Healing Magic - banda que tem acompanhado os manos Cavalera nesta tour, trata-se da banda de um dos filhos do Max, o Igor. Banda bem recente, formada no ano passado e que, segundo julgo saber, estará prestes a lançar o seu primeiro EP. Fator cunha à parte, deram um bom concerto, bem intenso e com grande entrega de todos os músicos, neste caso um trio, com o baterista bem ao centro, ladeado pelo guitarrista e pelo Igor, que é o vocalista/baixista. Atuaram sensivelmente o mesmo tempo de Besta, neste caso com um som diferente, com maior enfoque na parte instrumental e que, noutro contexto (eventualmente numa sala mais pequena e ambiente intimista), poderia ter sido ainda melhor. Foi uma excelente trip musical. On a side note: os filhos do Cavalera parecem ter mais jeito para a música que os filhos do Steve Harris.

Max & Iggor Cavalera - penso que, depois do concerto de Helloween no ano passado, só me faltava mesmo ver os manos Cavalera tocar os clássicos de Sepultura para completar os álbuns/bandas que mais me marcaram na minha formação musical e que mais impacto em mim tiveram. E, indiscutivelmente, os Sepultura (leia-se todo o material até ao Chaos AD, inclusive) um impacto tremendo. O set foi constituído por 3 partes, sendo que as duas primeiras foram dedicadas ao Beneath e ao Arise (teria preferido que tivessem tocado os dois álbuns na íntegra e que cortassem nas covers, mas pronto...), e a terceira foi uma espécie de encore alargado que incluiu algumas covers e também outros temas clássicos fora desses dois álbuns icónicos. Os Cavalera vieram acompanhados pelos músicos que acompanham o Max nos Soulfly, ou seja, o Marc Rizzo na guitarra e o Mike Leon no baixo. O ambiente na sala (a abarrotar), desde os primeiros acordes, estava eletrizante e a assim que se ouviram os primeiros acordes da Beneath the Remains foi, literalmente, a loucura. Foi mesmo, arrisco a dizer, um ambiente de concerto na América Latina.


