A entrada para as bancadas fica no topo do estádio, com imenso estacionamento livre, mas sem qualquer zona de comes/bebes, pelo que se quisessem uma geladinha, tinham de descer até è entrada principal onde também não haviam muitas opções para o efeito, apenas um stand, pelo que as filas eram enormes. Lentamente de regresso ao topo pelas intermináveis escadas de acesso, a entrada no estádio fez-se com rapidez apesar das longas filas de espera. Lá dentro, stand de merch, comida e bebida, uma cerveja 0,50 a 5€, mais o copinho bonito dos Iron Maiden a 2€.
Assim que encontro o meu lugar começam a tocar os Airbourne, com o seu AC DC mais pesadito e bem agradável meteram o povo a mexer. Rápido intervalo antes de começarem os Within Temptation. Banda que já gostei imenso ali no período Mother Earth/The SIlent Force. Hoje são uma banda essencialmente pop rock. Músicas como Faster e Paradise What About Us são terríveis ao lado de Ice Queen, Mother Earth e Stand My Ground. Sharon resolveu perto do fim pegar numa bandeira da Ucrânia, mas curiosamente foi recebida com alguma indiferença por parte do público.
Lembro-me quando os intervalos entre bandas neste tipo de eventos demoravam pelo menos 40 minutos, entre trazer instrumentos para palco, preparar adereços e fazer um soundcheck. Hoje em dia, nicles. 15 minutos, tens os Iron Maiden em palco em toda a sua glória. 3 temas de rajada do novo álbum Senjutsu, mais a fantástica Revelations, seguida da Blood Brothers e da Sign of the Cross fizeram temer um concerto essencialmente tocado a meio tempo. Mas eis que surje uma sequência fabulástica com Flight of Icarus, Fear of the Dark, Hallowed Be Thy Name, The Number of the Beast e Iron Maiden que fechou o set com chave de ouro antes do 1º encore.
The Trooper (com Bruce a empunhar a bandeira portuguesa), The Clansman e Run to the Hills foram os hits que se seguiram e a minha parte favorita do concerto. The Clansman ganha mesmo outra vida com Bruce na voz.
2º encore com Aces High a fechar o concerto de vez com um avião gigante a pairar por cima da banda.
Concluíndo, a forma e entrega deste gajos na casa do 60 e muitos anos é invejável. Bruce Dickinson continua imparável e Nicko McBrain é uma besta atrás do kit. Concerto irrepreensível, o último da tour europeia, desculpam-se alguns hiccups (durante as mudanças de ritmo na Fear of the Dark houve ali alguma desconexão entre guitarras e bateria), pois tudo esteve formidável. Continuam a ser a melhor banda de heavy metal ao vivo de sempre.
Saída do recinto feita devagar devagarinho. Optei por ficar sentado a comer um belo de um hambúrguer enquanto o estádio esvaziava. Ainda deu tempo para descer ao "relvado" e beber mais uma geladinha em nome dos reis.
