Derkéta - In Death We Meet (2012)

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Blunder
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Derkéta - In Death We Meet (2012)

Mensagempor Blunder » terça jul 17, 2012 5:11 pm

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1. Goddess of Death 10:13
2. Obscurities of Darkness 06:28
3. Rest in Peace 05:14
4. Until Our Death 04:39
5. Shadows of the Past 06:07
6. Last Rites 06:16
7. Witchburned 05:03
8. In Death We Meet 05:21

Bem vamos resumir as coisas, Derkéta são uma banda norte-americana do estado de Pensilvânia mais concretamente da cidade de Pittsburgh. Formada em 1989, a banda separou-se em 1991 depois do lançamento de duas demos e um EP. Depois de algumas tentativas de reactivação da banda eis que em 1997 a operação é bem sucedida e até ao presente momento haviam sido lançados dois splits e uma compilação.

Em 2012 podemos, finalmente, ter o prazer de ouvir o álbum de estreia que feitas as contas, demorou uns incríveis 23 anos para ver a luz do sol. Mais vale tarde que nunca, e não vale a pena referir as razões, mais ou menos óbvias, para este atraso colossal. Vale sim a pena ouvir e prestar atenção a este trabalho.

“In Death We Meet”, título escolhido pela banda norte-americana, é sem qualquer sombra para dúvidas um claro exemplo das sonoridades death/doom… muita boa gente pode aprender com este disco que raio é isto do death/doom. Isto caso tenham tido a infelicidade de nunca terem ouvido nada deste espectacular sub-género musical.

Durante os quase 50 minutos de duração, somos arrastados para um local bem feio. Somos presenteados com riffs gigantescos, dignos representantes da sonoridade em questão. E aqui o ouvinte tem que ter paciência porque é frequente a repetição quase que interminável do riff, e lembramo-nos do que o outro dizia: “às vezes o riff é tão bom que só dá vontade de o ouvir durante uma hora seguida”. Bem não estamos a falar do Dopesmoker, mas que são expostas aqui influências do stoner, disso que não hajam dúvidas. E a secção rítmica? Bem essa é traiçoeira, num primeira audição damos por nós a pensar que ela só está ali para dar um mero apoio, mas com a atenção devida vemos que ela enfeitiça, que ela é como areia movediça: vai nos engolindo aos poucos acabando por entregar a morte. Em duas palavra: hipnotizante e viciante. Para finalizar temos a parte vocal, que é da autoria da senhora Sharon Bascovsky, que de maneira brilhante imprime ora um tremendo groove, ora um tremendo sentido de sufocação.

A costela de Death Metal é também bem representada, claro está, mais concretamente em faixas como "Last Rites" e "Witchburned", mas no final é o DOOM que é mais representativo de todo o trabalho... isto a nível instrumental, porque vocalmente é gutural all the way.

Mais uma pérola do underground? Podem apostar nisso.

P.S. Posso referir que a banda é constituída única e exclusivamente por mulheres. Mas isso, bem vistas as coisas: é irrelevante.

Nota:
9/10

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