Grievance - a razão da minha presença no RCA. Lançaram um excelente álbum muito recentemente, o terceiro da carreira, por isso não quis desperdiçar esta oportunidade de ver a banda ao vivo. Comandados pelo Koraxid - excelente frontman, seguindo todos os preceitos do que um frontman de uma banda de BM deve possuir - deram um excelente concerto que correspondeu (quiçá até ultrapassado) as minhas expetativas. Apesar de se tratar de uma one man band, toda a banda me pareceu bem entrosada e, mais do que isso, a saber o que fazer em palco (não apenas no campo musical). Foi um concerto de BM à séria, a mostrar que no nosso país não faltam bandas de excelente nível neste género. O set foi bastante variado (talvez tenha durado uns 40 minutos), tendo passado por todos os álbuns da banda (Corvos que Esvoaçam, Fortaleza, Aos Meus AntepassadosNáusea - uma das melhores da noite - Aos Meus Antepassados, Em Lucefécit, Visões no Deambulatório), tendo o público (aqui com a casa mais bem composta) a ser ainda brindado com dois temas das duas demos (uma das quais, The Rotten Empire, fechou o set) e ainda um inédito- Presságio. Excelente concerto que valeu, e bem, a minha presença nesta data.
(uma nota, muito negativa, para dois energúmenos, para ser exato, um energúmeno e uma energúmena, que durante a atuação subiram ao palco para fazerem stage diving...felizmente, foram prontamente enxotados do palco pelo Nocturnus. Eh pá, para gente desta acho que um tratamento à la Hoest ou Mortuus lhes teria ficado mesmo bem...já o tinham feito em Invoke e ainda tentariam voltar a fazer o mesmo com os headliners, ao que Nocturnus nem lhes deu hipótese).Hecate Enthroned - como referi, não foram a razão da minha presença no RCA e o conhecimento que tenho da sua discografia é limitado, não tendo por isso qualquer tipo de expetativa. Embora com um som um distinto de bandas como Dimmu Borgir ou Cradle of Filth, sendo da mesma época e fazendo o uso de teclados, percebo a referência que é feita a estas bandas quando se fala de Hecate Enthroned. Desde logo, as diferenças baseiam-se em termos vocais, pois aqui também aparece, por vezees, o gutural típico de death metal e o uso de teclados é mais parcimonioso que nas bandas supracitadas. A banda só já conta com dois elementos fundadores, o baixista e um dos guitarristas (não foi difícil de os identificar.
), já tendo contado com diferentes vocalistas na sua formação. E era aqui precisamente a minha curiosidade, saber como este novo vocalista (desde 2015) conseguiria lidar com a exigência vocal que as músicas (pelas menos as mais antigas) exigem, com variações de registo súbitas. Pois bem, este Joe Stamps saiu-se muitíssimo bem, tendo tido muito bom desempenho. Os restantes elementos também estiveram à altura e ficaram bastante satisfeitos com a reação entusiastica dos presentes. Tanto assim, que quando já nada o fazia prever e já se tinham mesmo despedido do público, voltaram ainda para tocar mais um tema, o que serviu ainda para cimentar mais a boa impressão que a banda deixou no público. Mais uma excelente organização de uma das melhores promotoras do underground nacional.
