Fui dias 29 e 30.
Talvez o cartaz mais meh dos Vagos até hoje. Para compensar alguns dos concertos foram 5 estrelas. Exodus e Asphyx, por exemplo. Emperor mesmo parecendo em piloto automático deram alto concerto.
Momento surreal para as pulseiras. Quem foram os génios que tiveram a magnânima ideia de "bora cobrar 2€ para activar pulseiras para que o pessoal possa BEBER CERVEJA"
curioso que a partir de certa altura já se conseguia comprar com dinheiro.Depois elaboro um pouco mais. Se me apetecer.
Edit:
Vamos lá dar um pouco mais de sumo a este meu rescaldo.
Com o bilhete a ganhar pó desde dezembro de 2019, lá finalmente fui buscá-lo à gaveta ainda dentro do envelope de natal onde veio para casa. Era tempo de ir até Vagos, um destino habitual antes da maldita pandemia. Ora que essa besta ainda iria pregar mais uma partida aqui ao je, porque uma semana após o regresso ao escritório e a escassas 2 de ir de férias e para Vagos, surge um foco de Covid com 8 colegas a meterem baixa no mesmo dia. Passa-se mais uma semana, mais casos. Somos mandados novamente para casa trabalhar remotamente e para vigiar a cena com testes rápidos.
Com isto resolvi não ir ao primeiro dia apesar dos sucessivos testes negativos, para ter 100% certeza que não faria a viagem em vão.
Sinceramente nem me custou muito tomar essa decisão uma vez que o 1º dia era de facto o menos apelativo. Olhar para a setlist de Dimmu Borgir hoje em dia causa-me uma espécie de semi-depressão. Acredito que tenha sido um bom espetáculo, apesar de tudo. Pena mais por não ver Cattle Decapitation.
Chegado a Aveiro a meio de tarde, foi ter tempo de fazer check in numa pensão pacata no centro, descansar uns minutos e seguir viagem para a Quinta do Ega.
Da novidade das pulseiras já falei e espero que seja revisto o sistema, porque é péssimo.
O recinto continua muito igual e na verdade sempre foi um aspecto positivo do Vagos, a organização do espaço sempre esteve muito bem esgalhado.
Lá em baixo julgo tocarem os Mordaça. Indiferença. Aproveito para descer nas calmas, dar uma vista de olhos ao merch. Voltar a subir pra vir cá fora tomar cerveja. Algo que se repetiu até à hora de jantar.
Ora Heathen foi a primeira banda que vi e gostei bastante, apesar de não ir muito à bola com os vocais do senhor.
Exodus foi para mim o melhor concerto do festival. A qualidade das canções ajuda muito, o riff master que é Gary Holt também. O som não estava perfeito, já o disseram, mas os Exodus souberam compensar isso muito bem.
Tarantula ouvi de muito longe enquanto jantava bifanas no pão e imperiais à beira da estrada.
Testament também foi alto concerto, muito melhor do que aquele que deram em 2013, julgo. A voz do Chuck Billy parece estar em melhor forma. O próprio homem parece estar de melhor saúde também. Ainda assim não bateu aquele concerto no Garage em 2000.
Não fiquei para ver os Haracoisos, screamo não é de todo a minha cena. De regresso a Aveiro.
Dia 30, levanto-me cedo, passeiozito matinal por Aveiro, almoço no Aveiro Center. De regresso a Vagos a meio da tarde.
Não vi Arsea, mas ouvi julgo que os Sotz cá de cima durante uns dedos de conversa com pessoal que não via faz tempo.
Windrose foi óptimo, bom vocalista. A seguir com atenção. Crypta foi ok... não entendo bem o hype (se é que se pode chamar isso), mas foram bem recebidas e tal.
Nesta altura com jeitinho já se conseguia comprar cervejinha no recinto sem pulseira.
Quem me conhece sabe que adoro doom, mas Desire nunca fui à bola com o som deles. "Chato pá caralho" como dizem no Brasil. Como já referiram a atitude contrastante do vocalista foi sui generis.
Kataklysm foi ok também. Se conhecerem os álbuns de estúdio percebem que estes gajos precisam de um bom som para as músicas funcionarem em todo o seu esplendor, mas lá está com um som defeituoso é complicado. Ainda assim não foi mau de todo.
Emperor como já referi mesmo em piloto automático deram alto concerto, é verdade que a "magia" do BM norueguês já não encanta como outrora mas gostei de os ver, pena deixarem de fora a majéstica Beyond the Great Vast Forest que é meu tema favorito deles.
DRI vi 3 malhas e bazei porque tinha Iron Maiden no dia seguinte.
Em geral, como disse, cartaz fraco. Salvam-se 4/5 atuações de valor. Recinto excelente. Som pró fraco. Gostava de ter deixado lá mais dinheiro, mas a cena das pulseiras pá...
Veremos para o ano, em principio é para ir, vou estar atento ao cartaz. Quem sabe vêm os My Dying Bride.
Bem haja!
, mas a dos "porcos" sempre ficou um pouco atenuada com a festa da espuma que aconteceu na Quinta do Ega às 2 de manhã de sábado.
