Azrael, o antecessor deste trabalho é sem duvida alguma dos meus lançamentos preferidos de sempre do panorama nacional!
Assisti a alguns excelentes concertos de apresentação do álbum, e apesar de ainda hoje não me fartar de o ouvir, já sentia a falta de novo material dos Ransack!
Depois de ver/ouvir algumas destas novas faixas ao vivo, a expectativa estava elevadissima, para ouvir o que aí viria a caminho...
Lembro-me de aqui há uns tempos (numa memorável noite que sem se dar conta se transformou em manhã) ter ouvido algumas faixas deste Vortex, ainda numa versão preliminar, e aí fiquei meio 'impaciente' por ver isto cá fora!
Os esboços das musicas estavam mesmo muito potentes! Uma sonoridade Ransack sem duvida, onde se notava alguma evolução desde o Azrael... mais melódico e simultaneamente bem mais brutal, mais pesado!
Como quem se ilude muito acaba por ter grandes desilusões (e não aceito bocas sobre futebol), aquele 'esboço' pareceu-me excelente, mas com sensatez, fiquei á espera da versão final e de algumas escutas, pois podia ser tudo fruto da 'fome' de novo material de Ransack!
Aqui á uns dias, finalmente!, tive a oportunidade de ter uma cópia do Vortex!
E por isso, agora sim, vamos ao que me levou a abrir este tópico:
a critica ao álbum!
Desde logo começo por destacar o trabalho do Nuno Silva, o artwork está simples, mas nada simplista, gosto bastante, a imagem da capa dá-me a nitida sensação de um furacão... de devastação... o que pode ser, e é mesmo, um prenuncio ao que nos espera musicalmente!!
Ao contrário do Azrael aqui podemos ler as letras sem grande esforço...
O caos sonoro com que somos brindados pelos Ransack não podia ter titulo melhor para a faixa inicial "Chaos", uma faixa com pouco mais de 5 minutos, 1.5 deles com uma intro muitissimo bem conseguida... depois dessa intro é sempre a dar-lhe...
Grande solo de guitarra logo a abrir... até guincha a Ibanez...
Tema bastante rápido, onde o Zeus tem pouco descanso, visto o ritmo da bateria ser um tanto ao quanto frenético, com um ou outro break encaixados mesmo no momento!
No segundo tema, intitulado "The Plague" pouco tempo para respirar temos... é muito bem esgalhado logo desde o seu inicio... e aqui entram os convidados para o álbum, nada mais nada menos que o Senhor Rui Duarte, que tem uma boa prestação em dueto com o Shore. Este é mais um tema onde lá pelo meio se pode ouvir de novo uma guitarra em alta chiadeira... já tive a oportunidade de ouvir esta ao vivo... e resulta muito, muito bem!
"Red Avatar" é o terceiro tema, bem ao gosto dos fãs do headbang, é daqueles temas que faz um gajo como eu ter saudades da longa guedelha... o riff da guitarra é bem viciante e aqueles blastbeats lá pró fim ficam a matar também!
O quarto tema começa com uma cena de um filme... uma intro S-O-B-E-R-B-A, sem duvida, depois dessa intro temos aquele que é o meu tema preferido do álbum, "Slaves Of Creation" neste tema temos grande breaks... temos um riff espectacular... temos grande solo... temos uma excelente prestação vocal... temos blastbeats... temos muita coisa... e o melhor de tudo é que não parece uma salada... cada pormenor está metido na altura exacta, fazendo com que estes 4:20 sejam excelente! Grande devastação mesmo!
Slaves Rebellion
Scream For Freedom
Scream For You
"Play Me When I'm Dead" é a faixa que se segue... onde temos como convidada Elisabete Silva, com um timbre de voz absolutamente delicioso. Aqui o ritmo abranda, esta faixa é numa toada bem mais calma que o resto do álbum, arrisco-me a dizer que esta talvez seja a maior surpresa do álbum, é no entanto uma faixa deliciosa com méritos para ser ouvida numa qualquer rádio! A par do titulo, adoro a letra desta faixa!!
Logo de seguida podemos ouvir algum exotismo na abertura de "Flesh Wound", e desengane-se quem puder pensar que daqui para a frente os Ransack tiram o pé do acelarador, esta faixa tem um ritmo forte também, bastante melódica, é certo, mas com muito peso! É daquelas que ao vivo também causa grande caos na plateia!
Bárbara Carvalho é a convidada em "Eternal", com o seu violino! Felizmente ouvi a faixa sem saber que lá ia ter violino, porque se calhar podia ter estranhado a ideia de imaginar violino com Ransack... mas a verdade é que este tema é dos pontes fortes de Vortex, sem duvia! O ritmo do violino entra muito facilmente no ouvido, já dei por mim várias vezes a trautear este ritmo... As guitarras estão lá na mesma, com grande peso e a bateria também manda grandas descargas!
"Room 46" é a faixa que se segue, sem tirar o pé, começa logo a alta velocidade, com mais um bom trabalho de bateria e excelentes as guitarras aqui, uma vez mais! Outro grande tema para abanar a guedelha até não poder mais! Grandes mosh se vão formar quando esta faixa for tocada!
A faixa numero nove do álbum, intitulada "Virus", começa mais uma vez a partir tudo, com algumas quebras no ritmo lá mais para o meio, nesta podemos ouvir um riff de guitarra bem frenético novamente! Segue a linha do álbum, apesar de já ter sido composta há mais tempo, conjuga o peso com a brutalidade de uma forma eximia!
E assim quase sem se dar conta já estamos na ultima faixa deste disco:
"Blizzard", começa com algums 'suspense' até que ás páginas tantas encontramos os Ransack com uma grande agressividade, e a tocar bastante rápido! Esta musica está muito bem estruturada, tudo entra no momento em que é 'pedido'! Destaque para o convidado Pedro Mendes que tem um grande solo na parte final da musica que só dá vontade de fazer uma coisa:
voltar a premir o Play, e ouvir novamente o álbum!
Mais sintecticamente:
este álbum é The Ransack, sem duvida, este é o som deles!
Quando comparado com o anterior nota-se logo uma grande evolução!
Nestas coisas da musica tudo é muito relativo, mas penso que com este segundo longa duração vão chegar a mais sitios [Espanha e Grécia são apenas o inicio!].
A qualidade está lá toda, agora é só preciso ter aquela pontinha de sorte, mais que merecida por todo o esforço e dedicação!
Muita Força com a Máquina!

Opinião muito sincera de um amigo que não consegue deixar de ser fã!