Neurosis - "Honor Found In Decay" (2012)
Enviado: segunda out 29, 2012 12:32 am
"O vazio que separa o tempo entre os lançamentos não se compara com o abismo que se nos deparamos a cada novo trabalho da banda americana. O abismo que cada um de nós tem dentro de si e que não é fácil encarar, apresenta-se como um murro na cara e "Honor Found In Decay" não é excepção. Tal como todos os discos da banda, demora a que se entranhe no corpo, na mente e no espírito e os menos pacientes podem dizer que foi uma desilusão, mas o menos pacientes também sabem (se não sabem, deveriam saber) que se passarmos pela superfície de forma rápida, não apanharemos nada, ou pelo menos, não apanharemos o que é importante apanhar. Devemos descer às profundezas. Desçamos então.
"We All Rage In Gold" e " At The Well" revelam uns Neurosis a prosseguir onde tinham parado com "Given To The Rising", as duas faces aparentemente distintas da banda, a face ambiental (onde Noah Landis, a cargo das teclas, efeitos sonoros e samples, tem um papel fundamental) em oposição à face mais forte, corrosiva, mais metal. Na verdade, não há tanto oposição destas duas, mas uma união que torna sem dúvida as músicas mais fortes. "My Heart For Deliverance" é um óptimo exemplo em como a música flui, de uma forma harmoniosa, com os arranjos de teclados nos momentos em que as guitarras gritam e como as guitarras soltam sons suaves, com a bateria e o baixo a acompanhar e os teclados no fundo. Momentos de beleza insuperável que continuam mesmo quando a distorção aperta. Um dos grandes momentos do álbum.
Para quem analisa, é um exercício inútil. Como é que se pode descrever algo tão simples como uma tempestade, como relâmpagos no céu, um vulcão em erupção. A beleza da destruição, de algo que é natural, algo que não é provocado pelo homem, algo que não é controlado pelo homem. Algo que ele próprio tem dentro de si, algo desconhecido, algo belo, algo tenebroso. Algo como "Bleeding The Pigs" e o seu ambiente futurista, um futuro negro, o abismo e o espelho do abismo, a sociedade que o perpetua. Ou então algo como "Casting Of The Ages", que demonstrar um pouco mais de esperança do que seria expectável num tema dos Neurosis e esta mudança reflecte bem o espírito do álbum.(...)"
Ler a review completa em: http://www.metalimperium.com/2012/10/ne ... eview.html
"We All Rage In Gold" e " At The Well" revelam uns Neurosis a prosseguir onde tinham parado com "Given To The Rising", as duas faces aparentemente distintas da banda, a face ambiental (onde Noah Landis, a cargo das teclas, efeitos sonoros e samples, tem um papel fundamental) em oposição à face mais forte, corrosiva, mais metal. Na verdade, não há tanto oposição destas duas, mas uma união que torna sem dúvida as músicas mais fortes. "My Heart For Deliverance" é um óptimo exemplo em como a música flui, de uma forma harmoniosa, com os arranjos de teclados nos momentos em que as guitarras gritam e como as guitarras soltam sons suaves, com a bateria e o baixo a acompanhar e os teclados no fundo. Momentos de beleza insuperável que continuam mesmo quando a distorção aperta. Um dos grandes momentos do álbum.
Para quem analisa, é um exercício inútil. Como é que se pode descrever algo tão simples como uma tempestade, como relâmpagos no céu, um vulcão em erupção. A beleza da destruição, de algo que é natural, algo que não é provocado pelo homem, algo que não é controlado pelo homem. Algo que ele próprio tem dentro de si, algo desconhecido, algo belo, algo tenebroso. Algo como "Bleeding The Pigs" e o seu ambiente futurista, um futuro negro, o abismo e o espelho do abismo, a sociedade que o perpetua. Ou então algo como "Casting Of The Ages", que demonstrar um pouco mais de esperança do que seria expectável num tema dos Neurosis e esta mudança reflecte bem o espírito do álbum.(...)"
Ler a review completa em: http://www.metalimperium.com/2012/10/ne ... eview.html