Poderei ser a batata podre Ó Vooder, a minha reputação já vai para lá de limpa

Segunda ida a este festival. Desta vez, confesso, fui mais pelo convívio (coisa tão pouco BM


Das bandas, só Vader me acenava, por ser uma das “históricas” em falta. Depois, tinha (e ainda tenho) muita vontade de ver Filii, gosto em rever Sacred Sin e Bizarra (esta última, na minha velha máxima de ter exercício físico garantido e garantia de um bom concerto).
Assim, do dia 1, devo referir que, embora muita gente tenha só optado pelo sábado, a tenda estava muito bem composta. Menos no início, como é natural em dia de trabalho. Apesar de ter estado lá. Não tenho memória da primeira banda, sorry. Das restantes, aquelas que eu esperava, o que devo apontar é que já as vi melhor, e isso não por desmerecimento dos próprios, mas porque o som não estava bom. Em The Exploited, isso já não aconteceu… deram grande concerto, contagiaram um publico entusiasmado, foi um regalo assistir àquele espectáculo de “punk à antiga” e a um grand finale com o palco cheio de público, em resposta ao convite do vocalista. Mas o som estava bom… e isso ajuda, e muito! Não sei se as outras bandas tiveram tempo para um sound check decente: como fui com pessoal do merch, cheguei cedo e estive cedo no requinte. Só vi os ingleses em palco, o tempo todo. E se bem que estivesse cheia de ganas de ver Filii, saí com sensação de “soube-me a pouco e não sei bem o que ouvi”. Se já à partida o tempo de atuação era muito curto (continuo a achar que meia hora é MUITO POUCO para certas bandas… espera-se que o tempo de atuação vá aumentando à medida que os nomes das bandas vão crescendo, com cartaz. Tal não será o entendimento da organização e estão no seu direito, mas cada vez mais só um grande cartaz ou a leveza das férias/desejo de convívio festivo me levará a repetir a viagem até à Moita), este encurtou um pouco mais pela pausa forçada devido a uma corda da guitarra do Belathauser, que arrebentou. Ainda confirmarei, mas terão tocado uns 5 (6?) temas. O som também não ajudou… estavam a debitar a Abadia e eu ainda não percebi logo à primeira

O mesmo com Sacred Sin, havia um certo desequilíbrio no som das guitarras e a voz nem sempre estava bem audível (o mesmo com Filii).
Dia 2 – Não vou focar banda a banda. Não vi Swithtense e For the Glory (pelos vistos foi o último concerto deste agrupamento). Gostei bastante de Wells Valley, se bem que aquele tipo de palco não seja o mais adequado para o som da banda. Ainda não tinha visto e espero rever em ambiente mais intimista. Os Suicidal Angels provocaram grande festa entre os presentes. O thrash sempre anima as hostes e os gregos souberam puxar pelo público. Foi engraçado de ver. Também foi um belo espectáculo assistir às artes marciais do público de Malevolence. Já tinha visto a banda a abrir para Dying Fetus, aí tinha estado mais atenta à própria banda (o baixista tem quê? 15 anos), desta vez estive atenta ao público. Os grandes circlepits que vejo por aí são para meninos (metaforicamente), pois estes meninos (literalmente) usam-nos para ringue de kickboxing, capoeira e murro. Um jovem que salto do palco, depois de ter sido recebido em braço, desatou ao murro e pontapé a quem o segurava ao alto (adoraria que o tivessem largado no chão ahaha). Mas… se falamos de música extrema, deixemos lá os moços ser extremos. Eu aprecio o espectáculo.
Referir outra banda que conheço de mais concertos, os vizinhos Equaleft, que também não contaram com o melhor som. Vale a qualidade técnica e o entusiamo que colocam em palco, a ponto do vocalista, no último tema, ter descido do palco e impulsionar ele o circle pit. Dá-lhe Inglês! Delírio das massas com Benighted, mas como não sigo a banda, dispenso-me a comentar. Outros o farão melhor.
Bizarra Locomotiva fez aquilo que faz sempre: cilindra. Também porque tem muitos seres bizarros a apoiá-los e cria-se um ambiente propício à festa. Mas, apesar de tudo isso… já vi melhores concertos. A voz do Sidónio nem sempre se ouvia bem, e em alguns momentos o som saía muito embrulhado. Ter os temas a rodar na cabeça, ajuda, mas a verdade é que não soavam da mesma maneira. Final com nova invasão de palco, a convite do Sidónio. Já no Hard Club tinha feito o mesmo.
Salto para Vader, aqueles que queria especialmente ver. A setlist alterou um pouco em relação a outras, por exemplo, a Chaos tem aberto o tour mas desta vez veio lá pelo meio. Não consigo lembrar se tocaram a Sothis. Também é certo que, àquela hora, já tinha matado muitas vezes a sede… e… o som foi melhorando lá para a frente, pois no início, mais uma vez, a coisa estava embrulhada.
E, pronto, um festival de onde saí com um misto de impressões. Não vou falar novamente do som nem do pouco tempo dado a certas bandas. Destaco a simpatia do pessoal, a limpeza das casa de banho exteriores, as belas condições do campismo (mesmo com os artistas a gritarem às 5 da manhã… devem ser vocalista frustrados

