Seguiram-se os também portugueses Taberna, banda que se mostrou bem mais rodada e experiente em palco. Com lírica bastante centrada em temas alcoólicos (a fazerem lembrar uns Tankard, mas em versão punk rock), e com uma casa já mais bem composta, animaram bem as hostes para o que se seguiria.
Pouco passava das 23h quando entraram em palco os headliners da noite, já com o RCA cheio (já fazia algum tempo que não via o RCA com tanta gente). Embora já fosse a quarta vez que iria ver Ratos de Porão,não queria perder a oportunidade de os ver numa sala com excelentes condições, após tê-los visto 2 vezes em Corroios e uma na Rep. Música. Com a banda nunca há nada que enganar, quem já os viu sabe com o que pode contar - a mesma intensidade e energia de uns tipos que já ultrapassaram a casa dos 50 (pelo menos os históricos Jão e João Gordo), mas que continuam a ter o mesmo gozo de estar em palco. Esta foi claramente a ocasião em que os gostei mais de ver, não porque tenham estado particularmente melhor nesta que nas ocasiões anteriores (mantiveram a bitola elevada do costume), mas porque as condições da sala assim o permitiram. O som esteve bom, como já é habitual no RCA, e o calor (que ainda assim se fez sentir), não foi nada com a verdadeira sauna que é Corroios, para além da ausência de fumo! A setlist foi (e ainda bem!) virada para o passado e para muitos temas clássicos da bnada que puseram o RCA literalmente em polvorosa, praticamente desde o primeiro acorde até ao final da atuação. Embora tenha estranhado a curta duração do set - os 60 minutos passaram a correr - isso foi claramente recompensado pela entrega da banda e por ouvir temas imortais como Plano Furado, Máquina Militar, Aids, Pop, Repressão e a minha favorita, e que fechou a noite - Igreja Universal! Long Live Ratos de Porão!
