Ariel Pink, nome artístico de Ariel Marcus Rosenberg, nasceu nos idos anos ’70 em LA. Desde cedo Ariel mostrou grande interesse pela música, prova disso foi quando aos 10 anos de idade o pequeno admirador de gothic rock (afirma que os The Cure são a sua banda favorita) , iniciou-se na criação de letras para músicas.
Não largou o amor pela música e desde 1996 vêm gravando centenas de músicas. Actualmente Ariel já ultrapassou a marca das 500 gravações. Todas as gravações eram feitas em K7′s e, claro, de baixa fidelidade (lo-fi).
Apesar das suas numerosas criações o rapaz de LA só em 2003 teve uma oportunidade de “fazer” algo mais sério, quando decidiu entregar um CD-R aos membros da banda Animal Collective, que imediatamente mostraram desejo de contratar Ariel para a recém-criada Paw Tracks, uma editora que até ao momento só tinha o objectivo de lançar os trabalhos dos Animal Collective.
Em 2004, com contrato na Paw Tracks, Marcus Rosenberg, viu antigos álbuns seus a serem reeditados: “The Doldrums” (gravado originalmente em 1999), “Worn Copy (2003)” e “House Arrest” (2002)
Depois de tours a solo de, Ariel decidiu contratar vários músicos e formar assim a banda Haunted Graffiti. E foi com a mesma banda que em 2009 decidiu mudar de editora e rumar para a britânica 4AD. Com a mudança veio novo trabalho. A primeira coisa feita na 4AD foi o single “Round and Round”, editado já em Março de 2010.
“Round and Round” editado e… segue-se o esperado novo álbum, “Before Today”. Pela primeira em toda a carreira de Ariel Pink, um álbum foi gravado com alguma fidelidade, não seria de grande (fidelidade) mas havia de se notar a grande diferença entre os trabalhos anteriores e este.
O álbum é uma fusão de influências: rock psicadélico, pop, folk e garage rock. Logo com “Hot Body Rub” podemos apreciar o lado psicadélico de Ariel com momentos que seriam bastantes apreciados pelos adeptos do acid. “Bright Lit Blue Skies” é a cover perfeita da canção dos Rockin’ Ramrods’. O resto do álbum é um desfile de experiências bem conseguidas por Pink e seus amigos. É de referir a genialidade de “Fright Night” que faz lembrar Frank Zappa* em “Disco Boy” e “Menopause Man” que recorda The Doors de uma forma bastante subtil. Tudo isto aproveitando a grande veia psicadélica de Ariel.
*Frank Zappa é uma influência MUITO grande para Ariel Pink diria eu. O álbum todo faz-me lembrar aquele rock freak que Zappa nos habituou.
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