2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Avatar do Utilizador
schwarze_engel
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 1790
Registado: segunda nov 08, 2010 9:33 am
Localização: Porto

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor schwarze_engel » segunda jan 25, 2016 4:41 pm

Cá eu continuo à espera que confirmem The Vision Bleak.

Ou Haggard.
Haggard no Castelo de Leiria era bonito. Imagem
Hear the words I sing,
War's a horrid thing.
So I sing, sing, sing...
...ding-a-ling-a-ling.

Avatar do Utilizador
Nhec
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4052
Registado: segunda ago 01, 2005 1:46 pm
Localização: Leiria
Contacto:

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor Nhec » segunda mar 21, 2016 11:35 am

Imagem

Este é mais um nome que há muito tempo a FADE IN ambiciona trazer a Portugal. Quis o destino que fosse este ano e que fosse o Palco Corpo do ENTREMURALHAS 2016 a receber a estreia de KARIN PARK no nosso país. Actualmente a viver em Bergen, na Noruega, a sueca KARIN PARK tem vindo a construir uma sólida carreira como compositora, cantora, modelo e, pontualmente, actriz. O seu percurso iniciou-se em 2003 com o álbum “Superworldunknown” a arrebatar o prémio de melhor nova artista pop do ano. Estavam assim comprometidos os holofotes escandinavos em seguir a carreira de Park. Depois do segundo álbum, “Change Your Mind” de 2006, KARIN PARK teve necessidade de experimentar sonoridades mais arrojadas, complexas e alternativas, enveredando por uma toada mais “dark” que culminou com a edição do álbum “Ashes To Gold” em 2009, com produção de Frederik Saroe, o vocalista e líder dos Datarock. Mas foi com o álbum “Highwire Poetry” que KARIN PARK, decididamente, encontrou a sua sonoridade de marca. O disco, produzido por Christoffer Berg (conhecido por trabalhar com The Knife, Fever Ray ou Massive Attack) foi extraordinariamente bem recebido pela crítica de países como a Alemanha, Inglaterra, França ou Dinamarca que etiquetaram a sua música de “electro-goth” ou de “industrial-pop”, epítetos que ainda asssim, quanto a nós, são demasiado estanques para a liberdade estética que caracteriza o universo sonoro de KARIN PARK. A sua voz é comparada à de Bjork, parecenças que são notórias, sobretudo, nos seus temas mais calmos. Ouça-se por exemplo, “Wildchild”. Em palco KARIN PARK impressiona pela sua presença imponente e bela, de voz segura e penetrante, acompanhada pelo seu irmão David Park (famoso por usar quase sempre uma t-shirt dos Slayer – e, já agora, ela pela que usa dos Einsturzende Neubauten) que tem a particularidade de tocar bateria enquanto, por vezes, o seu pé esquerdo percute um teclado que simula o som do baixo. Em 2013 KARIN PARK foi a co-autora da letra e da canção “I Feed You My Love” que Margaret Berger levou à final do Festival da Eurovisão, obtendo o 4º lugar (em 26 concorrentes). Entre dar voz a temas de Maya Jane Coles (ouça-se “Everything”), de Booka Shade (escute-se “Line Of Fire”) e de Arabrot – banda onde colaboram, entre outros, Ted Persons (Swans, Killing Joke, Foetus) e Stephen O’Malley dos Sunn O))), e na qual também toca piano, mellotron e harmonium – KARIN PARK lá foi tendo tempo para compor mais um disco. Chama-se “Apocalipse Pop” e pode muito bem ser um título descritivo das suas canções, onde, naturalmente, também encontramos resquícios – uns mais notados que outros – de nomes com Fad Gadget, Gary Numan, Depeche Mode e, claro, The Knife. O mais certo é que ninguém ficará indiferente quando naquele palco do ENTREMURALHAS 2016 soarem temas como “Restless”, “Explosions”, “Human Beings“, “Look What You’ve Done” e, claro, o obrigatório e dancefloor-friendly “Thousand Loaded Guns”.


Membro Orgulhoso Grupo KEAF - keimaenrolaacendefuma
Rácio de Pinanços
Cervejas em latas de 50 cl provocam cancro!
Metal until die

Avatar do Utilizador
Nhec
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4052
Registado: segunda ago 01, 2005 1:46 pm
Localização: Leiria
Contacto:

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor Nhec » quinta mar 31, 2016 1:35 pm

Imagem

O que é que Malcolm Maclaren (o famoso empresário por detrás do sucesso dos Sex Pistols), Boy George (a andrógina estrela pop dos Culture Club) e Ian Astbury (o iconográfico líder dos The Cult) têm a ver com os britânicos SEX GANG CHILDREN? Vamos por partes. Formados em Londres no início de 1981 os SEX GANG CHILDREN tiveram duas vidas: a primeira durou até 1985 e foi tão conturbada quanto bem sucedida. A segunda re-nasceu em Los Angeles, em 1991, e dura até hoje, ao que sabemos, de forma mais serena. “Sex Gang Children” foi o nome que Malcolm Maclaren retirou de uma novela de William Burroughs para incluir numa das letras dos Bow Wow Wow, mais uma das bandas em que apostara. Neles estava Boy George que ao fim de dois concertos saiu para formar o seu próprio grupo levando com ele esse nome. Mas quando houve hipótese de assinar com a Virgin Records, Boy George achou que se a sua banda se chamasse “Sex Gang Children” não iria a lado nenhum. Optou por Culture Club e cedeu o nome “Sex Gang Children” ao seu amigo Andi - um activista de esquerda que vivia em squats, que tinha uma banda chamada Panic Button e que, daí em diante, se passou a chamar… SEX GANG CHILDREN. O termo encontrou, finalmente, os seus fieis depositários, um grupo de música com uma sonoridade inconformista que fazia das ideias políticas e da poesia elaborada dois arremessos de contracultura e provocação. Mas claro, um grupo com um nome destes (muitas vezes associado à pedofilia) estava, certamente, condenado ao fracasso. Mentira! Em Agosto de 1982, “Naked”, o seu primeiro trabalho (uma cassete gravada ao vivo), chegou às lojas, mas dias depois foi retirada das mesmas para evitar um processo judicial movido pela autora da foto da capa a quem se “esqueceram” de pedir permissão para uso. Mesmo com a obra fora de circulação, a cassete ainda foi a tempo de atingir o oitavo lugar das tabelas independentes e aí se manter por 12 meses! Um feito que chamou a atenção de Tony James (que tinha os Generation X com Billy Idol e que estava na iminência de formar os Sigue Sigue Sputnik) que, enamorado pelo som da banda, se prontificou para produzir “Into The Abyss”, o single que viu a luz do dia em Outubro de 1982. Mas foi com o álbum “Song And Legend” que os SEX GANG CHILDREN conseguiram maior relevância quando viram o disco manter-se no topo das “charts” alternativas britânicas durante 15 dias. O álbum continha o tema “Sebastiane” - considerado por muitos como uma das dez canções mais iconográficas da “cena gótica”, a par de outras dos Bauhaus, Sisters Of Mercy, Fields Of The Nephilim ou Siouxsie and The Banshees. Depois de um “fim” inesperado (que teve a ver com “guerras” contratuais) e de um hiato de alguns anos, e cedendo às pressões por parte dos fãs norte-americanos, os SEX GANG CHILDREN voltam a juntar-se, desta vez em Los Angeles, iniciando uma extensa digressão americana em 1991 e assinando pela importante editora Cleopatra Records, onde lançaram, em 1993, o álbum “Medea”. Andi Sex Gang sempre manteve uma carreira a solo paralela (tendo, inclusive, alguns duetos com outra lenda viva: Marc Almond) e tem sido apontado, ao longo dos anos, como o responsável pela origem do termo “goth” (abreviatura de “Gothic”). Foi Ian Ashbury dos The Cult que explicou numa entrevista à Alternative Press em Novembro de 1994: “One of the groups coming up at the same time as Southern Death Cult [pre-Death Cult and pre-pre-The Cult] was Sex Gang Children, and Andi used to dress like a Banshees fan, and I used to call him the Gothic Goblin because he was a little guy, and he's dark. He used to like Édith Piaf and this macabre music, and he lived in a building in Brixton called Visigoth Towers. So he was the little Gothic Goblin and his followers were Goths. That's where goth came from.” É pois mais um pedaço de história viva que o ENTREMURALHAS 2016 vai receber. Os SEX GANG CHILDREN vão apresentar-se com a formação original (acreditem que é um feito, pois a banda teve mais de dez line-ups diferentes!) com Andi Sex Gang na voz, Dave Roberts (também fundador dos Carcrash International - com elementos dos Christian Death e dos Mephisto Watz) no baixo, Terry Macleay na guitarra e Rob Stroud na bateria. Os SEX GANG CHILDREN são donos de uma fusão única de elementos musicais post-punk, folk, glam, batcave e rock, envoltos na expressividade melodramática inigualável de uma voz inconfundível (que inspirou Cinema Strange ou Anna “Sopor Aeternus” Varney) e são, indiscutivelmente, uma das últimas bandas-estandarte activas da proeminente e mundialmente influente cena underground londrina dos anos 80. E qual será o segredo da longevidade de uma banda que praticamente não tem nada disponível no spotify, não tem bandcamp oficial e que apenas uma ínfima parte da obra podemos encontrar no youtube? As palavras de Andi são claras: “Be a warrior not a slave!”


Membro Orgulhoso Grupo KEAF - keimaenrolaacendefuma
Rácio de Pinanços
Cervejas em latas de 50 cl provocam cancro!
Metal until die

Avatar do Utilizador
Nhec
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4052
Registado: segunda ago 01, 2005 1:46 pm
Localização: Leiria
Contacto:

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor Nhec » quarta abr 06, 2016 1:32 pm

Imagem

Foi preciso esperarmos 36 anos para, finalmente, podermos testemunhar a estreia ao vivo dos míticos germânicos DIE KRUPPS em Portugal! Mais um nome (muito) importante da cena alternativa mundial a inscrever-se na galeria de notáveis que a FADE IN já trouxe ao nosso país. Os DIE KRUPPS formaram-se em Outubro de 1980 na cidade de Dusseldorf e são citados pela crítica ao lado de nomes como os Kraftwerk ou Einsturzende Neubauten quando esta se refere a alguns dos discos mais representativos e pioneiros da chamada “música industrial” (ouça-se o álbum “Stahlwerksynfonie” de 1981 e perceba-se porquê). Mas os DIE KRUPPS, liderados desde sempre por Jürgen Engler (que actualmente também acompanha ao vivo os igualmente lendários Faust, uma das bandas mais influentes da história do krautrock), também são uma referência da EBM (ouça-se o álbum “Volle Kraft Voraus!” de 1982 e perceba-se porquê) não sendo por isso de estranhar que tenham sido uma inspiração assumida por nomes como Front 242 ou Nitzer Ebb (cuja estreia e único concerto em Portugal até à data também foi no Castelo de Leiria, no ENTREMURALHAS, em 2011). Mas a procura dos DIE KRUPPS por uma sonoridade cada vez mais personalizada levou-os a experimentar cada vez mais. A introdução de guitarras com poderosos riffs misturados com pesadas sequências electrónicas resultou numa fusão que esteve na origem do industrial-metal (não confundir com Metal-Industrial) quando os Rammstein ainda nem sonhavam vir a existir (ouça-se o álbum “I” de 1992 e perceba-se porquê). Mas o passo mais “arriscado” aconteceu quando os DIE KRUPPS editaram um tributo aos Metallica com versões electro-industriais de temas como “Enter Sandman”, “Nothing Else Matters” ou “For Whom The Bell Tolls”. O atrevimento chamou a atenção de Lars Ulrich e companheiros e os Metallica acabaram por ajudar os DIE KRUPPS a assinarem um contracto numa multinacional norte-americana (a Hollywood Records – que faz parte do grupo Disney – casa dos Queen, Duran Duran, Butthole Surfers, Ryuichi Sakamoto ou Hanz Zimmer). Os álbuns seguintes, “The Final Option” (1993), “Odyssey Of The Mind” (1997) e “Paradise Now” (1997) cimentaram os DIE KRUPPS como uma das bandas maiores da cena alternativa europeia, levando outros nomes sonantes (Sisters Of Mercy, Clawfinger, Paradise Lost, KMFDM, Nine Inch Nails, Einsturzende Neubaten ou Faith No More, só para citar alguns) a querer fazer remixes ou re-interpretações de temas dos DIE KRUPPS. Aliás os próprios Rammstein prestaram-lhes tributo quando em 1997 creditaram “Tier”, do álbum “Sehnsucht”, como uma adaptação do tema “The Dawning Of Doom” gravado no álbum “I” dos DIE KRUPPS em 1992. Depois de várias digressões mundiais bem sucedidas (que nunca chegaram a passar pelo nosso país) e de vários discos nos tabelas alternativas de países da Europa e das Américas, os DIE KRUPPS decidem, inesperadamente, fazer uma pausa na sua carreira. Foi preciso esperar 16 anos (é certo que houve edições de mini-álbuns, compilações e discos de remixes pelo meio…) até os DIE KRUPPS editarem um novo álbum: “The Machinists of Joy” de 2013 mostrava-nos uma banda a replicar o passado mas com a artilharia tecnológica do presente, numa obra embrenhada de novo na potência da máquina e das suas sequências electrónicas. Mas, e a fazer jus à fama de que a banda tem claramente duas vertentes distintas, o álbum que viu a luz em 2015, “Metal Machine Music”, mostra-nos uns DIE KRUPPS outra vez com vontade de ver os fãs no mosh-pit. E é nesta dicotomia que se tem pautado a carreira dos DIE KRUPPS. Ora voltando ao EBM old-school, numa espécie de DAF seminais mas com produções modernas, ora transfigurando-se em guerreiros do asfalto de guitarras em riste, como se a cada canção esgrimissem novos scripts para mais uma sequela do Mad Max… Ainda não sabemos se a banda usará pirotecnia em palco, mas temos a certeza que a sua música incendiará as hostes da plateia que vai estar repleta para os ver. E nós estaremos na primeira fila! Hell-yeah!


Membro Orgulhoso Grupo KEAF - keimaenrolaacendefuma
Rácio de Pinanços
Cervejas em latas de 50 cl provocam cancro!
Metal until die

Avatar do Utilizador
Nhec
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4052
Registado: segunda ago 01, 2005 1:46 pm
Localização: Leiria
Contacto:

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor Nhec » terça abr 19, 2016 4:42 pm

Imagem
Membro Orgulhoso Grupo KEAF - keimaenrolaacendefuma
Rácio de Pinanços
Cervejas em latas de 50 cl provocam cancro!
Metal until die

Avatar do Utilizador
Nhec
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4052
Registado: segunda ago 01, 2005 1:46 pm
Localização: Leiria
Contacto:

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor Nhec » segunda mai 23, 2016 3:41 pm

Imagem

É certo e sabido que a FADE IN tem uma estratégia de programação para o festival ENTREMURALHAS criteriosa em termos estéticos e qualitativos, mas também é um dado adquirido que a cada edição do festival há sempre espaços reservados às surpresas, às provocações, ao agitar de emoções e consciências, ao inesperado e, por vezes, até ao bizarro. Esta é uma filosofia que tem dado frutos e que tem, a par de outras característica inatas do evento, distinguido o festival entre os demais. A banda que fechará o primeiro dia do certame é um forte exemplo dessa “pedrada no charco” que representa o ENTREMURALHAS. Chamam-se GRAUSAME TÖCHTER e são um octeto oriundo da cidade de Hamburgo (Alemanha) formado por Aranea Peel (voz e performance), Era Kreuz (baixo), Bojana Tadic (violoncelo), Valeria Ereth (guitarra), Zou Lou (vozes e performance), Annie Fiore (vozes e performance), Arnaud Vanteekiste (bateria) e Gregor Henning (bateria e electrónica). Fundados em 2009, os GRAUSAME TÖCHTER (“Irmãs Cruéis” em português) distingem-se pela excentricidade da sua líder e diva fetish, Aranea Peel. Mas esta senhora tem atributos artísticos que vão muito para além da “simples” arte de “chocar”. A reputada tatuadora é recrutada, amiúde, pela orquestra Bremer Salonorchester para dar voz ao vivo a alguns clássicos do cancioneiro cabaret germânico dos anos 30. A poderosa imagem de Aranea Peel (uma espécie de miscigenação entre Nina Hagen, Marilyn Manson e Marlene Dietrich) aliada à pujante e feroz interpretação vocal da mesma conferem aos GRAUSAME TÖCHTER um gene identificativo de grande personalidade. Mas a banda está longe de se distinguir “apenas” pela forte imagem da sua líder. A música do grupo é também um fortíssimo cartão de visita, embora a sua catalogação exacta seja extremamente difícil de circunscrever pois inclui elementos característicos da EBM, da música industrial, da música clássica, do punk, da darkwave, da música fílmica, da “chanson” e do imaginário gótico. Na bagagem a banda traz o seu mais recente álbum, “Vagina Dentata” de 2016, mas é expectável que este gangue agitador aproveite a sua estreia em Portugal para mostrar temas incluídos no álbum anteriores: “Mein Eigentliches Element” de 2011, “Alles Für Dich” de 2012, e “Glaube Liebe Hoffnung” de 2014. O foco lírico da banda deambula à volta da ganância, da luxúria e da egomania, exaltando com forte intensidade o mal inerente ao que cada um desses substantivos representa. O poderoso espectáculo ao vivo dos GRAUSAME TÖCHTER inclui sado-masoquismo, nudez, e cenas teatrais que podem conter elementos considerados obscenos, não sendo por isso aconselhável a menores nem a pessoas demasiado susceptíveis. Por tudo isto, este será, com toda a certeza, mais um daqueles concertos que se perpetuará nas memórias de todos os que tiverem o privilégio (ou a coragem?) de o presenciar! Atrevam-se!


Membro Orgulhoso Grupo KEAF - keimaenrolaacendefuma
Rácio de Pinanços
Cervejas em latas de 50 cl provocam cancro!
Metal until die

Avatar do Utilizador
aetheria
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 6879
Registado: quarta jul 04, 2007 9:59 am
Localização: Braga

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor aetheria » segunda mai 23, 2016 4:03 pm

:beer:
Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças. Torga
A partir de um determinado ponto já não há retorno. É esse ponto que se tem que alcançar. Kafka

Avatar do Utilizador
Nhec
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4052
Registado: segunda ago 01, 2005 1:46 pm
Localização: Leiria
Contacto:

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor Nhec » sexta jul 08, 2016 2:38 pm

Imagem

Os belgas VIVE LA FÊTE formaram-se em 1997 quando o então baixista dos dEUS, Danny Mommens (guitarra) e a ex-modelo Els Pynoo (voz) se conheceram e apaixonaram. Mais tarde juntaram-se ao casal, Roel Van Espen (teclas), Ben Brunin (baixo) e Gino Geudens (bateria). Será este quinteto que subirá ao Palco Corpo do ENTREMURALHAS para encerrar em grande estilo a sua sétima edição.

Os VIVE LA FÊTE fundem, como ninguém, o electro e o synthpop com o rock, conferindo a esta mistura, e de forma irrepreensivelmente distintiva, um cunho sexy, estilizado, “trashy”, glamouroso e sofisticado. O resultado desta osmose estética talvez tenha sido potenciado pela assumida devoção que Mommens e Pynoo assumiram, desde sempre, por Sérge Gainsbourg, o rei da “chanson” excessiva e decadente, e simultaneamente, supra-sumo da eloquência e da narrativa sensual, algo que, manifestamente, também encontramos, claramente, no universo da banda.

E talvez tenha sido esta exuberante dicotomia (acompanhada sempre por um componente visual marcante) que, em 2002, chamou a atenção do mítico e reputado designer de moda Karl Lagerfeld. Estavam assim abertas as portas para que os VIVE LA FÊTE começassem, desde logo, a ser recrutados para musicar marcas como a Chanel, Yves Saint Laurent ou Doce & Gabbana em desfiles de moda que os levou a Berlim, Paris, Milão, Mónaco, Nova-Iorque, Las Vegas ou Tóquio.

Mas não foi só a (excelente!) música produzida em estúdio que fez com que a reputação dos VIVE LA FÊTE se consolidasse. Para isso muito contribuíram as suas incendiárias e bem sucedidas prestações ao vivo que os levou a brilhar em palcos de festivais tão importantes como Benecàssim, Lowlands ou Roskilde [confirmem, por favor, no final deste texto, clicando no link “VIVE LA FÊTE - Noir Désir (live at Benecàssim)” e vejam até ao fim - repetimos - até ao fim, o vídeo que sugerimos].

A música dos VIVE LA FÊTE tem um território personalizado e facilmente identificável, sobretudo devido à voz muito característica de Pynoo, às vezes falsamente frágil e “childish" e noutras selvaticamente “punkish”. Mas uma das maiores particularidades da banda é o facto da sua sonoridade atrair pessoas oriundas de territórios estéticos múltiplos (dos fãs dos The Cure aos Joy Division, de Ladytron a Kap Bambino, de Peaches a Tying Tiffany e, obviamente, de Sérge Gainsbourg a Blondie) o que confere uma transversalidade notável à sua base de fiéis seguidores.

Para além dos nove álbuns editados até à data (com referência obrigatória e destaque natural para os emblemáticos “Nuit Blanche” de 2003, “Grand Prix” de 2005 e “Product de Belgique” de 2012) tanto podemos encontrar músicas dos VIVE LA FÊTE em álbuns onde estão Goose, Hooverphonic, dEUS (pois claro!), Zita Swoon, X-Mal Deutschland ou Absolute Body Control como em discos onde também constam Nitzer Ebb, Iamx, Die Krupps, Skinny Puppy ou Covenant. Este (simples) facto revela bem quanta amplitude tem o alcance da música da banda. Aliás, dado insofismável que facilmente concluímos quando nos dedicamos à audição de hits como “Noir Désir”, “Maquillage”, “Tokyo”, “Exactament”, “Ne Touch Pas”, “La Verité”, “Nuit Blanche” ou o magistral “La Route” - provavelmente, um dos mais perfeitos, empolgantes e siderais temas românticos da história da música (e que, estranhamente, tem permanecido na “obscuridade”). Por tudo isto e muito mais se espera um “grand finale” de ENTREMURALHAS 2016. Prontos para a festa? Vamos a isso!


Membro Orgulhoso Grupo KEAF - keimaenrolaacendefuma
Rácio de Pinanços
Cervejas em latas de 50 cl provocam cancro!
Metal until die

invocator
Metálico(a) Supremo(a)
Mensagens: 964
Registado: segunda jul 14, 2008 9:16 pm

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor invocator » sexta jul 08, 2016 2:49 pm

Que porra não estar cá. Vive la Fête até me fariam ir

Avatar do Utilizador
Nhec
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4052
Registado: segunda ago 01, 2005 1:46 pm
Localização: Leiria
Contacto:

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor Nhec » sexta jul 08, 2016 2:57 pm

Cartaz encerrado! Até Agosto.

Entretanto, este ano haverá mais merchandise do que é habitual ;)

Imagem
Imagem

Mais informações em breve.
Membro Orgulhoso Grupo KEAF - keimaenrolaacendefuma
Rácio de Pinanços
Cervejas em latas de 50 cl provocam cancro!
Metal until die

Avatar do Utilizador
Nhec
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4052
Registado: segunda ago 01, 2005 1:46 pm
Localização: Leiria
Contacto:

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor Nhec » segunda jul 25, 2016 10:56 am

One month to go! :D

Evento Facebook: https://www.facebook.com/events/1638884536425689
Membro Orgulhoso Grupo KEAF - keimaenrolaacendefuma
Rácio de Pinanços
Cervejas em latas de 50 cl provocam cancro!
Metal until die

Avatar do Utilizador
Nhec
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4052
Registado: segunda ago 01, 2005 1:46 pm
Localização: Leiria
Contacto:

Re: 2016.08.25-26-27 - ENTREMURALHAS 2016 - Castelo de Leiria

Mensagempor Nhec » quarta ago 17, 2016 10:29 am

Fica a programação do Muralhartes (programação complementar do Entremuralhas) e das after parties.
Falta pouco mais de uma semana!

Imagem

Imagem
Membro Orgulhoso Grupo KEAF - keimaenrolaacendefuma
Rácio de Pinanços
Cervejas em latas de 50 cl provocam cancro!
Metal until die


Voltar para “Arquivo”

Quem está ligado:

Utilizadores neste fórum: Nenhum utilizador registado e 8 visitantes