Metal Underground

Segunda vez neste festival. Notou-se um claro upgrade de dimensão, poucas coisas falharam e nada que não possa ser corrigido em 2025. Mesmo em frente às bancadas da organização as enormes filas para as parcas casas de banho deverão fazer sinal que é preciso investir mais neste sentido. Uma bancada lateral com sombra também foi tópico de conversa. O chamado "supermercado" fora do recinto tem muito pouca oferta e, tendo em conta que o ponto mais próximo onde se pode comprar alguma coisa fica a 2,5km (bomba da Repsol), ter mais diversidade seria um bom investimento. De resto, tudo 5 estrelas. Diversidade de bancadas de merchandise, comida, bebida, facilidade de circulação no recinto... tudo top notch.
O novo local (a cerca de 200 metros à frente do spot do ano passado) é óptimo e há claramente espaço para estas adições.
A escolha em ter 2 palcos considerados main stage 1 e 2 foi uma mais valia, coisa que o Vagos deveria adoptar. Intervalos mínimos entre as bandas permite que tarde/noite flua muito melhor. Concertos a começar às 16h e não às 14h, é o mais indicado. O som no geral esteve excelente à excepção de um ou outro episódio que é normal acontecer, nada de grave. Nomeadamente em Axxis que fez a banda encurtar o set, Korpiklaani cujo técnico de som passou metade do concerto no palco a tentar resolver um problema com um monitor, som de Marduk algo embrulhado que se notava nas músicas mais velozes que às tantas fez o Mortuus encolher os ombros para o baixista que fazia sinal à cabine para melhorarem o som. Do estilo "são 2 da manhã, ninguém quer saber, siga"
Surpresa foram os Vectis na noite de recepção ao campista, claramente aptos para um palco maior com o seu speed black thrash super competente.
Fleshgod Apocalypse, Onslaught e Freedom Call foram as melhores actuações. Equilibrium e BRHG foram as menos apelativas, mas essencialmente por uma questão de gosto pessoal, o som de ambas não me diz rigorosamente nada. Os maneirismos do vocalista de Equilibrium deram-me vontade de subir ao palco e dar-lhe um calduço.

Por alto:

A+ : Freedom Call, Axxis, Vectis, Fleshgod Apocalypse, Onslaught
A- : Sodom, Vanaheim, Humanart, Kamelot, Marduk, Amorphis
A : Repulsive Vision, Web, Rageful, Troops of Doom, Serrabulho
B+ : Korpiklaani, Speedemon, Frenzy, Skalmold, Dark Oath
B- : Avenger, Metalium, Stormlord, Ekyrian, Tierra Santa, Kissin Dynamite
B : Promethevs, Music in Low Frequencies, Glasya
C+ : Equilibrium, BRHG

Não vi: Blasphemium, Henriette B, Prestige e Ambush

Com as bandas que já estão confirmadas, espero voltar em 2025.

A minha estreia neste fest.

Resumo curto:
+ espaço, ambiente, som, organização, merchandise.
- restauração (rápida mas pouca diversidade), estacionamento caótico, no 1º dia só cheguei pouco antes dos Sodom e estava a ver que os perdia....

Bandas do fest para mim (cheguei sempre depois das 18h).
Sodom.... 3ª vez que os vejo e de longe a melhor. Set list puramente oldschool (até à demo de 1984 foram esgravatar) quem gosta desta banda já não terá outra oportunidade como esta em termos de set. E o Blackfire a falar português foi um plus bem engraçado.
Depois e sem ordem:
Onslaught: Banda em grande forma e por ser das primeiras que ouvi na 30ª gravação de uma velha k7 qd comecei nestas andanças (EP Let There Be Rock) teve um gosto especial;
Troops of Doom: arrepios na Morbid Visions, acho que nunca me tinha acontecido num gig;
Amorphis: só faltou a "Message in the Amber" para ser um set perfeito;
Kamelot: Não é muito a minha onda mas há que reconhecer que foi um excelente concerto, e aquela "Center of the Universe" fica mesmo cravada;
Skálmöld: Em termos de Folk metal estava mais expectante com os Korpiklaani, mas achei que estes islandeses deram um concerto superior;
Marduk: Sem deslumbrar, IMO não deram um mau concerto e quem conhece as malhas não fica indiferente, mas para os outros deve ter sabido um puuco a decepção. A ver se os apanho indoor em nome próprio.
Fleshgod Apocalypse: DM sinfónico. Não é a minha praia, mas também gostei bastante, e a gaja tem um vozeirão valha-me nª srª da autópsia...

No geral não vi maus concertos, até os Bon Jovi, ups os Kissin' Dynamite caíram bem, mas estas foram as que gostei mais.

A voltar, se o cartaz se justificar, pois dada a distância conjugado com a data não me é fácil.

1 - Já não tenho idade para isto...

2 - O puto a tocar bateria causou-me uma crise existencial. O que é que eu tenho andado a fazer com a minha vida?

3 - Para o ano, lá estou novamente.

Não acho que o sítio do palco, com a plateia com um declive com o afastamento, funcione bem. Tenho 1,84m e mesmo assim às vezes tinha dificuldade.

Outro ponto negativo é a poeira, mas o que vale é que a média de idades nestes festivais deve andar nos 40s e não há propriamente muito mosh. Sei que não é muito de metaleiro, mas o que ficava ali mesmo bem era relva artificial.

De resto, tudo bom. Comida acessível, e excelentes bandas. Muita coisa boa para conhecer.