
Discharge - um longo soundcheck atrasou em cerca de meia hora o início da atuação, portanto houve quase uma hora de pausa entre o final da atuação de Simbiose e o início de Discharge, o que nunca é lá muito agradável. A casa já estava bem compacta quando se ouviram os primeiros acordes da The Blood Runs Red e, assim que entra o JJ Janiak, foi, literalmente, a puta da loucura na sala, só comparável à atuação de Ratos há uns anos atrás. Circle pit enorme, que ia quase até às imediações do bar e stage dive constante. Aqui passou-se exatamente o contrário que em Simbiose, ou seja, o público é que puxou, e de que maneira, pela banda, que não deixou os seus créditos por mãos alheias. É verdade que, atualmente,as despesas ficaram todas, ou quase todas, a cargo do vocals, que não parou um segundo, ora deambulando freneticamente pelo palco e vociferando as letras, ora se aproximava do público, partilhando muitas vezes o micro com o pessoal que se encontrava nas primeiras filas. Foi um desfilar de clássico atrás de clássico desta banda marcante do crust, não havendo praticamente nenhuma pausa nos cerca de 60 minutos de atuação da banda. Para além da já mencionada The Blood Runs Red, destaco também a Hatebomb, Hear Nothing, See Nothing, Say Nothing, Never Again, State Violence,State Control, War Is Hell, You Take Part in Creating the System, The Possibility of Life's Destruction, que foi o último tema da noite, e anunciado previamente pelo vocalista, não havendo lugar a encore (que neste tipo de concerto não faz mesmo qualquer sentido). Mais um excelente noite na melhor sala de Lisboa.
