2020.02.01/02 - Dream Theater - Porto e Lisboa
Enviado: quarta fev 05, 2020 4:39 pm
Aberto tópico de rescaldo para as duas datas. Quem foi à data do Porto que se manifeste.
Rescaldo do concerto de Lisboa:
Praticamente 8 anos depois, os Dream Theater voltaram finalmente a dar um concerto em Lisboa, na altura a promoverem o primeiro álbum após a saída do Portnoy. 8 anos e 3 álbuns depois (e sem mexidas no line-up desde então), regressam a Lisboa para dar um concerto enquadrado numa tour muito especial, em que não se limitam a promover o último (e excelente) Distance Over Time, mas também a celebrar os 20 anos de um dos seus álbuns mais marcantes e emblemáticos - Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory.
Casa muito bem composta (diria mesmo perto de estar cheia, apenas descortinei algumas cadeiras vazias na bancada) para ver (ou rever) a banda.
O conceito do concerto foi algo do género de "A night with...", pois não contou com banda de abertura, teve a duração aproximada de 3 horas, e com um intervalo a meio da atuação.
Na primeira parte o set focou-se, naturalmente, no Distance Over Time, apresentando temas como Untethered Angel, Fall into the Light (a banda alternou este tema com a Paralyzed, por isso no dia anterior tocaram esta no Porto), Barstool Winter e Pale Blue Dot. Tocaram ainda a fantástica A Nightmare to Remember e a In The Presence of Enemies - Part I, de outros álbuns. Para uma banda com a discografia vastíssima que DT tem, estas escolhas seriam sempre discutíveis, mas estas revelaram-se acertadas.
O espetáculo teve também uma grande componente visual, tendo projeções a acompanhar cada um dos temas, o que se revelou uma mais valia e complementou na perfeição os temas e o virtuosismo dos executantes. Aliás, mais que um concerto, este foi um espetáculo sonoro e visual de enorme beleza, uma verdadeira viagem que a banda proporcionou a todos os presentes. Quanto ao virtuosismo dos músicos, acho que não há muito a dizer ou a acrescentar quando se fala de músicos do nível do Petrucci, Ruddess, Mangini e Myung. Aqui o que mais impressiona é a sua sobriedade e até uma certa discrição, para além obviamente de todo o brilhantismo da execução. Quanto ao LaBrie, não é um frontman de encher o palco, mas continua senhor de uma excelente voz e é o complemento perfeito para a música que é debitada pelos restantes membros.
A segunda parte do concerto consistiu no Scenes from a Memory tocado na íntegra, o que só por si seria mais que razão suficiente para marcar presença. E se a primeira parte foi muito boa, a segunda foi uma enorme viagem por um álbum tremendo, de princípio ao fim. Desde a Scene One: Regression que o entusiasmo do público, bastante notório até aí, se tornou ainda mais efusivo, entoando por vezes as letras e outras de punhos cerrados seguindo a música.
Torna-se muito difícil destacar os momentos (ainda) mais marcantes, mas diria que temas como Beyond This Life, Through Her Eyes, Home, The Spirit Carries On (simplesmente arrepiante!) e a final Finally Free se destacaram ainda mais das restantes.
A banda regressou ainda ao palco para tocar o último tema da noite, também do último álbum, a excelente At Wit's End (ficou a faltar a Pull Me Under, mas não se pode ter tudo), que fechou uma noite verdadeiramente memorável.
Espero que não demorem tanto tempo a regressar a Lisboa, e se for para celebrar outro álbum clássico, tanto melhor.
Abraço aos MUsers (e não MUsers) que me acompanharam.
Rescaldo do concerto de Lisboa:
Praticamente 8 anos depois, os Dream Theater voltaram finalmente a dar um concerto em Lisboa, na altura a promoverem o primeiro álbum após a saída do Portnoy. 8 anos e 3 álbuns depois (e sem mexidas no line-up desde então), regressam a Lisboa para dar um concerto enquadrado numa tour muito especial, em que não se limitam a promover o último (e excelente) Distance Over Time, mas também a celebrar os 20 anos de um dos seus álbuns mais marcantes e emblemáticos - Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory.
Casa muito bem composta (diria mesmo perto de estar cheia, apenas descortinei algumas cadeiras vazias na bancada) para ver (ou rever) a banda.
O conceito do concerto foi algo do género de "A night with...", pois não contou com banda de abertura, teve a duração aproximada de 3 horas, e com um intervalo a meio da atuação.
Na primeira parte o set focou-se, naturalmente, no Distance Over Time, apresentando temas como Untethered Angel, Fall into the Light (a banda alternou este tema com a Paralyzed, por isso no dia anterior tocaram esta no Porto), Barstool Winter e Pale Blue Dot. Tocaram ainda a fantástica A Nightmare to Remember e a In The Presence of Enemies - Part I, de outros álbuns. Para uma banda com a discografia vastíssima que DT tem, estas escolhas seriam sempre discutíveis, mas estas revelaram-se acertadas.
O espetáculo teve também uma grande componente visual, tendo projeções a acompanhar cada um dos temas, o que se revelou uma mais valia e complementou na perfeição os temas e o virtuosismo dos executantes. Aliás, mais que um concerto, este foi um espetáculo sonoro e visual de enorme beleza, uma verdadeira viagem que a banda proporcionou a todos os presentes. Quanto ao virtuosismo dos músicos, acho que não há muito a dizer ou a acrescentar quando se fala de músicos do nível do Petrucci, Ruddess, Mangini e Myung. Aqui o que mais impressiona é a sua sobriedade e até uma certa discrição, para além obviamente de todo o brilhantismo da execução. Quanto ao LaBrie, não é um frontman de encher o palco, mas continua senhor de uma excelente voz e é o complemento perfeito para a música que é debitada pelos restantes membros.
A segunda parte do concerto consistiu no Scenes from a Memory tocado na íntegra, o que só por si seria mais que razão suficiente para marcar presença. E se a primeira parte foi muito boa, a segunda foi uma enorme viagem por um álbum tremendo, de princípio ao fim. Desde a Scene One: Regression que o entusiasmo do público, bastante notório até aí, se tornou ainda mais efusivo, entoando por vezes as letras e outras de punhos cerrados seguindo a música.
Torna-se muito difícil destacar os momentos (ainda) mais marcantes, mas diria que temas como Beyond This Life, Through Her Eyes, Home, The Spirit Carries On (simplesmente arrepiante!) e a final Finally Free se destacaram ainda mais das restantes.
A banda regressou ainda ao palco para tocar o último tema da noite, também do último álbum, a excelente At Wit's End (ficou a faltar a Pull Me Under, mas não se pode ter tudo), que fechou uma noite verdadeiramente memorável.

Espero que não demorem tanto tempo a regressar a Lisboa, e se for para celebrar outro álbum clássico, tanto melhor.

Abraço aos MUsers (e não MUsers) que me acompanharam.
