Moonspell - "Alpha Noir/Omega White" Review
Muito se antecipou o regresso dos Moonspell, afinal foram 4 anos de espera, o período mais longo até agora no ritmo de lançamento de álbuns de originais. Quando se soube que a banda iria fazer um álbum duplo para as edições especiais, mais expectativa se formou. Se a primeira informação foi que o primeiro CD – “Alpha Noir”, seria um álbum voltado para o peso, para as raízes thrash da banda, a segunda informação foi que o segundo álbum seria uma homenagem às suas raízes góticas, nomeadamente Sisters Of Mercy e, claro, Type O’ Negative. Portanto, se tecnicamente, se trata apenas de um álbum, é impossível não o ver como dois já que os dois se completam como sendo um verdadeiro álbum de Moonspell, com as nuances a que os seus fãs já estão habituados.
Vamos então começar pelo “Alpha Noir”. O início de “Axis Mundi” faz com que a antecipação ainda cresça mais em relação ao que aí vem. Quando realmente vem, à primeira audição pode soar algo estranho, mais directo, mais simples do que aquilo que estamos habituados da banda. E não é só em relação a esta música, é em relação a todo o primeiro CD. No entanto, há algo nas faixas que nos fazem voltar e voltar. E voltar.
“Axis Mundi” soa realmente estranho e os versos em português ajudam a acentuar essa estranheza. Curiosamente, a musicalidade das letras atinge o pico nestes versos e as melodias são para demais viciantes. De salientar que é uma das faixas onde os teclados fazem a sua mais proeminente aparição, sem contar com a última faixa instrumental “Sine Missione” – que para o que é normal nos Moonspell, estão bastante discretos, dando a ideia que Pedro Paixão ficou mais entregue à guitarra neste primeiro CD.
“Lickanthrope” também se estranha e se entranha. Uma faixa simples, directa, onde se destaca a entrega vocal de Fernando, que está absolutamente gigante no seu departamento. É a suavoz que também faz a diferença em “Versus”, uma faixa com um início menos violento, mas não menos pesado, coisa que não dura muito tempo quando chega ao refrão, e volta novamente ao ritmo inicial, alternando entre os dois. A estrutura de todo o álbum é bastante simples mas o que é de salientar é que a efectividade das músicas parece que cresceu ainda mais. Concentraram-se realmente em fazer canções, directas ao assunto mas que continuam a soar relevantes a cada nova audição. O tema título é um desses exemplos, em como o refrão (não só a parte vocal mas tudo no seu conjunto) fica gravado na memória e a passar em loop.
A faixa seguinte, é para mim a faixa do álbum e uma das melhores de sempre dos Moonspell. Peso, refrão para lá de orelhudo (que até nem faz assim muito sentido mas que soa bem, soa!) e letras em português que resultam naquele feeling esmagador que nos faz gritar METAL bem alto. Uma malha feita para ser tocada ao vivo.(...)"
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http://www.metalimperium.com/2012/05/mo ... eview.html