Cinematógrafo
Eu não sou um hardcore fan do Lynch mas não escondo que gosto imenso do The Elephant Man, em parte por culpa da história em si.Adoro as interpretações do Anthony Hopkins e sobretudo do "monstro" John Hurt!Por trás do disforme John Merrick, esconde-se um ser humano sensível e inteligente.É um filme que me arrepia cada vez que o vejo, relembra-me cada vez mais a máxima "quem vê caras não vê corações".O facto de ser pb ajuda a dar-lhe um cheiro a clássico imperdível!
That sounds cool!A manter a coerência, o Mel Gibson lá vei meteu os actores a falar uma língua morta não?
As the Maya kingdom faces its decline, the rulers insist the key to prosperity is to build more temples and offer human sacrifices. Jaguar Paw (Rudy Youngblood), a young man chosen for sacrifice, flees the kingdom to avoid his fate
Última edição por Lux-A [RIP] em sexta dez 22, 2006 1:28 pm, editado 1 vez no total.
Mas o homem elefante existiu mesmo, tinha uma doença que causava aquelas deformações, o sindroma de Proteus, não sei é se a historia do filme retrata a vida dele mas acho que não apenas se basearam. De qualquer forma é um bom filme.Lux-A Escreveu:Eu não sou um hardcore fan do Lynch mas não escondo que gosto imenso do The Elephant Man, em parte por culpa da história em si.Adoro as interpretações do Anthony Hopkins e sobretudo do "monstro" John Hurt!Por trás do disforme John Merrick, esconde-se um ser humano sensível e inteligente.É um filme que me arrepia cada vez que o vejo, relembra-me cada vez mais a máxima "quem vê caras não vê corações".O facto de ser pb ajuda a dar-lhe um cheiro a clássico imperdível!
- Nevoeiro
- Ultra-Metálico(a)
- Mensagens: 2011
- Registado: terça set 05, 2006 6:07 pm
- Localização: Amarante/Mesão frio
- Contacto:
"Um puzzle sobre o nosso mundo
Estreado entre nós na última semana do ano, "Babel" arrisca-se a ser considerado como o melhor de 2006. Um facto é inequívoco não se viu nada assim durante todo o ano. E mais: seguramente, quem vir "Babel" nunca mais vai esquecer a experiência. Porque é isso o que se trata. Mais do que um filme, "Babel" é uma experiência de vida.
Conhecendo a estrutura narrativa dos filmes anteriores de Alejandro González Iñárritu, escritos por Guillermo Arriaga, o título "Babel" prenunciava desde logo uma alteração de escala, em relação aos seus dois filmes já conhecidos, e que colocaram o realizador e o cinema mexicano contemporâneo, um pouco por arrasto, na primeira linha do melhor cinema que se faz em todo o mundo. Na realidade, às histórias cruzadas de várias personagens que viviam na mesma metrópole, a Cidade do México em "Amor Cão" e Los Angeles em "21 Gramas", o realizador aposta agora numa dimensão planetária, interligando três histórias que têm lugar em Marrocos, em Tóquio e na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
Caberá ao espectador ir estabelecendo as ligações entre estes diversos segmentos, num jogo intelectual e sensorial que será tanto mais lúdico, fascinante e enriquecedor quanto mais o espectador se entregar à fruição do filme convocando ao máximo as suas próprias experiências e convicções. De início, o espectador poderá sentir-se um pouco perdido. Quando conseguir "atar" dois dos episódios, poderá haver alguma frustração por não conseguir encaixar o outro. Mas as peças vão-se ligando, de forma sublime, numa estrutura narrativa brilhante e que potencia, a cada passo, a imensa importância do filme para os dias de hoje "Babel" é um dos filmes que melhor reflecte, em todas as suas contradições, o mundo em que vivemos e um dos que mais nos poderá ajudar a compreendê-lo e a nele viver pacificamente, uns com os outros.
Não são poucas, na verdade, as questões que o filme (nos) coloca. A fragilidade das relações familiares, o deserto de afectos em que vivemos, a necessidade de compreender e respeitar os outros, na sua diversidade cultural, religiosa, física e sexual, o impacto das armas na vida de todos nós, e que poderá surgir quando menos se espera. A relação com o mundo árabe ou o infame muro entre os Estados Unidos e o México são apenas alguns macro-temas que o filme deliberadamente ou por reflexo aborda. Com uma riqueza humanista que não se esgota na sua visão, única ou múltipla, devendo escorrer para o nosso mundo, para lá da sala escura, "Babel" confirma, em tudo, o que de melhor se pensava do seu realizador.
Para Alejandro González Iñárritu e Guillermo Arriaga, "Babel" completa uma trilogia sobre a morte formada por "Amor Cão" e "21 Gramas".
Provando o impacto internacional do seu cinema, Alejandro González Iñárritu teve ao seu dispor actores com a dimensão de Brad Pitt e Cate Blanchett. Mas enquanto esta se dispõe a ter um exigente e eventualmente frustrante papel de quase morta na maior parte das suas aparições, Brad Pitt consente em acentuar os sinais de envelhecimento, apelando para a dimensão psicológica, embora também física, do seu trabalho de actor. E a esse nível, terão sido estes dois nomes conhecidos os primeiros a compreender que estariam aqui ao mesmo nível dos portentosos Adriana Barraza, que não nos surpreenderia se estivesse nos nomeados para o Oscar de melhor actriz secundária, ou os japoneses Rinko Kikuchi ou Koji Yakushi. Será que depois de "Crash", um outro puzzle sobre o mundo contemporâneo irá dominar a corrida para os Oscares?"
Fonte: http://jn.sapo.pt/2006/12/28/primeiro_p ... mundo.html
Agora fiquei curioso...
Estreado entre nós na última semana do ano, "Babel" arrisca-se a ser considerado como o melhor de 2006. Um facto é inequívoco não se viu nada assim durante todo o ano. E mais: seguramente, quem vir "Babel" nunca mais vai esquecer a experiência. Porque é isso o que se trata. Mais do que um filme, "Babel" é uma experiência de vida.
Conhecendo a estrutura narrativa dos filmes anteriores de Alejandro González Iñárritu, escritos por Guillermo Arriaga, o título "Babel" prenunciava desde logo uma alteração de escala, em relação aos seus dois filmes já conhecidos, e que colocaram o realizador e o cinema mexicano contemporâneo, um pouco por arrasto, na primeira linha do melhor cinema que se faz em todo o mundo. Na realidade, às histórias cruzadas de várias personagens que viviam na mesma metrópole, a Cidade do México em "Amor Cão" e Los Angeles em "21 Gramas", o realizador aposta agora numa dimensão planetária, interligando três histórias que têm lugar em Marrocos, em Tóquio e na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
Caberá ao espectador ir estabelecendo as ligações entre estes diversos segmentos, num jogo intelectual e sensorial que será tanto mais lúdico, fascinante e enriquecedor quanto mais o espectador se entregar à fruição do filme convocando ao máximo as suas próprias experiências e convicções. De início, o espectador poderá sentir-se um pouco perdido. Quando conseguir "atar" dois dos episódios, poderá haver alguma frustração por não conseguir encaixar o outro. Mas as peças vão-se ligando, de forma sublime, numa estrutura narrativa brilhante e que potencia, a cada passo, a imensa importância do filme para os dias de hoje "Babel" é um dos filmes que melhor reflecte, em todas as suas contradições, o mundo em que vivemos e um dos que mais nos poderá ajudar a compreendê-lo e a nele viver pacificamente, uns com os outros.
Não são poucas, na verdade, as questões que o filme (nos) coloca. A fragilidade das relações familiares, o deserto de afectos em que vivemos, a necessidade de compreender e respeitar os outros, na sua diversidade cultural, religiosa, física e sexual, o impacto das armas na vida de todos nós, e que poderá surgir quando menos se espera. A relação com o mundo árabe ou o infame muro entre os Estados Unidos e o México são apenas alguns macro-temas que o filme deliberadamente ou por reflexo aborda. Com uma riqueza humanista que não se esgota na sua visão, única ou múltipla, devendo escorrer para o nosso mundo, para lá da sala escura, "Babel" confirma, em tudo, o que de melhor se pensava do seu realizador.
Para Alejandro González Iñárritu e Guillermo Arriaga, "Babel" completa uma trilogia sobre a morte formada por "Amor Cão" e "21 Gramas".
Provando o impacto internacional do seu cinema, Alejandro González Iñárritu teve ao seu dispor actores com a dimensão de Brad Pitt e Cate Blanchett. Mas enquanto esta se dispõe a ter um exigente e eventualmente frustrante papel de quase morta na maior parte das suas aparições, Brad Pitt consente em acentuar os sinais de envelhecimento, apelando para a dimensão psicológica, embora também física, do seu trabalho de actor. E a esse nível, terão sido estes dois nomes conhecidos os primeiros a compreender que estariam aqui ao mesmo nível dos portentosos Adriana Barraza, que não nos surpreenderia se estivesse nos nomeados para o Oscar de melhor actriz secundária, ou os japoneses Rinko Kikuchi ou Koji Yakushi. Será que depois de "Crash", um outro puzzle sobre o mundo contemporâneo irá dominar a corrida para os Oscares?"
Fonte: http://jn.sapo.pt/2006/12/28/primeiro_p ... mundo.html
Agora fiquei curioso...
- otnemeM
- Ultra-Metálico(a)
- Mensagens: 6584
- Registado: terça mai 18, 2004 2:02 pm
- Localização: Éire
- Contacto:
O Iñárritu tem sempre algo particularmente fantástico nos seus filmes: fotografia. Tudo o resto é bom - desde os argumentos à OST -, mas a fotografia... wow.
A quem não conhece, aconselho a curta Powder Keg que ele realizou para a série The Hire da BMWFilms. Fantástica.
Anyhoo, tb tenho grandes expectativas para o Babel.
A quem não conhece, aconselho a curta Powder Keg que ele realizou para a série The Hire da BMWFilms. Fantástica.
Anyhoo, tb tenho grandes expectativas para o Babel.
Voltar para “Arquivo 2012 - 2003”
Quem está ligado:
Utilizadores neste fórum: Nenhum utilizador registado e 1 visitante