OrDoS Escreveu:Oblique Escreveu:OBLIQUE RAIN «Isohyet»
O fenómeno já não é tão raro como há uns anos, mas continua a ser um enorme prazer sermos surpreendidos por discos de estreia de bandas nacionais que – pelo menos à primeira vista – parecem saídas do “nada”. Uma investigação mais aprimorada prova que os nortenhos Oblique Rain já não são propriamente novatos no movimento underground, sendo que a formação do grupo remonta a 2004. Nos últimos três anos a dupla composta por Flávio Silva [voz e guitarra] e César Teixeira [guitarra/voz gutural] começou a escrever os primeiros temas, estabilizou uma formação e, sem grandes pressas, foi desenvolvendo a sua identidade criativa. E ainda bem, porque – apesar de ser o disco de estreia do grupo – «Isohyet» revela um nível de experiência e coesão que só se consegue atingir com muito trabalho na sala de ensaios. Contando com os préstimos do experiente Daniel Cardoso – como produtor e baterista de sessão – o quinteto [o guitarrista André Ribeiro e o baixista Daniel Botelho completam a formação] entrou no estúdio Ultra Sound e saiu de lá com uma das melhores surpresas do ano passado debaixo do braço. «Isohyet» inclui sete canções que caminham por diversos estados de espírito e afirma-se como um registo incrivelmente envolvente, assinado por um colectivo que parece saber exactamente onde pretende ir e como chegar aos seus objectivos artísticos. A melancolia dos Katatonia, a mentalidade progressiva dos Porcupine Tree e ocasionalmente – como na recta final de «Dealing With Lies» – até a brutalidade cerebral dos Opeth podem perfeitamente servir como um bom indicativo do que se ouve ao longo dos 48 minutos que compõem o álbum. As referências do grupo são, portanto, bastante óbvias e evidentes, mas felizmente os músicos não se resignam ao óbvio. As belíssimas melodias contidas em «Sights» ou «Candle Flame» são apenas pequenos exemplos de que os Oblique Rain não têm medo absolutamente nenhum de arriscar ou até de estender o seus tentáculos a sonoridades mais acessíveis, o que nos faz prever um futuro brilhante para uma das novas esperanças do metal nacional. [7.3] J.M.R.
Fonte: Loud!
Nota demasiado baixa na minha opinião...
De facto...bem baixa para o que a banda vale...