos Carcass só terem tocado 1h. Ah... E a falta de hidromel!
Tirando isso até gostei. Epica e Insomnium deram um bom concerto assim como Venom, Obituary e Apocalyptica. DEP não conhecia e, apesar de não ser muito o meu estilo, interagiram bem com o público. Trivium era uma banda que me passa ao lado mas deu um excelente concerto.
No geral saio satisfeito.

Asa minhas expectativas ficaram um pouco defraudadas porque fui só na sexta e de propósito para ver Carcass e despacharam, literalmente, aquilo numa hora. O resto passou-me um bocado ao lado. Gostei de ver Earth Driver e Black Wizards. Gosto de ver putos a voltar às raízes e The Black Wizards têm muito boa onda.

Vou vê-los de novo no Avante e espero a mesma energia (num à parte gosto desta versão stoner da Festa do Avante, o ano passado Miss Lava este ano The Black Wizards, é bem)

O "palco" secundário até parecia gozo mas aquele cantinho confortável ali junto à relva e ao, finalmente acessível, anfiteatro foi mesmo o melhor do Festival. Bom som, boas bandas e junto à cerveja, fui muito fixe. Agora para o ano ponham lá é um palco a sério que as bandas merecem...

Agora voltamos ao "para o ano". Será que há?

Muito pouca gente na sexta feira. A overdose de concertos decerto contribui para o efeito. Antrhrax e Suicidal seguidos ali a 500 metros e a poucos dias do VOA levou muita malta da zona a cortar-se e a distribuir prioridades sonoras.

Com a clara aposta da Prime em trazer grandes headliners em concertos próprios levou a que o VOA ficasse claramente para segundo plano. Resta esperar que o lucro de Metallica leve a que não matem o VOA para o ano, porque este ano deu prejuízo de certeza...

RuySan Escreveu:Não sei se o pessoal está todo pelintra, ou se o público de metal neste país é mesmo pouco. Acho que é mais capaz de ser a segunda hipótese....

Se o festival for suficientemente apelativo, até chama malta de fora. Em Vagos (e é inevitável fazer mais uma vez a comparação) vejo gente não só de todos os cantos de Portugal, como também de Espanha (positivo para o fest, negativo para quem calha de ficar ao lado deles no campismo ou a ver um concerto... gralhas do crl ).
Cabe ao evento chamar gente. Já souberam como, agora parece que desaprenderam... Enfim, prioridades. A PA tem muitas outras coisas com que se ocupar.

É também estranha a total falta de promoção do festival que não pode ser só atribuída ao género musical. O reverence também é festival maioritariamente de metal e veja se a diferença de projeção.

Relativamente a bandas ainda acho que Amon amarth deve ser a que tem mais capacidade de trazer público considerado a dimensão do festival.

spiegelman Escreveu: Vou vê-los de novo no Avante e espero a mesma energia (num à parte gosto desta versão stoner da Festa do Avante, o ano passado Miss Lava este ano The Black Wizards, é bem)

O que também ficava bem no Avante era Rasgo "Ergue a foice"