Elder - casa muito bem composta para receber pela primeira vez, em Lisboa, os cabeças de cartaz. Se, na banda de abertura, falei em viagem sonora, aqui devo ter de me referir a uma grande viagem espacial através do som debitado por esta grande banda de stoner, que tem uma abordagem muito própria, e que a difere de boa parte das outras deste género. Este foi daqueles concertos em que a música falou mesmo mais alto. Não que a banda não tenha, nalguns momentos, apelado ao envolvimento do público (o que se verificou bastante), mas porque com este tipo de som as palavras (excetuando as cantadas/berradas pelo Nick DiSalvo) são perfeitamente dispensáveis. A setlist, sem ter a certeza absoluta, aproximou-se bastante da que andaram a tocar nesta tour, concentrando-se mais no último álbum, mas também apresentando alguns temas mais antigos, como a Compendium e a Dead Roots Stirring e a III. Disse há pouco que não tenho bem a certeza da setlist pois a sequência das músicas quase nos fazia pensar estarmos perante apenas um longo tema (não fossem as pequenas pausas entre temas). Já gostava da banda, mas após este concerto fiquei fã. Foi mesmo muito bom!

Uma pequena nota sobre os horários: se calhar haverá boas razões para a primeira banda ter começado às 22 horas, num dia de semana mas, sinceramente, não descortino qual seja. Acredito até que tenha afastado algum pessoal, embora a casa estivesse bem composta. De qualquer modo, é um aspeto a rever (não apenas com esta promotora, mas no panorama geral nacional). De resto, nada a apontar. Venham mais cartazes deste nível.