
A revista britânica METAL HAMMER publicou a primeira resenha complete do novo disco do MACHINE HEAD, ‘UNTO THE LOCUST’ e eles adoraram. O texto do jornalista Joel McIver segue traduzido abaixo:
“Bandas de metal genuinamente icônicas só aparecem uma ou duas vezes a cada geração, e se o Metallica e o Slayer são os grupos que se destacam nos anos 80, então com certeza o Slipknot e o Machine Head são seus equivalentes da década de 90. Todos os quatros surgiram com intensidade capaz de chacoalhar o planeta, passaram por períodos de fermentação criativa e terem finalmente alcançado o status de ‘clássicas’ – dentre as 4, somente o Machine Head pode bater no peito e afirmar que ainda está fazendo a melhor música de sua vida. E não se enganem, é isso que é Unto The Locust: o melhor disco que Robb Flynn, Phil Demmel, Adam Duce e Dave McClain já gravaram, junto com os dois pilares de sua carreira, ‘Burn My Eyes’ e ‘The Blackening’. Tal como o primeiro, ‘Unto The Locust’ dispara uma palheta sônica de idéias novas e transbordantes; tal como ‘The Blackening’, o disco é uma tempestade de arranjos e riffs complexos, compilados por músicos que ganharam comando absoluto de sua visão musical. É um trabalho de tirar o fôlego.
Logo de cara fica óbvio que o Machine Head não tem medo de correr riscos, e que se danem as conseqüências. A suíte de três canções ‘I Am Hell’ começa com um minuto de vocais em coro antes de entrar em uma saraivada de riffs encorpados, cheios de cadência, sobre os quais a banda estabeleceu sua marca registrada. Previsível, você diz? Bem, menos de três minutos depois seu queixo terá batido no chão, porque o Machine Head agora está tocando thrash metal rápido e homicida. Sua banda favorita de metal, não importa qual seja ela, encontraria dificuldades para fazer frente a essa faixa enorme, até porque ela termina com violões e cordas harmonizados.

‘Be Still and Know’ segue essa abertura épica com um loop de guitarra fabuloso no estilo de Joe Satriani repleto de delay. É uma besta: a única faixa abaixo de seis minutos desse longo disco, e até aí, não muito menos abaixo. Os fabulosos do esmerilho, Robb e Phil arrebentam, mandando múltiplos solos de guitarra tal como fizeram em ‘Aesthetics of Hate’ na última vez.
Você já deve ter ouvido ‘Locust’ a essa altura e o riff central não lembra você do ‘Black Album’ do Metallica? Mas há idéias demais nessa faixa para que essa referência perdure, com a música indo em múltiplas direções. Tem aquele groove gigante, de sacudir o público aos 3m15 e aos 6m40, que você vai tocar de novo e de novo até que seus ouvidos sangrem – e daí há então a doce imitação que Robb faz de um menino de coral de igreja. Eu disse a você que eles tinham muitas idéias. Isso também se aplica a ‘This is the End’ um baita dum thrash com uma introdução neoclássica de guitarra.
O âmago desse disco plenamente evoluído é ‘The Darkness Within’, que os membros do Machine Head têm ficado sido relutantes em definir durante entrevistas – e com uma boa razão. Os primeiros minutos têm Rob como um Bob Dylan, com frases do tipo ‘Sou apenas um homem quebrado’, enquanto a canção cresce com uma lentidão agonizante. Isso é emoção em sua forma mais crua, e completamente diferente de qualquer coisa que já tenhamos ouvido do Machine Head até hoje. Depois disso, a rápida ‘Pearls Before the Swine’ mantém as coisas trepidantes. ‘Unto The Locust’ fecha com ‘Who We Are’, uma mistura experimental de coral infantil, cordas e uma sequência de acordes. Aos 4m13 há um riff de alta-velocidade enlouquecedor – Mas só dura 10 segundos, merda…
Saboreie ‘Unto the Locust’: você vai viver com ele por muito tempo. Parece não haver fim para a inspiração do Machine Head a essa altura. Só deus sabe o que eles vão criar da próxima vez.”
Unto The Locust chega às lojas no dia 27 de Setembro, mas a versão CD/DVD do disco, que vem com três faixas-bônus e um documentário sobre a produção do disco, além de uma camiseta, pode ser encomendada no site:
http://www.roadrunnerrecords.com/untothelocust/
in http://lokaos.net